Este é um Glossário em construção, e visa especialmente trazer maior luz sobre termos mais específicos existentes na obra do filósofo Luís A. W. Salvi. Ajude dando sugestões de verbetes que gostaria de ver incluídos.

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Glossário de Termos


A

ABEL. (teolog.) Nome de um filho de Adão e Eva, um eleito original por Deus, morto porém por seu irmão Cain (ver), invejoso da eleição divina do outro. O Livro do Genesis aponta a atividade pastoril de Abel como um ideal espiritual, ao passo que o ofício agrícola de Cain seria visto como uma atividade burguesa, de certa forma atrelada a uma etapa social humana ultrapassada –coisa que inverte, obviamente, as estimativas dos historiadores, que não concebem o caráter cíclico das coisas, as sub-etapas culturais, os processos fundadores, etc., etc.

ABSOLUTISMO. (história) Denomina-se assim a natureza do poder dos reis no chamado “Antigo Regime” (ver), que viu a ascensão da burguesia, entre os século XVI e XVIII, quando as coroas passaram a se associar diretamente aos burgueses para enfraquecer o poder dos senhores feudais, sob a movimentação da colonização européia e do mercantilismo. Tal transformação também permitiu organizar os Estados nacionais, e perdurou até o começo da revolução industrial em meados do século XVIII, quando brilhou o poder dos chamados “déspotas esclarecidos” sob o Iluminismo, suscitados sob o argumento do direito divino dos reis segundo a teoria do contrato social de Thomas Hobes.

ACUMULAÇÃO. (esoter.) Termo empregado na Agni Ioga (ver) para definir a economia energética necessária ao sucesso do trabalho interior, e que LAWS denomina como “efeito-Cálice”, em complemento ao “efeito-Espada” dos esforços ativos. Também muito exaltada nos ensinamentos toltecas de Castañeda (ver), a economía energética possui duas grandes fontes: a castidade (ver) e a ética (ver).

ACUSADOR. (teolog.) Um dos maiores atributos de Satanás (ver), os trevosos se comprazem à farta de acusar e caluniar os filhos de Deus, a quem gostam covardemente de acusar, sobretudo, de “loucos”, tratando de forma oportunista de solapar os seus direitos legais e naturais. Talvez por isto Jesus faz questão de proferir a sua reprimenda contra este ponto em particular –ver Mateus 5:22.

ADEPTO (esoter.) A maestria solar, detentor da iniciação da revelação (quinto grau), prerrogativa dos hierarcas áryos ou da Dinastia Meru-Danda (ver), o Asekha (“não-discípulo”) ou Mestre. O conhecimento dos Adeptos sagrados, é sempre muito amplo, vasto e rico. Porém, talvez aquilo que melhor caracterize a sua natureza, seja a sua dimensão profunda e coletiva. Estes são os dois grandes traços, pois, da sabedoria superior dos mestres. Todo o seu saber desenvolvido no tempo e no espaço, assim como no espírito e na forma, tem por base a marca grupal e uma dimensão quase insondável. Estas sabedorias estão construídas sobre a energia do amor, pois os mestres sabem perfeitamente que qualquer movimento evolutivo seguro, tem por base uma integração com o próximo, no serviço à sua evolução, esclarecimento e felicidade. Naturalmente existem signos e processos individuais, mas estes apenas têm sucesso quando inseridos num movimento mais amplo. Diante disto, cai por terra a esperança do trabalhador isolado, que não alimente ao menos a intenção de compartilhar saberes e experiências. Um servidor pode chegar a receber muitas portas abertas, se ele ao menos mantiver uma intenção correta, e alimentar as crenças certas sobre os fatos, esforçando-se sempre que possível por interagir com o próximo. “Como um verdadeiro eixo espiritual, fixado por um firme sentido de dever e sujeito às leis e à vontade de Deus, o Adepto deve se manter firme quando tudo o mais soçobra à sua volta, e se porventura por qualquer razão ele cai ou encerra o seu ciclo de atuação, então deve vir outro para ocupar o seu lugar. (...) (O) Adepto surge como um Modelo humano, o paradigma da Meta humana de ser, vindo a representar um pólo básico de orientação global. Seu exemplo pode servir a muitos, mas sua Palavra é destinada a todos. Sua formação foi exa­ta­men­te aquela de um Maestro de orquestra, destinada não a servir de exem­plo para todos, mas a alcançar o Centro de tudo para poder a tudo iluminar. De modo que a sociedade deve ter em mente que necessita organizar-se de forma adequada em torno da orientação dos Mestres para poder evoluir, e não acreditar em quimeras, e tampouco ser ingênua a seu próprio respeito. Como está escrito, ‘...não pertence ao homem o seu caminho, não é dado ao homem dirigir os seus passos, (pois cabe a) Deus dirigir os passos do homem’ (Jeremias 10,23; Provérbios 20,24).” (Teocracia – Tradição & História). Ver REPRESENTAÇÃO e ÁGUIA.

adivinhação. (esoter.) A adivinhação, esta coisa tão polêmica, pode estar, muitas vezes, bastante próxima da Ciência. Podemos conhecer tanto do futuro, quanto alcançamos compreender do passado. Existe uma lei de causa-eefeito que é universal e que a Ciência emprega bastante, e a qual os ocultistas transferem para coisas mais sutis como é o comportamento humano. O adivinho emprega uma ciência como diretriz, porém ele deve ser basicamente um intuitivo e se esforçar para ser um vidente.

ADVENTO. (teolog.) O fenômeno da epifania, a chegada dos messias. Os calendários planetários regulam o ritmo dos adventos messiânicos ou avatáricos. As genealogias divinas dos Puranas são eficientes, pois subdividem o grupo de 22 avatares (manifestações de Vishnu) em dez principais. Nestas restam assim doze avatares para as Eras astrológicas e dez avatares para as cinco eras solares (ver), cabendo considerar que estas se subdividem em duas metades (“solar” ou hierárquica e “lunar” ou anárquica). O conhecimento dos ciclos cósmicos (que tem seus marcos nos mesmos signos solsticiais e equinociais), corrobora a afirmação purânica de que haverá somente mais um avatar, ao qual as escrituras chamam Kalki (ver).

AGARTHA. (filosof.) Cidade sagrada vinculada ao avatar Rama e à linhagem sagrada de Meru (ver). Há muitas grafias para esta palavra. Saint Yves d’Alveydre, seu principal divulgador, diz em “A Missão da Índia”: “Este nome, o Agarttha, significa inalcançável à violência, inacessível à Anarquía.” Como toda figura misteriosa, o tema da Agartha se presta a muitas interpretações. Já na literatura tibetana, Shambala –que é uma realidade semelhante-, era descrita de três formas: como um mito geográfico, como uma cidade real e como um caminho espiritual. Serge Raynaud de la Ferrière descreve a Agartha como um local onde os sábios, os mestre s e os iluminados se reúnem para deliberar sobre os destinos da Terra. Este Conclave Agarthino a princípio é periódico e se destina a inaugurar uma nova civilização –tal como a lenda nahua afirma ter ocorrido em Teotihuakan, no Planalto central mexicano, na ocasião da abertura do Quinta Era solar –e que se destina a reproduzir na abertura do Sexto Sol, neste ano de 2012... Seguramente o tema se relaciona aos centros primordiais de luz e às grandes escolas iniciáticas, que podem ser grandes mais no espírito que na forma, ou ocultas como um iceberg, daí o epíteto de “inacessível”, “inalcançável” ou “invisível” da Agarha. Especialmente aquelas escolas de maior visão e sabedoria, pautada pelo amo e sacrifício (sacerdócio), que movidas pela compaixão alcançam influenciar o meio circudante criando assim toda uma região superiormente organizada... Existe uma visão popular e mística que situa a Agartha no centro da Terra, segundo a teoria da “Terra-oca”. Perfilada à tradição tibetana e muitas outras, a Escola Agartha F.M. adota uma visão análoga, porém geográfica e não geológica, e isto também vai de acordo com a visão do grande divulgador da lenda agarthina que foi o Marquês de Saint Yves d’Alveydre. De modo que estamos tratando de uma hierarquia de centros espirituais, onde a divindade se situa ao centro (Shambala), cercado pelo grupo apostólico (Agartha), logo vem a raça-raiz (Duat, Vaikuntha), e por fim as massas humanas (“face da Terra”). E tal como ilustram as tankas tibetanas, existe uma numerologia cabalística padrão de 3-7-12 para organizar tais esferas, que diz respeito à manifestação do Espírito, da Alma e da Personalidade. Tal coisa tende a encontrar ainda um reflexo na altitude geográfica, assim como na latitude, de modo que os centros primordiais tendem a ocupar lugares mais frios e elevados, como forma de refinar a cultura local e provar os candidatos. Ali onde prevalece a qualidade, a quantidade já não é mais tão procurada. O mesmo Saint Yves d’Alveydre associa a Agartha ao regime da Sinarquia, social e não-político no seu dizer, um sistema de “governo conjunto” onde não existe a necessidade de optar entre “isto ou aquilo” ou entre “este ou aquele”, porque todos os representantes sociais estão presentes e atuam em consonância. Contudo, mais do que a Sinarquia caracterizar um lugar chamado Agartha, cabe ver que, como diria La Ferrière, ali onde os sábios estão reunidos é a Agartha. Podemos talvez ter um êmulo, no fato dos nahuas empregarem o termo Tula (a mítica “cidade das origens”, o centro espiritual primordial ou secundário) na co-denominação das suas cidades sagradas: Tula-Teotihuakan, etc. Podemos definir, pois, a seguinte hierarquia de centros, com sua natureza, funções e respectivas divisões:
a. Shambala ...... o Centro primordial .... Divindade ......... “Palácio” ...... “3”
b. Agartha ......... o Centro secundário ... Hierarquia ......... “Templo” ..... “7”
c. Vaikuntha ..... o Centro terciário ........ Humanidade ..... “Escola” ....... “12”
Os exaltados mistérios de Agartha configuram a essência da revelação das raças terminais (como sucede com a sétima sub-raça árya, a América do Sul), porque anunciam a chegada do Reino de Deus. Por isto, tais sub-raças se destinam a organizar uma primorosa Geosofia, ou geografia sagrada, para fazer um contraponto-de-equilíbrio com a Teosofia divina, uma vez que a manifestação da cultura também deve ser sagrada, e assim todos poderem rezar em paz: “assim no céu como na terra”. Assim, a Agartha é o Reino ou esfera média e setenária relacionada à Hierarquia de Luz. Centro intermediário entre Shambala (ver) e Vaikuntha (ver -a Eubiose usa aqui a expressão Duat -ver), assim como de caráter central ou mediterrâneo, sendo esta uma das conotações possíveis para a idéia de centro “intraterreno”. 1. Nome do ashram hierárquico áryo, semelhante ao Asgard nórdico, o paraíso futuro; 2. Escola de Mistérios organizada pelo Mensageiro; e nome da Editora ou Selo que veiculou as suas obras. As revelações agarthinas atuais, também denominadas “geosóficas”, tiveram início pelo desdobramento e conclusão do Plano da Hierarquia (ver), através do emprego da preconizada Chave geométrica da Doutrina Secreta por LAWS, segundo anunciada por Alice A. Bailey, que inclusive teria legado certas senhas para este fim em sua obra Astrologia Esotérica. Esta modalidade de conhecimento se revelaria, por fim, como a grande característica da obra de LAWS, própria de resto da índole setenária do continente sul-americano. Ver também GEOSOFIA, CENTRO, CHAVES DA DOUTRINA SECRETA, PUSHKARA, INTRATERRENOS, ESCOLA AGARTHA e SISTEMA GEOGRÁFICO.

AGNI. (sanscr.) Deus védico do fogo, o elemento Fogo. A. IOGA. Trata-se da ioga que emporega a energia do “fogo de manas”, pela visualização da energia em si, assim como a incorporação dos princípios complementares de som e amor. Seus principais expositores são Helena Roerich e Omraam M. Ivanhov; ainda que falte uma síntese a respeito do tema. O chamado Bigu e o Sun Gazing se aproximam desta prática; também chamada por Roerich de Surya Vidya, “Ciência solar”. Agni Ioga está relacionada à consumação da terceira iniciação, dita “solar”, e qualquer vínculo com a quarta iniciação é uma adaptação conceitual, que talvez Helena Roerich o faça, já que tanto menciona os Arhats, embora não entre em detalhes “técnicos” e sua literatura seja mais apologética, o que também é uma forma especial de didática, adequada a este grau “psíquico”. Associamos o 4º grau à cruz espiritual e à própria iluminação decorrente, não raro como condição sine qua non para a sobrevivência nesta prova-de-fogo e, não raro, de morte. O terceiro grau é nesta fase (prévia à cruz->iluminação, portanto) extremamente luminoso, ele é Hamsa (ver), o Cisne, o garboso Cavaleiro Rosacruz. Puro entusiasmo, abertura de clarividência (ver), inspiração e habilidade de instrução, entre outros sinais ocultos que a Hierarquia usa para poder conferir as chaves finais da iluminação (ver). Tudo isto também concorda basicamente com aquilo que Alice A. Bailey afirma a respoeito da técnica. Ver INICIAÇÃO e MÔNADA.

ÁGUIA. (esoter., astrol.) 1. Nome da quinta iniciação, na recensão da Hierarquia dos Pássaros (ver), com origem na tradição universal; 2. Mito cósmico dos toltecas, associado ao poder vital que sustenta o universo; 3. A constelação polar do sistema solar, ou a região para onde ruma o nosso Sol. “Astronomicamente, a Águia ocupa diversas posições. No grande cosmos, Vega (Waki ou Águia, em árabe) importa por ser o Ápex solar, isto é, o Pólo celeste para onde se dirige o Sol na sua jornada cósmica. Já no sistema solar e seu zodíaco, Águia corresponde ao signo de Escorpião (“evoluído”), signo que também ostenta uma correlação polar: por ele passa o cinturão da Via Láctea, embora na zona exterior da Galáxia. A Águia bicéfala representaria, a conjunção desta dupla coordenada solar (uma Crux ou Tau cósmica), e também, ao modo de Janus bifronte, as duas direções no tempo ou rodas temporais arcadianas.” (O Sistema Geográfico de Evolução) Ver ADEPTO.

AHIMSA. (filosof.) A não-violência, um dos princípios da filosofia Yoga e que resulta entre outras coisas no vegetarianismo e no não-sectarismo. Foi aplicado por Gandhi (ver) na filosofia política indiana, juntamente à satyagraha (ver).

AKASHA. (sânsc.) Plano dos arquétipos ou dos registros superiores. Ver também ESPELHOS CÓSMICOS.

ALBION. (céltico) Ou Avalon. Nomes da Terra mítica primordial dos celtas, ligada à Ocidentalidade (como o Manu egípcio e a terra Pura do amidismo japones) e à Atlântida, senão de conotações proféticas e ligada à escatalogia planetária. A palavra é analisada por LAWS como “ciclo branco”, equiparando-se deste modo à síntese e às origens, qual a Sweta Dwipa dos mitos de origens hindus. Nesta acepção profética, representa ainda: 1. Nome da Quarta Rama de Shambala ou do novo Ashram Solar, sediado nas Américas, visando desenvolver ao nível humano aquela que é a própria essência desta Ronda planetária: o amor universal; destina-se também a ex­plorar o sexto sentido da intuição, e seu campo de experiência será mais do que tudo o universo da consciência e os recônditos da alma humana. Ver SHAMBALLA, DWIPA, NOVA ALBION e SUNA.

ALIANÇA. (religião) A Aliança divina é a base da religiosidade e da salvação das almas. Ela se estabelece através de uma revelação, tendo como elo um profeta enviado, numa época e local predestinado da Terra. Para a humanidade, esta é a coisa mais importante que existe, porque representa a custódia da sua evolução. A Santa Aliança é custodiada pela Hierarquia de Luz, a Loja Branca, através das ações da Loja Branca. A partir disto, se administra a evolução e o serviço das almas, neste ou no outro mundo, sob a dupla-custódia das Escolas Iniciáticas (ver) e dos anjos (ver). Tal coisa está na origem da reencarnação (ver), que também serve para fins de serviço. Toda a Aliança termina através de um Juízo (ver), o qual por vezes envolve catástrofes “naturais”, que na verdade são provocadas pelo próprio homem e resultantes do seu carma milenar. Ver MORTE.

ALIENAÇÃO (sociolog.) A alienação é a geração de um círculo de necessidades pessoais imaginárias, geradoras da ilusão da separatividade. Após haver sido denunciada como o mal supremo das sociedades oprimidas, na época das lutas sociais, visando despertar as nações para os males da ignorância política, e depois focado no problema das drogas e do misticismo individualista, o termo retorna hoje sob novas conotações e um diferenciado contexto cultural, invocando a necessidade de conscientizar a sociedade dos novos graves problemas e urgências históricas, concentrados especialmente na área do meio-ambiente. Resta também a eterna problemática espiritual, que é a mais grave de todas, do ser humano afastado de sua própria alma e, assim, condenado à Perdição eterna (ver). Nisto, a alienação se reveste amiúde da falsa-sabedoria: rencarnação universal, salvação por batismo físico, etc. Tal como a espiritualidade pode desequilibrar, os desequilibrados também buscam comumente a espiritualidade. Os místicos não são exatamente pessoas focadas, por isto elas adoram os mitos e a mistificação. Olhar para o alto é bom para ver as estrelas e para procurar Deus, não pelas “naves”. Olhar para baixo é importante para tratar com a Natureza e interagir com a humanidade, não para buscar a “terra oca”. E o mais perigoso de tudo são as “plantas sagradas”, embora a própria meditação e o tantrismo também tenham riscos elevados. Ver SOMBRA e ALIANÇA.

ALINHAMENTO CÓSMICO (esoter.) A reunião dos três “ponteiros” do Relógio Cósmico (ver) nos tempos atuais: Era, Raça-Raiz e Ronda, definindo eventos de magnitude maior para a Terra, anunciando entre outras coisas, o fim do manvantara (ver) e a chegada de um novo pralaya (ver). “É este alinhamento supremo que concede um caráter primordial ao nosso tempo, seja em que nível for e que preço deva ocorrer, como demonstram as crises civilizatórias cíclicas que recomeçam a despontar dramaticamente já.” (“Trikosmos”) Ver MEIA-NOITE DOS TEMPOS.

ALINHAMENTOS (esoter.) Estruturas tríplices de conexão consciencial, chamado por Blavatsky “grupos-raiz” e por LAWS “ciclos-raiz”. São eles: Personalidade, Alma e Espírito, emanados pela tripla Mônada, num processo de desdobramento descrito como 1-3-6-12, formando a estrutura-padrão da Cabala universal. Ver ELEMENTOS, TRIKAYA, CIÊNCIA DOS TRIÂGULOS e Árvore Sefirótica.

ALMA. (filosof.) A conquista da Alma, tem sido o objetivo de muitas das grandes religiões da humanidade. O tema contrasta profundamente com as preocupações com a morte espiritual, ante a qual a Alma serviria como suporte da consciência, se é que não representa a própria consciência. Para os espíritas a Alma é imortal, porém falta discernir entre a Alma e os resíduos cármicos humanos. A idéia de uma “alma imortal” é polêmica, porque apenas o espírito é realmente imortal. A alma sobrevive como elo, mas o rio deve no fim desaguar no Oceano. No Budismo, o tema da Alma não encontra uma apreciação positiva, e se ela leva a reencarnar, em raras ocasiões isto se apresenta como algo desejável.

ALMA-GÊMEA. (psicol.) Segundo Platão, a unidade essencial de duas almas complementares, separadas antes da encarnação, e que possivelmente tardam muitas encarnações para voltarem a se reunir. Não se trata de “fragmentação” anímica, mas de divisão. A alma perfeita seria vivida a dois, além disto vem o espírito. Esta “divisão” se limitaria ao casal e pode conter aspectos simbólicos, ou não. O signo de Gêmeos possui alusão às almas-gêmeas, porém o matrimônio místico-alquímico-psicológico-junguiano, é apenas a meia-verdade dos fatos, o elemento subjetivo que pode (deve?) encontrar na vida exterior a sua manifestação. É certo que a divisão da alma apenas pode se dar em polaridades, porque a unidade original é transcendente e absoluta, e da mesma forma como o Tao (ver) se divide em Ying e Yang, é preciso os mesmos Ying e Yang, cada vez mais interativos e unidos, para um regresso ao Tao. O próprio Taoísmo mostra dois estágios ou situações de polaridades: o “velho” Ying-Yang separado aos contrários sob a ignorância e o “jovem” Ying-Yang aproximado que faz um êmulo ao próprio Tao. Este último seria como as almas-gêmeas e o próprio caminho-do-meio de evolução segura. Vale incluir então alguns nomes realmente significativos de “casais” sagrados: Orfeu e Eurídice, Sita e Rama, Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, Mama Oclo e Manco capac. E porque não, São Francisco e Santa Clara, Abelardo e Heloísa, etc. Vale a pena estudar estas histórias, advindas de culturas diferentes, mas com a mesma mensagem de amor-a-toda-prova. Elas demonstram que alma-gêmeas são menos para o desfrute, do que para a realização do todo... Na obra do Mensageiro, trata-se não apenas de uma ciência, como também de uma relevação, expressão de uma nova Psicologia Ocutista (ver) de amplo impacto para a nova raça-raiz. LAWS tem desenvolvido uma profunda Psicologia relativa ao assunto, prevendo a disposição de instituições que possibilitem esta que seria um das maiores, mais plenas e definitivas experiências humanas. A idéia platônica do “ovo da alma” original dividido na nascimento, é aproveitado em termos astrológicos, porém simbólicos. Todos os mitos sociais de resgate existentes na Bíblia tratam desta questão, como os pares de animais da arca de Noé e as Doze Tribos de Israel. O grande erudito C. J. Jung, que ajudou a divulgar as Ciências Herméticas, “reduzia” (ele mesmo trouxe esta palavra à Psicanálise) a alma-gêmea ao subjetivismo da Anima, assim como tantas coisas mais que subjetivou. Talvez como preparação interna, isto até tenha algum valor, mas na prática deve ser alcançado de fato através da manifestação, pelo amor ao Criador, à Criatura e à Criação. É claro que existe muita fantasia em torno do assunto das almas-gêmeas, afinal o tema ronda algo no qual as fantasias prevalecem, que são os relacionamentos íntimos –além de denotar, é claro, a popularidade da questão. Nada disto desmente, porém, esta nobre verdade que remonta aos escritos de Platão. O ser humano se relaciona segundo as suas capacidades, e tal coisa recebe também uma marca racial/civilizatória. Para conhecer uma alma-gêmea, é preciso antes de tudo viver a vida da alma -é neste nível que as alma-gêmeas também existem. Alí a intimidade realmente é perfeita, capaz de transcender o instinto e fornecer prazer permanente e muito acima do comum –um mistério para a Psicologia do futuro analisar. Isto não significa, porém, e não promete estabilidade no relacionamento, porque esta verdadeira revelação conjugal está ligada a missões maiores –um vistaço nos relacionamentos conjugais dos heróis nas lendas e nos mitos traz muita luz. A boa notícia é que o 2.012 traz uma nova raça-raiz, onde será desperto coletivamente um novo centro de energia, o coração, capaz de dar acesso a este tipo de amor perfeito para a humanidade, e já não apenas para alguns seletos escolhidos do Destino. Alma-gêmea não apenas não é uma fantasia, como é na verdade a única resposta digna à Caixa de Pandorra aberta pela sexualidade humana, que gera: ciúme, superpopulação, divórcio, enfermidades, etc., etc. Ousamos dizer, pois, que esta é a verdadeira meta dos relacionamentos íntimos, e para a qual a própria Natureza foi preparada ao abandonar a partenogênese difusa. Serve também para solucionar o dilema do matrimônio sacerdotal (ao proporcionar o “casamento do céu e da terra”) e reafirmar a indissolubilidade do casamento sobre novas bases. De todo modo, este é um tema elevado e, de certa forma, novo para a humanidade em maior escala. Por isto raramente se apresentam informações realmente úteis, pois opiniões leigas de nada valem, e veremos que elas são muitas e absurdas (quais “almas-gêmeas” como avô e neta, animal e dono, e por aí afora...), movidas apenas pelo sentimentalismo. Raros são os autores que tratam do tema com proveito; Elizabeth Clare Prophet disse algumas coisas interessantes, embora básicas; já o livro “Almas-Gêmeas – o Graal da Nova Raça” de LAWS trata do assunto sob vários ângulos. Porém, o mais importante é realmente viver o tema, começando por nos preparar para ele -senão valeria, quem sabe, a parábola do Buda sobre o homem flechado... Nos preparamos para isto buscando a unidade das coisas, como o “matrimônio místico” de que C. G. Jung também trata, assim como o amor e o serviço ao próximo, sem descurar a atenção com os dharmas vivos, inclusive tendo um mestre ou instrutor que a seu tempo abençoará esta união. Alguém apenas conhecerá a sua alma-gêmea num ambiente espiritual. Ver MONÔMEROS e CASTIDADE.

ALQUIMIA (filosof.) Doutrina de síntese espiritual, que analisa as etapas médias internas (ou transformadoras) de um organismo qualquer. Processo de transformação interior, na busca pela iluminação final. Uma das Quatro Ciências (ver) sagradas de Agartha.

ALTERIDADE (antropol.) Leis dialéticas segundo as quais haveria uma alternância de focos raciais entre os Hemisférios (ver), com destaque para o Nordeste e o Sudoeste, naquilo que vem a ser o grande Eixo Sagrado (ver) da Terra. 1. A SECUNDÁRIA. Indica que também existe um esforço especial de semeadura já na etapa central das raças, vindo uma raça a implantar sua cultura num outro Hemisfério nesta fase, como forma de preservação, e dentro do espírito dos ashrams solar e lunar (ver). O evento pode incluir o translado de ordens inteiras de missionários, e até de famílias reais. Ver OLMECAS e ASHRAM.

ALTERNATIVO. (sociolog.) Movimento naturalista ecumênico, organizado por idealistas e videntes, e para LAWS a semente da tradicional via profética. O estilo alternativo, out-sider (ver) ou underground de vida, seria mais que um modus vivendis “paralelo” ou opcional, representando antes uma antecipação de tendências mais amplas e a preparação das coisas que hão de vir, na esteira das novas urgências mundiais; ou a livre experimentação no laboratório individual daquilo que em breve será uma necessidade coletiva. Ver também ESSÊNIOS e TERAPEUTAS.

Alto Paraíso de GOIÁS. (geograf.) Uma cidade “mística” da Região Centro-Oeste. “Tal foi a força do movimento esotérico de Alto Paraíso na virada do milênio, que muitos tem ainda buscado compreender o fenômeno. Naturalmente, tudo isto se insere na mística do novo milênio e também da proximidade de Brasília, como futura grande capital espiritual, criada sob contextos proféticos de Dom Bosco e da Nova Era, a qual é centralizada especialmente no Brasil por inúmeros esotéricos. Acrescida, naturalmente, da própria riqueza local de Alto Paraíso, paisagística e cultural. Afirma-se que Alto Paraíso jaz sobre um “cama de cristal” e que a região brilha desde o alto. (...) Assim, nada mais natural que uma Capital nova, imbuída de projetos tão arrojados, receba investimentos espirituais desta natureza nas suas redondezas, pela intensa presença de videntes e visionários, e de pioneiros e ‘alternativos’ que buscam uma nova forma de vida e a reforma profunda da civilização.” (O Sistema Geográfico de Evolução)

AMARNISNO (filosof.) Forma como passou a ser conhecida a “heresia” solar do faraó Akenaton, centralizado na sede imperial de Tel el Amarna por ele criada, em época posterior quando a religião de Aton estava em franco desuso. Ver ATONISMO e CULTO SOLAR.

AMERICANA. (antropol.) Esta Raça-raiz, atualmente em implantação, ocupa toda a extensão das Américas. A humanidade poderá chegar nesta Quarta Raça-raiz à 4ª Inicia­ção, que é a meta racial para a presente Ronda, alcançando a iluminação e a imortalidade, além de outras realizações suprema como o amor das almas-gêmeas.

AMÉRICA(S). (geog.) Nome dos continentes extremo-ocidentais, de suposta origem no nome de Américo Vespúcio, primeiro navegador a identificar estas terras como sendo de fato continentais. Concorreria todavia, com isto,  a expressão quécha Amerriqua que, segundo Serge Raynaud de la Ferrière, era a forma como os povos andinos designavam a região, significando “o país dos ventos”. O “Novo Mundo”, o continente atualmente sob (re)construção (ver) sócio-cultural.

AMOR. (psicologia) Na teologia cristã, a maior das virtudes espirituais. O budismo evoca maiormente a compaixão. Na Psicologia Ocultista de LAWS, o amor ocupa a posição média entre a compaixão e a devoção, sendo que esta sublima o desejo carnal. Para o vulgo, existe uma imensa dificudade de qualificar o amor “verdadeiro”. Porém, na obra do Mensageiro, temos esta situação finalmente definida, graças à divulgação da ciência das almas-gêmeas (ver).

ANALOGIA. (filosof.) Doutrina de grande importância tradicional, e que prevê a repetição da integridade dos princípios em escalas diversificadas, segundo a difundida idéia da unidade dos mundos e suas leis. Muito valorizada em diversas tradições de sabedoria, onde compõem as bases de diferentes doutrinas, o preceito da analogia visa menos inventariar as “correspondências” intelectuais do universo, mas a dispôr as esferas complementares do cosmos tendo em vista o equilíbrio das coisas. Esta idéia de unidade subjacente, transparece em muitas religiões e filosofias, inclusive de forma gradual como sucede no taoísmo, onde podemos entrever três degraus sucessivos de relações: ying/yang, jovem-ying/ jovem-yang e o Tao em si; contemplando com isto a tripla iniciação árya, desde o ângulo da dualidade atlante todavia. Na Alquimia universal, existe a mesma idéia, através dos elementos materiais (Terra/Água), que se combinam para gerar os elementos espirituais (Fogo/Ar), os quais por sua vez dão lugar à quintessência universal (Éter).

ANAGAMIN. (budismo) “Aquele que não mais retorna”, o terceiro grau do escalão budista indiano. Na exegese corrente, alguém que não mais reencarna, uma focalização típica dos três primeiros graus do budismo. O tema pode estar associado ao grau áryo de evolução, que era o terceiro, esgotando os potenciais evolutivos da raça em questão, a menos que o candidato pretenda seguir evoluindo para os quadros da hieraquia árya, tornando-se um Arhat. Se a reencarnação estivesse ligada à evolução espiritual, a chegada no terceiro grau culminava a encarnação porque delimitava a evolução racial possível. Assim, não teria razão para seguir reencarnando, a menos que fosse de forma voluntária e a serviço, como no voto de Bodhisatwa (ver).

ANARQUISMO. (sociolog.) Anarquia é a atitude de rechaço à autoridade. Ao contrário do autodidatismo (ver), que não se estabelece de todo sob a autoridade por julgar já não as encontrar, o anarquia está desde o início fadada ao fracasso, por se tratar de uma peça solta no universo. Em LAWS, anarquismo designa também aquelas circunstâncias sócio-culturais sob o domínio das raças materialistas (proletariado & burguesia), sejam sociedades, Idades ou raças. Situação virtual de não-governo externo, sociedade sem castas aparentes ou sem classes fixas. Diz LAWS aceca do “anarquismo espiritual” vigente pós-Krishnamurti, reforçado por Osho e Sai Baba: “Até quando seremos hipócritas para citar tais ‘mestres’ que seduzem os homens insinuando não haver necessidade de mestres? Este é somente mais um “milagre” materialista que os milagreiros-de-plantão tiram da manga, para confundir aqueles que buscam a verdadeira Luz. A esperança nunca terá vez neste mundo, enquanto os homens ao invés de aceitarem ser orientados pela Hierarquia a fazer tudo aquilo que deve ser feito em prol da sua própria salvação e evolução, preferirem usar as mentiras dos falsos-mestres para escudar as suas próprias ilusões elitistas e separatistas. Quem afirma outra coisa, está a dizer mentiras e a confundir a humanidade em momentos de graves riscos da espécie humana e do próprio planeta -e será muito seriamente cobrado por isto. Pois está a querer “reinventar a roda” como fazem as falsas utopias materialistas, por mais que elas tenham se mostrado já frustradas, ao invés de tomar a Roda Eterna para recolocá-la uma vez mais em movimento, e assim alcançar a verdadeira evolução. Não se pode pretender negligenciar a experiência das gerações, sobretudo tão recentes. Por isto convém estar atento contra certas “mentes” que migram do materialismo para o ambiente da espiritualidade, sem respeitar os verdadeiros Preceitos Eternos, apenas para tentar manipular os incautos, achando que podem desafiar toda a História humana, todas as Tradições sagradas, todas as religiões e todas as profecias.”

ANCK. (filosof.) A Cruz Ansata, símbolo da Vida. A “Vida” na filosofia egípcia, o mais importante elemento daquela cultura que detinha como supremo objetivo, a conquista da imortalidade da alma (ba). Ver VIDA, ANSATA e CASAS DA VIDA.

ANDES. (geog.) A grande Cordilheira sul-americana, espinha dorsal do sub-continente. A única região do planeta, situada abaixo do Equador, a sustentar Sociedades Tradicionais (ver) plenamente desenvolvidas. As novas e futuras “Montanhas da Luz”.

ANDROGENIA. (filosof.) Os dois pólos sexuais não necessitam ser físicos, tampouco apenas subjetivos, de modo que a alma-gêmea pode se revelar importante como Presença estimuladora. De todo modo, a afirmação algo junguinana sobre o “andrógino perfeito” está correta.

ANJOS. (esoter.) Os anjos (devas em sânscrito) representam forças naturais ou sobrenaturais que existem no Universo e podem ser contatadas de várias maneiras. Eles trazem forças e energias ao reino humano, ao passo que este lhes proporciona formas e definição; representam assim a substância do universo, ao passo que os reinos, especialmente o humano, lhes fornece os moldes. (...Existem muitas hierarquias angélicas, desde os seres ou energias mais primitivos até os mais elevados e refinados. Num aspecto mais próprio, eles habitam o sexto plano de consciência, e neste aspecto a Sexta raça-raiz que hoje emerge está particularmente associada a este reino. Este é também o plano mais próprio da Hierarquia: os Chohans atuam no mesmo nível, especialmente relacionado aos Anjos, que é também o plano da Mônada divina.” (“Trikosmos”)

ANJO SOLAR. (esoter.) “Eu Superior” ou “Ego causal”. Trata-se do "Cristo em nós" de São Paulo. Também cha­ma­do o divino Pensador (o Manu individual ou Ishwara), trata-se de um Adepto ou Nirnavi (se se pode chamar assim uma entidade ainda retida no serviço sistêmico) de 5ª Iniciação que se desenvolveu no ciclo solar prece­den­te, o Primeiro Sistema Solar, relativo às energias mentais ou ao Ter­­ceiro Aspecto divino. Atua, pois, como uma entidade mediadora entre os mundos es­pi­rituais e a Humanidade no processo de desenvolvimento da consci­ên­cia humana, in­clusive na medida em que o próprio Anjo Solar vale-se desta mesma re­lação para desenvolver em si aspectos superiores relativos ao Sistema Solar subseqüente. Numa palavra, trata-se de um Iniciado que participa de alguma forma desta evolução solar manifesta a fim de cambiar expe­ri­ências com o ente em evolução, presidindo o seu processo até o mo­men­to da iluminação da entidade humana, quando então o Nirvani egóico é liberado pa­ra uma superior evolução, numa verdadeira "Escada de Ja­có" portanto, permitindo-lhe trilhar os Sendeiros Cósmicos (ver). Ver PIMANDRO e CORPO CAUSAL.

ANSATA. (simbol.) “(A) ‘cruz ansata’ (ou “ankh”) demonstra, em sua universalidade, através de seus três elementos - barra vertical, barra horizontal e círculo (ou triângulo)-, a suma dos princípios que, em sua triplicidade essencial, regem o ciclo da Criação.” (Tetragrammaton)

ANTAHKARANA. (sânsc.) “O canal interior”. “Representa a ação mediadora do Segundo Logos, caracterizado pela energia de re­la­ci­o­namento ou integração. É responsável, portanto, pela ação e o de­sen­­­vol­vimento da Alma através da Entidade Causal, o Ego. É neste pro­cesso que a Mente, dual em si mesma, se converte de "assassina do real" em "mensageira da Verdade", e o mito de Mercúrio expressa bem esta du­alidade nas funções do deus –ladrão e mensageiro dos deuses–, que corresponde na Astrologia a este plano duplo ou dividido entre su­perior e inferior, o mental.” (“Trikosmos”) É a força espiritual criativa, especialmente na esfera de manas (ver), gerando uma ponte entre os mundos criados e as esferas incriadas. “Para ter acesso ao fogo, acende um fogo” (ditado alquímico). Ver CORPO CAUSAL, KUNDALINI e ATHANOR.

Antigo Regime. (história) Período decorrido entre o Renascimento e a Modernidade. As conquistas do Antigo Regime são muitas e perduram até os nossos dias, destacando nisto a organização dos Estados nacionais. Período florescente na Economia (Mercantilismo -ver) e nas Artes plásticas (messenato), sob o afluxo econômico do colonialismo europeu, no qual as coroas européias passaram a se associar à burguesia emergente nas cidades, contra os senhores feudais remanescentes da Idade Média, dando lugar à concentração de um poder efetivo nas metrópoles e à organização de exércitos mercenários independentes. Perdurou até a Queda da Bastilha, quando a Burguesia passou a almejar o controle total do Estado, manejando o proletariado para os seus próprios fins. Ver ABSOLUTISMO.

ANTÍPODAS. (antropol.) É como dizia-se na Grécia daquelas terras situadas abaixo do Equador. Esotericamente, se relaciona à segunda raça-raiz. “Esta segunda Raça-raiz se desenvolveu durante a primeira grande divisão dos blocos geológicos do planeta, no grande Continente de Mu. Esta vasta re­gi­ão se estendia sobretudo ao sul do Equador, razão pela qual sua população denominou-se de Antípodas, quer dizer: os "con­trá­rios" à raça original, no geral, e habitantes do hemisfério oposto.” (O Microcosmos)

ANTROPO-CULTURA. (antropol.) A segunda grande divisão da ciência da Antropologia (ver) em LAWS, ou a segunda subdivisão antropológica, responsável pelo setor cultural, envolvendo modelos sócio-culturais e empregando como recurso técnico o modus vivendis plural. “Estudo das crenças e das institui­ções da cultura como funda­mentos das estruturas sociais e nas suas rela­ções com a per­sonalidade.” (Antropologia Geral). Ver ETNOLOGIA.

ANTROPOLOGIA. (filosof.) O estudo do homem, como um ser natural e cultural, sujeito à evolução no tempo e no espaço. Em LAWS, a ciência da Antropologia recebe seis divisões: duas vinculadas à Paleontologia (Antropo-Natura); duas vinculadas à própria Antropologia (Antropo-Natura e Antropo-Cultura); e mais duas vinculadas à Sociologia (Antropo-Tipia e Antropo-Síntese). Ver as divisões e subdivisões.

ANTROPO-NATURA. (antropol.) A primeira grande divisão da ciência da Antropologia (ver) em LAWS. “Trata do es­tudo do homem nas suas dis­­tinções de caracteres de anatomia e fi­siologia, segundo as diferentes raças.” (Antropologia Geral)

ANTROPO-SÍNTESE. (antropol.) A quarta grande divisão da ciência da Antropologia (ver) em LAWS, ou a segunda subdivisão social responsável pelo setor espiritual, envolvendo castas e estado de consciência, e empregando como recurso técnico a educação integral. “Estudo das modificações indi­vi­­duais dos homens, indiferente à raça ou cultura, buscando antes de­­­fi­nir o tipo individual (bioti­pologia – e classes sociais?)” (Antropologia Geral) Ver PEDAGOGIA ÁUREA.

ANTROPOSOFIA. (filosof.) Escola filosófica coordenada pelo sábio alemão Rudolf Steiner, com abordagens naturalistas e enfoques esotéricos, a título evidente de “complemento” da Teosofia (ver).
 
ANTROPO-TIPIA. (antropol.) Quinta e penúltima subdivisão da ciência da Antropologia (ver) em LAWS, ou a primeira subdivisão social responsável pelo setor da Psicologia, envolvendo questões como temperamentos humanos (determinantes climática, educacionais, etc.) e, tecnicamente, o emprego da astrologia.

Anuswara. (ioga) “A ‘semente divina’, que é a terminação anasalada (ou “oculta”) do OM, correspondendo na grafia do símbolo àqueles pequenos Sol e Lua presentes na parte de cima do emblema OM. É como se fosse, este sim, a própria reverberação interna do sOM por excelência. (...) Mas não seria fora de propósito, associar o vocábulo OM ao próprio Anuswara. Aliás, a expressão Pranava mesma, sugere o controle ou o emprego da respiração. O Anuswara é uma forma de acentuação do vocábulo AUM, que remete ao anasalamento.” (Magia Branca & Teurgia)

APÓSTOLOS. (teolog.) “Enviados”, em grego, os discípulos que formam o círculo mais íntimo do messias. O termo denota algo como os anjos, “mensageiros” das coisas superiores e anunciadores de revelações. Estes enviados, contudo, além de trazerem energias e saberes superiores, também costumam ser enviados ao mundo para difundir uma revelação divina. A lenda agarthina e do Governo Oculto do Mundo (ver), fala de um agrupamento de mestres, mas estes também podem se reunir esporadicamente ou tão somente compartilhar metas em comum. Numa outra divisão, esta função pode atender às missões dos profetas sub-raciais, na medida, por exemplo, que uma vez que estes seres recebem a missão apostólica, eles também assumem encarnar para orientar a humanidade. Ver RISHIS.

AQUÁRIO. (astrol.) O “Signo da Nova Era”. “Aquarius apresenta características muito especiais, face sua colocação no Zodíaco e sua correlação com a evolução histórica da humanidade. O Arquétipo do Aguador se apresenta como um ancião vertendo as águas da sabedoria, sugerindo um quadro promissor e sereno. Na prática, porém, há muito a ser trabalhado para que esta idéia se concretize. Inicialmente, o homem ou ancião de sua simbologia diz respeito ao Homem Perfeito. Segundo muitas mitologias, o ser humano apenas foi criado numa sétima etapa, onde a Perfeição se caracteriza. Ao lado disto, imagem do cântaro do Aguador, presente tanto no símbolo ocidental como nos atributos orientais do Buda Maitreya, sugere o mesmo que o Santo Graal, ou seja: a posse da divina Ambrosia ou da Amrita sagrada, pelo despertar do amor universal, segundo o Plano do novo Ashram racial.” (“Trikosmos”) A Era de Aquário inicia nos presentes séculos. Para algumas escolas brasileras (em LAWS, inclusive), a Nova Era (ver) teve início em 1988. Este será declaradamente um tempo de confluências. Contudo, não apenas a Ciência necessita evoluir e se sutilizar: a Espiritualidade também necessita dar muitos passos para se aproximar da Ciência, e quando ela fizer isto, apresentará a face prístina da Sabedoria das Idades que os codificadores dos Mistérios Eternos buscaram oferecer, e que se perdeu em grande monta com o passar dos séculos, sob a custódia muitas vezes inapelável de mãos profanas. Existem ainda muitos véus a serem retirados dos Mistérios, colocados ali de forma intencional ou não. O estudo das doutrinas comparadas, mostra claramente que algumas correntes são mais científicas do que outras. A Cabala soa precisa, porque a matemática (geometria inc.) trabalha com arquétipos. Isto faz a força imorredoura de um Pitágoras e de um Platão. Obviamente, a Cabala também pode dar margem ao especulativo -não que o especular tenha algum mal em si mesmo.

ARARAT. (hebr.) Monte na Armênia onde se assentou a Arca de Noé (ver). Significa o mesmo que Arhat (ver), denotando a Arca uma escola iniciática destinada a gerar esta condição espiritual, que representava na época a pontificação hierárquica. Ver ARHAT e UNIFICAÇÃO VICÁRIA.

ARCA. (teologia) A Escola Iniciática, organizada no período de transição racial para fomentar as novas verdades raciais. 1. A. DA ALIANÇA. (esoter.) O mais antigo e sagrado símbolo dos hebreus, a Arca da Aliança foi forjada por Moisés para guardar as Tábuas da Lei (mais que isto, ela destina-se a guardar a própria Torah), estando ornada com dois Arcanjos ou Querubins, tal como as “duas testemunhas” do Apocalipse; em sentido místico, significa a Igreja ou a comunhão dos fiéis; 2. A. DE NOÉ. Fórmula-padrão empregada pelos grandes patriarcas e legisladores semitas, para organizar os êxodos regenerativos de seus povos, baseado em termos astrológicos; o símbolo foi retomado pelo Cristianismo, para fazer alusão à Nau da Fé e à “Igreja peregrina” no rumo da Parúsia; 3. Corruptela de Dwarika, a cidadela de Krishna; 4. Anagrama de raça. Ver ARARAT, ARCÁDIA, MOISÉS e SINASTRIA.

ARCÁDIA. (geog.) Região do Peloponeso ou sul da Grécia, de cultura pastoril e imortalizada pelos poetas como um local paradisíaco. Na etimologia arca-diaus, significa a “arca de Zeus”, estando o santuário de Olímpia (ver) dedicada a este deus, com profundo significado astrológico. Anagrama de Dwarika. Ver ARCA.

ARCAICO. (antropol.) Do grego arqueus, a palavra significa “original” ou “primordial”. De forma muito oportuna, o antropólogo Claude de Levi Strauss diferencia esta expressão de “primitivo”, no tocante às sociedades ou sociedades antigas, visando assim contemplar aquelas culturas superiormente organizadas.

arcalismo. (antropol.) Sistema de organização racial baseado na polaridade da raça (e secundariamente, da sub-raça), na região hemisférica e, por decorrência, na ênfase e no domínio dos gêneros.  O verdadeiro arcalismo foge dos extremos, pois de outra forma ele seria apenas machismo ou feminismo, coisas que não competem à ordem sábia e evolutiva do mundo. Para ter um sistema racial, é preciso equilíbrio cultural, fazendo com que uma tendência racial não se torne uma ditadura opressiva de gêneros. Este fato está simbolizado pelo emblema do Tao, onde as energias estão inclusive centralizadas pelos seus opostos! Assim, uma cultura patriarcal deve conceder um lugar de honra para o feminino, e uma cultura matriarcal deve conceder um lugar de honra para o masculino. Como essência cultural, o arcalismo se relaciona à iniciação racial ou à arca (ver) de redenção. Ver PATRIARCADO e MATRIARCADO.

ARCANA (ESCOLA). (filosof.) Escola criada por Alice A. Bailey para treinamento discipular, sob a orientação do Mestre Tibetano. Segundo Bailey, e conforme registros de sua posse, teria sido intenção de H. P. Blavatsky organizar uma escola esotérica com tal designação. Segundo Bailey, o grande mote de seu trabalho, seria desenvolver a Chave “Psicológica” da Doutrina Secreta (ver), e através disto consolidar o treinamento discipular atual. Ver PLANO (DA HIERARQUIA).

ARCO-ÍRIS. (filosof.) Uma das grandes chaves universais, segundo a qual “o sete é a escala da natureza” (H.P.Blavatsky). Símbolo de universalismo (ver) presente em todas as grandes hierofanias da Bíblia, e que representa o trabalho de LAWS. Significa, em termos proféticos espaço-temporais, duas realidades dimensionais agrupadas. De um lado, a nova Sub-Raça Setenária (ou a nação brasileira) e a Nova Idade Sétuple (ou a Era de Aquário). E de outro lado, a nova ronda (ver) quíntuple e o grande Continente Americano Tais combinações formam “o novo céu e a nova terra” das profecias. Ver MERCABAH e KUMBHA.

ARCO ZODIACAL. (astrol.) Comumente, o ciclo anual que vai de um solstício a outro, extensível simbolicamente a zodíacos de outras naturezas. Ver MANVANTARA.

arco-íris. (simbol.) Na iconografia mundial, o arco-íris foi sempre um símbolo de grande importância. Na Bíblia, ele é até mesmo empregado como um sinal do pacto entre deus e a humanidade, aludindo através disto ao papel da Hierarquia na Terra. Ademais, sinaliza a presença divina em muitas circunstâncias. Sabe-se que a bandeira do Império Inca –a Wipala (ver)- era um arco-íris. Os incas cultuavam o Sol, e viviam no chamado Império das Quatro Direções, conformando assim uma mandala geográfica, onde Cuzco se situava ao centro, exatamente na forma de um sol no coração de um zodíaco, porquanto as regiões (seques) também estavam divididas como signos ou Estações. A imagem do arco-íris também está associada à revelação de um pote-de-ouro no seu final, denotando que o universalismo está vinculado à Idade de Ouro da civilização. Por esta razão, seria correto dizer que, sendo a Era de Aquário de natureza setenária, nos encontramos na conclusão de um manvantara ou ciclo cósmico. E o Brasil, por sua configuração histórica geral, desponta como o grande território predestinado à síntese universalista, tendo sido anunciado, na literatura teosófica, como berço da sétima sub-raça árya (a “nação do arco-íris”), onde surgirá o Buda Maitreya (cf. Glossário Teosófico). Analisemos agora a sua simbologia astrológica profunda. No contexto geral do nosso trabalho, o arco-íris possui diferentes significados. Basicamente, é um símbolo do universalismo ou da unidade-na-diversidade. Ademais, o tema apresenta relações especiais com as seguintes realidades cíclicas associadas: a. As Américas e, em especial, o Brasil (sétima sub-raça árya), enquanto sociedade multifacetada; b. A nova Idade Divina (cf. doutrina de Joaquin di Fiore), vinculada á dispensação do Espírito Santo (e à Natureza); c. A Nova Era, com seu caráter setenário ou irisado, igualmente; d. A nova Raça-raiz, também sêxtuple e vinculada à alma. Tudo isto é indicativo do final de Ronda (ou Manvantara), com sua sêxtuple natureza cósmica. Trata-se esta da Ronda dedicada à Humanidade, agora em fase de conclusão. A Ronda futura, que se será a Quinta, já se destina a formar o universo dos Mestres. A imagem do arco-íris também está associada à revelação de um pote-de-ouro no seu final, denotando que o universalismo está vinculado à Idade de Ouro da civilização. Por esta razão, seria correto dizer que, sendo a Era de Aquário de natureza setenária, nos encontramos na conclusão de um manvantara ou ciclo cósmico. E o Brasil, por sua configuração histórica geral, desponta como o grande território predestinado à síntese universalista, tendo sido anunciado, na literatura teosófica, como berço da sétima sub-raça árya (a “nação do arco-íris”), onde surgirá o Buda Maitreya (cf. Glossário Teosófico). Tudo isto tem a ver, enfim, com a idéia do Sabat, ou o sétimo Dia no qual Deus descansou de sua obra. O arco-íris é geralmente associado ao setenário, mas René Guenon faz observar em Símbolos da Ciência Sagrada, que se trataria antes de uma estrutura sêxtuple, posto haver nele apenas seis cores definidas como “secundárias”. No mais, existe a soberba tradição universal dos rishis (ver) e das pitonisas, que é um dos fundamentos do advento dos avatares, evento que, em particular, também está definido com precisão em termos de tempo e espaço, ou de cronologia e geografia.

ARCONTE. (grego) O Ser Primordial, do grego arqueus, “original”. Os Arcontes de Platão do livro Timeu, são os “pastores divinos” que assistem pelos continentes da Terra e suas humanidades, ao modo dos modernos Hierarcas da Loja Branca (ver ambos).

ARHAT. (sânsc.) “Venerável”. O grau da nova humanidade e, por conseqüência, a condição que caracteriza doravante a verdadeira situação humana atual. O estágio da iluminação (ver) e da conquista da imortalidade espiritual. Ver ARARAT.

ARISTOCRACIA. (sociolog.) Do grego aristéia, “assumir a beleza”, isto é: o ideal estético e ético masculino por excelência. 1. A terceira classe (ver) social tradicional, responsável pela tripla divisão do Elemento Ar, ou seja: militarismo, política e filosofia.; 2. Regime determinado pela nobreza. Ver também PATRIARCADO.

ARMAGEDON (filosof.) Nome bíblico escatológico para a crise sócio-cultural dos “últimos tempos”. A crise e o confronto seriam inerentes ao processo de “iniciação coletiva”. “”Tal como na Inicia­ção o aspi­ran­­te se defronta com suas sombras internas, remanes­centes da época em que era um "ho­mem comum" sujeito aos miasmas das ilu­sões pessoais, tam­bém a Terra deve pe­rio­di­ca­­mente purifi­car-se e enobre­cer-se como forma de gerar novos mo­mentos na sua evo­lução.” (“Trikosmos”)

ARTE. (filosof.) “(A) Arte é por definição o exercício da interpretação do mundo e a elaboração da linguagem em suas diferentes fórmulas. A beleza é a tradução formal da harmonia cósmica, e a humanidade se revela particularmente sensível ao universo integrativo da estética. É fácil perceber então o quanto a Arte e a Criação surgem como capital na formação da consciência humana, sendo praticamente um sinônimo deste atributo também humano por excelência –a consciência, que é a capacidade de relacionar o formal e o informal igualmente, somente que agora expresso a nível interno. (...) Um aspecto da Cultura humana naturalmente associada à Arte, é a própria Magia. Exemplo disto é que as várias ramas da Arte nasceram como expressões religiosas e, a rigor, nas sociedades sagradas apenas o espiritual servia de tema para as artes. (...) Deve-se registrar enfim que, muito ao contrário do que se costuma pensar, a Arte Tradicional procura antes evitar do que estabelecer uma “ditadura da estética”, ainda que para isto determine cânones. Todavia, tais regras não se aplicam jamais ao detalhe e à forma externa - e se isto se registra em algum momento deriva de razões de ordem secundária, como consenso, atavismo aleatório, etc. Sua ‘rigidez estrutural’ é de caráter antes representativo ou, como se diria, ‘ritual’, simbólico ou analógico, e procura expressar mais a “substância” do que a “forma”, ou o sentido acima da aparência das coisas. Numa palavra, não se trata de uma estética individualista e deformadora como a realizada na Modernidade, mas sim uma beleza ideal, arquetípica e hierática, onde as formas são, em princípio, invariavelmente meios para uma Verdade ou Realidade Superior. Trata-se, assim, da Arte enquanto expressão da Unidade subjacente ao todo; daí ser propriamente uma ‘Arte Universal’.” (“Trikosmos”) 1. A. Tradicional. “É muito difundido na Arte Tradicional, a Ciência da cosmogonia através de símbolos de grande efeito e precisão. É na realidade uma constante a representação cosmogônica na Arte de caráter universal, ou Arte Verdadeira. Podemos encontrar a expressão de tal ciência nas mais variadas longitudes, ora como uma realidade viva, ora como resquício de uma Tradição mantida pelo atavismo inconsciente.” (Tetragrammaton) Ver SÍMBOLO.

ARUACOS. (antrop.) Ou Tairones. Índios de elevada cultura, habitante da Serra de Santa Marta (fronteira norte entre Colômbia e Venezuela), revelados por Felicitas Barreto.

ÁRVORE (esoter.) Símbolo axial do sagrado, comumente vinculado ao divino de algum modo. 1. A. SEFIRÓTICA. Esquema cabalístico contemplando dez esferas visíveis, na qual se decolam os sucessivos alinhamentos (ver) e outros agrupamentos, havendo vária formas de abordagem e aplicação. A Árvore dos Números da cabala, contendo as dez sephiras, associadas a chakras (ver) e a planetas. “A Árvore Sefirótica é uma representação mais simbólica do que geométrica, de verdades estruturais que compõem o universo. (...) A Árvore Sefirótica é uma estrutura versátil que busca sintetizar muitas verdades em forma algo definida. Muitos têm sido os recursos usados pelas diferentes religiões neste intento, e o simbolismo da Árvore é, com efeito, o mais comum, desde a Árvore da Vida no Gênese à Árvore Bodhi do budismo, e da Árvore sagrada dos mesopotâmios e assírios às aspérides gregas, etc. Representam também a árvore genealógica dos deuses, entroncados de forma precisa pelas diferentes mitologias dos povos. São bem conhecidas as enéades egípcias e chinesas, mais e hindus, ou mesmo suas décadas, como as apontadas por Blavatsky em sua ‘Ísis sem Véu’, a respeito da genealogia dos Patriarcas bíblicos e caldeus, sem esquecer os dez avatares de Vishnu.” (Tetragrammaton) Ver CABALA e também ALINHAMENTOS.

ÁRYA. (sânsc.) “Nobre”. Nome da quinta raça-raiz, associado à cultura aristocrática e responsável pelo desenvolvimento do plano mental e pela iniciação solar. Desenvolveu-se na região Norte-Oriental, foi do Cáucaso aos Hima­layas, logo ao Egito e mais tarde à Europa, espalhando-se daí para o resto do mundo, inclusive para as Américas. Mas seu grande território foi a chamada Aryavartha, o norte da Índia.

ARYAVARTHA. (sânsc.) O “Continente Árya”. Região situada entre os Montes Vindhya (Trópicos) e os Himalayas (paralelo 30), palco de desenvolvimento da terceira raça-raiz. Ver ÁRYA.

ASCENSÃO. 1. A. SOCIAL. (sociol.) A evolução nas camadas sociais e culturais, o memo que mobilidade social. 2. A. ESPIRITUAL (esoter.) Ato de ascender espiritualmente, ao qual algumas correntes dão um caráter pleno absoluto, tornando esta conquista uma das mais extraordinárias da evolução humana e da hierarquia. Considerada por alguns como a atual etapa de revelações da Hierarquia, a Ciência da Ascensão está relacionada à nova iniciação da Hierarquia, a sexta iniciação, visando suprir a evolução da Loja Branca e seu novo patamar de Unificação Vicária, o grau de Chohan (ver). Relacionado à Ufologia simbólica -evidente na tradição indiana dos Vimanas-(ver), e à Doutrina da Merkabah (ver), a técnica da Ascensão espiritual encontra hoje expoentes de peso na neo-teosofia de Alice A. Bailey e no neo-xamanismo de Carlos Castañeda (ver).  O tema da ascensão é muito vasto, e uma coisa preliminar a ser enfatizada, comumente negligenciada mas bela e fundamental, é a importância do trabalho grupal, mesmo que depois um ou outro guerreiro termine por ascender individualmente. Ver ASCENSIOLOGIA.

ASCENSIOLOGIA. (filosof.) A Doutrina da Ascensão espiritual, Ciência da Iluminação dos Mestres de Sabedoria, os Chohans. Ascensiologia é a Doutrina da Ascensão espiritual, a Ciência da Iluminação dos Mestres de Sabedoria, os Chohans. A Projeção astral entra aqui apenas como um treinamento preliminar. Ascensão é a passagem da esfera solar da Hierarquia, para a esfera cósmica de Shambala, pelo portal da Sexta Iniciação, relacionada aos Sete Sendeiros de Evolução Superior dos teósofos. Ascensão está relacionada à doutrinas esotéricas como a da Merkabah (ver), mais remotamente à Ufologia (ver), vista aqui como uma materialização dos altos Preceitos Ascensionais. Prova disto está no ensinamento oriental sobre os Vimanas, que apenas existem materialmente na Idade Negra (Kali Yuga), enquanto que nas outras Idades eles são sutis (relacionados a “mantra” na Idade de Prata, e a “tantra” na Idade de Bronze) e sequer existe da Idade de Ouro, quando o mundo todo vive uma espécie de ascensão antecipada. Modernamente, tem sido conferidos dois ensinamentos profundos que tratam de forma mais categórica sobre Ascensão: Alice A. Bailey (neo-teosofia) e Carlos Castañeda (ver) (neo-xamanismo). Ambos colocam as bases reais para esta realização, através do treinamento iniciático e da própria iluminação. Isto passa ao largo de buscar falsos atalhos ou pretender reduzir o assunto a simples “experiência da consciência”. Embora a “consciência” se eleve, a Ascensão é, acima de tudo, um “fato energético” que alinha as vibrações do Iniciado com as esferas cósmicas. Hoje uma grande síntese é oferecida, através da codificação desta que é considerada a nova Etapa das revelações mundiais, relacionada também à Manifestação da Hierarquia, à Nova Era e ao Ashram espiritual da nova Raça-raiz, a Dinastia dos Mestres da Ascensão ou Chohans, os “Senhores” cósmicos dos Sete Raios Divinos. De fato, “Ascensiologia” é uma palavra tão nova, que sequer existia ainda. Ver também ASCENSÃO.

ASEKHA. (sânsc.) “Não-discípulo” ou Mestre. Grau da atual sub-hierarquia, uma realidade inédita na evolução terrena, permitindo compôr uma assistência supra-humana e até algo difusa para o Chohan (ver), o novo Sumo Pontífice espiritual; representando assim uma expressão permanente, embora menor, para a idéia coletiva dos rishis.

ASHRAM. (sânsc.) Tradicionalmente, o local onde vive um mestre com seus discípulos. Modernamente também se emprega o termo para designar a influência espiritual mais ampla de um mestre, dinastia ou escola. A teosofia esotérica de Alice A. Bailey aprofundou o aspecto espiritual e hierárquico das raças-raízes, sob diversos ângulos de aproximação. LAWS apenas desenvolveu estes conhecimentos, separando o que ainda era mito/símbolo, da realidade iniciático-espiritual nas ilações teosóficas e, acima de tudo, buscando discernir entre aquilo que diz respeito aos ashrams raciais de Mestres e ao que de fato toca às raças como humanidade. O mito dos cíclopes lemurianos, por exemplo, remete aos iniciados de terceiro grau que regeram aquela humanidade, como uma linhagem de mestres emanada por Shambala... 1. A. SOLAR. Ordem ou dinastia espiritual que trata de forma positiva com a civilização, dentro do espírito de unidade institucional. “Ashram espiritual é uma fundação espiritual, derivada de u’a manifestação hierárquica. Ainda que no seu sentido lato e original um ashram represente um núcleo físico onde um Mestre se apresenta cercado por seus discípulos, num sentido mais universal um ashram é um núcleo de cultura espiritual centralizado por um Mestre iluminado, podendo incluir até mesmo um Estado, nação ou império. Por extensão, é toda aquela energia de alguma forma ligada a este núcleo espiritual e a tal Mestre. Os ashrams tratam-se, pois, em sentido amplo, das Dinastias de Iluminados que regem uma raça-raiz. (...) O conceito de ashram, que originalmente diz respeito a energias espirituais, se divide na realidade em três níveis associados a macrocosmo, mesocosmo e microcosmo, a fim de integrar da forma devida todas as coisas e a atender da maneira mais perfeita as várias necessidades de progresso espiritual.” (Trikosmos) O ciclo de uma Loja solar de Hierarquia, com vigência de cinco mil anos; as dinastias espirituais das “ramas de Shambala”. 2. A. LUNAR. Ordem ou dinastia espiritual que trata de forma negativa com a civilização, orientando a sociedade para a vida interior administrando as instituições de forma separada. 3. A. TRÍPLICE. A tríplice divisão ashrâmica retoma de certa forma a questão individual, e diz respeito às seguintes questões: Ashram Avatárico ou "Céu" (macro­cosmos); Ashram Dinástico ou "Mestres" (mesocosmos); e Ashram Psíquico ou "Eu Superior" (microcosmos). Estes vínculos também se acham na base daquilo que se costuma denominar como iniciações. (O Mesocosmos) Ver ERA SOLAR, SHAMBALA, IBEZ, MERU, ALBION, RAMAS e ALTERIDADE.

ASHRAMAS. (sânscr.) As quatro etapas de vida do Bramanismo, determinando, nas suas origens não-hereditárias e vocacionais, o dinamismo social necessário, a partir das experiências culturais correlatas. As etapas-de-vida dos “duas vezes nascidos” (dwijas) da fase corrompida do Brahmanismo, que limitava esta experiência às três classes mais elevadas e acumula duas na última casta. Para LAWS, existe uma direta simetria entre as castas (varnas -ver) e os ashramas, ou varnashramadharma (ver). Os ashramas são: Brahmacharin (estudante), Grihastha (doméstico), Vanaprastha (instrutor) e Sanyasin (renunciante -ver). Ver também CULTURAS e HOMEM.






ÁSIA. (geog.) Significa “(lugar) onde o Sol surge antes”. 1. O maior dos Continentes. e o berço da Civilização (Próximo Oriente). 2. A. MENOR. Ou Anatólia, atual Turquia. Importante região de contato de civilizações, dominada pelos hititas até a queda de Tróia. Após a invasão jônica, as colônias gregas da Ásia Menor se tornaram o berço da filosofia (mais exatamente, Mileto), e na época romana, foi o principal local das viagens e pregações de São Paulo. Depois a região esteve nas mãos dos persas e, finalmente, dos turcos. Ver também EUROPA.

ASTECAS. (antropol.) Ou Méxicas. Etnia nahua tardia que invadiu a região do Lago Texcoco, fundando a grande capital imperial de Tenochtitlan, que maravilharia os conquistadores europeus. Ali foi encontrada, séculos depois, o grande calendário-de-síntese chamado a “Pedra do Sol”, nas ruínas do templo Teocalli (“Casa de Deus”) sob a Catedral da cidade do México.

Astrologia. (filosof.) A “Ciência dos astros”, estudo da suposta influência das estrelas e dos planetas sobre os habitantes da nossa Terra. Doutrina estruturante que analisa as etapas psíquicas de um organismo qualquer. Uma das Quatro Ciências (ver) sagradas de Agartha. “Sob a luz da Unidade dos Mis­térios, a Astrolo­gia não necessita afir­mar-se sobre as supostas influências planetárias ou estela­res. É bas­tante considerar as estrelas e os planetas como simples mar­­­cadores do Relógio Cósmico, definindo a evo­lução das épocas. Esta é uma visão pura e ori­gi­nal da ‘Ciência dos Astros’, a qual sequer ma­cu­la o espírito científico moderno.” 1. Mundial. Estudo das influências cósmicas sobre os movimentos sociais e culturais planetários. 2. SIMBÓLICA. A Astrologia pitagórica ou platônica que vê as energias astrais como simbólicas e subjetivas, priorizando a idéia do “planeta interior”. 3. ESOTÉRICA. Rama da Astrologia que prevê o estudo dos ciclos espirituais do ser humano e dos iniciados em especial. 4. A. PROFUNDA. Doutrina do tempo como elemento cultural, abrangendo as ramas espiritual ou esotérica, a social e a mundial. Ver ASTROSOFIA.


ASTROSOFIA. (astrol.) A “Sabedoria dos astros”, o mesmo que Astrologia simbólica (ver), o uso da semântica astral como figura de linguagem para tratar dos ciclos evolutivos dos iniciados. A “Sabedoria dos Astros”, é uma alusão simbólica aos ciclos humanos de diferentes dimensões e grandezas, empregando os ciclos astrais como analogias de linguagem dos ciclos humanos, sem a pretensão da influência. A premissa hermética “assim como é em cima é em baixo” (e vice-versa), trata meramente desta analogia que, de resto, pode haver sido “fabricada” ou organizada pelos estudiosos dos ciclos celestes. A Astrosofia na obra de LAWS, alcança uma riqueza e diversidade muito ampla, havendo sido divulgada especialmente através da celebrada Revista Órion de Ciência Astrológica, “a única revista ecumênica especializada em calendários e astrologia esotérica no mundo. Demonstra ser a Astrologia um instrumento ideal para a leitura do universo cultural e da evolução cósmica.” Também merece uma atenção especial o tema dos “Portais”, que se vincula hoje à questão dos calendários na abordagem desta obra, em função das mudanças de ciclos importantes como é a Nova Era, a Nova Raça, o Novo Ashram, a Nova Ronda, entre outros. “O mundo vive atualmente um momento mui­to especial, por se tratar do único em que todos os ciclos terminam jun­­tos para re­co­me­çar, pro­duzindo a grande Fenda que co­nec­ta o centro à pe­­riferia, na chamada Grande Meia-Noite dos Tempos, onde os três ponteiros do Relógio Cósmico se reúnem, trazendo a Suprema Re­velação à humanidade. Assim, todas as energias estão hoje em franca renova­ção, razão pela qual o mundo inteiro está sendo abalado desde os seus alicerces.” (Crise, Regeneração & Evolução do Estado) Tal coisa se reflete no estudo ecumênico dos calendários mundiais, e também na proposta de novos calendários, eventualmente adaptados às condições locais relacionadas aos novos pólos espirituais do mundo. Ver ASTROLOGIA.

ATHANOR (esoter.) A fornalha alquímica, o mesmo que o “corpo causal” (ver), depurado pelo Pimandro (ver) hermético. Ver ALQUIMIA.

ATLANTE. Nome da quarta raça-raiz, associado à cultura burguesa e responsável pelo desenvolvimento do plano psíquico e pela iniciação religiosa. A primeira expressão humana autêntica, e como resposta ela recebeu no seu seio os primeiros Mestres de Sabe­doria. Ocupou o grande território da Atlântida, uma formação Sul-oci­dental, in­clu­indo o norte do Brasil que, na época, era um grande Oce­ano interior. Esta Raça foi a mais característica desta Ronda e o seu centro, daí sua força e influência geral. Ver ATLÂNTIDA e IBEZ.

ATLÂNTIDA. A “terra das Águas”. Mito divulgado entre os gregos pelos egípcios, e registrado por Platão. A correspondências com as Américas são profundas. O continente da quarta raça-raiz. Ver ATLANTE e IBEZ.

ATMA. (esoter.) O plano da quintessência ou o mental superior, emanado pela Mônada (ver). Ver TRÍADE ESPIRITUAL.

ÁTOMO PERMANENTE. (esoter.) “Núcleos das energias dos planos, emanados pela Mô­nada (ver). Os átomos permanentes alcançam (e fun­damentam) a cada um dos cinco planos localizados sob a Mônada divina. Contudo, radicam-se apenas no sub-plano mais elevado de cada plano, e guardam apenas a sín­tese das experiências, portanto as mais puras e elevadas.” (O Microcosmos) Ver ESPIRILAS.

ATONISMO (filosof.) O deus-Sol nas religiões egípcias. Centro da Enéade divina de Heliópolis (“Cidade do Sol”, a On egípcia) que incluia o Nether (ver), a religião de Aton escreveu a primeira grande página na história egípcia. Ver também CULTO SOLAR.

ATROFIA. (sociologia) Condição de estagnação sócio-cultural. “A atrofia civilizatória que vivemos, é gerada pela derrocada progressiva dos alicerces da comunidade e da fraternidade universal, especialmente sobre a cristalização das classes sociais e a remoção temerária dos pilares do céu e da terra, da espiritualidade e da ecologia.” (...) “Atrofia cultural significa que a roda do tempo (ou do dharma) está parada, estagnada, que nenhum movimento novo é possível, antes dando margem para toda sorte de negatividade, pela falta de oportunidades e pela corrupção, devastação, exploração e violência.” (LAWS, “Comunitarismo – a Refundação do Mundo”)

AURORA DOURADA. (hermet.) A Golden Down é uma inflente ordem esotérica fundada em 1888, de base rosacruciana que visava a síntese e a congregação das correntes herméticas ocidentais. Seus principais dirigentes nos anos iniciais foram: William W. Westcott, Samuel L. McGregor Mathers, William R. Woodman, William B. Yeats e Arthur E. Waite. Vale notar que este conceito se aproxima da Nova Albion (ver): Alba ou alva = aurora, branco, o Continente Branco das Origens, Sweta Dwipa, a Idade de Ouro. A Quarta Loja de Shambala, o Reinado de Ishtar ou Vênus (a quarta Esfera e chakra), os Mistérios Ctônicos ou do Coração (alma-gêmea & iluminação), a Cruz espiritual, a Rosa-Cruz. E é, com efeito, a “Nova Aurora”, que é também Dourada, porque rumamos para uma nova Idade de Ouro nos próximos séculos, fruto do aprendizado-na-dor que a humanidade contrita passará, quiçá já a partir deste mesmo século, readquirindo a humildade e a sua verdadeira humanidade, resgatando daí os seus verdadeiros caminhos, sob as orientações seguras da Hierarquia. E tudo isto tendo como foco principal o Brasil, para irradiar como um Aguador geográfico as novas luzes para todas as partes.

AUTODIDATISMO. (sociolog.) Condição de investigador auto-orientado, seja por dilentantismo ou por necessidade –não confundir, nisto, com anarquismo (ver). Comum nos processos pioneiros, como são os trabalhos da Hierarquia e, sobretudo, de Shamballa. Idéias como as do “deus que faz a si mesmo” (como o Min egípcio) e do “sacerdócio eterno sem pai nem mãe” (o de Melquisedec), fazem direta alusão a este processo. Também no campo da afirmação da nacionalidade, o autodidatismo se faz muito necessário, contra a carga de aculturação descaracterizante. Contudo, muita gente confunde ter uma meta com ter um caminho, e esta é uma grande ilusão. Na verdade, é como diz o ditado de Thomas Kempis (autor de “A Imitação do Cristo”): “O homem propõe, Deus dispõe.” Ou: "O coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe dirige os passos" (Provérbios 16:9). Até aqui, podemos entrever o caminho-do-meio que conduz. O resultado é o único que corrobora os fatos, e estes mostram que não se chega ao fim sozinho -a não ser através de esforços e sacrifícios que quase ninguém está disposto a se sujeitar, como fazem os mestres e sobretudo os avatares. E ainda assim, não será por desprezar guias, mas por estes terem naturalmente rareado ao longo da senda escarpada. Assim, melhor é deixar a solidão para o momento em que ela se torna realmente inevitável, do que por orgulho e vaidade não conseguir encontrar a via. Mas seguramente, quando já não tivermos muito que aprender, começaremos a ter algo para ensinar.

AVALON. (céltico) Ver ALBION.

AVATAR. (sânsc.) “Encarnação divina”. As 22 emanações históricas de Visnhu (ver), contando entre elas com dez principais, em perfeita consonância, portanto, com diversas genealogias sagradas ou patriarcais como a judaica, e a esquemas tradicionais como a Cabala. Todo o verdadeiro mensageiro divino, é um porta-voz das determinantes cósmicas, tendo por isto sua missão “escrita nas estrelas” e definida por “sinais nos céus”. Sua tarefa é interpretar a natureza dos tempos e transformar os potenciais em realidades criativas. “O Avatar representa em si, como ‘Encarnação Divina’, a Imagem vivente do próprio Deus no mundo, e também a primeira, a mais perfeita e a mais plena manifestação hierárquica. Sobre os seus ombros recaem todas as esperanças de uma sociedade, pois representam nada menos do que a exata medida de bem e virtude necessária para u’a humanidade em transformação.” (Shambala – o retorno à Ocidentalidade) Ver ORDEM DE MELQUISEDEC e AVATARI.

AVATAR. (sânsc.) Um avatar feminino, do qual os Puranas relatam apenas uma e ainda dentre as doze encarnações menores de Vishnu. Não se trata de discriminação, de fato cada um deve ter a oportunidade de mostrar que veio, porém o grande desafio feminino é superar a Prova de Abrahão, não apenas pelo apego mas pela forte cobrança social: uma mulher assim dificilmente seria aceita. Alguns hoje professam um avatar feminino, contudo não cabe questionar as profecias, e elas não sugerem um avatar-mulher. As pessoas que vêem a questão de fora, acham que é tudo ali é glória e regalias, mas na verdade é muitíssimo antes o contrário. Começa pela renúncia total de si, e pela completa auto-entrega à Providência. A própria iluminação, é alcançada apenas sob o auto-sacrifício ofertado a um grau inimaginável, a ponto de expiar boa parte do carma acumulado pela humanidade. Quanto mais elevado for o reino, maior será o grau de esforços, sacrifícios e de serviços. E isto aprendemos na medida em que caminhamos na Senda, a qual todavia pode ser bastante amainada, quando pisamos nas pegadas de quem foi na frente, usando uma trilha já aberta. Só os próprios avatares, necessitam sempre buscar caminhos algo desconhecidos, e este é o alto “preço” exigido pela sua missão pioneira. Como busco esclarecer a obra “Matriarcado & Nova Era”, de LAWS, as mulheres têm a sua parte garantida no processo divino, auxiliando os avatares a realizar as suas tarefas, e ninguém pode fazer a parte do outro: está tudo certo como está. Também se pode conhecer o importante papel da mulher no Budismo, no Egito antigo, e mesmo em situações iniciáticas grupais menos dramáticas, como relatadas na tradição xamânica tolteca.

AXIALIDADE. (filosof.) Nome dado por LAWS à doutrina divulgada por Emma C. de Mascheville, que trabalha com os signos astrológicos através dos eixos ou pares de opostos. Uma das chaves para a restauração dos códigos simbólicos locais, em contextos culturalmente colonizados. O que explicaria outra importante premissa maschevilleana, a de que um Avatar nasce no signo oposto ao da Era que vem abrir, sobretudo em vindo num hemisfério igualmente oposto ao da cultura dominante. Ver também TELURISMO e ALTERIDADE.

AZTLAN. (geograf.) A capital mítica dos astecas, sua terra de origem, e que significa em nahuatl “lugar da Alba”, local da brancura. (cf. Cristof Levalois em A Terra da Luz).















B


BAILEY, ALICE A. (1880-1949) Uma das grandes “pitonisas” do Plano da Hierarquia (ver), e uma das raras esoteristas modernas que anunciaram a volta do Cristo, aproximando-se assim da síntese tradicional. Seria possível mencionar pareceres de abalizados iniciados, que encontraram em Bailey uma alta fonte de informação esotérica e ocultista (demonstrada em várias obras suas, e ainda com a assistência interna ativa do ashram ao qual ela servia, não importa sob que nomes específicos), para além daquelas informações gerais que os escritores teosóficos vinham oferecendo, dando também muitas vezes um fabuloso desdobramento a temas avançados trazidos pela moderna Teosofia.  Muitas vezes certas informaçõe mais esotéricas estavam relativamente veladas em Bailey –levando a dificuldades de assimilação, de resto naturais nestes meios-, por isto temos nos esforçado para apurar estas questões vitais que podem trazer as chaves das novas iniciações, não sendo portanto assunto que possa ser desprezado.

BÁRBAROS. (antropolog.) Os povos ditos “não-civilizados”. Não obstante, muitas vezes os bárbaros se julgam ou são considerados defensores da revitalização das civilizações, quando se percebe que estas estão excessivamente engessadas, injustas e opressivas, tal como se lê no famoso édito de Gengis Khan, a respeito da sua conquista da China.

BASE. (geogr.) Pólo inferior do Eixo (ver). Território onde se busque organizar a sociedade, visando aplicar e desenvolver uma experiência superior emanada da Fonte (ver), em todos os níveis possíveis e necessários, tornando real e difusa e vivência sagrada. Uma cultura cuja ordem seja reflexo, direto e manifestado, de revelações e concepções superiores, em termos de ritmo e organização, visando manifestar e conectar sistematicamente a ordem superior revelada e, assim, também apresentá-la ao mundo e nele difundir.

BIGU. (filosof.) Forma como se designa na China e técnica de ingerir apenas alimentos líquidos, aparentada ao "pranivorismo". Muito em voga nos séculos anteriores, tem retornado com força após a abertura cultural do regime chinês.

BIJA. (ioga) “Semente”, ou o som-semente. Refere-se geralmente ao mantra OM ou AUM. O bija mantra não é tanto um som quanto uma vibração, coisa que fica mais claro no Anushwara (ver), também reproduzido musicalmente como um som-de-fundo. Analistas terminam por identificar o OM ao Anushwara, quando afirmam que o OM corresponde ao “som de fundo” do Universo, que alguns iogues também afirmam ouvir, remanescente do Big-Bang originário. Ao pronunciar o Bija, se está na verdade tentando aproximar deste som cósmico, de modo que o aperfeiçoamento do mantra tende a produzir esta identificação, tornando a sonoridade natural e perfeita.

BIOCENTRISMO (sociol.) Na teoria social do Projeto-Exodus – um Mundo Para Todos, esta lei da Biologia sustenta também a base inicial da organização comunal. “A Comunidade-Mãe segue as leis do biocentrismo, que são processos da própria Natureza. Na biologia, tudo começa com uma célula-mater fecundada. Hoje sabemos que as primeiras células, chamadas células-tronco, têm a natureza do arco-íris. Ou seja, apresentam funções múltiplas. (...) Esta Comunidade Aberta seria como uma grande sementeira, onde se reúnem os formadores de opinião, arautos do Novo Pensamento ou a Ecóstica (ecologia mística), como também chamamos. E que são sempre poucos. (...) Uma vez fortalecida esta base, servirá de fundamento para a formação de uma ou mais comunidades, a ser coordenada por algumas destas lideranças originais, e já integrando os evadidos da exclusão social, desempregados e jovens idealistas. (...) E assim sucessivamente, até organizar toda uma região com uma nova mentalidade. Com isto se gera as mudanças necessárias, sem a necessidade de fazer revoluções.” (O Sistema Geográfico de Evolução)

BODHISATWA. (budismo) O sublime renunciante, aquele que faz a opção de renunciar ao nirvana a fim de servir e de auxiliar a evolução humana até o final do eón. O grau de Bodhisatwa corresponde à sétima iniciação (na Teosofia inclusive), que é o primeiro grau da esfera de Shambala ou de iniciação divina ou avatárica, o grau que prepara a condição de Buddha. A renúncia ao Nirvana do Tulku-Bodhisatwa está relacionado ao Sendeiro de Serviço terreno, que é uma das opções de evolução dos Chohans. Título honorífico de Maitreya no Budismo indiano. No panteão tibetano, existem três Bodhisatwas principais: Chenrezig, Manjushri e Vajrasatwa. Porém, o título por excelência é conferido a Maitreya, o Buda futuro, e hoje residente no paraíso Tushita. Custa compreender tudo o que significa a condição do Grande Renunciante, quantas dimensões e situações pode abranger a idéia da “renúncia ao nirvana”. Para ter uma noção do tema, podemos arrolar os sacrificios e padecimentos que sofrem os grandes seres.


BOODHAM. (filosof.) O “dom da terra” em sânscrito. Um dos princípios sobre os quais se baseava o movimento de reforma agrária coordenado por Vinobha Bhave (ver) na Índia, sob influência das doutrinas políticas de Gandhi (ver). Pressupõe que a divisão da terra representa um dom de caridade e espiritualidade fundamental, dada a importância estratégica deste recurso. Este método de convencimento, seria o oposto do que fazem os grileiros para se apossar de terras, com ameaças violentas e falsa documentação, depois que os governos, de forma consciente ou não, usam os pobres, isoladamente, como testa-de-ferro para a expansão da fronteira agrícola. Ver SARVODHAYA.

BRAHMA. (sânsc.) O deus-criador da Trimurti (ver) hinduísta, vinculado ao gunas (ver) rajas criador, relacionado à Criação e também às coisas da Civilização. Relaciona-se ao Espírito Santo da Trindade cristã. E no dharma universal Tushita, está vinculado ao Novo Grande Mandamento, da valorização da Ecologia. Ver MANU.

BRAHMANISMO. (antrop.) Sistema sócio-cultural hindu, também chamado varnashrama ou “classes cíclicas”. Parece ter envolvido também a idéia de raça (varna = cor). Ver também RELIGIÃO DA CIVILIZAÇÃO.

BRASIL. (geog.) A sétima sub-raça árya (também dita “a nação do arco-íris”), vinculada assim ao Dia de Repouso (ou Plenitude) do Criador. Ver CORNUCÓPIA e MAYTREYA.

BRASÍLIA. (geosof.) A terceira Capital Federal do Brasil, criada pelo presidente Juscelino Kubitschek e centro da etapa sócio-formativa da aristocracia ou do nacionalismo, segundo o calendário Cronocrator (ver) local. “Brasília foi inaugurada no ano de 1960. De modo que completa em 2010 os seus cinqüenta anos de existência, ou o seu Ano de jubileu. Não obstante, nos moldes do calendário maia, a data pode ser também a de 2012, uma vez que neste padrão o jubileu é registrado a cada 52 anos, através da chamada “Cerimônia do Fogo Novo”. Nisto, a data coincide com a conclusão de um ciclo maior maia, relacionado à Era solar e mesmo a um ou até dois Anos Cósmicos de 26 mil anos solares.” (O Sistema Geográfico de Evolução)

BRUXARIA. (filosof.) Ou feitiçaria. A crença na manipulação das coisas mediante feitiços e sortilégios. Enquanto via mística, a bruxaria busca o poder e se caracteriza fortemente por transferir o auto-sacrifício pelo sacrifício externo. Hoje em dia, a bruxaria vem adotando amplamente os recursos e a linguagem do ocultismo (ver), assim como há muito fez com o misticismo (ver).

BUDHA. (sânsc.) “Título clássico oriental (que) corresponde a outras tantas designações presentes em diferentes culturas. (…) Pertence a uma linhagem eterna de Mestres divinos que vêm ao mundo periodicamente, a fim de conferir aquele Ensinamento necessário à humanidade num dado momento histórico. Sua regularidade é tal e sua identificação tão plena sob certos aspectos, que seu título e atributo mais importante é Tathagata, significando “aquele que é como os que o antecederam”. Isto não significa, todavia, uma absoluta identificação doutrinal entre todos eles, em termos de métodos ou mesmo de fins, na medida em que cada momento histórico é efetivamente único. Os Buddhas identificam-se, isto sim, na nobreza e na amplidão de suas Missões e Ensinamentos. Assim como na natureza arquetípica que caracteriza a todos, ou seja, por sua constituição de Microcosmo perfeito, estabelecido na suprema regularidade de seus ciclos de iniciações astrologicamente definidos.” (Shambala – o retorno à Ocidentalidade)

BUDDHI. (sânsc.) O quarto plano consciencial ou o “intuititivo”. Relacionado ao plano de trabalhos da nova raça-raiz e sede atual do Corpo Causal (ver). Ver TRÌADE ESPIRITUAL.

BUDISMO. (filosof.) “Grande movimento de renova­ção mundial, en­­volvendo a expressão de um dharma verdadeiro, quer dizer, aquela Lei espiritual de fundo, sobre a qual se desenvolvem as habituais revela­ções e doutrinas religiosas. O budismo foi aos poucos sendo expulso da Índia, a prin­cípio pelos próprios hindús que não aceitavam a pregação anti-castas do Buda, e depois pelos muçulmanos, sendo que no século XI pratica­mente já inexis­tiam budistas na Índia continental. O Budismo de Gautama encerra hoje o seu ciclo de vitalidade, e um novo momento de dharma solar está para ser instaurado.” (“Trikosmos”) É muito importante o trabalho consciencial do Budismo, e ainda compensa um pouco a ausência de conhecimento técnico mais profundo. Apesar do tantrismo falar tanto da conjuminação entre método & sabedoria, na prática o raro tema da iluminação tântrica ou ocultista foi solapado pela questão místico-conciencial, sendo quase reduzida à “ética” ou a meditações, que dificilmente fornecem muito no contexto ocidental por falta de egrégora, de entendimento, etc. Neste sentido, o tantrismo indiano às vezes soa mais completo, se é que não dá ênfase no “outro lado”, donde a shaty-poder, mas também “gozo”. Apenas isto não assegura a imortalidade e a autonomia na luz, a pressão permanente não liberta o buscador. Mas não se espere do Budismo-do-vazio sequer a consumação do terceiro grau, que é muito ativo e criativo, e aqui entra uma técnica muito rara e especial, que somente os alquimistas detinham, ou a Hierarquia, que é a Agni Ioga. As meditações dos tibetanos sãofortes, especialmente dentro dos Mantos Azuis ligados à Shambala. O valor da visualização de energias que os monges tibetanos realizam, depende muito da intensidade e da energia acumulada, etc. De todo modo, é sempre uma grande oportunidade ter contato com estas grandes doutrinas-raízes da humanidade, especialmente as de viés oriental como é o Budismo, porque nunca devemos esperar uma realização espiritual segura longe destas bases, mas somente a partir delas. Também foi dito que o Budismo é a única religião que jamais derramou sangue. Os grandes iniciados sempre alcançaram a sua realização a partir destas bases tradicionais, e somente depois é que puderam enveredar pelas ramas mais esotéricas. De todo modo, a Chave oculta é sempre unir som-luz-amor. Ver ASHRAM LUNAR, MAHAYANA e VAJRAYANA.

BURGUESIA. (sociolog.) A segunda classe (ver) social tradicional, responsável pela tripla divisão do Elemento Água, ou seja: comércio, indústria e filantropia. Um dos cimentos do Matriarcado (ver). Ver CLASSES e CAIN.



























C


CABALA. (esoter.) Doutrina esotérica hebraica, de estilo pitagórico valorizando os números e a geometria, tendo em vista os processos de iniciação. Ver ÁRVORE SEFIRÓTICA.

CADEIRA DE FOGO. (esoter.) Uma das “provas de realeza” (ver) tradicionais. Forma misteriosa de “desafiar o rei” na tradição arthuriana ou na tradição celta solar. Pelo mito, apenas um rei verdadeiro teria capacidade de suportar a força desta cadeira, que simboliza também o Trono ideal, a Cadeira vazia ou o Trono vazio (ver). Modernamente, LAWS propõe uma prova semelhante, através do uso de instrumentos científicos capazes de identificar a fisiologia peculiar dos iluminados; posto que tal conquista revoluciona significativamente o ritmo do sistema nervoso de um indivíduo.

CAIN. (teologia) O filho homicida de Adão e Eva, assassino do seu irmão Abel (ver), o pastor escolhido (tal e qual como seria David, mais tarde). Cain é um agricultor e símbolo da burguesia, cuja atividade central na Índia era, precisamente, a agricultura. Apenas os agrocultores tinham produtos (alimentos, bens de primeira necessidade) em abundância para trocas. Este irmão mais velho, sentiu-se preterido por Deus que escolheu Abel, ao qual resolve então matar. Tema ao qual a Psicanálise prestaria um importante serviço ao investigar, se trata de uma situação recorrente na mitologia das sociedades antigas, a dos irmãos rivais, que acontece de fato nas famílias predestinadas, em especial onde nascem os messias, como sucede na genealogia de Osíris e Set ou de Pachacamac (ver) e Uacon. Sociologicamente, envolve a “luta de classes” de que fala Marx, e na macropolítica global, isto é semelhante à perseguição feita pelo imperialismo capitalista contra o Nacionalismo no Terceiro Mundo, durante a Guerra Fria. Se Deus proíbe que vinguem Abel, símbolo da aristocracia espiritual que representava então a nova raça nascente, dita árya, é porque a burguesia simbolizada por Cain não poderia ser meramente destruída, mas sim domesticada para seguir realizando o seu papel de base na ordem social. E isto deve ser buscado pela organização das classes superiores, para que se tornem uma força histórica, sempre devidamente orientada e amparada espiritualmente pelos profetas, restaurando assim a Ordem sagrada das coisas. Assim, Deus não propõe uma revolução hegemonista, mas a criação de uma ordem paralela. Na verdade, Cain já não seria um bom lavrador, sendo antes condenado a se tornar um errante, como um cigano -que é uma paródia no nobre pastor-, a fim de tentar substituir a função que destronara, coisa que muito lhe custaria por não deter a vocação necessária de pastor. Tal coisa representa, todavia, apenas um esboço de todo um quadro sociológico de corrupção e opressão, envolvendo as classes representadas por estes dois personagens. O fato é que Cain era um luciférico materialista, que desejava controlar o céu e a terra. E queria tirar de Abel até o seu direito a controlar o céu ou as coisas espirituais, realidade também presente no símbolo do pastor. Havia uma harmonia original na terra, onde Cain era amado pelos homens porque semeava, e as pessoas apreciam as colheitas. Mas Deus prefere a vida austera de Abel, o pastor nômade, onde o ser humano não se abaixa para semear e colher, mantendo ademais intocada a Criação. Por isto, Abel pertence a uma raça nascida da Natureza “virgem”. Mas Cain pertence a uma raça invejosa, ambiciosa, corrompida e enfermiça –na verdade, uma classe assim colocada, a da burguesia, que facilmente almeja controlar o céu e a terra. Comumente, aqueles que detém o poder material, também ambicionam controlar o mundo espiritual. O oposto também acontece, como aconteceu nas raízes do Dilúvio, sob a queda dos anjos ou gigantes. Assim, podemos ver neste tema um esboço de um quadro golpista como o que houve durante a Guerra Fria, no Século XX passado, quando as forças do capitalismo organizado e da burguesia internacional, em conluio com as forças do servilismo ingênuo proletário, combateram sistematicamente as forças da aristocracia nacionalista em toda parte. Assim, a análise sociológica das Escrituras soa extremamente fecunda, fazendo emergir de forma luminosa a premissa de Krishna quando diz que toca a cada um realizar apenas o seu próprio trabalho, a nunca o de outrém, porque isto significaria a morte da alma. A narrativa das crises culturais se limita muitas vezes à descrição desta perda de legitimidade. Apenas a retomada de uma Sociologia Universalista, pode confeir o viço necessário à espiritualidade, fazendo-a de fato uma coisa viva e impulsionadora no seio da humanidade. Ver BURGUESIA e IRUS.

CALENDÁRIO. (astrol.) Registro do tempo sob bases espaço-temporais e, tradicionalmente, também espirituais. Sua conexão zodiacal, determina um verdadeiro programa social a ser cumprido no decurso de uma civilização. Calendários servem a muitas funções, entre elas para o auto-conhecimento. O uso da astrologia pessoal, se projeta no calendário social. É muito importante conhecer o nosso “signo coletivo”, pois ajuda a conhecer a nossa missão grupal, entender o momento do mundo, etc. Mesmo quando pensamos poder “transcender”, ele ainda pode ser útil dentro de um serviço social. Quando Krishna orientou Arjuna a cumprir certo dharma, sabia que aquilo seria de interesse tácito para a evolução da humanidade e do próprio Arjuna, mesmo que este não soubesse ou compreendesse direito aquilo, e ainda se identificasse pessoalmente com aquilo contra o qual deveria combater, numa utopia pessoal egoísta. Ele teve que aprender a ser impessoal para poder agir, numa ação que estava na linha evolutiva da humanidade, ignorada por ele mas conhecida por Krishna, que conhecia o calendário racial. Krishna mesmo era totalmente isento, agia por dever e compaixão, para reerguer o dharma dentro da humanidade. Os Mestres detém o conhecimento precioso da evolução mundial, e sem estes roteiros e mais a orientação ativa da Hierarquia, a humanidade ficaria quase totalmente perdida. Raros são os expoentes abalizados dos calendários raciais e planetários, e menos ainda são eficazes para expor o tema com cientificismo, antes sucumbindo aos mitos, aos véus e às versões populares. Basta notar que, apesar do “Glossário Teosófico” apresentar as duas visões de tempo (“humano” e “divino”) no Manvantara (verbete Yuga), os expoentes teosóficos se atém ao padrão humano-profano-velado das Yugas; porém este não é o mais científico e universal e nem ajuda a compor a unidade cultural almejada da Idade de Ouro. Por isto se pode afirmar (e demonstrar) que a Sexta Era solar dos maias -nahuas (2012) é a mesma Sexta raça-raiz dos teósofos, até porque a grande data-fundadora de ambas as civilizações, mexicana e hindu, são praticamente a mesma: 3113 aC e 3102 aC, respectivamente. É claro e é certo que as nobres culturas maias-nahuas integram a sagrada Sabedoria das Idades. Estas culturas trataram os Mistérios Eternos de uma forma exemplarmente clara e didática. E o seu amor pelos Sagrados Arcanos era tão epidérmico, que os nomes dos seus cidadãos eram não outros, do que os seus próprios signos astrológicos diários..! Pois bem, estas culturas também demonstraram, e de forma mais clara do que em qualquer outra parte, que é possível tecer vários calendários porque o tempo se presta naturalmente a tais divisões, a partir das próprias estruturas matemáticas do Universo. E um dos seus calendários mais notórios, tem o período de cinco mil anos relacionados aos ciclos humanos e raciais, terminando senão com a destruição da humanidade, certamente com a sua conversão simbólica em alguma coisa diferente, denotando assim o foco expressamente antropológico da crise –tal como sucede às raças-raízes-, além do caráter catastrófico e “apocaliptico” destes momentos nos quais os Elementos entram em convulsão... Ora, existem no Hinduísmo calendários semelhantes, embora não tão conhecidos do público, porque outras tradições se tornaram mais evidentes. O Vishnuísmo prosperou mais nos séculos e até milênios mais recentes, ao passo que o Brahmanismo –fonte destes saberes, e que seitas/escolas como a dos Brahma Kumaris ainda sustentam- se apagou, porém este foi o alicerce da Idade de Ouro hindu, edificada sobre as Leis de Manu, as quais também foram seriamente deturpadas de todas as formas possíveis.

CAMINHO (filosof.) Designação empregada por algumas doutrinas históricas, entre elas o Cristianismo e o Taoísmo, para aludir aos seus principais fundamentos filosóficos e à natureza verdadeira e única da sua proposta espiritual. Maitreya resgata esta tradição, para designar a via que apresenta ao mundo, enquanto porta-voz da lei irisada da Nova Era de restauração, renovação e revelação universal, através do seu Inventário Dimensional (ver), como súmula dos caminhos históricos, que se caracterizam todos pela proposta do equilíbrio dos opostos. Muito se fala sobre o “caminho”, afinal tal coisa pode chegar a ser realmente a mais importante que existe na vida. Destacam-se daí algumas frases célebres. Antonio Machado, famoso poeta sevilhano, declarou que “o caminho se faz ao andar”, expressando com isto certo voluntarismo, quiçá ao gosto dos materialistas. O destrino destes é a frustração, pela impossibilidade de organizar um caminho válido. Krishnamurti formulou a altissonante súmula do seu monocórdico pensamento nestes termos: “A Verdade é uma terra sem caminhos”, uma visão própria de grandes místicos. Porém, onde não há caminho tampouco existe jornada ou evolução, afinal a conquista imediata é para poucos. O destino destes é antes encontrar falsos caminhos, que existem somente nas suas fantasias, reduzindo assim a verdadeira dimensão das metas. Debates filosóficos podem ser infinitos, por isto a Tradição de Sabedoria aponta para aqueles que conhecem o caminho porque já o tem trilhado. Por isto, os melhores ensinamentos são realmente aqueles dos grandes Mestres, porque vindos do alto. O Buda afirmou que o dharma (ver) é como um barco, que deve ser abandonado depois que ele nos conduzir até a outra margem do rio. E Jesus Cristo, declarou peremptoriamente: “Buscai a Verdade (ver) e ela vos libertará”, como também disse, para aqueles que se confundem com a “Verdade”: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Diz um ditado oriental, que “quando o discípulo está preparado, o mestre aparece.” O verdadeiro discípulo, tem como a sua primeira premissa, esta resoluta postulação: “Mestre, guia-me!” E no exato momento em que esta pergunta é formulada, o mestre aparecerá na sua vida. Então as coisas começarão a acontecer uma vez mais. Assim é que sempre foi, é e sempre será. A diferença entre um mestre e um filósofo, é que este fala de caminhos, e aquele ensina a caminhar.

CAMINHO-DO-MEIO. (filosof.) A famosa senda do equilíbrio do Buda, que está na base de toda a doutrina de Sidarta Gautama, constituindo a base da Escola Madhyamika do Budismo. No Oriente, se diz que o caminho-do-meio é difícil como andar sobre uma navalha. O ser humano facilmente se perde e confunde, produzidno simulações de virtudes; por esta razão, para evitar o auto-engano, a Tradição prescreve a necessidade de um instrutor, mestre ou guru -aquele que, através da experiência própria, pode dizer se um aspirante está avançando ou não, podendo prescrever aquilo que é necessário para o seu progresso na senda. “O paradoxo aqui é que, aquilo que é equilibrado, apenas pode ser obtido após um contraste de opostos, pois tentar de outra forma seria uma ilusão e não trilhar uma busca pelo caminho-do-meio, mas sim permanecer no meio-do-caminho...” (Tetragrammaton)

CAMPO UNIFICADO. (filosof.) A síntese das “contradições” inerentes à Teoria da Relatividade einsteniana, é procurada ainda na teoria científica, porém, talvez tal coisa jamais seja de todo resolvida na prática, porque a unidade tende a ser supra-racional.

Canalização (esoter.) A recepção extrasensorial de mensagens superiores. A canalização antecede antropologicamente a iniciação, mas a evolução investe cada vez mais nesta, porque traduz a realização progressiva do ser, sendo obviamente mais plena, segura, includente e objetiva do que a simples “canalização”, sujeita a tantas incertezas. A mediação espiritual é importante para preencher transições e preparar novas revelações. O Plano da Hierarquia (ver) demonstra, contudo, que a época das grandes “canalizações” já tem passado, vindo o tema a ser apropriado devidamente pela Loja Negra, apegada ao atavismo como é. Por isto não apareceu mais ninguém como Blavatsky e Bailey nas gerações seguintes, declarando serem basicamente “canalizadores”. Restando uma espécie de caricatura diluída do tema, justamente porque tudo aquilo apontava para a realização em “tempo real” dos esinamentos esotéricos visando a entrada da Nova Era, e por consequencia da “reabertura das Escolas de Inciação, da Restauração dos Mistérios e da Manifestação da Hierarquia” (Bailey). Neste contexto de grandes ensinamentos, a realização espiritual pode positivamente se difundir –e em profundidade -, a partir da base da experiência consumada, e não mais da especulação mística ou da teorização intelectual. Não se trata, porém, de extinguir a canalização. A “canalização” acontece cada vez mais com a realização espiritual, é como uma “vidência”. Mas ali já não existe separação entre o “canal” e a “coisa” canalizada, por isto o método não é enfatizado, porque se “dilui” em meio ao trabalho interno geral. Diminuem assim os “canais exclusivos” em favor da sua manifestação. E a espiritualidade trata  de organizar as coisas no mundo. Ver EXTERIORIZAÇÃO.

CÂNONE DA PERFEIÇÃO. (filosof.) A chave-trina espiritualidade-fraternidade-ecologia, expressão programática da Trindade, depreendida da trindade Criador-Criatura-Criação, e que abre as portas da nova Idade do Espírito Santo. Ver EVANGELHO DA NATUREZA e IDADES DIVINAS

CÂNONES (NOVOS). (filosof.) Basicamente, o Novo Cânone diz respeito aos padrões quaternários da nova raça-raiz. Os materiais são inspirados na tradição universal das Idades Metálicas (ver). Por extensão, a expressão inclui os padrões espirituais da Hieraquia e até da Divindade, inspirado por sua vez nas grandes profecias e hierofanias. Ver também TETRALUCIS e CÚPULA DE CRISTAL.

CARAL. (geog.) Berço uma das mais antigas civilizações superiores do Peru, instalada na costa do Pacífico, há mais de 4 mil anos, com pirâmides, anfiteatro e outras tradições arcaicas.

CASTAÑEDA, CARLOS (literat.) Autor e antropólogo de origem incerta –provavelmente brasileiro-, qu se dedicou a divulgar conhecimentos ocultos dos índios do México. Os conhecimentos de Castañeda são vastos e complexos, não raro polêmicos. Quando incluídas as obras de suas co-discípulas, tudo isto ainda se amplia. Autor cult, muitos cresceram e aguardaram avidamente a chegada de cada novo livro seu. Quando o nagual (ver) morreu, LAWS realizou uma última releitura da obra, para compor a trilogia “A Tradição Tolteca”, dando certa ênfase às filosofias comparadas, especialmente em prol da teosofia (Bailey) e do sufismo (Gurdjieff). Embora não tenha seguido todos os passos deste caminho, muito menos a base da Tensegridade que somente foi apresentada no final destas “revelações”, LAWS pode corroborar muitas das premissas toltecas em sendas próprias ou paralelas, ao experimentar vários caminhos com dedicação e em ambientes adequados, inclusive a coerência profunda dos seus calendários ou datações, à luz da História e do Ocultismo. Em muitos momentos, os relatos de Castañeda tangem informações paralelas, presentes em outras filosofias. Mas certamente o chamado caminho tolteca (ver) possui peculiaridades únicas, por isto cabe um olhar muito próprio à Castañeda, por mais polêmicas que o cerquem, dentro e fora do seu trabalho como nagual.

CASTAS. Em sânscrito, varnas. As quatro divisões sociais do Brahmanismo. Esotericamente, se computam 36 (sub) castas para fins de cálculo sociais mais profundos, como no relativo às sinastrias astrais. Ver VARNA.

CASA DA VIDA. (filosof.) Forma como os egípcios denominavam aos seus templos-escolas, considerados como locais para a semeadura da vida eterna (ankh).

CASTIDADE. (psicologia.) Embora correspondam rigorosamente ao mesmo, se tem procurado atribuir à castidade o ato da contenção sexual, ao passo que o celibato (ver) representaria a privação sexual. Essencial não somente para a experiência religiosa ou espiritual (constituindo uma das nyamas ou proscrições da Doutrina da Yoga), mas também na auto-orientação para a experiência das almas gêmeas, mais que um gesto ou ato qualquer, a castidade representa um estado-de-espírito, de recato e de pudor. Contudo, para alguém ser realmente capaz da castidade, é preciso sujeitar-se a uma disciplina natural e saber valorizar o celibato. O respeito ao gênero sexual (monogamia), representa uma das formas mais elementares e importantes de castidade ou de contenção dos impulsos sexuais. A mente apenas se alinha com a Verdade, e o ser humano somente se reconcilia com a própria Natureza, através destas balizas morais e comportamentais. A primeira grande regra do amor não é o desejo, mas sim a castidade –dentro do tradicional preceito do equilíbrio os opostos. A única forma de evitar abrir a Caixa de Pandora, a que está sujeito o ser humano como ente dotado de livre-arbítrio, é através da moral e do respeito à Deus, ao próximo e à Natureza, fruto do discernimento e da disciplina. A castidade é muito difícil de exercer para a mente ociosa, para o espírito indisciplinado e para aquele que vive sob uma forma de vida tediosa, egocêntrica ou materialista. Mas a solução não é aviltar e abastardar o sexo, e sim elevar o espírito. Se o controle e a regulação sexual se exercem respeitando a Natureza, seus ciclos e necessidades, a castidade se alcança através da atenção, do respeito e da dedicação ao próximo, ao passo que o celibato se realiza no amor a Deus, no serviço à Hierarquia e na consciência do espírito. Ver COMPORTAMENTO e ACUMULAÇÃO.

CAUSALIDADE. (filosof.) Doutrina extremamente controversa naquilo que aporta de ilusões ao espírito dogmático, na sua busca vã de explicações absolutas para os fenômenos da criação ou do espírito. A única forma sábia de focar a causalidade seria, pelo contrário, em termos dialéticos, na consideração do movimento natural entre os mundos dos fenômenos e da essência, ou entre as coisas da imanência e as da transcendência.

Cedaior. Albert Raymond Costet - Conde de Mascheville, esposo de Emma Costet de Mascheville (ver). Místico e esotérico francês, fundador do Martinismo no Brasil. Escreveu obras como “As Leis de Vayu”, contendo ensinamentos do seu mestre.

CELIBATO. (psicologia.) A auto-consagração às energias superiores da vida, sacrificando os impulsos sexuais em nome da experiência espiritual. Praticado tradicionalmente em algumas ordens místicas ou religiosas, e dentro de diferentes épocas e civilizações, o celibato também era prescrito do Brahmanismo durante no primeiro ashrama (ver) ou etapa-de-vida, aquele denominado Brahmacharya, que era a condição de estudante consagrado a Deus. Este fato está diretamente ligado à afirmação de Jesus: “Conheceis a Verdade e a Verdade vos libertará.” Seguramente, o Brahmacharya, estudava, entre muitas outras coisas, as leis da Psicologia Ocultista, que envolve uma acepção superior da Astrologia, através dos monômenos (ver) e dos decanatos (ver), por exemplo, sempre tão exaltados na Astrologia antiga. Ademais, a exaltação da palavra “Brahma” nesta fase, remete ao deus da Criação ou ao Criador, que é o plano das Leis da Natureza. Teremos aqui, portanto, as regras da saúde física e da integridade psíquica, envolvendo o respeito ao gênero sexual. Na sequência deste ashrama, surge aquele de Grihastha, a etapa de “doméstico” do homem, onde ele contrai matrimônio e organiza uma família que, na cultura agregativa da Índia, pode chegar a constituir uma pequena comunidade. Assim, o universalismo indiano prescreve o celibato também como uma preparação para o matrimônio, adquirindo quase o espírito da castidade (ver). Considerando que a juventude corresponde à etapa onde a pureza se combina com o idealismo, a etapa Brahmacharya representa o momento ideal para alguém ter uma experiência espiritual marcante e, eventualmente, despertar uma vocação religiosa, razão pela qual os grandes mestres realmente recebem o seu chamamento interior em torno dos dezoito anos de idade. Com isto, não se determina que um Brahmacharyn siga necessariamente para a etapa seguinte, pois evetualmente ele optará por permanecer nesta condição, ainda que a natureza do Brahmanismo venha a instruir por uma orientação matrimonial de elevada qualidade, podendo até mesmo haver incluído nas suas origens, uma perfeita ciência das almas-gêmeas (ver), tal como se propõe hoje resgatar ou revelar para a nova raça. Deste modo, podemos ver neste ashrama, não somente uma etapa do sistema de educação permanente e integral, que é o varnashramadharma -ver- hindu, como também o equivalente a um “serviço obrigatório”, que quase todas as civiliações determinam aos jovens, e que as teocracias em particular, prescrevem, naturalmente, como sendo de natureza espiritual. Ver ACUMULAÇÃO.

CELTAS. (antropol.) A quarta sub-raça árya, segundo os anais teosóficos. Comprende-se daí, por analogia, sua importância atual na moderna espiritualidade e na conformação do Quarto Ashram Solar, seja pela vertente humana ou lunar (xamanismo), seja pelo aspecto hierárquico ou solar (iniciação). A cultura celta colocou as sementes da nova Loja de Shambala. Aplicamos para a espiritualidade, os mesmos preceitos da Teosofia em relação às raças: uma raça é fundada pela sub-raça numericamente análoga da raça anterior. A sub-raça celta foi quarta, e a nova Loja (Albion) também é a quarta, após Shambala, Ibez e Asgard. Avalon é a “Grande Ocidentalidade” de que falam as lendas celtas, para onde foi levado o corpo de Arthur, indicando a Luz do Futuro. Aliás, a Ursa (Arthur) continuará em voga, pois da Maior o pólo celeste passará à Menor. Ver ALBION e PONTOS MÉDIOS.

CENTRO. (geosofia) Há sempre diversas modalidades de centros ou pólos seja nos países, nos continentes, nos planetas ou nas estrelas. Estão relacionados sãos Mistérios Agarthinos. O centro geográfico está no meio das coordenadas geográficas de um país (no Brasil, é Barra do Garças). O centro geodésico é o centro da área territorial do país (Palmas) ou do continente (Cuiabá). O centro hemisférico é alguma cidade do paralelo 30 do continente-dharma (como Porto Alegre). O centro astrológico é o meio da faixa meridiana projetada da Era em vigente (como São Lourenço). O centro político é a conhecida Capital da Federação. Ver AGARTHA.

CENTROS PLANETÁRIOS. (esoter.) Os “Três Centros planetários” são, em A. A. Bailey, a Humanidade, a Hierarquia e Shamballa. O tema é especialmente explorado na obra Astrologia Esotérica.

chama violeta. (esoter.) Energia alqupimica e purificadora, associada ao Sétimo Raio da divindade, ou Ritualística-e-Organização. A chama violeta é um instrumento absolutamente oportuno para todo o aqui e agora, já que são várias as energias setenárias entrantes, telúricas e celestes.

CHATUR-YUGA (sânsc.) “Quatro Idades”. As quatro idades pelas quais passaria a Terra no decurso de um manvantara (ver).

CHAVES DA DOUTRINA SECRETA. (esoter.) Chaves revelatórias da sabedoria Tradicional, descritas por H. B. Blavatsky em sua A Doutrina Secreta, e criteriosamente arroladas por Alice A. Bailey em Tratado Sobre Fogo Cósmico, empregadas na abertura dos ciclos de revelações do Plano da Hierarquia (ver). “As chaves de ‘A Doutrina Secreta’, por H. P. Blavatsky, são: a. Psicológica, b. Astronômica, c. Física e fisiológica, d. Metafísica, e. Antropológica, f. Astrológica, g. Geométrica, h. Mística, i. Simbólica, e j. Numérica. Ainda não dispomos todas as chaves (cf. D.S. II, 22 e 33). Temos a chave fisiológica, a psicológica, a astrológica e a metafísica. A quinta é a geométrica.” (Alice A. Bailey, Tratado Sobre Fogo Cósmico, Ed. Kier, pgs. 114/5) O ciclo atual de ensinamentos da Hierarquia protagonizado em LAWS, foi desencadeado através da revelação das Chaves Geométricas da Doutrina Secreta, conforme já havia sido anunciado por Bailey.

CHAVE QUÂNTICA. (ciencia) Uma das mais relevantes chaves quânticas, diz respeito à percepção da importância do observador no processo de apreensão do real, de modo a, conforme a qualidade da consciência, o mundo poder ser percebido como algo mais objetivo ou mais subjetivo, a partir da visão da luz (fóton) como onda (espírito, fluído) ou partícula (matéria, corpúsculo).

CHICHÉN ITZÁ. (geog.) “A Cidade dos Bruxos d’Água” –em mais uma típica referência atlante ao elemento água. A grande cidade maia-tardia, situava-se nas mesmas latitudes 20 de Tula, Tenochtitlan e Teotihuacan. Tudo indica ter sido o objetivo de Quetzalcóatl em sua fuga do México central, pois nasceria ali um novo momento aristocrático na cultura maia, em torno do mito equivalente Kukulkan. Ver TULA.

CHOHAN. (esoter.) “Senhor” em tibetano, designando a nova posição da Unificação Vicária (ver) mundial, que vem a ser de Sexta categoria. O mesmo que o sânscrito Ishwara e o grego Arconte (ver ambos). Ver SENDEIROS CÓSMICOS.

CHILTAN. (esoter.) Uma “postura” de ampla difusão histórica, geralmente caracterizada em estátuas e estatuetas, com as mãos postas sobre locais especiais, relacionados a chakras, com objetivos de transmutação da energia, para a alquimia espiritual ou para a cura, envolvendo sempre um centro superior e um centro inferior. “...a postura Chiltan pode ser empregada por todos para manter a saúde e para realizar os trabalhos espirituais regulares. No entanto, como o centro alquímico está associado à energia da hierarquia, isto demonstra que apenas a relação direta com a hierarquia pode manter o equilíbrio espiritual da humanidade e ajudá-la na sua cura e evolução.” (“Os Mistérios d’A Serpente Emplumada”). Ver TOLTECAS.

CICLOS. (astrol.) Os ciclos de evolução, comumente recebem véus ou leituras paralelas. O convívio com os reinos superiores abrevia substancialmente os ciclos. As grandes datas de transição são às vezes um problema, mas convivem com a revelação ou a manifestação divina como marco central de transição como o sol no horizonte. Temos agora uma data racial precisa, o 2012, que detém valor semelhante. Em função disto, a humanidade (raça-raiz) entrará na quarta dimensão, a hierarquia média (apostolado) entrará na quinta domensão e a cúpula da Loja (unificação vicária) entrará na sexta dimensão. A questão é que os calendários são múltiplos, e esta é uma das razões das transições (porém, todos eles podem ser harmonizados sem muita dificuldade). Ou seja, a parcela da renovação que já se apresenta. Vejamos então: A Nova Era deve começar no máximo no século XXII (porém a transição já começou em 1988). Há o calendário racial maia-nahua que começa em 2012/13, com 5.200 anos, e divisões principais de 400 anos, segundo J. Arguelles. E há outra divisão relacionada às idades do Mundo em que a Idade de Ouro racial começa dentro de uns quinhentos anos. Este é o Calendário Cronocrator aplicado ao Novo Mundo, muito completo e tradicional, usado pelo Projeto-Exodus, e inclui a formação das bases sociais das raças. Vivemos hoje a incubação social da futura civilização de Aquário. Existe ainda uma divisão paralela à anterior, relacionada às idades do Mundo, também de 5 mil anos, que nos coloca em menos de um século às portas da Idade de Ouro. Este ciclo é usado pelos Brahma Kumaris e não respondemos pela sua precisão. Os Mestres detém muitas das chaves dos ciclos, os avatares vêm nos momentos-chaves para insuflar uma nova energia no planeta. Tal como no Êxodo "o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite" (Êxodo 13 : 21), os Mestres atuam de dia  como guias iluminados, e de noite como anjos protetores. Isto vale também para o Dia e a Noite de Brahma.

CIDADE-LUZ. (geosofia) Epíteto de Paris, face seu elevado grau de iluminação. Culturalmente, se deve seu esplendor cultural e capacidade de irradiar conhecimento, amor e esperanças para a humanidade. Esotericamente, o termo está ligado ao caráter arcadiano da Capital da França, incidindo sobre a mesma linha de Greenwich com a qual se associa o eixo polar da Era de Peixes e até da esfera cósmica. Título de cada Capital Federal da nação ou região em que evolui o eixo polar durante uma Era. Atualmente, Brasília se candidata para este posto mundial. “(...) a idéia de que Paris se chamasse ‘Cidade-Luz’ apenas porque ali floresceu o Iluminismo, é coisa bastante restrita. Na verdade, este ‘iluminismo’ foi conseqüência do conjunto de energias sutis que operavam então ali. (...) o Brasil herda da Europa o cetro de luz, levado astronomicamente pela evolução do ponto vernal que há dois mil anos se achava efetivamente sobre Greenwich (e nisto, também sobre Paris), mas que agora se aproxima do território brasileiro, para ser coroado em Brasília, e sob uma nova glória Querubínica, a do signo central de Aquário.” Ver BRASÍLIA, ARCÁDIA e EIXO POLAR

CIÊNCIA. (filosof.) A Ciência é um aspecto da verdade e também está em evolução. O “científico” depende da experiência pessoal (como demonstra a dualidade quântica) e do consenso cultural. Filósofos como A. Comte, imaginaram uma “evolução” do conhecimento do mito e da religião até a ciência (supostamente, a guardiã da “verdade” para eles), passando pelas epopéias heróicas. Contudo, para os povos antigos, o conteúdo dos mitos era mais claro e velava conhecimentos palpáveis, de tal sorte que é muito provável que um dia, aquilo que hoje se entende (já nem tão seguramente, é verdade) por “ciência”, venha a ser considerado um mito e uma superstição, e aquilo que chamanos agora de religião e ocultismo, sejam vistos como uma ciência real de ampla sistematização e resultados. Vale notar que, não obstante, a Verdade ainda está por ser revelada, e ela se insinua de uma síntese entre as concepções mística e a científicas.

CIÊNCIAS. (filosof.) 1. C. SAGRADAS. As Quatro Ciências Sagradas de Agartha (ver), enunciadas por Saint Yves d´Alveydre, e definidas por LAWS como Cosmologia, Astrologia, Alquimia e Hierofania (ver Para Além das Estrelas). 2. C. dos TRIÂNGULOS. Doutrina esotérica anunciada através de Alice A. Bailey, e revelada por LAWS na obra Os Ciclos-Raiz, abarcando as grandes triplicidades cósmicas, a partir das estruturas científicas conscienciais (Alinhamentos – ver) e energéticas (Elementos – ver).

Círculo “não-se-passa” (esoter.) “(O) circulo ‘não-se-passa’ está condicionado pelas esferas solares/logóicas, (que) correspondem aos “três sóis” que dominam os níveis de polarização na evolução do Grande Sistema Solar Tríplice (também conhecido no Ocultismo como “Aquele-Sobre-Quem-Nada-Pode-Ser-Dito”) ou O Logos Absoluto. Para além do circulo “não-se-passa” reinam as energias ditas informes e “espirituais” (cf. “Um Tratado Sobre Fogo Cósmico”, pg. 242; Bailey). (...) Representa uma formação matemática em si mesma, associada à Maya Superior ou a elaboração das Formas pelo aspecto Vishnu ou Segundo da Trindade, responsável pela composição dos Arquétipos que configuram a esfera da Maya Universal ou os Moldes (Formas) para a Encarnação. (...) (A) sétuple evolução projetada desde cada uma das esferas de fogo do Zodíaco, configura a estrutura cíclica do Círculo ‘não-se-passa’ sistêmico, aplicada a qualquer entidade organizada de forma tríplice ou divina” (LAWS, “Trikosmos”)

CISNE. (esoter.) Nome da terceira iniciação, na recensão da Hierarquia dos Pássaros (ver), com origem na tradição oriental.

CIVILIZAÇÃO. (sociolog.) “Segundo os Anais Ocultos, a Civilização nasceu como resultado de uma nova revelação mundial. Naquela altura, certa hierarquia de Seres, após haver alcançado a iluminação e a imortalidade, atingiu um grau de sapiência universalista que permitiu uma formulação de síntese cultural, resultando tudo isto na organização da Civilização. A natureza intelectual destas elevadas concepções favoreceu o Patriarcado e esteve a ele diretamente associado durante todo este período, tendo na Ciência -inclusive a Esotérica ou Ocultista, como a Alquimia espiritual- e na idéia do Estado algumas das principais fórmulas para alcançar os seus objetivos, surgindo no contexto da decadência da cultura atlante matriarcalista e como uma solução para o fanatismo religioso e o estado de belicosidade geral então reinantes. (...) (Como) H. P Blavatsky afirma, a Cultura e as Civilizações não progridem como se costuma pensar, mas tudo pelo contrário, pois iniciam pelo impulso ímpar de um fator superior, e com o tempo regridem ou degeneram em sua sabedoria e unidade. Este é o sentido também pelos cômputos tradicionais do Oriente, onde vemos que os Ciclos ou Idades da Terra começam com uma Era Áurea, e progressivamente a luz vai se perdendo nos desdobramentos do tempo -de resto, como acontece a todos os organismos criados.” (Tetragtrammaton) “(...) a Civilização surgiu na terceira raça humana, quando a Hierarquia ascendeu sobre a condição material e humana. Os mestres intervém diretamente para orientar as classes superiores, que estão internamente alinhadas com a Hierarquia, de modo a aparecerem no contexto histórico em que estas classes estão em ascensão.” (Crise, Regeneração & Evolução do Estado) Em LAWS, o termo define unicamente uma ordem universalista ou pró-universal, tal como existente na abertura das Idades Metálicas (ver), sobretudo as de Ouro e Prata, inclusive consignada na forma de império (ver). Tecnicamente, o filósofo define como plenamente civilizada uma ordem onde prevalece tudo para todos, de todas as formas, em toda parte e sempre. Ver RELIGIÃO DA CIVILIZAÇÃO e SOCIEDADES TRADICIONAIS.

CLARIVIDÊNCIA. (filosof.) A capacidade de perceber aquilo que está oculto, especialmente nos planos espirituais. A clarividência é um dos poderes iogues descritos por Patânjali, e ademais de ser um dom natural de alguns, também desperta naturalmente em função dos esforços espirituais, devendo estar plenamente ativada na terceira iniciação. Trata-se da chamada “terceira visão”, o que não deixa de aludir ao citado grau espiritual. Com isto, surge uma conexão entre o pleno solar, centro nervoso do chakra relacionado com a terceira iniciação, e o terceiro olho entre as sobrancelhas, relacionado à glândula pineal. De certa forma, isto se deve à “simetria” existente entre estes dois centros. Em tempos recentes, este dom teria se manifestado entre grandes teósfos, como Helena P. Blavatsky, C. Leadbeater e Geoffrey Hodson. Ver AGNI, HAMSA, VISÃO e TELEPATIA.

CLASSES. (sociolog.) As categorias sociais tradicionais, sujeitas à forma convencional e à essência das coisas. Os estadistas e os grandes espiritualistas, tratam de fazer valer a natureza real das classes sociais, combatendo o formalismo e a convenção de nascimento que dá origem às castas estratificadas. As classes sociais são, tradicionalmente, em número de quatro, para refletir os quatro planos de consciência do quarto reino, isto é: a humanidade. Tem havido doutrinas que tratam de preparar e qualificar as pessoas para viver o verdadeiro potencial das categorias sociais, tal com o ocorre no varnashramadharma (ver) do Brahmanismo. Existem três esferas de regências das classes: a social (básica), a cultural (média) e a racial (superior). Ver também IDADES, RELIGIÃO DA CIVILIZAÇÃO e QUATRO ELEMENTOS.

CLERO. (sociolog.) A quarta classe (ver) social tradicional, responsável pela tripla divisão do Elemento AR, ou seja: pedagogia, sacerdócio e direito. Ver CLASSES e RELIGIÃO.

CLIMA. (geograf.) A teoria da importância do clima na formação do caráter e das sociedades humanas, é bastante empregada por LAWS, já a partir da formação das próprias raças-raízes (ver).

COLONIALISMO. (sociolog.) A exploração das nações por parte de potências militares. O colonialismo se define em estágios. Comumente a ordem inicial é a escravidão, sob o colonialismo político. Segue-se depois a servidão, sob o colonialismo econômico. Assim, o novo colonialismo torna as nações reféns do modelo econômico internacional. Ver SOBERANIA.

COMPAIXÃO. (filosof.) A compaixão, é a Lei das leis, segundo a Voz do Silêncio. Isto é compreensível astrologicamente, na medida em que o Ano Cósmico precessional inicia em Peixes. A tarefa coletiva é um passo além da mística interior, que nem os iniciados podem se desincumbir sozinhos, porque estes ainda estão preocupados consigo mesmos. Só as forças divinas podem mostrar o Caminho Uno da humanidade, e permitir assim a  mudança de tempos, através da renovação da Aliança divina. Os místicos sempre tendem a reinventar a conhecida “torre de marfim” individualista –e este é um assunto deveras crônico e mítico, como sugere a lenda da Torre de Babel monolinguística. Apenas os avatares têm a visão compassiva da inclusão, porque eles oferecem também a salvação universal e não apenas a iniciação para as elites -e é claro que nisto eles também são incomparáveis. Este é um dos grandes diferenciais entre as doutrinas dos místicos e as dos avatares. Ver KARUNA.

COMPLEXIDADE. (filosof.) A Teoria da Complexidade (ou da Síntese) cultural possui natural­mente uma base circular ou "quadrada". Ou seja: uma estrutura é completa quando recorre mutuamente todas as suas es­truturas internas; sendo este o conceito geral de ciclo.

COMPORTAMENTO. (psicologia.) A atitude do ser humano diante das coisas, de forma mais ou menos consciente. Para as diversas escolas comportamentais modernas, denominados em alemão Gestalt, a separação corpo-alma é algo artificial e irreal, pois descobriram que a percepção é influenciada pelo contexto em geral em que o mundo se nos apresenta, a ponto de haver escolas místicas para as quais a realidade é apenas uma “descrição”, coisa que o próprio construtivismo admite e coloca na base das suas premissas, sem chegar, contudo, às últimas conseqüências que pretendem os ocultistas. O Behaviorismo, se atém estritamente ao comportamento, considerando a resposta humana aos estímulos do ambiente, coisa tanto mais real, como é sabido, quanto um espírito é primário. Uma pessoa crua quase se limita a reagir, uma pessoa culta sabe interagir, e uma pessoa iluminada alcança realmente controlar as situações. Existe toda uma Ciência do Comportamento a ser apurada, através do equilíbrio com Ciências complementares, como é aquela do Ambiente e sua influência sobre o ser humano. Afinal, somos o que comemos, o que vemos, o que sentimos, o que tocamos, o que cheiramos, etc. Nossos sentidos, salvo sob uma expressa  capacidade de controle e disciplina contínua longamente treinada, são portas para a condução das nossas energias. Por isto, aquele que deseja se reeducar, começa mudando o seu ambiente ou, antes, mudando de ambiente, já que mudar o mundo a partir de fora dificilmente funciona bem. Cientistas como Pavlov e Skinner se notabilizaram por seus experimentos com comportamenti reflexo ou o chamado reflexo condicionado, especialmente com animais, e que a inteligência política trataria de fazer um amplo uso na sociedade humano, sobretudoda parte dos mais seus atrozes segmentos. Contudo, o comportamentalismo representa uma premissa da educação, e Skinner chegou a elaborar toda uma utopia nisto baseada em sua onbra “Walden II”, sugerindo que a base para a boa conduta e consciência está na Natureza, tal como resume a famosa obra-base de H. Toureau, “Walden ou a Vida nos Bosques”, a partir da liberdade, da natureza e do individualismo libertário, coisa que de certa forma buscam os místicos ao almejarem a individuação da própria consciência, para além do comportamento condicionado das massas, ainda que possam através disto procurar uma forma mais saudável de comportamento, igualmente padronizado, porém sutil e superior. Ver PSICOECOLOGIA.

comunidade. (sociologia) A estrututra do convívio social humano, alicerce da condição do homem. “Em seu colorido mais autêntico, a comunidade tradicional pode ser considerada como o próprio alicerce do mundo. É possível notar que mesmo uma tribo indígena, cuja estrutura tem atravessado incólume aos milênios, possui uma estrutura social completa, e de natureza piramidal: um pajé (sacerdote), o tuxaua (rei), os guerreiros e as mulheres trabalhadoras. Por detrás de tudo, ainda existem os profetas itinerantes (os karaís), que atuam como supervisores da ordem geral, como verdadeiros Guardiães do mundo. Por isto, a colocação destas bases universais, representa aquilo que se pode chamar de refundar a civilização, a cultura e, de certa forma, a própria humanidade.” (LAWS, “Comunitarismo – a Refundação do Mundo”)

CONDOR. (esoter.) Nome da sexta iniciação, na recensão da Hierarquia dos Pássaros (ver), com origem na tradição extremo-ocidental. Ver HOMENS-PÁSSARO.

CONSCIÊNCIA. (filosof.) A palavra indica: com-ciência, dotado de percepção e de auto-percepção. O campo da consciência é a suprema dádiva e também é o grande desafio da condição humana. O homem necessita refiná-la, ampliá-la e preservá-la. Uma das dinâmicas mais interessantes está no paradoxo da inflação do ego, que é uma grande fonte de confusão, gerada pelo mau trato do conhecimento. Muitas vezes as pessoas confundem desejar com possuir, especialmente no campo da filosofia. E assim vemos o difuso problema da alienação filosófica, que Krishna tratou de combater junto ao seu discípulo Arjuna com suas “idéias próprias” sobre o dharma. O tema também é visto na filosofia tolteca, onde é designado como “a clareza”, como “o segundo inimigo do homem de conhecimento”. A filosofia ocidental é particularmente própria para provocar o desequilíbrio mental, porque ela permanece basicamente no mental. Muito distintas são as doutrinas tradicionais, onde a filosofia acompanha sempre práticas espirituais que recondicionam o ego. A dualidade tântrica budista conhecida como Yab Yum, demonstra bastante bem a importância de buscar sempre equilibrar técnica e filosofia. Neste caso, a consciência costuma ser mais associada ao “vazio”, sunya, a ser alcançado através da técnica apropriada. A erudição é mais semeadora de crenças, opiniões e desejos, do que propriamente iluminadora de verdades (ver). Para chegar a esta, é preciso a realização.

CONSTRUÇÃO. (filosof.) Termo empregado por LAWS na acepção de manvantara (ver) ou análogo. Contudo, em certas doutrinas do tempo, não se percebe maiores referências a processos de fato construtivos (e somente a períodos maiores), os quais teriam também vínculos com o Vajra Yuga (ver). Neste caso, LAWS alcançou definir um plano histórico e logicamente satisfatório, através de sua restauração da doutrina dos cronocratores (ver).

CONSTRUTIVISMO. (filosof.) Ou Estruturalismo (ver). Doutrina científica e de tendência interdisciplinar, que prevê o aprendizado ou a cultura como uma construção extratificada e progressiva, sendo daí afim aos paradigmas tradicionais de Astrologia, Cosmologia e assemelhados. “Construtivismo não é método, é proposta.” O Construtivismo é na verdade uma idéia aberta, que demanda sabedoria e adaptação par ser aplicado.

CONTRACULTURA. (antrop.) Palavra que, nos anos 70, designava o Movimento Alternativo (ver), comumente relacionado aos hippies, interpretação do inglês underground. São as sementes modernas do profetismo (ver) tradicional. Ver HIPPIES.

CONTRA-DOMINAÇÃO. (sociolog.) Termo que define as estratégias de neutralização dos métodos de ocupação cultural e econômica de um país, e que de resto representam os interesses naturais de seus habitantes. Ver também CONTRA-REGIÃO.

CONTRA-REGIÃO. (sociolog.) Forma oficial de designar movimentos que contariam a ordem estabelecida pelos interesses colonialistas ou apenas oficiais. Ver também CONTRA-DOMINAÇÃO.

CORNUCÓPIA. (filosof.) Corno ou chifre mitológico que despeja frutos e flores, e na heráldica também moedas. Simboliza a riqueza e a fertilidade, sendo atributos da Fortuna, da Vitória e da Paz. O mito se vincula aos momentos de conclusão dos ciclos –ver BRASIL.

CORPO CAUSAL. (esoter.) Estrutura anímica evolucionária (“Alma”), e núcleo dinâmico de consciência racial. Também chamado "veículo da Alma", o Corpo Causal é o "zodíaco humano", ou seja, a estrutura evolutiva interna e o aspecto universal do micro­­cos­mos que cada homem deve pro­cessar na evolução de sua consciência, sob a orientação do Eu Superior ou Anjo Solar (ver). O lótus egóico é, para o Microcosmo (Homem), um fator de síntese e transformação; de relação, equilíbrio e integração de energias. É o "am­­biente" no qual são processadas as forças materiais da Personalidade em energias primordiais do Espírito, é o cadinho alquímico e o verdadeiro "laboratório do Espírito Santo". É denominado em Alquimia de "Ôvo Fi­losófico", contendo nas representações ora uma serpente bicéfala (u­ma cabeça terrestre e outra solar), ora ao Pimandro (ver) ou o Mercúrio Fi­­lo­­só­fico; ambos símbolos duais relativos ao papel intermediário do pla­no Mental. Enquanto instrumento reencarnatório, o Corpo Causal serve como um núcleo de consciência persistente à morte física, no qual está depo­si­tada a síntese das experiências do ser humano nos três mundos infe­ri­o­res, o físico, o astral e o mental-concreto. “Para empregar uma imagem física, o Corpo Causal é uma organização de energias análoga, em seu próprio plano, àquela compreendida pelo Sistema solar em sua própria esfera; em função da Lei de Unidade e da unidade das leis que regem o universo em todas as suas camadas. Tal unidade, corroborada já pela ciência, permite empreender o tradicional exercício da analogia.” (“Trikosmos”) Ver ANTAHKARANA .

Corretas Relações Humanas. (psicolog.) Segundo Alice A. Bailey, a Ciência das Corretas Relações Humanas é a mais importanmte que o Cristo retornado deverá implantar. A busca das atitudes “corretas” é visíve no Dharma de Gautama, e Maitreya estrutura a sua correção sobre o seu “Inventário Dimensional”, também chamado Mayatri –ver. Basicamente, se trata de redefinir (resgatar, apurar, evoluir, etc.) as relações verticais entre o ser humano e as forças espirituais, as relações horizontais entre homens e mulheres, as relações transversais das diferentes categorias sociais, as relações universais entre o ser humano e a Natureza -e nisto tudo as “relações” de cada ser humano consigo mesmo, por mais que isto soe subjetivo e até esteja implícito nos demais. Existe aqui uma hierarquia de “relações”, que pode começar pela Ciência ou pela Natureza, na observação do comportamento dos seres vivos em geral. Logo, devemos notar as particularidades –deveras especial- do próprio ser humano, e o papel da religião e da espiritualidade para regular a conduta humana, coisa essencial ante as temerárias possibilidades do livre-arbítrio humano. A avaliação psicológica de LAWS, aponta muitas vezes os verdadeiros caminhos a partir do reto entendimento acerca dos falsos caminhos e suas consequências. Ver ALMAS-GÊMEAS, CLASSES e HIERARQUIA. 

CORVO. (esoter.) Nome da primeira iniciação, na recensão da Hierarquia dos Pássaros (ver), com origem na alquimia ocidental.

COSMOLOGIA. (filosof.) Doutrina estruturante que analisa as etapas elementares (ou formadoras) de um organismo qualquer. Uma das Quatro Ciências (ver) sagradas de Agartha.

Cosmópolis. (urbanismo) Plano de urbanismo para a Nova Era, de cidades inspiradas em fórmulas cósmicas, na ecologia e nos novos cânones raciais. Praparadas para desafogar as cidades comuns dentro do ideário de redenção social do Projeto Exodus (ver), e fornecer bases para a realização dos novos mistérios raciais, as Cosmópolis são consideradas verdadeiras “naves” coletivas de ascensão espiritual. As Cidades da Luz são os instrumentos para a eclosão das raças-raizes, que são sociedades regidas ao nível da alma, através do convívio regular com a Hierarquia de Luz, servindo por isto de elo entre o céu e a terra e paradigma de humanidade. Ver a obra “As Cidades da Luz”, LAWS

CREDO UNIVERSALISTA. (filosof.) A Igreja Universalista Apostólica do Novo Mundo, afirma sua crença: 1. na Igreja do Pai, do Filho e do Espírito Santo; 2. na unidade de todas as fés no divino Criador; 3. na unidade de todos os homens no divina Criatura; e 4. na unidade de todos os seres na divina Criação.

CRENÇA. (filosof.) O ato de crer em alguma coisa, no âmbito filosófico ou religioso. Afirma Alice A. Bailey que toda a crença é prejudicial e separatista, sob a luz da nova evolução espiritual. Ainda melhor se poderia dizer, ao estilo budista, que cabe alimetar apenas “crenças corretas”, tocando para isto proceder a uma criteriosa busca pela Verdade. “Atividades importantes como a sexualidade, necessitam ser reavaliadas nas suas funções. Conhecimentos como o comportamentalismo, ensinam sobre os condicionamentos afetivos, mentais, etc. É possível eleger uma vida tão gloriosa e plena de possibilidades, que o prazer e a satisfação possam ser alcançados de forma mais plena e permanente, através de uma (re)educação interior. (...) Da mesma forma, as velhas crenças sobre iluminação, salvação, imortalidade e reencarnação, devem ser todas abandonadas, pois elas estão defasadas ou equivocadas. Todas possuem alguma verdade, porém se perdem maiormente face a evolução das coisas ou por sua distorcida custódia leiga ou semi-leiga.” (“As Cidades da Luz”)

CRIAÇÃO. (filosof.) 1. Em Metafísica: “A Criação é um processo cíclico que ocorre no Tempo e Espaço, segundo Leis definidas pela própria estrutura destas dimensões. De forma geral, determinados Princípios originam os ciclos da Criação, os quais são então sub-ciclos daqueles grandes ritmos originais. Neste sentido, os antigos resumiram a evolução cosmológica numa fórmula quaternária, dialética e absoluta (isto é: indivisa). A tal formulação se atribuiu simbolicamente o caráter de Deidade Suprema.” (Tegrammaton). 2. Em Cosmologia: “A síntese do Ato da Criação pode ser resumida através de um símbolo que a condiciona: o da Tau (ver), ou, mais precisamente, a Tet (ver) ou a Tau Quádruple. Com efeito, a Tau consiste numa reprodução espacial localizada do Quaternário Criador, o qual integra em si quatro ciclos de Taus em uma analogia perfeita, os quais repartem o campo espacial em doze segmentos e geram igualmente os oito centros planetários.” (Tegrammaton) 3. Em Sociologia: “Criação é uma transformação evolutiva, produzida no estreito arco ascendente da História, ou evolução verdadeira e formação social. Ninguém pode contestar isto no contexto do Novo Mundo, que é novo não apenas pela Descoberta, mas também pela formação em curso.” (Genese)

CRISTIANISMO (filosof.) “A grande importância do Cristianismo se deve ao fato de ter sido inspirado por um verdadeiro Avatar, na fundação da Era de Peixes. O Cris­tianismo também teve o seu Asokha, na figura do imperador Cons­tan­tino (ainda que este tenha feito bem menos por sua religião), sendo considerado nos meios esotéricos uma "religião-pon­te" ou de tran­sição entre os dois últimos Ashrams solares da presente ronda mundial, posto que este último Ashram ora em implantação, apre­senta a mesma energia básica da Era de Peixes, ou seja, o sexto raio divino de Devoção-e-Idealismo.” (O Mesocosmos)

CRISTO. (filosof.) Ou Messias (“Ungido”), o “Filho de Deus”. Em sua concordância com a figura do Kalki Avatar (ver) e com o Messias “retornado”, a reaparecimento do Cristo foi previsto para ocorrer em torno do ano de 1980 (Bailey, A Manifestação da Hierarquia), data que coincide inteiramente com o surgimento de LAWS no cenário espiritual. Ver RETORNO.

crístico. (filosof.) O termo “crístico” tem sido usado para a experiência esotérica, desde o apóstolo São Paulo. Porém, o uso está longe da exatidão, porque “Cristo” é uma hierarquia divina (“messias” significa a mesma coisa), e o ser humano é coisa bem diferente; no budismo existe uma simplificação semelhante. Infelizmente, a Terra ainda está muito verde para se pensar num “avatar coletivo”, esta idéia não passa de um desejo, que deve ser buscado com os pés no chão, nesta que seria até uma das grandes Metas da evolução terrena. Por isto, é preciso sempre buscar discernir entre opinião e verdade. A diferença é que esta está embasada na realização da alma e une as coisas, e aquela se limita a expressar o desejo do ego e separa as coisas. Existe sim, a possibilidade da budificação humana, que é uma budificação menor e “elementar”, de quarta iniciação, atingindo o plano quaternário chamado bodhi. Como temos demonstrado através do calendário da evolução racial, é esta dimensão humana do Cristo, que já é imortal, que poderá ser efetivamente compartilhada pela Humanidade a partir da nova Raça-raiz. Consta na História Sagrada, que Deus deve falar com quatro Humanidades. À primeira Humanidade, ele falou como a um bebe. À segunda, Deus falou como a uma criança. À terceira Humanidade, ele falou como a um adolescente. E à quarta Humanidade, Deus falará como a um adulto. Apenas não poderá jamais falar como a um igual, porque ele é Deus. Contudo, a Humanidade também será convidada a seguir crescendo, e a se superar a si própria.

CRONOCRATORES. (astrol.) “Reguladores do tempo”. Nome dado pelos Antigos aos planetas Júpiter e Saturno, a partir da percepção de que os ciclos de suas conjunções têm correspondência com a renovação das sociedades e das civilizações. Os diversos índices de conjunções, podem ser relacionados ao microcosmo, mesocosmo e macrocosmo (ver), assim como a diferentes instâncias de poder temporal e, ainda, aos duplos processos de construção e desconstrução (ver) histórica. O Calendário Cronocrator detalha as bases da formação das raças-raízes e das Idades do mundo (que também explicita), através dos ciclos sociais, demonstrando exatamente a altura em que nos encontramos na evolução racial.

CRONOLOGIA. (astrol.) Termo calendárico adaptado por LAWS para designar as leis da Astrologia Profunda (ver).

CRUcificação. (esoter.) No seu afã de fomentar o “estudo das religiões comparadas” e de tipificar o Cristianisno, Helena P. Blavatsky afirmou que a “crucificação espiritual” era praticada nas escolas inciáticas egípcias. Alice A. Bailey inclui o tema nos seus estudos sobre as iniciações do Cristo. Realidade ou alegoria, a crucificação de Jesus representa uma imagem importante para dramatizar os padecimentos de um Buda e sensibilizar a alma humana para os sofrimentos e a compaixão de um profeta maior. O tema é recorrente nas religiões e sua carga simbólica fica notável, o que nos leva uma vez mais à questão do sofrimento expiatório, longo e persistente, sob uma e outra forma, que a breve mas dolorosa “experiência” da crucificação trata de sinalizar. Ver CRUZ, ILUMINAÇÃO e EXPIAÇÃO.

CRUZ. (esoter.) Emblema universal poliforme e de múltipla representação. A adoração ao madeiro que chocou a dinastia de Gengis Khan, levando-os a “optar” pelo lamaísmo, tem não obstante o seu reflexo no culto à diversas cruzes semelhantes ao redor do mundo e ao longo dos tempos, como no culto ao martelo sagrado e na cruz ansata egípcia, e faz alusão ao triângulo, à divindade, ao tempo, ao zodíaco e à “fórmulas” como IHVH e ao caduceu. Já a cruz simétrica, alusiva às mandalas, remete ao ecumenismo, aos Quatro Elementos, à humanidade e ao espaço.

CULTO SOLAR (filosof.) A adoração do Sol inclui observâncias patriarcais e a adoção da monarquia, como representativa da deidade. Ver ATONISMO.

CULTURA (filosof.) O conjunto de deliberações comportamentais de uma sociedade. Quando os modernos filósofos do fogo, Nicholas e Helena Roerich, buscaram definir o termo como “culto à luz” (ur), eles não estavam longe da realidade. Ora, a natureza da cultura se altera não apenas segundo as diferentes sociedades, como também através dos tempos. Porém, podemos também buscar definir a “verdadeira” cultura humana, ou aquelas modalidades culturais que realmente atendem à evolução. A cultura superior reflete os valores das classes superiores, enfatizando assim o invisível, inicialmente o social (valores morais) e depois o espiritual (valores transcedentais). Também entra com muito valor, contudo, os chamados valores naturais, quando o ser humano aprende com a natureza sobre os valores mais elevados, através da ciência das analogias (ver).

CULTURAS. (antrop.) As modalidades humanas de organização formal (modus vivendis), com destaque para: nomadismo, tribalismo, ruralismo e urbanismo. Ver RELIGIÃO DA CIVILIZAÇÃO.

CÚPULA. (filosof.) Parte do templo que, segundo LAWS, seria a tarefa específica da Neo-Maçonaria edificar. Ver TEMPLO.

CÚPULA DE CRISTAL. (filosof.) 1. Nome em LAWS da Tradição hebraica da Mercabah (ver), baseada sobretudo em Ezequiel e Enoque; 2. Designação simbólica da Quinta Ronda (ver); 3. o nome da Nova Tradição Filosófica da Hierarquia Chohan (ver); 4. O “Memorial da Luz” (ver) idealizado por LAWS; 5. A vítrea pirâmide quintessencial da Hierarquia. O novo cânone sêxtuple da Hierarquia inclui, basicamente: o grau da ascensão, o calendário solar cromático, a revalorização do paralelo 30 e o símbolo da pirâmide divina de cristal. Ver CÂNONES (NOVOS) e LINGUAGEM DOS ANJOS.































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Decadência. (sociolog.) A palavra “decadência” provém de decair, sucumbir. Também temos analisado o termo como “perda da cadência”, de ritmo ou de natureza, com sentido semelhante a “degeneração” (ver).

DECANATO. (astrologia) As divisões dos signos em grupos de dez dias sequenciais. Uma das práticas astrológicas mais observadas pelos Antigos, era respeitada no Egito e ainda existe na Índia, mesmo que posteriormente estas culturas também tenham assimilado os signos greco-caldeus através do Helenismo. Trata-se de uma das grandes bases da Psicologia Ocultista (ver) de LAWS, através das quais integra a doutrina revelada das Almas-gêmeas (ver). Ver MONÔMERO.

DEGENERAÇÃO. (psicolog.) A perda comportamental e psicológica dos referenciais humanos regulares, os quais possuem, como sugere o termo, o seu marco regulatório na questão dos gêneros (ver) sexuais. Não casualmente, a opinião pública tende a identificar acima de tudo, a degeneração moral com o sentimento do “fim do mundo” (ver). Ver PEDERASTIA e REGENERAÇÃO.

DEMIURGO. (mitologia) Ver ZEUS.

DEMOCRACIA. (sociolog.) Sistema representativo de Governo, baseado na vontade popular. Sua origem é tida comumente na Gré­cia de Péricles, embora apresente características semelhantes em várias outras culturas e épocas. Na prática, o regime requer, como qualquer outro, condições adeqüadas, tais como grupos reduzidos ou sociedades antigas e/ou muito bem organizadas. A ausência de rigor externo, deve ser compensado pelo rigor interno: educação e respeito. A democracia formal pode servir como a mais eficiente forma de tirania que existe, porque o arbítrio está ali altamente dissimulado. Mas ele existe em alta monta, no privilégio dos poderosos de conduzir o povo, seja nas eleições ou no cotidiano, e ademais em todas as formas possíveis de repressão, boicote e violência contra os interesses contrários aos seus. A almejada "democratização dos Mistérios" é apenas divulgar abertamente tudo o que é possível, e anunciar que na Nova Era a iluminação finalmente estará realmente acessível para quem souber buscar. Mas para chegar a isto, é preciso realizar uma educação espiritual e ter alguma vocação, daí que a religião “ainda” é necessária, para a espiritualidade alcançar os leigos.

DEMÔNIO. (teolog.) Do grego daimon, espírito. O diabo, satanás, a personificação do Mal. Ver DIABO, SATANÁS e MAL.

DESAPEGO. (filosof.) “Nós sempre buscamos ilustrar a importância da atitude pessoal, observando que, se os grandes seres de luz manifestaram o desapego e o despojamento perfeito, isto não se deve tanto a serem eles predestinados, mas sim que se tornaram aquilo tudo que foram, unicamente porque tiveram esta espécie de conduta. Então, se eles que chegaram aonde chegaram, necessitaram fazer tanto, que dizer de nós outros?” (em Maitreya, a Luz do Novo Mundo)

DESCONSTRUÇÃO. (filosof.) Na filosofia do tempo de LAWS, o termo adota um sentido aproximado ao de pralaya (ver), mas aplicado sobretudo às Idades Metálicas (ver) de padrão intra-racial (ou sub-racial), em seu lento processo de descenso sócio-cultural.

DESTEMOR. (filosof.) Aqui está a matriz da sina dos guerreiros e da aristocracia tradicional! Mais ainda diria eu, temos aí a origem dos mitos e das próprias epopéias heróicas,o insuperável exercício humano de desafiar a morte.

DESTINO. (filosof.) O verdadeiro Destino é uma via sagrada que se percorre através do equilíbrio perfeito nas coisas, porque Deus é a própria harmonia universal. Difere da Fatalidade que representa o carma do desejo e da personalidade capaz de atar ao tempo, e também difere da Providência como ato superior de compaixão abnegada.

DEUS. (filosof.) Termo genérico para designar as entidades supremas e mesma a maior delas. A filosofia holista considera que toda a divindade encarna em algum momento, e que sua grandeza está em direta proporção à raridade ou ao espaçamento temporal de sua encarnação enquanto categoria. Deus é a realidade suprema e a suprema realidade, o Mistério dos mistérios, representando a mais importante e pontual das questões deste mundo, sobre a qual devemos buscar conhecer na medida das possibilidades outorgadas a uma época. Toda a evolução, e também a história do homem, representa uma jornada para nos aproximar da Verdade Suprema, na qual todas as coisas sem excessão estão incluídas, já que nascem de um modo ou de outro d’Ele, nos Seus vários aspectos de expressão. De fato, Deus é a primeira palavra, como é também o primeiro mandamento. A nota-chave de toda a composição. Ver AVATAR e ORDEM DE MELQUISEDEC.

DEUS-MENINO, Mito do. (filosof.) “Este mito vela no seu frescor e na sua inocência todos os símbolos da renovação do mundo, representados pelo nascimento divino numa virgem, que no caso é a luz. Pois este é o mito da iluminação original, sob a Árvore da Vida. E é também o mito do sacrifício e da crucificação, da fra­gilidade aparente e da expiação dos males do mundo pelo Cordeiro que se oferece em nome de todos. É o divino ‘porteiro’ que traz as duas chaves, do céu e da terra, e as oferece ao mundo em favor da justiça terrena e do progresso da alma. (...) Os sinais de identificação de um Avatar são muito ricos, e geralmente transmitidos através de mitos e símbolos. Um dos mais importantes é o mito do deus-menino, que vela processos únicos da realização espiritual, anunciando a chegada de um iluminado dentro dos padrões estritos do Microcosmo, o que vale dizer, com um apro­­­veitamento máximo de esforços e sob estruturas arquetípicas, incluindo processos de suprema dificuldade.” (As Promessas do Arco-Íris)

DEVAYANA. (sânsc.) O “Caminho dos Deuses” (ou “dos Anjos). A chamada “Quarta Volta do Dharma”, já está relacionada à Grande Ocidentalidade, e tem direta relação com os Novos Mistérios, inclusive ao nível de Hierarquia, confluindo com a linguagem dos anjos (ver) da Cúpula de Cristal. Numa dada acepção, a nova escola também aproveita técnicas do Vajrayana tal como o Deva Yoga. “O Devayana se caracteriza como ocultamente intuitivo e altamente prag­má­tico. Atuando todo o tempo com a representação e a drama­tização do pro­­cesso de iluminação, trata-se de uma Escola de Quarto Caminho e, mais que isto, de pleno Sendeiro de Retorno, voltada para as rea­li­za­ções finais do ser humano, surgindo num momento em que a hu­­­­mani­dade de­­ve conhe­cer a iluminação de uma forma massiva, não apenas para o sur­gimento dos novos arhats, mas de toda uma nova humanidade, na expressão da Quarta Raça sagrada (ou da Sexta Raça-Raiz), a Americana.” Ver TUSHITA.

DHARMA. (sânsc.) Lei ou verdade. 1. VOLTAS DO D. Os ciclos da lei ou as grandes escolas do Budismo, reveladas de maneira progressiva, a saber: Hinayana, Mahayana, Vajrayana e, doravante, também a Devayana (ver todas). 2. NOVO D. A revelação da nova Lei sagrada, por Maitreya Buda; a conquista da Felicidade Plena, através da harmonia universal. Ver também TUSHITA e UNIFICAÇÃO.

DHARMACHAKRA. (sânsc.) A “Roda do Dharma”, a Lei que dinamiza a evolução humana. É importante contar com a experiência acumulada pela humanidade, na idéia de que não se há que pretender tanto “reconstruir a roda”, mas sim recolocá-la em movimento, como dizem os orientais.

DIABO. (teolog.) Do grego diabololos, “separativismo”, o qual pode ser fomentado através de diferentes expressões culturais: sociais, sexuais, raciais, religiosas, etc. - e sobretudo, tudo isto ao mesmo tempo. Segundo a Bíblia, a grande característica do diabo é a calúnia e a falsidade, porque faz parte da sua estratégia capital de se ocultar ou de falsear as suas intenções, invertendo assim a imagem das coisas. Tal como sucede a Deus, o conceito de diabo também ostenta muitas facetas. A imagem do diabo, não raro envolve familiares do messias, tal como o Rei Kamsa (pai de Krishna), valendo notar aproximações no pai de Buda e no de São Francisco. Ou irmãos maus como Set (irmão de Osíris) e Cain. As lenda arturianas trazem relatos paralelos, inclusive a dramática situação do rei ter que embater-se com seu filho bastardo, Mordred; o rei Davi passou por algo assim, embora não se trate de um bastardo, antes pelo contrário, tal como Cain também era o primogênito, o que serve para desmistificar convenções arraigadas. Por sua proximidade natural aos eleitos, aos santos e messias, tais figuras perversas detém posição privilegiada para tentar prejudicar e perseguir as divinas missões, despertando obcessões que fazem um contraponto negativo à natureza generosa e à conduta especial dos Enviados. A escola doméstica de deuses e demônios é uma realidade histórica; ali mesmo, uns são levados à cruz mais ominosa, enquanto outros são alçados aos privilégios mais injustificáveis. A competição natural de irmãos, pode chegar a adquirir contornos altamente mórbidos como sucedeu entre Cain e Abel, quando não tratado de forma adequada e precoce, muitas vezes sendo os pais grandes responsáveis pelo fomento destas situações. Sem dúvida, o germe do Mal não prolifera sem uma má educação ou um ambiente infantil desfavorável, como a Ciência percebe acerca da natureza dos psicopatas e dos sociopatas, enfermidades tidas como incuráveis por envolver a própria formação do caráter. Ocorre que o nascimento de um predestinado, com suas virtudes e dificuldades, pode encontrar já no berço uma rivalidade fraticida no oportunismo e, sobretudo, na inveja. Daí a elaboração precoce de uma das mais contumazes armas do diabo: a calúnia, donde ter entre seus títulos principais o de “acusador”. O carma destes personagens opressivos, também se potencializa pelo fato de poderem auxiliar positivamente numa grande missão, mas optam, da forma mais ominosa e gratuita, por perseguir o curso oposto, totalmente enceguecidos pela inveja, pela maldade e pela cobiça como estão. Isto os levam a desenvolver uma “síndrome de bastardo”, promovendo uma perseguição sistemática ao escolhido por Deus. Tal como o messias é a revelação da virtude mais alta, a manifestação do diabo é o fruto do amadurecimento do Mal e do carma de toda uma raça. Por isto, a revelação do diabo e a denúncia cabal da sua natureza, são necessárias para que não mais tenha mais raízes na Terra e permita a renovação da humanidade. Por isto o Apocalipse é insinuante, ao relacionar Satã à cifra 666 ou 616, como o “número de um homem”. Existe agora um novo número, que é 555, cuja soma literal remete justamente ao Arcano XV, dito “O Diabo”, um andrógino chifrudo com asas-de-morcego que acorrenta um homem e uma mulher decaídos, atestando a sua sina de dominação humana e também a sua androgenia mundana –leia-se: homossexualidade-, forçada, luciférica e artificial. Na numeração romana, resulta em V-V-V, que equivale às iniciais de frase guerreira veni, vidi et vinci (‘vim, vi e venci’) proferida por César, um anti-cristo, mas nunca a frase salvadora viae, veritas et vitae do próprio Cristo. Não se trata já de um número humano, mas de um misto de Torre de Babel, Armagedon e Sodoma (pois ele é o rei da mentira, da violência e da perversão), em símbolos geográficos, urbanísticos e arquitetônicos, situada sob o nome do guerreiro maior de um antigo império abominado, e na mesma cidade que viu nascer o Ungido. Ver também MAL, CAIN, JUDAS, DEMÔNIO e IRUS.

DIAGONAL MÍSTICA. (geogr.) Ver EIXO SAGRADO e ITINERÁRIO DE IO.

DIA DO JUÍZO (escatol.) O momento final (setenário) em qualquer ciclo de evolução; transição entre dois ciclos análogos. “Cada ciclo concebe uma espécie de ‘Juízo’ no seu final, e a importância desta provação é proporcional à natureza do ciclo em questão. O importante é compreender que cada ‘Juízo’ corresponde à uma espécie de iniciação –isto é, se tiver como resultado o sucesso, ou para aqueles que o alcançarem–, e no conceito tradicional de ‘Juízo’, se tratam geralmente de crises e de iniciações coletivas. De outra forma, durante a evolução do indivíduo, cada fase espiritual também culmina num “juízo”, isto é, numa prova ou drama iniciático particular.”Ver FIM DO MUNDO.

DIALÉTICA. (filosof.) 1. Uma das grandes leis da evolução, que faz da alternância uma chave universal de equilíbrio, permitindo o repouso e possibilitando a difusão da evolução em toda parte e até mesmo em todas as dimensões do universo; 2. Filosofia binária clássica de análise e síntese de temas; 3. Termo pelo qual o filósofo Hegel analisou os movimentos da história, compreendo tese, antítese e síntese (sendo esta última negligenciada por Marx), e que corresponde bem ao processo humano de “Harmonia-Mediante-o-Conflito (uma definição do Quarto Raio da divindade). “(O) objetivo de Hegel era realmente alcançar a síntese através da análise, especialmente como método filosófico, e não enfatizar o próprio conflito. Outra fórmula dialética afim seria: análise, síntese e matese -esta última correspondendo ao engajamento social que Hegel propugnava, e que Marx e outros intelectuais e artistas do século XIX viam como ‘ação’ revolucionária transformadora.” (“Trikosmos”) “A Tese pode significar meramente teoria, no sentido do ‘mundo das Idéias’, de Platão, próximo aos ‘arquétipos’ de C. J. Jung e do Akasha dos hindus. A Antítese visa oferecer práticas objetivas ou, pelo menos, uma análise epistemológica do processo de conhecimento que serve de transição, assim como os esforços didáticos. Logo, a Síntese pode ser vista como os esforços de oferecer conteúdos programáticos, dentro da análise dos ciclos, visando trazer novas leis espirituais e a síntese social. Por fim, a Matese permite resumir e aplicar realmente tudo isto, através de um projeto de longo alcance, mais ou menos baseado na síntese anteriormente alcançada.” (“Glossário Holístico”) Ver MATESE.

DIAMANTE – ver Idade do D.

DILÚVIO. 1. Em Sociologia, o dilúvio universal simboliza, acima de tudo, o domínio da cultura de massa, e a neutralização das hierarquias construtivas, sob o tacão da dominação colonial. 2. Em Metafísica: “(O) ‘subconsciente’ ou ainda, o inconsciente, tem sido associado na mitologia dos povos às águas que velam as “terras” (= a área ‘consciente’ ou descoberta), de modo que o “dilúvio” representa, miticamente, antes de tudo a introjeção nesta mesma inconsciência de um determinado aspecto do real.” (Tetragrammaton) Ver ARCA DE NOÉ e ÊXODO.

DIREITO. (filosofia) Como sugere o termo, é o ato de endireitar ou concertar as coisas, dentro de uma ordem social. A Ciência do Direito está na base de todas as medidas civilizatórias possíveis, porém ela pode esbarrar no problema da “letra morta”. Em qualquer sistema legal regular, o direito da força segue a força do direito, e nunca o oposto –e a isto chamamos “o primado da moral”. A força é usada apenas para fazer exercer as normas legais. Alguns filósofos propuseram historicamente que a força física (incluindo o concurso da inteligência) se justificaria por si só como uma espécie de “direito natural”. Mas esta seria, a nosso ver, uma medida patriarcalista extremada. No outro extremo, está o primado da “letra morta”, do qual se valem os mais fracos, porém com igual índice de arbitrariedade. “A lei é para todos”, mas o bom legislador e juiz sabe encontrar o “justo meio”, e inclusive perceber, não apenas as excessões, como também quando a excessão vira a regra. As leis mundanas não são perfeitas e mudam com freqüência, até em função da “evolução” da mentalidade social. Comumente elas oscilam para compensar alguma tendência ou consenso mais ou menos momentâneo. Assim, para não confrontar diretamente a estrutura legal vigente, diremos que as leis devem realmente “evoluir”, e que a sociedade nova deve se pautar cada vez mais por convicções internas, amparadas no bom senso e no senso comum. A Tradição deve ser o esteio da moral e da regularidade, pois a “impessoalidade” das leis nunca é a melhor solução. Porém, uma “Tradição” no sentido maior do termo, apenas se alcança sob um estado de sabedoria comum, na conquista de uma sociedade sã. Para o sábio, aquilo que vale mais é a moral e a justiça, e a lei de Deus é maior que a lei dos homens, pois esta muda constantemente mas aquela não, e os juízes terminam por condenar aquilo que os seus próprios pares fizeram na geração anterior, para desespero de uma sociedade que se deteriora ante juízos que se revelam radicais e superficiais, porque não raro são mais movidos por pressões sociais que pelo verdadeiro bom senso. Aqui entram também o valor da palavra e da honra. A Sociedade Tradicional prevê que nada pode substituir sem estes que seriam valores humanos fundamentais, e vê no banimento de incorrigíveis e reincidentes, uma opção válida à prisão, mantendo assim o seu espaço “puro e ordenado”. Como o banimento tradicional tem uma base territorial, ele não soaria possível sob o rígido controle de fronteiras que acontece hoje, restando medidas como a exoneração dentro das categorias profissionais, etc. A legislação materialista apenas é tão detalhista -Constituição, Código Civil, Código Penal, etc.-, porque ela convive, contempla, acata e respeita a mesquinharia, a usura, o egoísmo e até o ateísmo. Não existe ali uma educação espiritual e moral adjunta, nem um esforço social civilizador, daí a necessidade de prever cada vez mais erros e pecados, e ainda se assegurar com policiamento e um sistema de segurança e prisional cada vez maior. Ver JUSTIÇA.

DISSIDÊNCIA. (sociolog.) O ato de divergir e separar propostas. A dissidência geralmente é necessária para fazer avançar o conhecimento, ainda que geralmente aquilo que aconteça seja o oposto, a deformação das bases. A necessidade da dissidência se acentua com o passar do tempo e com avanço de saberes para novas regiões. O passado cristalizado abomina a renovação e o julga superficial e aventureiro. Isto é mais ou menos o que pensam os judeus dos cristãos, os hindus dos budistas, os theravadas dos mahayanas, os católicos dos protestantes... Comumente, alguém que se dedica muito a um saber, o ultrapassa em certos aspectos, e estabelece uma sucessão. Porém, os amandores permanecem repetindo o passado e execram aquele que foi como águia, ao invés de voarem juntos. Para muita gente, mestre bom é mestre morto. Isto mostra apenas que existe muita complicação psicológica ou gente com dedicação superficial. Fácil é aferrar-se ao que não exige pensar, questionar, inovar, etc. Fácil é agarrar-se às coisas prontas. Para estes “donos da verdade”, só resta reprimir e contrapor argumentos com ofensas.

DIVINO. (filosof.) No sentido técnico, tudo aquilo que diz respeito ao mais puramente espiritual, integrando a esfera dos avatares. Como uma revelação advinda diretamente de Shambala (conforme a estrutura do Plano da Hierarquia –ver), todo o trabalho de LAWS situa-se rigorosamente neste plano ou dele emana.

DOGMA. (filosof.) “Dogma é considerado uma crença inquestionável e indiscutível. Homens pactuam que convém crer numa certa coisa e buscam difundir ou não suas crenças. A essência do dogma será, porém, sempre esta: a crença, a fé, com todo o direito ao subjetivismo inerente, que inclui o próprio desejo e a experiência particular. Pois ainda que a fé não seja matéria científica, em certo nível a crença tende a estar basicamente respaldada numa dada experiência subjetiva de espiritualidade.(...) Por esta razão o dogma está na base do credo de qualquer religião. O crente reconhece algo que não é capaz de entender de todo, mas que sobretudo necessita e disto depende, beneficiando-lhe de muitas formas, não só como uma promessa futura, mas também desde já, alterando a sua vida. Ele aprende ser esta uma condição para que o objeto do dogma tenha validade. Portanto, tampouco considera o assunto como algo exterior a ele. Nem é algo que ele possa receber sem certa participação na sua natureza. Mas uma benção que demanda um mínimo de mérito e reconhecimento.” (A Religião da Vida)

Doutrina. (filosof.) A pregação dos Mestres não detém próprios interesses. O avatar vem para ensinar/ajudar a humanidade a ser aquilo que ela mesma deve ser, como faz um educador. Os Mestres são seres singulares sem nenhum poder temporal, quem tem poder temporal é a humanidade, mesmo religioso (eis aqui questões e diferenças cruciais), mas a humanidade necessita ser orientada a se unir para evoluir e vice-versa. Pretender unir poder com direção, é loucura e insanidade. Atenção neste, por favor, que é o supremo aprendizado da humanidade, já que o próprio Pecado Original se deve à falta desta observância, no caso, de harmonizar a Vontade divina com o Poder humano.

DOZE TRIBOS. (astrol.) 1. As doze casas ou nações surgidas a partir da divisão da Palestina entre os filhos de Jacó; 2. Fórmula astrológica destinada a organizar as sociedades em termos de compatibilidades psíquicas. Ver SINASTRIA e ARCA.

DUAT (var.: Tuat). (teolog.) O paraíso de Osíris, contendo os 21 pilonos de Sequet-Aaru e as sete Arits ou man­sões. Região pela qual viaja o deus-sol Rá de leste a oeste durante a noite e, quando ele luta contra a serpente Apep. It also was the place where people's souls went after death—for judgment. Lugar onde as almas permanecem após a morte, para fins de julgamento no Tribunal de Osíris. Na S. B. Eubiose, é a “terra interior” mais superficial.The structure of Duat, and the dangers faced there by the souls of the dead, are detailed in texts such as the Book of Gates and the Book of the Dead .

DWIPA. (sânsc.) Terra, continente ou região. O "Continente Branco" dos mitos hindus de origem, berço da Raça Primordial. Ver KUMBHA, SIMHA e ALBION.





















E


ECOLOGIA. (filosof.) “Ciência de organizar a casa”, uma das novas chaves de redenção mundial, em todos os níveis imagináveis. Ver EVANGELHO DA NATUREZA.

ECONOMIA. (filosof.) O ato de racionalizar o uso os recursos existentes, naturais ou espirituais, razão pela qual LAWS identifica a economia e a ecologia. LEI DE E. “Todo o caminho superior tem início então pelo emprego da Lei de Economia. Como diziam os toltecas, o ser humano dispõe de uma quantidade limitada de energias. Por isto ele não pode desperdiçá-la em atos inconscientes, fúteis e desnecessários, se é que deseja alcançar outros mundos e até salvar a sua alma ou preservar a sua consciência para a Eternidade. Por isto, a energia dever ser economizada pelo uso racional do organismo, da palavra e da mente. Alimentação leve, castidade, respiração consciente, prática do silêncio e da meditação.” (“Trikosmos”). Ver ACUMULAÇÃO.

ECUMENISMO. (filosof.) Aquilo é relativo a “toda a terra” (ekoumenous), o universal. Visão qualitativa da múltipla abordagem religiosa; o Ecletismo orgânico e de valor espiritual; restauração, reforma e renovação múltipla das religiões e das instituições. Disse Rûmi: "Visto que o objeto do louvor Ele mesmo, não é mais que UM, deste ponto de vista todas as religiões não são mais que uma só religião." (M III:2124) Mais uma vez, podemos remeter a idéia ao Buda, através da bela parábola dos sete cegos e do elefante. Assim é a visão da Sabedoria: a unidade-na-diversidade, o Uni-Verso, enfim. E. SOLAR. Com menor precisão, o termo também pode ser encontrado em LAWS sob o rótulo de “Universalismo Solar” (ver). O ecumenismo é convergente pró-síntese, mas o universalismo é divergente pró-matese.

EDUCAÇÃO. (filosof.) O procedimento de instruir, geralmente crianças. Alice A. Bailey declarou que a iniciação será no futuro tratada como simples educação, e neste caso se imagina tratar de educação permanente e integral. Desde já vale declarar que medidas como a escola iniciática e a organização de grupos-semente, estão diretamente ligadas a mitos como o da Arca de Noé e das Tribos de Israel, como laboratórios para “experimentos” raciais, sociais, espirituais, etc. “Experimentos” recebe aspas aqui, porque na verdade se trata da aplicação de PROGRAMAS revelados (conhecidos dos iniciados, que os tem vivido), a serem cumpridos coletivamente através de sistemas de educação permanente, ao modo do varnashramadharma védico e brahmânico, tratando a iniciação como coisa realmente científica. “Quando se pensa que estamos ensinando alguém a viver e a co­nhecer, é possível sentir bem o sentido da palavra criar, porque se está criando algo novo através de alguém. Se pode até estar apenas reproduzindo conceitos, mas sempre criando, com a criança. (...) Saber que qualquer coisa pode ser feita neste momento, que a criança vai ser aquilo que se fizer dela, é uma coisa que quase assusta. Pensar na importância que se tem para estes seres, como orientadores ou genitores. Teorica­mente, pela educação se pode criar um novo mundo dentro de uma simples geração. Esta parece ser a maior das magias.” (A Religião da Vida)

EIXO. (geog.) 1. “O E”. Maneira pela qual LAWS define a Ordem universal que tem como pólos a Fonte transcendente e a Base imanente (ver). A possibilidade de se vir a definir um Eixo histórico, está vinculada às necessidades evolutivas do planeta, e condicionada a questões de tempo e espaço. 2. “Mudanças de e.” O eixo terrestre fez uma volta de 180 graus no seu movimento precessional, desde que começou a atual evolução cósmica humana ou desde um ponto-alfa de registro do tempo denominado “manvantara”, e nisto está a principal explicação para a “inversão do eixo” desde o ângulo físico. Existe o eixo magnético que podem oscilar entre Norte Sul ciclicamente também sem maiores conseqüências. E por fim o eixo ou pólo espiritual, Ketub, que é a própria Hierarquia, a qual deve voltar a se manifestar sobre a Terra. 3. E. SAGRADO. Segundo os ensinamentos de LAWS, apoiados pelas doutrinas tradicionais Vastu Vidya, Feng Shui, sufi (ver) e também a Eubiose, os quadrantes Nordeste e Sudoeste, representam o Grande Eixo evolutivo da Terra, especialmente quando envolve os translados Norte-Sul. Também chamada de DIAGONAL SAGRADA e NESO, por reunir os quadrantes Nordeste-Sudoeste, este eixo é exaltado em várias doutrinas de geografia sagrada. Ver também ALTERIDADE e ITINERÁRIO DE IO.

ELEMENTOS. (cosmol.) Os princípios gerais da matéria, constituídos por princípios específicos que são os ritmos cósmicos ou gunas (ver), superados não obstante por nirguna, completando a estrutura Elemental. “(Os) Rosacruzes afirmam existir na verdade 16 elementos. Numa visão evolutiva, podemos realmente ver uma fórmula final dos Elementos como sendo absolutamente quaternária, ou seja, 4x4. Se poderia estimar que a sua fórmula 3x4 (diretamente vinculada ao Zodíaco, portanto, ou três ritmos e quatro princípios elementais) como uma condição transitória, no caso, associada à terceira raça-raiz (árya), vindo este quadro a se completar ou ‘estabilizar’ apenas na quarta e última raça-raiz (chamada americana ou teluriana), aquela que segundo os antigos mexicanos inicia neste 2012 (ver mais sobre os “novos elementos” na obra “2012 - O Despertar da Terra”).” (Tetragrammaton)

ELEITOS. (teologia) “Ser um eleito não é se eleger a si mesmo, mas ser um escolhido pelo Deus que ama a todos. O eleito de Deus, é o homem de boa vontade, aquele que luta por superar-se para permitir que Deus que é Amor, Paz e União, viva também em sua vida.” (A Religião da Vida) “(...) os eleitos de Deus são não aqueles que pensam na sua própria salvação, mas sim na salvação de todos. Tal coisa tem uma remota relação com o voto de Bodhisatwa, o divino renunciante, mas está diretamente associado ao conceito teosófico dos “Servidores do Mundo”, tal como divulgado por Alice A. Bailey, um tema de resto naturalmente amplo capaz de abranger até as Altas Hierarquias, já que o Reino é um dileto berço para a semeadura da luz aos olhos de Deus. (...) Trata-se da anunciada “nação de reis e de sacerdotes” prevista nas profecias bíblicas. O Apocalipse apresente este grupo no número de 144 mil almas, ou 12 x 12 mil pessoas, advindas portanto de 12 ramificações principais, a serem combinadas entre si. Tal fórmula possui amplas implicações astrológicas, e se destina a organizar o novo varnashramadharma de evolução humana, tendo por meta geral o resgate das quatro Dádivas do Paraíso, na sua associação com os quatro planos e classes.” (Vaikutha – o Paraíso Astrológico)

ELITE (sociol.) As únicas “massas” que as pessoas mais avançadas devem “por a mão”, são as próprias massas humanas, para orientar e liderar a partir da própria experiência de vida. Aliás, admitir-se como uma elite muita vezes é um ato de sinceridade e não-demagogia, tudo o que cabe então é tentar não ser elitista, coisa todavia difícil para aquele que mascara os fatos tentando ser “popular” e projeta idéias avançadas nas massas, despreza a mentalidade do homem simples e suas necessidades próprias, julgando a si mesmo o próprio “modelo universal do homem”. É preciso aprender com a História. Não é “indivisível” um indivíduo em construção, e quem está “pronto” sabe respeitar a evolução de todos.

ELITISMO (sociol.) Quem difunde o elitismo é quem acha que não existem elites, porque assim deixam as massas nas sombras com o seu discurso único, e na verdade este sectarismo fecha as portas para a evolução das próprias elites. Pois esta premissa sociológica parece ser algo difícil de apreender pelo elitismo. Ver ELITE.

ELO SAGRADO. (teolog.) A Unificação Vicária ou o Pontificado Universal. “(A) Doutrina do Elo Sagrado, pedra fundamental de todo o possível ‘Reino de Deus’ na História, reza existir em cada geração de homens, um Enviado ou Mensageiro supremo especialmente preparado para servir como Intermediário entre o Supremo e suas criaturas - isto é: Aquele que é na linguagem dos místicos chamado como O Adepto. (...) O Apostolado Universal é o Grande Elo, que necessita ser refeito face a imperiosidade de restauração da Ordem mundial.” (Teocracia – Tradição & História). Ver REPRESENTAÇÃO, TEOCRACIA e PAPA.

ELOHIM. (teologia) Deuses criadores. Existe uma antiga questão teológica em relação à criação bíblica do universo, do mundo e do homem, nas passagens em que Deus fala no plural. Isto terminou originando a concepção moderna de que existem duas correntes na base destas escrituras, a Elohítica e a Javética. De fato, as duas coisas acontecem paralelas, mas também se nota uma sequência, na medida em que os Elohim “assumem” a Criação no sexto dia para forjar o ser humano, como fez Prometeu, o “Amigo do Homem”. Assim, os Elohim seriam a Hierarquia de Luz, os Mestres de Sabedoria, o “Concílio Divino” dos deuses menores que atuam numa co-criação e num plano já semi-manifestado. Javé seria então o deus supremo, na prática associado aos messias ou avatares. Fala-se em “deus” apenas como um apelo popular (note-se que o Budismo busca excluir esta conotação), que é a quem afinal se destinam as Escrituras –assim como aos noviços e principiante, é claro. O que não significa inexistir sempre um deus maior. Esta polêmica traduz, pois, o preceito tradicional de que a refundação das coisas se dá pela reunião dos três Centros de consciência: a divindade, a hierarquia e a humanidade. Tal como também aconteceu no final do Dilúvio, na nova aliança que se tece entre Deus e a humanidade, sob a mediação da Hierarquia representada pelos próprios patriarcas da arca. Não é casual a presença das montanhas em todas estas epifanias. O preceito se relaciona diretamente com o mito egípcio da colina primordial, isto é, a presença de uma hierarquia espiritual, situada entre o céu e a terra, que faz a criação das coisas novas. As mastabas, túmulos funerários dos altos dignatários do Estado, detinham a forma destas colinas míticas. Na mitologia egípcia, este é o papel de Shu, o ar, que separa o céu Nut da Terra Geb. Trata-se assim de uma organização prática das coisas, relacionada ao Governo oculto do Mundo, já que a revelação ocorrida nos primórdios, a partir da manifestação divina, apenas estabelece as sementes originais. Cabe pois às Hierarquias espirituais, realizar todo um trabalho de intermediação entre as revelações divinas e a capacitação da humanidade, empregando para isto a energia do amor, cujo exemplo é dado pelo próprio messias na sua profunda atenção pelo mundo e a humanidade. Pois bem, o conceito bíblico de Criação, não diz tanto respeito à realidade fenomênica, e sim à renovação das coisas, pois se considera que ao cabo de uma Idade de Ferro da civilização, as coisas estejam todas deixadas como terra arrasada, seja a Natureza, sejam os valores e as instituições. Por isto é necessário recriar, renovar e refazer as coisas, desde as suas raízes sagradas na revelação divina. Por esta razão, a verdadeira criação começa na (re)criação do ser humano, tal como atestam muitos mitos genésicos. Pois se os messias deixam as sementes e renovam as energias, toca às hierarquias organizar as coisas para que a luz da revelação possa ser realmente captada e fazer o seu efeito. Estes grandes Iniciados são então chamados a atuar como artíficies de um Novo Homem, sob a inspiração dos ditames divinos da revelação dos tempos.

Emancipação. (teolog.) Somente os reinos superiores são emancipados. O Plano da Hierarquia prevê a emancipação humana, a longo prazo, mas através da Manifestação da própria Hierarquia, para dar uma orientação final para a humanidade a fim de que esta possa superar a si mesma. Aquilo que a Tradição apregoa todo o tempo é de equilíbrio. A autonomia humana é ilusão e alienação de si mesmo, porque o ser humano não foi criado e não evoluiu fora de Deus. Apesar de imortais -ou por isto mesmo-, os mestres desejam ajudar a humanidade a evoluir a ponto de por ela até “morrer” neste esforço extremado, ao invés de abandonar as agruras do caminho espiritual e a ingratidão humana, para cuidar de suas vidas pessoais. A pobre humanidade mal sabe que precisa dos mestres até para não morrer de todo, tão alienada costuma ser ou ficar. É muito triste ver que, apesar do imenso fosso histórico que a humanidade está cavando para si mesma, ela ainda insiste no Pecado Original da presunção de autonomia espiritual, indo até contra todas as profecias. O que demonstra que ela realmente vai sorver até o fim o carma que está gerando para si, e lhe é dado todo o direito de fazê-lo porque Deus ama a sua criatura, mesmo abalando com isto os pilares da Criação. Só que a humanidade nunca vai conseguir caminhar totalmente sozinha, porque isto é tecnicamente contraditório. No dia em que a humanidade puder evoluir sozinha, ela deixará de ser humanidade como tal, e sim aquilo que hoje chamamos de “hierarquia” -à diferença daquela ser realmente coletiva, e não este pequeno mas impactante grupo de pioneiros, que tem aberto os próprios caminhos humanos através das eras. A humanidade só começou a evoluir sob a custódia da Hierarquia, e sem esta ela volta rapidamente para a Idade da Pedra, como aliás sugeriu Einstein que acontecerá no caso de uma guerra nuclear. Pouca gente faz idéia de tudo o que os Mestres fazem pela humanidade todo o tempo, e é melhor que fique assim enquanto a humanidade não redespertar, para que ela ainda tenha alguma chance de evoluir. Felizmente já não vai demorar muito este redespertar, sob a dor que ela está criando para si, mas sabemos que desta vez será para sempre o despertar, porque agora já entramos na Última Hora do relógio cósmico. Pode-se suspeitar que mesmo num mundo de Adeptos, permaneça agindo uma Hierarquia superior, talvez apenas não haja tanta necessidade de expiação e intervenção divina, graças a Deus, porque o mundo futuro não mais tolerará todo este abuso de livre-arbítrio que caracteriza a condição humana, sob pena de nada mais subsistir...

EPAGOMENAIS. (astrol.) Os dias intercalares do “ano vago” (ou “redondo”), quando há. A diferença entre o ciclo astronômico (real) e o astrológico (ideal), celebrados como “dias fora-de-tempo” e dedicados às festividades de fim-de-ano.

EPISTEMOLOGIA. (filosof.) O discurso da ciência; avaliação filosófica dos conteúdos e da validade científica. Importante matéria interdisciplinar que tem aportado formas renovadas de focalizar o saber humano. Ver FILOSOFIA.

EQUINÓCIO (astrol.) Etapas do curso solar em que o Sol se encontra nas posições de maior equilíbrio entre dia e noite, seja no crescendo da luz (E. de Primavera), seja no descenso da luz (E. de Outono).

ERA. (astrol.) 1. E. ZODIACAL. As doze divisões do Ano Cósmico, com 2.016 anos cada. 2. E. de AQUÁRIO. A Era zodiacal atualmente entrante, como um dos três ponteiros da Grande Confluência. 3. E. SOLAR. O ciclo de 5 mil anos, dividido em 5 milênios relacionados às Idades do Mundo (ver), e regido pela Hierarquia. O ciclo de um ashram solar da Loja Branca. Os cinco períodos raciais-raízes de 5.000 anos, as Raças-raízes (ver); a metade “hierárquica” inicial da Era solar. 4. E. LUNAR. A metade “anárquica” posterior da Era solar. Ver RELÓGIO CÓSMICO, ASHRAM, MANVANTARA e RAMAS.

ESCOLA AGARTHA. (esoter.) A Escola Agartha de Filosofia e Mistérios, é uma entidade de ensino esotérico tradicional, com tônica voltada para o Ocultismo Prático e a Alquimia espiritual, assim como para a Astrosofia (astrologia esotérica) e para a Geosofia (geografia sagrada), doutrina na qual se especializa e destaca todavia, a par com as tendências das escolas herméticas sul-americanas, em função do caráter setenário ou consumatório desta região, preparando assim os mistérios da parúsia e do millenim. Ver AGARTHA.

ESCOLA INICIÁTICA. (esoter.) Núcleos de reeducação espiritual, tais como eram os templos ou as “Casas da Vida” (ver) egípcios. A chamada “reabertura das Escolas Iniciáticas”, que ocorre nas Eras e nas Idades positivas do mundo, significa em LAWS, antes de tudo, não a ampliação pura e simples do contingente humano das Escolas (coisa que seria mera decorrência), e sim a abertura filosófica e a disposição do acervo mistérico tradicional, através de releitura, desvelamento, universalização e pragmatização de seus postulados. Representando daí, a oferta de instrumentos práticos de ciência superior para a reforma da civilização e a restauração da ordem superior e universal. Segundo Alice A. Bailey, “a manifestação das Escolas de Iniciação constitui uma das principais metas do Plano de preparação da Hierarquia para a Nova Era, assim como uma das atividades mais importantes da Hierarquia na sua aguardada exteriorização.” Não obstante, tal mecanismo deve ser considerado ainda como “recapitulatório”, já que a nova Raça deverá apresentar a grande novidade racial das Escolas de Iluminação. Há muitas formas de organizar um “escola”, inclusive especulação e investigação. Sem excluir intuição e meditação. Mas é muito diferente uma escola feita “de baixo para cima” desde a perspectiva humana, de outra perfeita” revelada de cima para baixo”, como deve ser a verdadeira escola iniciática. Ver ILUMINAÇÃO e PLANO DA HIERARQUIA.

ESPELHO. (psicolog.) 1. E.S DE SABEDORIA (ver). Forma como LAWS designou aos pares de opostos em geral, e em particular aqueles que compõe Mayatri (ver), ou as dualidades essenciais e dimensionais do Dharma Tushita (ver). 2. E. DE OBSIDIANA. A terceira obra da trilogia A Tradição Tolteca de LAWS, alusivo aos mitos maia/nahuia dos Bacaabs/Tezcatlipocas. Ver INVENTÁRIO DIMENSIONAL e SAPTADHARMA.

ESPELHOS CÓSMICOS. (esoter.) “Campos de semeadura cósmica, o plano dos Arquétipos que nos cria mas não são por nós criados. São a função construtiva do psiquismo superior, ou do inconsciente coletivo, os campos da semeadura do pensamento, sementes de fogo regeneradoras, sendo nisto como o futuro, que devolve o que semeamos, seguindo também as leis criadoras do carma de retribuição. É o papel construtor do pensamento, mas que também pode ser destrutivo.” (O Portal de Farohar) Ver AKASHA, FAROHAR e ESPELHOS DE SABEDORIA.

Espelhos de Sabedoria. (filosofia) “Espelhos de Sabedoria” são a estrutura di Inventário Dimensional (ver). “Os princípios que regem os Espelhos de Sabedoria correspondem igualmente às Quatro Bençãos tradicionais do Éden. São eles: Hierarquia, Gênero, Tempo e Espaço, estando diretamente relacionados às Quatro Ciências de Agartha. E são também Espelhos de Amor, posto que o Amor e a Sabedoria derivam ambos do 2° Raio. A saber: 1. O preceito de Hierarquia visa harmonizar o Superior e o Inferior, restabelecendo a obediência ao Criador e resgatando assim o dom da imortalidade. É o Espelho do Amor Espiritual. 2. O preceito de Gênero visa harmonizar o Masculino e o Feminino, tanto individual como socialmente, restabelecendo o equilíbrio conjugal e resgatando assim a paz no matrimônio. É o Espelho do Amor Conjugal. 3. O preceito de Tempo visa harmonizar o Passado e o Futuro, restabelecendo a ordem social através da justiça e resgatando a abundância e a paz entre os homens. É o Espelho do Amor Fraternal. 4. O preceito de Espaço visa harmonizar o Interior e o Exterior, restabelecendo a harmonia das ações sobre si próprio, resgatando assim a saúde e a justiça ecológica. É o Espelho do Amor Natural.” (“Trikosmos”).

ESPIRILAS. (esoter.) “Filamentos atômicos que determinam o rítmo, a fre­qüência, a vibração e a velocidade interna de cada um dos diferentes átomos permanentes (ver) dispostos nos planos. São mais ou menos como os filamentos das lâmpadas. O átomo de cada plano possui um aspecto de­ter­minado em seu vórtice vibratório, um desenho específico.” (“Trikosmos”).

ESPIRITUALISMO. (filosof.) A Doutrina do Espírito Santo, difusão dos dons divinos pela humanidade, e análoga à doutrina de Brahma como imperio mundi. Num certo calendário, um de seus grandes marcos teria ocorrido já no final da Idade Média, e São Francisco um profeta-fundador, ou no Renascimento, quando muitas ordens também viram um novo momento da Revelação e projetraram nas Américas um palco para a sua manifestaçã. Com a chegada da setenária Era de Aquário, esta filosofia alcança naturalmente a sua maturidade. Assim, a vinda do Espírito Santo está prevista e profetizada, é Deus-em-Nós, e o símbolo do Aguador o reforça. Ver FRANCISCANISMO.

 

equilíbrio. (filosof.) A arte de harmonizar os opostos. O equilíbrio é a grande meta da existência, que para alcançar a harmonia se vale do ritmo, através do qual vai realizando a fusão dos contrários. O equilíbrio é aquilo que fecunda realmente as coisas, permitindo superar o tempo e a própria finitude.A vida é equilíbrio sagrado das coisas, uma verdadeira arte de cair e de levantar. Todo o movimento físico que realizamos, é um jogo de equilíbrio que controla a queda. Alguém definiu o caminhar como uma compensação da queda para frente. Quando um pássaro quer voar desde o seu ninho, ele se deixa cair um tanto para adquirir velocidade. A curva na bicicleta demanda uma inclinação, que é também uma queda temporária. Acaso esta realidade física, não se aplica também em outros planos?” (A Religião da Vida) Ver TULA.


ESOTÉRICO (filosof.) o conhecimento mais verdadeiro, profundo e objetivo, para além dos mitos e dos véus do exoterismo. Devemos partir da premissa de que a realidade é sagrada, porque vem de Deus. As verdades finais são inacessíveis ao leigo, havendo toda uma preparação necessária para penetrar nelas.

ESOTERISMO (filosof.) A Ciência dos Mistérios. A disparidade doutrinal do esoterismo tem muitas razões, entre elas o atavismo (cânones antigos), a pluralidade racial, a vidência correta e equivocada da evolução, o espírito especulativo, além dos reinos paralelos de evolução (humanidade, hierarquia e divindade) e a prórria raridade e elevação do conhecimento. Como seria de imaginar, muita coisa que diz respeito aos avatares é especulativo e, por isto, não raro contraditório. O Budismo costuma dizer que Gautama e Maitreya são Budas de categoria ou natureza semelhante, do que se pode discordar. Fala-se também que Maitreya é o quinto Buda, mas quando começa esta genealogia? O Hinayana e o Mahayana têm biografias distintas do Buda, naquilo que diz respeito ao seu Kalachakra isto é, os ciclos vitais de iniciações. O último é mais fidedigno e universal, embora menos conhecido. O que soa curioso, porque se criou mais distante do tempo da vida do Buda. Outra tanto se poderia dizer do Hinduísmo e de outras tradições merkabadianas. Mesmo dentro do Budismo não há uma unanimidade para certas correlações, ou existem critérios versáteis. Os Dhyanis são Budas-Manus, regentes raciais, senhores da Mandala do mundo, e cabe associar Maitreya a esta função.

ESPIRITISMO. (filosof.) Doutrina que apregoa a comunicação com os espíritos, sobretudo de pessoas mortos. A Doutrina Espírita foi codificada por Allan Kardec, contendo a crença na imortalidade da alma (ver) e várias outras idéias e propostas cristãs. Contudo, pressupõe-se também ali a reencarnação (ver) em função disto e que todos possuam realmente uma alma. Para alguns analistas, todavia, a Alma (ver) é uma realidade elevada que se pode perder ou sequer se alcançar de fato. Os espíritas sabem perfeitamente das “almas penadas” e dos espíritos obcessores, termos que para alguns não correspondem à alma verdadeira. Ver NECROMANCIA.

ESSÊNCIA. (filosof.) Como diz o ditado, “o essencial é invisível aos olhos”. Para os religiosos, a essência das coisas é o espírito. Na Física, ela pode se considerada a luz. E para certos místicos (assim como para os céticos, já sob outra conotação), a essência de tudo é o vazio. A consciência se inclui por vezes, como uma meta essencial.

ESSÊNIOS. (antrop.) Seita judaizante, naturalista e escatológica, de fortes influências maniqueístas, que teria influenciado João Batista e o próprio Jesus Cristo. Os alternativos (ver) atuais, teriam vínculos históricos de analogia com os antigos Essênios. Ver também TERAPEUTAS.

ESTAÇÕES (astrol.) A mais consistente base científica do Zodíaco solar. Um fator essencial na edificação do caráter humano, extensível a sociedades e raças. Finalmente, um dos significados dos Quatro Elementos (ver). Ver PONTOS MÉDIOS.

Estruturalismo (filosofia) ou Construtivismo (ver). Doutrina científica que trata da construção da consciência por etapas. “O estruturalismo se esteia na idéia de estruturas e de ciclos, permitindo organizar, prever e conhecer as coisas sempre com um elevado grau de exatidão. Afinal, alguns de seus alicerces são a experiência e a observação prática. Exemplo: as Estações do Ano formam uma ‘estrutura’ de tempo com forte influência sobre a Natureza. Tendo conhecimento daquilo que acontece num ano, podemos ‘prever’ aquilo que haverá no próximo ano, assim como ‘saber’ o que deve ter ocorrido no ano anterior. A mesma idéia se aplica às estruturas psicológicas de cada ser humano e também das coletividades vistas como organismos grupais, surgindo daí a possibilidade da profecia e das práticas astrológicas (as quais apenas simbolicamente teriam relação com os ‘astros’).” (LAWS, Tetragrammaton) Os estruturalistas são acusados de tentar conferir ao mundo uma ordem que ele não teria. De fato, a tensão entre a ordem e o caos, é uma relidade na Natureza. Porém, ninguém pode negar que exista uma ordem, sem a qual a Criação não seria possível, tanto que a palavra kosmos significa justamente “ordem” em grego. Partindo de preconceitos, ao observar a Natureza o anarquista tenta dizer que uma floresta é um caos, diferente de uma monocultura monótona por exemplo. Quando na Verdade, nesta dissemetria aparente da Natureza existe uma grande ordem e harmonia. A realidade é que a ordem cósmica é um tema que pode ser sempre aprofundado, mas nada indica que ela tenda à monotonia. Quando Platão falava da superioridade das “idéias” e Jung tratava dos arquétipos, estavam invocando as raízes desta ordem. A iniciação regular das Escolas de Mistérios, são estruturais; “maçom” significa “construtor”, servindo isto esotericamente no plano social e no espiritual. Claude Levi Strauss declarou ser a astrologia um “estruturalismo avant la lettre”, e temos demonstrado que o Zodíaco pode ser empregado tanto como sistema educativo como de iniciação. Na educação, o construtivismo tem sido criticado por colocar mais ênfase no educando (que evolui através do estímulo) do que no educador (que é a fonte ativa do estímulo), resultando em baixo padrão de aprendizado e na geração da má educação e do desrespeito ao educador (o quadro acompanha, não casualmente, a “moda” da omissão da educação familiar); coisa que todavia pode ser consertada na medida em que se compreenda a unidade indissociável de ambos os fatores.

ÉTICA. (filosof.) O respeito à verdade inerente das coisas; a conduta correta e o cumprimento dos deveres; fidelidade aos princípios inerentes às associações contraídas durante a vida. LAWS simboliza a ética como o aspecto “cálice” da espiritualidade, graças à qual nos capacitamos a receber energias superiores. A rigor, a ética representa muito mais do que a possibilidade de acumular energias passivas, porque significa um convite para participar da comunhão dos santos e uma abertura ao acesso de forças superiores e providenciais em nossas vidas. A atitude ética corresponde a uma opção quântica, graças à qual a nossa percepção de mundo se refina e se torna fluída ou espiritual.

ÉTER (PLANO). (esoter.) Essência, quintessência, o quinto elemento. Plano associado à verdadeira forma humana e o aspecto superior do plano físico denso. “O plano etérico diz respeito ao prana (energia vital emanativa) e sua disseminação. Existem diversas modalidades de prana, e constituem o ‘círculo não-de-passa’ de uma dada existência, até que a ‘tela prânica’ possa ser removida e cada nível de existência ser integrada à sua superior.” (“Trikosmos”)

ETNOLOGIA. (filosof.) Rama das ciências humanas que busca a iden­tifi­cação cultural especí­fica das sociedades, como gru­po racial e social orga­nizado. Ver ANTROPO-CULTURA.

EUCARISTIA. (simbol.) O rito do pão e do vinho, representando a carne e o sangue do Cristo, sinal da Encarnação que une as pessoas para além das teses místicas individualistas, reunidas e “materializadas” no Avatar. Simbolizam a uni-dualidade mente e coração, de modo semelhante ao cálice e à espada da tradição celta, ou da jóia e do lótus da tradição budista.

EUROPA. (geogr.) O “Velho Mundo” que, juntamente com a África e a Ásia, vem a ser o continente atualmente sob desconstrução (ver) sócio-cultural.

EVANGELHO DA NATUREZA. (filosof.) A grande “Boa Nova” destes tempos, assentada sobre a doutrina das Idades Divinas (ver), diz respeito à importância da Ecologia e do Meio-Ambiente na realização humana, recuperando assim o aspecto sagrado da Criação. Ao mesmo tempo, incide sobre o aspecto Espírito Santo (ver) da Trindade e, por extensão, à Humanidade enquanto reino destinado a focalizar a Revelação. Adaptando a Trimurti (ver) hindu, o novo Evangelho apregoa a Trindade como Criador-Criatura-Criação. O “Evangelho da Natureza é um pequeno tratado de Ecologia Profunda –ou da Religião da Vida–, com bases na saúde, psicologia, arte, filosofia e teologia. Aponta o caminho para o retorno da unidade entre matéria e espírito através do refinamento dos sentidos e da sensibilização do espírito.” (A Religião da Vida) Ver CÂNONE DA PERFEIÇÃO, FRANCISCANISMO e RELIGIÃO DA VIDA.

EVANGELHO ETERNO. (filosof.) Ou Filosofia Perene (Sanat Dharma), é o sistema de filosofia universalista pleno, com os recursos inestimáveis da Astrologia racial e doutrinas afins, especialmente a hierofania.  A expressão é encontrada do Apocalipse de São João, escritura esta que representa em si uma revelação universalista de tal ordem.

EVOLUÇÃO (Sociol.) É coisa importante de saber, é que o curso da Historia do Velho Mundo é bem diferente daquele do Novo Mundo: se aquele é de desconstrução hierárquica, este de construção social. Assim, “importar” doutrinas feitas para outros hemisférios, pode chegar a ser uma grande alienação. No caso, qualquer espécie de anarquismo apenas pode ser pensado para aquele Mundo que está no “fim da História”, como é a Eurásia, pois como se sabe, as Idades de Mundo decrescem socialmente no rumo do materialismo. Nas Américas, vivemos um outro curso pró-espírito, o da construção social, apesar da atrofia capitalista que ainda deve ser vencida heroicamente, afinal vivemos mesmo na formação da terceira classe, a dos idealistas e nacionalistas, que leva a aristocrática marca do heroísmo. Ver PULSAR DA HISTÓRIA.

Excalibur. (mitolog.) Excalibur pode significar a própria justiça (que sempre usa uma espada por símbolo), ou pode ser a Kundalini. Uma coisa pode levar à outra, por mérito. Porque o importante aqui é a justiça-de-raiz, aquela voltada para Deus mesmo, no reconhecimento da soberania divina e na necessidade humana de contar com Mentores para alcançar e prosseguir na senda da retidão, pois desta Parceria sagrada depende o reerguimento de toda a Civilização. O eleito se eleva das águas humanas por mérito próprio, porque realizou o treinamento da Escola.

Existência. (filosof.) “Pela experiência aprendemos que existem as coisas mais e menos duráveis, mas também coisas mais e menos satisfatórias, assim como outros mais ou menos insubstanciais. Estas três qualidades –transitoriedade, insatisfatoriedade e insubstancialidade– caracterizam a existência dentro da ótica budista tradicional. E o remédio contra isto é oferecido através do nirvana, quer dizer, a liberação ou a iluminação, que não necessita ser entendida, no entanto, dentro de uma ótica nihilista ou negativa, como uma ‘extinção’ pura e simples de alguma coisa que, como a vida, tem sua parcela de bem e de mal quase indissociedadas. Antes, deve ser encarado como uma procura pelo equilíbrio, tal como formulado em algumas doutrinas paralelas ou associadas, e mesmo pelo próprio Buda em alguns de seus sermões originais. (...) Uma visão mais positiva da vida somente pode ser oferecida em determinados períodos íntegros da evolução planetária, quando a humanidade se encontra capacitada a exercer uma grande síntese, o que significa abandonar a letargia e buscar positivamente a melhoria de todas as coisas.” (Teocracia – Tradição & História)

EXPIAÇÃO. (teolog.) Ato divino de resgatar os pecados da humanidade, manejando assim com as leis do carma num plano superior. Daniel fala da “abominação da desolação” (11:31, cit. Mateus 24:15), que os hebreus intepretam textualmente, mas esotericamente diz respeito às provações do messias. O “ciclo” de 1.290 dias de Dn 21:11 (retomado por João em Ap 11:3 e 12:6), dá o período aproximado de 3,5 anos. Jesus teria ficado três dias sepultado, porém a expiação pode remeter aos 40 anos do êxodo ou mesmo de provações do messias. Noutra passagem, Daniel se refere diretamente ao templo hebreu, prescrevendo “setenta semanas de anos” (ou 490 anos) para a sua reedificação. Ver CRUcificação.

EXTERIORIZAÇÃO. (teolog.) “Exteriorização” significa manifestação dos “Planos Internos”, que atuam tanto mais para preparar isto, porque a manifestação é a Perfeição, a Idade de Ouro procurada, céu na terra e terra no céu. Podemos até dizer que os mundos atuam cada vez com maior intimidade, mas “Há um tempo para tudo sob o céu, para semear e para colher.” Ora, os “planos internos” são só um complemento. Os mestres externos podem fazer muitíssimo mais pelas pessoas, incomparavelmente mais, se as pessoas consentem em ser ajudadas, orientadas. O contato com o mundo interno é raro e dificultoso, e obedece suas leis. Ver CANALIZAÇÃO.

ÊXODO. (sociol.) Recurso cultural de amplo emprego bíblico e antigo, com grande poder de neutralizar a estratégia de dominação colonial. Ao reocupar os campos, e prover auto-suficiência popular, e atendendo ao conjunto dos interesses da sociedade (ou seja: trabalho, produção, segurança e cultura) e conferindo bases para toda a sorte de mobilização necessária. Para problemas recorrentes, busca-se soluções também semelhantes. Como estrategista da Civilização, LAWS vê no processo de êxodo urbano uma importante solução para reverter os problemas do Terceiro Mundo, porquanto neutraliza inteiramente a estratégia de dominação colonialista. O êxodo é aquilo que se poderia chamar de mudanças estruturais suaves, porém profundas, de altíssimo teor social e cultural, ainda que concentrado e limitado de início a um grupo definido. Trata-se de uma medida definitiva, reservando o lado prático da utopia. Ver também REFORMA AGRÁRIA COLETIVA, PROJETO-EXODUS e DILÚVIO.

















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FAMÍLIA. (sociol.) A “célula” familiar é considerada a base da sociedade humana, afinal representa uma instituição original responsável pela perpetuação da espécie e pela educação das crianças, além de eventualmente abrigar o amor conjugal. Ainda assim, a família pode ser uma fonte inesgotável de carma e abrigar alguns dos maiores males da humanidade. A conhecida perseguição doméstica aos sábios e profetas, é permitida para assinalar, no fulcro mesmo da sociedade, a situação crítica dos valores de uma época, uma vez que os profetas sempre aparecem na transição de tempos e para preparar a renovação das coisas. Pois se é verdade que “em casa de ferreiro, espeto de pau”, é apenas porque “ninguém é profeta em sua terra”. A lenda original de Cain (ver) e Abel (ver), é ilustrativa sobre os conflitos sociais, pois assinala as atividades profissionais dos irmãos e também demarca nisto a punição ao homicida e toda a sua classe. Vale notar, que a atividade agrícola (“Cain”) estava relacionada à burguesia -assim era na Índia, por exemplo-, ao passo que o pastoreio (“Abel”) estava relacionada à austeridade e até à espoliação sofrida –à parte, é claro, o aspecto simbólico e espiritual do “pastor”-, na opressãoo que pode incidir sobre os pobres e sobre os nobres d’alma. A relação de Judas e Jesus entra na mesma categoria, porque tinham eles uma relação de irmãos na fé, acarretando também por isto que não houvesse uma burguesia organizada na Idade Média, coisa que o drama familiar de São Francisco apenas iria acentuar. Sob o Buda, contudo (quiçá, sob Krishna também), sucede outra dinâmica, uma vez que é uma aristocracia decadente que deveria contestada, já pela renúncia ao trono doméstico, dando lugar à ascensão da burguesia racial, cuja hora era afinal chegada. Hoje a estrutura familiar está de novo severamente abalada (e os profetas sofrem novamente todas as suas consequencias), pela crise de valores e pelo “experimentalismo” judiciário, que tem tentado manter uma situação através da coação econômica, tal como antes a religião declarava o casamento insolúvel, embora o fizesse também por razões ocultas. Contudo, esta violência jurídica apenas tem agravado as coisas, ao judicializar uma questão moral, ofendendo o direito natural e abalando as próprias bases da família como é a natureza da sexualidade e, por decorrência, afetando a questão espiritual. Contudo, ao invés de apelar para alguma forma de auto-castração (tais como homossexualismo e artifícios como os anticonceptivos), alguns mais heróicos têm buscado a solução tradicional da sublimação (ver) e enveredado para o sacerdócio, vindo a acessar novas dimensões do ser através da iluminação, e inclusive abrir novos caminhos para os relacionamentos íntimos –através das almas-gêmeas (ver)- e renovando com isto a própria estrutura familiar, trazendo soluções para uma época que demanda sínteses, espiritualidade, evolução, segurança, contenção e controle de natalidade - abrindo com isto os caminhos para a raça sacerdotal que emerge e suas instituições reveladas. Ver também SACERDOTE.

FAROHAR. (persa) 1. Versão persa do tradicional “globo-alado-com-serpentes” do Oriente Médio e Egito, onde se acrescenta uma figura humana (real, divina) no centro do globo. 2. “O PORTAL DE F.” Obra de LAWS que combina erudição, astrologia esotérica e iniciação, dentro de um entorno cosmificante, reunindo de forma atemporal o tradicional e o futurístico. Ver TETRAGRAMMATON e MAZDEÍSMO.

FÊNIX. (astrol.) 1. Nome da quarta iniciação, na recensão da Hierarquia dos Pássaros (ver), com origem na tradição meso-oriental. 2. Ciclo de 500 anos da renovação das civilizações, segundo o mito egípcio narrado por Heródoto. No geral, o preceito-fênix de renovação está associado ao valor cinco ou ao quinto ciclo, seja individual ou geracional 52 anos (“Fogo Novo” maia nahua) ou 50 anos (jubileu hebraico), etnológico ou sub-racial de 500 anos (1/3 do ciclo sótico egípcio, donde a Fênix colocar três ovos na lenda), antropológico ou racial de 5 mil anos (Era solar -ver) e até paleontológico de 50 mil anos, ligado às espécies humanas (ver a obra “A Espiral do Tempo”). Ver também NOVA RENASCENÇA e IDADE DO DIAMANTE.

FESTAS (astrol.) As festas religiosas ou civis do calendário, são oportunidades para dinamizar o ritmo do calendário com eventos especiais. Sua importância depende, em grande parte, de haver um calendário coerente com os princípios astronômicos.

fEUDALISMO (sociolog.) Sistema social que busca o controle da terra através de uma ordem hierarquizada, contemplando as metas da religião e a monarquia (ver) como meio. O feudalismo se apóia numa meritocracia política, pois o direto à terra é dado àqueles que são fiéis ao Estado (diga-se: ao rei) e seus valores. “(...) ao longo do período medieval (476-1453) a economia fora basicamente agrícola e pecuária, voltada para o sustento próprio. O comércio nessa época era muito escasso. Por outro lado, as terras pertenciam ao rei, e este as dividia entre seus vassalos, os senhores feudais, os quais eram quase como ‘reis’ em suas terras. Sendo assim, o Estado medieval é marcado pela descentralização do poder, o qual era repartido por vários governantes. Na questão social, grande parte da população vivia no campo, sendo parte desta serva de um senhor, e a minoria sendo ‘livre’.” (Leandro Villar, em “O Antigo Regime”, www) “A força dos reis medievais, vinha muito mais do seu exemplo de fidelidade à causa cristã, na proteção do território para a cristandade, e pelo fato de serem ungidos pela Igreja. Já no Regime Novo, a burguesia começou a se aliar aos monarcas, que passaram a usar a força do mercantilismo europeu, florescente com o colonialismo, para combater os senhores feudais e assim centralizar o poder de forma absolutista, fortalecendo o centralismo e as cidades, até a chegada da Revolução Francesa que, não obstante, manteve o poder urbano. Assim, as críticas feitas ao período medieval desde o Antigo Regime, tendem a ser maliciosas e provém grandemente da mentalidade burguesa e capitalista, pois foi a própria burguesia que fomentou o Absolutismo (ver) ao concentrar o poder nas metrópoles.” (“Cidades da Luz”). Ver Antigo Regime.

Filosofia. (Id.) Termo grego que significa “amor à sabedoria”, comumente atribuído a Pitágoras. Para alguns filósofos como A. Comte, a filosofia representa um estágio do conhecimento que sucede a mitologia e antecede a ciência (os evolucionistas apreciam este tipo de elaboração axiológica). Certas correntes diletantes, avaliam o termo como uma simples “aproximação à sabedoria”, sem todavia nela penetrar de fato. Nesta acepção, o filósofo seria apenas um simpatizante da sabedoria, sujeito ao amadorismo e envolvido com os prolegômenos da Verdade, mais ou menos como Serge R. de la Ferrière forjou o termo “yoguismo” para designar aqueles que ainda se dedicam aos preâmbulos ou aos preparativos da yoga, tais como seriam o vegetarianismo, a astrologia e, é claro, as bases éticas da espiritualidade. Porém, se é verdade que a expressão “filosofia” provém do grande Pitágoras, e sobretudo se este atribuísse a si próprio tal epíteto (tal como fariam as gerações seguintes), fica mais difícil alimentar este tipo de visão, posto que o sábio de Samos detinha avançadas escolas iniciáticas e seria ele um sábio consumado. Trata-se a Filosofia, pois, da arte do pensamento abstrato, sem perder todavia as bases da realidade e do objetivo. Assim, a Filosofia se aproxima da Epistemologia, o “discurso científico” que faz uma ponte entre a Ciência e a própria Filosofia. Quando um conhecimento passa pelo crivo de um filósofo, ele se transfigura automaticamente. Já não existe espaço para a frieza da Ciência e nem para o calor da Religião, antes emergindo um equilíbrio criador, sempre a meio caminho entre as superstições ou crendices e as obviedades vãs e também ilusórias. Por isto, a boa Filosofia tem sido sempre uma atividade fundadora. O ser humano é um ente de pensamento por essência, porém, o bom pensar é algo que depende de vocação e de dedicação: tal como ninguém enxerga com isenção os fatos sociais mergulhando na vida pessoal, tampouco percebe as coisas espirituais circunscrevendo-as à vida social. Se a capacidade de pensar é um dom dos heróis abnegados, e a habilidade de apurar e refinar as idéias é uma dádiva dos santos consagrados, a excelência da Filosofia representa um apanágio exclusivo dos iluminados consumados. A essência do reto pensar, é a busca da Verdade em todas as coisas: das origens, dos caminhos e do destino que nos toca como homens viver.” Ver MANU, EPISTEMOLOGIA e VERDADE.

FIM (DO MUNDO) (filosof.) Expressão religiosa e popular para designar a decadência (ver) final da civilização. Muitos podem ser os aspectos que inspiram o “sentimento do fim”, e no Apocalipse de João existem os quatro cavaleiros paradigmáticos das chagas escatológicas, na forma de fome, guerra, doença e violência. Porém o mais recorrente na mentalidade popular é, realmente, aquele da degeneração (ver) moral. A degeneração se torna o “fim do mundo”, quando a decadência moral toma conta das instituições. De início, a degeneração surge “por si mesma” –na verdade, fruto de um sistema materialista e opressor no mais alto grau, matizado por algum espírito liberal-, como um foco na mídia, para logo varrer também as instituições. Enquanto a decadência moral ainda alcança incomodar a maior parte das pessoas, as coisas ainda mantém alguma ordem; porém, quando a maioria aceita a degeneração como coisa normal, aí realmente terá chegado o fim deste (ciclo do) mundo –o qual também está cronologicamente regulado. Por esta razão, às vésperas do ano profético de 2012, teve início uma verdadeira enxurrada de propaganda e doutrinação homossexual na mídia e, por consequência, com representação direta na esfera política, ameaçando até mesmo invadir os currículos escolares. Chegado este ponto e tal momento final da civilização, já nada mais pode ser feito (sob pena de que a própria denúncia e a moralidade sejam criminalizadas!..), senão assumir a necessidade da evasão social e tratar de recomeçar as coisas de forma modesta e discreta, longe dos centros de corrupção e das suas estruturas midiáticas em geral. Neste ponto da decadência cultural, mal se pode invocar a perpcepção de que a degeneração é um sinal da decadência moral e civilizatória: a mordaça é imposta a todos, e se neste momento não se tomar uma medida corajosa de natureza outsider, a degeneração passa a se tornar “normal” e ninguém mais recordará os verdadeiros valores morais e espirituais. Ver QUARENTENA.

FIORI, JOAQUIM DE (teolog.) Cônego italiano da alta Idade Média que formulou o calendário das Idades divinas (ver), muito importante para a Nova Teologia emergente naquele período, quando se reuniram eventos tão significativos como as Cruzadas e o aparecimento de São Francisco, e mais tarde Lutero e a Descoberta das Américas.

FÍSICA. (ciência) A Ciência que estuda as leis da Natureza criada. F. QUÂNTICA. A Nova Ciência, mais últil para avaliar as altas medidas do Universo, e que compete com a Física clássica, mais voltada para as realidades imediatas e “sublunares”. Nisto já entra o grande dogma quântico, que reza que as possibilidades da luz ser percebida como onda ou como partícula, depende tão somente da natureza do observador -ou da “qualidade” da sua consciência, dir-se-ia também. A variante quântica é determinada pela direção da atenção de uma pessoa, se é interior ou se é exterior. Entra nisto o estado-de-consciência, sempre mais ou menos influenciado pelo meio, e também a “educação do olhar”, envolvendo o “terceiro olho” nos casos espirituais. Ver QUANTA e FÓTON.

FOGOS CÓSMICOS. (esoter.) Na compilação do Tratado Sobre Fogo Cósmico de Bailey, realizado a partir da Doutrina Secreta de Blavatsky, os Três Fogos são o Fogo Frictivo (ou Físico), o Fogo Solar (ou Magnético) e o Fogo Elétrico, relacionados por AAB a Prana, Akasha e Fohat, respectivamente. O domínio destes fogos possibilita atingir a Iniciação. LAWS acrescenta o Quarto Fogo, o de natureza Plasmática, como próprio ao grau da iluminação.

FOGO NOVO. (astrolog.) Rito de renovação celebrado a cada 52 anos pelos nahuas e maias, onde se mudavam os reis, reconstruía os templos e se desfazia dos bens. Ver também JUBILEU e PATALA.

FONTE. (filosof.) O pólo superior do Eixo (ver). A Fonte é a experiência vívida do espírito, a comunhão com as coisas superiores, a posse de uma ciência cósmica, profunda e eterna, a ser ancorado na Base (ver). A definição de um dharma sagrado e de um plano superiores de deveres, ou a concepção espiritual de uma tarefa coletiva definida, em termos de tempo e espaço, e de alcance universal.

força rolante. (esoter.) Energia transformadora na tradição tolteca de Castañeda (ver). O tema está sujeito a importantes dualidades. De um lado, a força rolante é como se fosse um faxineiro do cosmos, ou do astral, ao destruir as almas fracas -para desespero dos espíritas, que crêem que a alma é sempre imortal.  Ao mesmo tempo, representa uma forma de impulso ascensional, associada à manutenção da vida neste e no outro mundo, para aqueles que possuem o alinhamento ou são impecáveis.

FÓRMULA (filosof.) As chamadas “fórmulas prontas”, podem ser apenas o apanágio da realização, e a sua semente multiplicadora. Algumas pessoas refutam a idéia de autoridade, apenas porque não desejam levar as coisas mais a sério. Contudo, a hora do amadorismo deve terminar porque as coisas todas estão muito avançadas, não podemos estacionar no tempo, achando que temos todo o tempo do mundo para “buscar” soluções e nada mais. Nem a “fórmula pronta” é o final de alguma coisa: ela apenas termina uma etapa para começar outra, mais ampla e também necessária, aquela que doravante apenas poderemos enfrentar como um coletivo. Porque razão não aceitar “respostas prontas” e apenas tentar “desenvolver o raciocínio próprio”? Isto é um preconceito, se acaso as respostas nos servem e o raciocínio externo também. Platão jogava com esta idiossincrasia comum de forma didática. Porém, muita pouca gente chega a alguma coisa assim, com as próprias pernas, porque o conhecimento está na mina e não na quitanda, pois mesmo quando é “abertamente” oferecido recebe resistência. O que é “próprio” vira problema quando quer apenas refutar o “alheio”. O que é “próprio”, afinal? Uma Verdade ou uma descoberta são “próprias”? Os Mestres são meros transmissores de verdades, e o princípio da autoridade nada tem a ver com o ego, mas sim com a ordem. Infelizmente, aquilo que temos de mais “próprio” são os nossos erros e ilusões, como coloca vigorosamente o discurso do Buda. “Fórmulas prontas” não significam “respostas fáceis”, apenas trazer algumas soluções necessárias. O problema do jogo de egos é sério no meio esotérico, mas sempre é possível tentar superá-lo, com humildade e em nome do serviço ao próximo, por exemplo.

FOTOCENTRISMO. (geograf.) Termo forjado por LAWS para designar a região onde a luz solar exerce atividades centrais, especialmente sob a harmonia das Quatro Estações no centro-hemisférico.

FOTON. (física) A unidade abstrata que corresponde à manifestação da luz, dividida em duas naturezas, onda e partícula, conforme, segundo se diz, a própria qualidade de consciência do espectador. Servem para conduzir energias de diferentes naturezas. O mesmo que quantum de luz. Ver QUANTA.

FOTOVORISMO. (filosof.) A nutrição etérica ou a alimentação direta de luz. O mesmo que pranivorismo. Ver também BIGU.

FRANCISCANISMO. (filosof.) Tentativa de reforma do Cristianismo no ocaso da Idade Média, como sugere o sonho-fundador de São Francisco, autêntico arauto do espiritualismo (ver), e hoje considerado, numa época de emergência ecológica, a mais importante personalidade histórica após o Cristo. “Um fato serviu para nortear a vida do grande santo de Assis: descobrir um evangelho traduzido para o francês, escapando ao filtro erudito dos padres, na tradução de um herege que fora executado na prisão em que Francisco se encontrava, quando fora feito prisioneiro em guerras intestinas na Itália. Assim já andavam as coisas no tempo de Francisco, a Igreja misturando poder espiritual e material em alta monta.” (A Religião da Vida) Ver RELIGIÃO-DA-VIDA e EVANGELHO DA NATUREZA.

FRUGIVORISMO. (filosof.) Dieta cientificamente saudável e espiritualmente elevada, cuja experimentação pode ser realizada por muitos. Em LAWS, é uma proposta alternativa de vida, invocando as bases idílicas da civilização, para além das questões meramente profiláticas do regime. Ver VEGETARIANISMO.




























G


GANDHI. (filosof.) Sábio e filósofo político, formado em direito, que promoveu o movimento libertário não-violento que terminaria por libertar a Índia do domínio inglês, embora não alcançasse manter a unidade territorial do país. Proclamado Mahatma ou “Grande Alma” por Tagore, os pilares de sua doutrina eram o satyagraha e ahimsa (ver ambos).

GAY. (psicol.) Palavra inglesa que significa “alegre” e “divertido”, geralmente atribuída aos homossexuais -e contestada veementemente por alguns deles. O termo parte de algumas percepções históricas, em parte estereotipadas, acerca do caráter e do comportamento homossexual. Pensa-se que homossexuais costumam ter ares infantis e dedicar-se a frivolidades, assim como tem sido costume dedicarem-se a atividades “recreativas”: teatro, dança, comédia, etc. Contudo, na análise das origens da homossexualidade, é comum verificar senão a patologia, mais certamente a mania, paranóide ou depressiva. A exacerbação do emocional homoafetivo, se deve ao seu hermafroditsmo inverso, onde soma-se e exerceba-se o pior de cada gênero, ou a histeria feminina à compulsão masculina. As razões da pederastia (ver) podem ser basicamente quatro, tal como podem ser várias as causas do desvio de caráter. De modo geral, no fator qualitativo, estas razões se resumem no desequilíbrio afetivo, por falta de afeto (“carência”) ou solidão (pederastia psicológica), e por excesso de atividade afetiva (abastardamento) ou promiscuidade (pederastia moral). Estas duas categorias envolvem as questões da vaidade, da auto-imagem e do narcisismo, e podem velar ou embasar as manifestações mais perigosas e patogênicas, movidas pelo recalque no caso da carência, fonte comum da psicopatia, e da perversidade crônica (sadismo) quando envolve superproteção, permissividade e impunidade, podendo criar aqui os sociopatas. Nos seus extremos quantitativos, existem também as razões naturais (pederastia congênita), que são as mais raras, dignas e respeitáveis, e as razões de modismo (pederastia cultural), quen são as mais fúteis, disseminadas e lastimáveis, fundamentando o sentimento popular de “fim do mundo”. Como sintoma ou como enfermidade civiliatória crítica e terminal, a pederastia reflete também um quadro de seleção da espécie (ver). Por fim, torna-se inapelável ver que, ao lado de uma redução da sensibilidade, que pode ter por motivo a idade e a impotência (a exemplo da pedofilia), o homossexualismo também sofre comumente da fraqueza do discernimento, relacionado à ignorância simples ou senão à presunção luciférica de se colocar acima das leis naturais, sociais e religiosas -numa palavra, acima do Bem e do Mal (ver). Ver também homossexualismo, MINORIAS, GÊNEROS, PECADO e LUCIFERISMO

GÊNEROS. (psicolog.) As duas formas naturais de expressão sexual dos seres vivos em geral, como macho e fêmea. A afirmação das feministas (e também dos homossexuais) de que o gênero representa uma “construção cultural”, não pode ser levada muito a sério porque a educação masculina e feminina é, grandemente, uma simples adequação de princípios cósmicos e universais, que se apresentam de uma forma inconteste já nas próprias leis da Natureza, com reflexos imediatos na estrutura psicológicas dos seres. A rejeição à homossexualidade é sentimento espontâneo nas pessoas, e não depende de questões religiosas, mas se relaciona à própria natureza humana. Os gêneros sexuais refletem realidades cósmicas e integram até as próprias polaridades sagradas dos dharmas, sendo daí tidos como caminhos de perfeição, na busca da unidade transcendente, Deus ou TAO, expressa esta sim como uma forma de hermafroditismo (ver) superior. Ver MINORIAS, HOMOFOBIA, DEGENERAÇÃO e REGENERAÇÃO.

GENÉTICA. (ciência) A iluminação é fato tão revolucionário, que altera a fisiologia humana, e tal coisa provavelmente reconfigura o nosso DNA. Porém, a iluminação não é propriedade dos avatares (esfera divina), a Hierarquia também sempre a teve, e agora até a humanidade começará a possuí-la. É bem possível que um iluminado possa fazer herdar um DNA aprimorado. Certamente os antigos observaram que o caráter pode ser transmitido pelo sangue. Mas tal coisa nunca diz tudo, apenas abre um pressuposto ou um potencial maior. Espanta o terrível paradoxo da cultura degenerada do “sangue real”, entre uma realeza que muitas vezes faz de tudo para provocar a degenerescência do próprio sangue pensando em protegê-lo, tal como o casamento consangüíneo. Temos até uma tese a respeito do mongolismo entre os mongóis, que parece ter sido a etnia que levou mais longe esta prática absurda. Como sugere a lenda “construtiva” de Arthur, o “sangue azul” não dispensa um treinamento adequado -pelo contrario, aí sim ele deveria ser rigoroso, e por muitas razões. A lenda e a prática tibetana dos tulkus vai muito em contra a isto, mesmo em contexto sacerdotal.

GEOGRAFIA SAGRADA. (filosof.) Análise do espaço segundo premissas simbólicas, harmônicas e rítmicas; a geografia espiritual, o espaço cultural como palco de uma ordem e harmonia superior; local de alguma encarnação divina e de ordem universal. Uma característica marcante na geografia sagrada de LAWS, é a sua capacidade de “dar o nome aos bois”, ou seja: revelar de fato os seus mistérios, apurando o sentido histórica dos grandes mitos geográficos das Origens, retirando assim o assunto da esfera do mito e da lenda -mais especialmente, naquilo que diz respeito às novas manifestações destes centros. Provavelmente, nenhum outro autor realizou um inventário tão completo em torno da matéria, quanto Salvi -da mesma forma como o seu trabalho de astrologia, campo ao qual se deteve criteriosamente para analisar todos os seus mistérios, é um dos mais completos e diversificados que existem. Sem dúvida, uma das mais importantes fontes de influências que recebeu o autor, foram através da obra e das idéias do sábio francês Serge Raynaud de la Ferrière (o insigne fundador da Grande Fraternidade Universal, onde LAWS estudou, teve iniciações e em cujos ashrams residiu nos seus primeiros anos de “buscador”), que ousou retirar o profundo tema de Agartha (ver) do terreno do mito, para transpô-lo para a História, ao definir este centro espiritual como uma “assembléia de sábios” (a palavra “igreja”, do grego eclesia, tem o mesmo sentido de “assembléia”), e ao exaltar a importância central do paralelo 30 na renovação da cultura universal –ainda que o rico desenvolvimento –e até a própria fundamentação- destas informações realizadas por LAWS, resultem apenas preliminares e básicas em sua ampla obra geosófica. Ver também GEOSOFIA e PLANETOLOGIA.

GEOMETRIA. (filosof.) Significa literalmente “medida da terra”, indicando talvez cânones vetustos da Geografia Sagrada (ver), ou mais seguramente medidas astronômicas e outras medições, dentro daquilo que se conhece atualmente como planetologia (ver). “Os Antigos iam bastante longe nas suas considerações estruturais, e grandes sábios como Pitágoras e Platão chegavam a dizer que “Deus geometriza”. Alguns imaginavam que a Matemática era Deus mesmo, enquanto outras tradições viam o Espaço como base para as organizações matemáticas e figura deste Deus primordial (esta é a visão que professa a Doutrina Secreta). Kepler, seguidor de “idealistas” como Platão, era um apologista da geometria como uma chave do Universo.” (Tetragtrammaton) A chave da Doutrina Secreta própria ao novo ciclo de revelações do Plano da Hierarquia (ver) de preparação da humanidade para a Nova Era, protagonizado por LAWS.

GEOSOFIA. (filosof.) A “Sabedoria da Terra”, expressão superior da Geomancia, reunindo o inventário das leis naturais telúricas que influenciam sobre o ser humano, das Leis da Natureza e da Geografia Humana. A Geosofia é “a Ciência dos Filhos do Paraíso”, pois possibilita organizar o Reino de Deus sob as leis sagradas e perfeitas, em analogia com as leis celestes. É a Ciência do Mesocosmo, que representa a coroação oculta da Obra do Sol da Tábua de Esmeraldas de Hermes Trismegisto, pois depois de se avaliar “assim como é em cima é em baixo” e vice-versa, resta a harmonia dos contrários que é o Caminho-do-Meio firmemente estabelecido, libertos das dicotomias e das desarmonias. A coordenação sinfônica das energias cósmicas, confere à humanidade o seu Dom-de-Mundo e permite a organização da raça-raiz e a criação da sociedade sagrada e tradicional, observando que uma raça-raiz é uma sociedade humana que caminha a par com a Hierarquia e com a Divindade. É a Ciência que diferencia de modo especial o trabalho de LAWS e das escolas esotéricas do Brasil em geral. Ver GEOGRAFIA SAGRADA.

GLOBO-ALADO-COM-SERPENTES (filosof.) Um dos símbolos mais importantes e difundidos da Antiguidade, contendo uma completa cosmologia, e havendo sido demonstrado pelo reverendo Athanasius Kircher ter o mesmo significado do IHVH (ver) hebreu.

GOVERNO OCULTO (filosof.) O Governo Oculto do Mundo -GOM- é a Hierarquia espiritual no sentido amplo, incluindo a Divindade. A Loja Branca dos Mestres, com atuação em diversos planos, porém sem interferir no livre-arbítrio humano, existindo igualmente a acepção da Loja Negra, que atua nos bastidores de forma negativa e arbitrária, tendo métodos diametralmente inversos aos da Hierarquia de Luz, inclusive de forma associada a diversas instâncias da política; muito embora cada vez mais os magos negros procurem oferecer uma imagem de benevolência e serviço. O Governo Paralelo é como a alma do mundo, tal como a Hierarquia deve ser a consciência do buscador sincero, até que ele mesmo integre os quadros da Hierarquia, se algum dia o fizer. Toda a chance da civilização está na associação com a Hierarquia, ela que criou o esplendor da Civilização no momento mesmo em que ela mesma, Hierarquia, alcançou a Quintessência (Adeptado), sabendo que a chama sagrada concedida deveria ser mantida junto ao fogo, sob pena de se apagar e ficar somente as trevas. Alguns povos até voltaram para as florestas quando a ordem civilizada ruiu, pois pode ser mesmo melhor do que agüentar tanta miséria, opressão e ignorância –e a lista seria interminável, se fôssemos tentar enumerar todas as mazelas “modernas”. Ver SUCESSÃO APOSTÓLICA, LOJA BRANCA e LOJA NEGRA.

GRAAL. (esoter.) O cálice sagrado do qual Jesus teria se servido na Santa Ceia; símbolo da iluminação e da ressurreição sob o manto da fé. Algumas versões, lendo o termo como Sang Real, procuram identificar o símbolo a uma suposta linhagem do filho de Deus, um descendente qualquer, ou mesmo filho de Jesus com Maria Madalena segundo se diz, que teria sido levada para a Inglaterra. Uma lenda que, muito provavelmente, teria nascido da tentativa de justificar a criação da Igreja Anglicana cismática, inteiramente subordinada à realeza como se sabe. Na legenda arturiana, Persival foi o único a poder responder a grande questão: “A quem serve o Graal”? Em toda uma geração de buscadores, foi ele o Grande Inquiridor que, por isto, se tornou o Adepto, o Ketub. Ele teve que se purificar muito antes de alcançá-lo, despir-se de todas as couraças do ego, mas estava preparado porque foi um autêntico homem-de-escola (ou de escol), havia sido o cavalariço do grande Lancelot, como o próprio Arthur havia sido um dia o cavalariço de seus primos. Antes disto, Parcival também se tornara já o modelo do Cavaleiro autêntico, adquirido por mérito e não por privilégio de casta, como também fez Arthur que virou rei por mérito, apesar de ter sang’real, ele que nem sabia disto, só o seu mentor Merlim o sabia, quando o treinou nas florestas da Cornualha. As massas também necessitam receber o seu quinhão, do contrário pouco poderá ser feito na prática. A busca do Graal não tem sucesso se não for feita em nome de Deus, que vê por todos. O Graal é só um começo, mas Deus vê muito longe. O Graal é o contato com a Alma, e a Hierarquia é a custódia desta energia. A partir de 2012, se inaugura a nova Linhagem do Graal, os novos cânones de evolução serão oficializados, e as bases para isto já estão assentadas no “novo céu e na nova terra”, que são as Américas. A Sexta Raça-raiz começa ali, então estará consumado o translado do pólo espiritual do mundo para o Ocidente. Os Mestres voltarão a encarnar, como rezam as profecias nahuas, e a Agartha Eterna se revelará uma vez mais. E a nova raça abrirá a inaudita possibilidade da iluminação coletiva. O Graal é a iluminação que nasce do contato com as novas revelações. E é também o jorrar do cálice sagrado do Aguador que projeta a sua sabedoria imemorial sobre toda a Terra.

GRAÇA (teolog.) A benção espiritual e a intervenção divina. Muitos se debatem entre a graça e o esgforço. Na verdade, é preciso contar com as duas coisas, cada uma delas fazendo a metade da ponte do arco-íris; é como no Selo de Salomão: subimos uma parte, e a outra parte desce a nós. O tantrismo budista trabalha com isto a seu modo, na dualidade yab-yum ou técnica-consciência. Na verdade, o tema é dialético.

GRANIVORISMO. (filosof.) Técnica iogue de alimentação exclusive de grãos, crus ou cozidos, umedecidos ou brotados. LAWS clássica como uma nutrição quaternária, especialmente apta portanto para os elementos da nova raça-raiz.

GUAÍBA. (geog.) Lago que banha a cidade de Porto Alegre, em cujo entorno LAWS prevê a emergência de uma civilização superior nos séculos vindouros. Local destinado à edificação do Memorial da Luz, da Mercabah e outras pirâmides do Novo Cânone (ver).

GUARANIS. (antrop.) Uma das duas principais etnias das Terras Baixas (ver), distribuída pela faixa tropical da América Meridional, e ostentando definidos traços de “religião superior” e uma cosmologia bem desenvolvida.

GUERRA. (sociolog.) Conflito violento entre duas partes, geralmente armado e fatal. O ser humano tem praticado a guerra desde os seus primórdios, destacando-se também nisto dos outros seres vivos, pelo seu mal uso do livre-arbítrio. Raramente uma guerra se justifica, sobressaem-se porém aqueles que lutam pela justiça, pela verdade e pela liberdade. Os métodos de guerra refletem o caráter das sociedades, por isto os povos têm acordado regras também para a guerra, a fim de não regressar à barbárie. Mesmo assim, os métodos podem diferir deveras, e contrasta a objetividade e a nobreza dos guerreiros medievais, com os métodos sujos e ardilosos praticados pelos modernos impérios opressivos, sob as suas ideologias materialistas pelas quais os fins buscam justificar os meios. LAWS analisa as guerras modernas em várias de suas obras.

GUIMARÃES (Chapada dos). (geog.) O Centro Geodésico da América do Sul, situado no Mato Grosso; região onde LAWS viveu no início dos anos 80.

GUIMEL. (cosmol.) O Princípio ternário, os rirmos cósmicos ou Gunas (ver). “(A) Chave-Guimel é uma chave de Estabilização. (...) A Chave Ghimel-1 (Vau) opera então sobre todas estas dualidades e com as dinâmicas resultantes da sua interação, seja ao nível de conflitos ou de harmonias. Por isto se diz ser esta uma chave-de-transformação. (A) Chave-Guimel enfatiza naturalmente o terceiro princípio ou aquilo que nasce da interação dos opostos, constituindo uma interna dinâmica-de-transformação.” (Tetragtrammaton) Ver TAU.

GUNAS. (esoter.) Termo sânscrito. Ritmos ou princípios específicos da matéria ou dos Elementos (ver) cósmicos presentes em todas as instâncias da criação, vinculados a início, meio e fim dos ciclos ou do samsara. Rajas é o impulso, Satwa o equilíbrio, e Tamas a inércia e a adaptação. A negação dos gunas é nirguna (ver).

Gupta-vidya. (filosof.) Termo sânscrito composto, onde gupta significa "preservação", e vidya denota conhecimento ou sabedoria. Trata-se, pois, da Tradição de Sabedoria, também chamada a “Tradição Primordial”. Tal saber original e fundador, vem sendo aos pois recomposto neste final de tempos, como seria previsto em favor de uma renovação profunda das coisas, para a reunificação áurea dos saberes e das instituições, servindo para tal coisa o Plano da Hierarquia (ver).

GURU. (sânscr.) “A palavra sânscrita guru significa ‘dissipador das trevas’, ou seja, é aquele que mostra a luz e aponta os ca­­minhos a serem percorridos, através de todos os seus meandros e armadilhas possíveis. (...) Existem muitos graus de gurus, podendo ir desde um instrutor (3ª iniciação) até os escalões cósmicos ou di­vi­nos como no caso do deus Shiva, chamado Maha-Guru ou o ‘Grande Mestre’. (...) Em todas as disciplinas e profissões o instrutor é uma necessidade concreta. Raros são aqueles que de­senvolvem habilidades significativas sem uma ins­trução prévia. Mesmo os chamados ‘gênios’ estudaram aquilo que foi realizado antes dele, e somente então pas­saram a criar um novo estilo ou conhecimento, elevando os antigos a graus mais elevados. Mas é na espiritualidade que este preceito adquire a mais alta re­le­vância. É dito que no caminho espiritual nin­guém pode guiar a si próprio; os ins­­trutores mais sérios insistem neste ponto.” (Shambala – o retorno à Ocidentalidade)



























H


HAMSA (sânscr.) Hamsa é o nome do terceiro grau no sistema iniciático hindu, antecedido por Parivrâjaka e Sekha, e sucedido por Arhat e Asekha. Indica a beleza e a formosura deste grau no qual se recebe a iniciação solar e o iniciado se expressa como um idealista ativo, um cavaleiro andante, afeito a sínteses, graças ao alinhamento da personalidade na consumação da tríade inferior, possibilitando o próprio contato com a Mônada na iniciação mental, especialmente quando consumado em Agni (ver). Pelas mesmas razões, o grau tende a induzir à soberba, ao separatisno, ao fanatismo e ao sectarismo. A Loja Negra tem grandes simulações deste grau nos seus escalões mais “avançados”. Bailey afirma que um mago negro nunca ultrapassa o segundo grau, mas vemos notória a afinidade dos trevosos com o plano mental e até o esforço de avançar em certa abstração. No Tibet, a Loja Negra tem realizado sínteses obscuras temerárias, e trabalha com muitos outros centros no mundo, inclusive no Brasil, através da telepatia (ver) e da mediunidade (ver). Nos dispensa citar o papel das “religiões” de origem afro nisto, e não o afirmamos por "teoria", pois muitas têm sido as suas vítimas, e a vítima sempre conhece o pior do sistema. A solução do dilema está em buscar o equilíbrio, perseverar no serviço impessoal, orientar-se com um guru experiente e buscar avançar para o grau seguinte, despertando o “verdadeiro coração”. Ver CLARIVIDÊNCIA.

Harmonizador Planetário. (filosof.) Hierarquia intermediária entre a evolução Humana e a dos Pontífices. Existe sempre duas iniciações entre as pontas da evolução humana e a da hierarquia -fato este ligado ao mistério das duas raças inciais “ocultas”. Esta iniciação intermediária é a dos Harmonizadores Planetários, uma elite que exerce uma espécie de “senso comum” na cultura mundial e faz uma cabeça-de-ponte entre “céu e terra”, ou entre a Hierarquia e a Humanidade. O novo Harmonizador Planetário, ilustra a condição de Adepto de quintessência, que é o grau apostólico da raça nascente. Ver ÍCONE.

HEGEL. (filosof.) Sábio alemão de importância maior, considerado como o filósofo por excelência da modernidade, de forma semelhante a como Santo Tomás de Aquino foi o filósofo maior da Idade Média. Inspirado quiçá em preceitos taoístas, formulou uma visão dialética da História, vindo a tornar-se o filósofo oficial da monarquia prussiana reformada, e a inspirar o fascismo italiano. Ver também MARX.

HÉGIRA. Do árabe hidjra, “peregrinação”. Partida de Maomé para Medina, na fuga de seus inimigos. Uma forma parcial de êxodo, tendo em vista medidas estratégicas.

HEMISFÉRIOS (geog.) As “metades” do globo, latitudinal (Leste-Oeste) ou longitudinal (Norte-Sul). Fundamento maior de toda as regras da geografia sagrada, a dinâmica hemisférica está regida pela evolução racial. Ver ALTERIDADE e RECONVERSÃO.

HENRIQUE JOSÉ dE SOUZA. (esoter.) Escritor esotérico brasileiro, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose (SBE), uma escola esotérica brasileirista. HJS, como também era chamado, foi um dos mais importantes autores ocultistas nacionais, havendo se destacado na exposição e na concretização da Sétima Chave da Doutrina Secreta, a Geosofia ou Geografia Sagrada (a “Ciência do Reino”), que é a grande ciência da Sétima sub-raça, que se desenvolve na América do Sul e em especial no Brasil, berço da Sétima Era astrológica, a se desdobrar entre os meridianos 30 e 60 Oeste, onde se projetam as energias cósmicas de Aquarius, tidos como porto esperado da Era de Ouro, depois do Eixo polar transitar longamente sobre os Oceanos no decurso da Era de Peixes, trazendo por fim através deles os célebres navegantes d’Além Mar, como foi o Portador da Pomba do Cristo. Estamos falando, pois, das divisões do sidéreo, devidamente projetadas sobre a orbe, os doze gomos da laranja cósmica, que podem ser balizados sobre Greenwich como Marco Zero. De Zero a 30ºO é Peixes, de 30º a 60ºO é Aquário, e assim por diante. O livro “A Mutação do Mundo”, de Yves Christiaen, foi pioneiro nesta revelação (LAWS explora o assunto em “Oráculo de Gaia”). Aproveito para mencionar então outro autor, Dane Rudhyar, já que tem direta referência com nosso tema, porquanto o grande astrósofo afirmou que o meridiano central dos Signos Fixos são “linhas de descenso avatárico”, e como se sabe este medidiano de 45 graus (no caso de Aquário) incide exatamente sobre São Lourenço (e também se aproxima de Belo Horizonte), onde a SBE firmou as suas fundações e erigiu o Templo de Maitreya. Os limites das coordenadas aquarianas, recaem pois próximo e Fernando de Noronha (32ºO) e Manaus (60ºO), respectivamente, faixa esta que comporta territórios americanos unicamente meridionais.

HERMAFRODITA. (hermet.) A condição de possuir a natureza de ambos os sexos, a capacidade de auto-fecundação. O termo advém de Hermes, que na Mitologia grega faz uma comunicação entre o céu e a terra, uma vez que o plano mental possui este atributo. Na Astrologia, o correlato romano Mercúrio possui atributos solares e lunares. Na literatura teosófica, as duas primeiras raças-raízes (ver) eram hermafroditas num sentido físico do termo. Durante a terceira raça-raiz, dita Lemuriana –justamente aquela raça que existia sob a regência de Hermes ou de Mercúria-, houve a separação dos sexos. Esta foi a raça na qual surgiu Shambala (ver) e Sanat Kumara (ver,) dando nascimento à verdadeira humanidade, tendo-se as raças anteriores como pré-humana e primitivas. O fomento ao homossexualismo (ver), aponta para volta de uma condição primitiva, pois se alguns o celebram como uma forma de reduzir a superpopulação, também tende a estimular a formação de órgãos partenogenéticos na mulher e mesmo no homem. LAWS sugere que, para a Natureza biológica, até haveria alguma lógica, segurança e economia em produzir organismos auto-fecundantes (partenogenese, etc.); porém a separação dos sexos teria uma causa maior, que é produzir a atração e o próprio amor, e através dele a transcendência dos opostos, o que é muito diferente de buscar gozar lucifericamente na matéria da dupla-natureza, ao modo do Diabo (ver) do Arcano XV do Tarô, que busca apreender os opostos através da violência, afrontando o céu e a terra. Tal coisa dá uma idéia, pois, da diferença entre a homossexualidade e o verdadeiro hermafroditismo (ver). Recentemente, alguns homossexuais, afrontando toda a prática das religiões mais evoluídas e distorcendo várias passagens dos Evangelhos, tem se atrevido a afirmar que Jesus Cristo era um homossexual (embora se saiba que ela nada tinha de gay, “alegre”). Na realidade, Jesus era um soberbo hermafrodita espiritual, ao passo que, à luz de tudo o que se sabe sob as “artes” do demônio, confirma-se que Judas Iscariotes sim é que era homossexual. O Nosso Senhor era um guerreiro de Deus consagrado ao Todo, deixemos pois de tentar fazer Deus à nossa imagem, porque isto é heresia. São estes sinais inequívocos do "fim dos tempos". Ver LUCIFERISMO.

Hermafroditismo. (hermet.) A condição da pré-sexualidade da Alma, o oposto análogo do homossexualismo (ver). O verdadeiro hermafrodita é um ser que busca transceder os sexos, conquistando com isto equilíbrio e harmonia. Em contraparte, a homossexualidade representa forçar lucifericamente uma situação, desrespeitando as leis superiores da Natureza que se esforça por oferecer condições para a sublimação, porquanto se pretende com isto “agarrar o céu e a terra” com violência. Se o hermafrodita espiritual alcança, com efeito, o melhor de ambos os gêneros (ver) de uma forma sublime, como são a sensibilidade feminina e a coragem masculina, o homossexual sucumbe ao pior dos dois gêneros, na histeria feminina e na compulsão masculina, misturados de uma forma explosiva, descontrolada e intratável. Ver DEGENERAÇÃO, LUCIFERISMO, REGENERAÇÃO e DIABO.

HERMES TRISMEGISTO. (hermet.) Nome do avatar áryo ou das escolas iniciáticas reunidas sob o seu nome, enfatizando a natureza trina e mental da sabedoria ariana e a natureza dos seus Mistérios Menores. Ver TÁBUA DE ESMERALDAS e TETRALUCIS.

HIERARQUIA. (filosof.) No sentido estrito, o termo define os Guardiães da Luz que assistem a humanidade regularmente, na forma de um “governo oculto (ver) ou paralelo” capaz de orientar os rumos das nações, tal com os Arcontes do Timeu de Platão, organizando a sua evolução e transcendência. Em termos mais amplos, e já envolvendo a Manifestação da Hierarquia, incluindo o reaparecimento do Cristo, o processo foi previsto por Bailey para ocorrer no final do século XX, coincidindo isto em inúmeros pontos com o trabalho de LAWS. Há quem pretenda não haver mais a necessidade de mestres, e estes são os “cegos que guiam outros cegos”. Afinal, já dizia o ditado (adaptado aqui) "em terra de cego, quem tem um olho pensa que já é rei". Estas são pessoas de muito pequena visão. Certamente ninguém precisa de guia para ir até a esquina, nem crianças ou cegos precisariam disto. E isto é tudo que o prório ego pode conduzir, bem pertinho, embora ainda possa inventar todo tipo de fantasia a respeito desta maravilhosa “jornada” –the mistical ego trip. Tal coisa não ajuda o mundo a mudar, sequer o pessoal; o mundo precisa de sinfonias grupais, mais que de ensaios individuais. O treinamente individual é necessário na futura formação da orquestra, cabe apenas não perder vista estes objetivos. E os maestros são nisto necessários para não virar tudo anarquia. Dizemos: "quando o discípulo está pronto, o mestre transparece". O Mestre só deve desaparecer quando o discípulo vira Mestre. A criança só cresce quando se reconhece criança, se ela mente para si que sabe ser adulta, não passará de uma criança mal educada. Este é o protótipo do homem caído, que não reconhece Deus, lei ou hierarquia. Somente um discípulo pode realmente virar mestre. Até porque um Mestre nunca deixa de ser discípulo, senão para aqueles que ainda estão iniciando. O Caminho se adapta aos tempos, mas a humanidade deve fazer a sua parte também. A Senda não pode apenas se reduzir, a humanidade também deve se elevar. Algum tipo de orientação as pessoas devem seguir, se não querem um mestre individual que sigam um mestre coletivo (adepto) ou um mundial (avatar), mas tal coisa estará relacionada com o caminho de evolução escolhido. Eis os “mestres” dominantes em cada grau: 1º grau = avatar; 2º grau = adepto; 3º grau = guru; 4º grau = jiva (eu superior). Assim, existe um processo natural de interiorização & atualização da consciência. Todos estes “mestres” são necessários ao longo da Senda. Ver MESTRES, ASEKHAS, CHOHANS e MAITREYA.

HIERARQUIA DOS PÁSSAROS. (esoter.) Recensão hierárquica ecumênica, em torno da tradicional simbologia alada da iniciação. O tema é apresentado na obra O Portal de Farohar, com proposta de aproveitamento ao nível de Neo-Maçonaria. Ver FAROHAR e HOMENS-PÁSSARO.

HIERARQUISMO. (esoter.) Sob este rótulo, LAWS define duas situações de transição: 1. Todas as realidades relacionadas às classes superiores, aristocracia & clero (“hierarquismo humano”), por terem vínculos objetivos com a Hierarquia, em termos de sociedades, idades e raças; 2. As etapas evolutivas da própria Hierarquia, todavia ainda sob condições humanizantes (“hierarquismo espiritual”), tal como sucede até a Quarta Raça-raiz.

HIEROFANIA. (filosof.) Doutrina estruturante que analisa as etapas superiores (ou glorificadoras) de um organismo qualquer. Uma das Quatro Ciências (ver) sagradas de Agartha.

HIEROGANIA. (filosof.) Muitos seres elevados tiveram parelhas nas religiões, mas isto pode indicar padrões superiores de relacionamento, seja a hierogamia, seja as próprias almas-gêmeas (ver), cuja psicologia pode facilmente envolver formas de sublimação. Não se trata, porém, de relacionamentos de teor sexual, e sequer de envolver práticas tântricas do tipo maithuna (ver).

HINDUÍSMO (filosof.) O conjunto das religiões da Índia, mais conhecido localmente como Sanat Dharma ou “Lei Eterna”. Também conhecida como a “religião dos cem mil deuses”, o hinduísmo não pecaria de todo, contudo, pela prática do politeísmo, na medida em que existe uma hierarquia divina e uma profunda observância pelas deidades principais. Ver TRIMURTI.

HIPERBÓREA. (antropol.) O mesmo que “boreal” ou setentrional. “Alguns compêndios relacionam esta raça ao "Polo Nor­te", não se tratando, porém, do Polo geográfico, mas do Polo es­piritual da Terra. Esta primeira Raça-raiz teria ocupado o território da Pangea, ou seja, o mundo inteiro, no momento em que seus continentes estavam espiri­tu­­al­mente unificados. Esta é tam­bém uma forma de dizer que esta Raça se estendeu sobre toda a superfície do planeta. Costuma-se de­­no­­miná-la Hyperbórea seja porque se desenvolveu mais nas terras superiores do planeta, como pelo fato d'aquelas terras se acharem realmente mais no Hemisfério setentrional (como ainda hoje), assim como em função do caráter primor­dial e patriarcal que, em muitos sentidos, apre­senta esta Raça-raiz.” (O Microcosmos). Ver RAÇA e ANTÍPODA.

HIPÓSTASES (esoter.). Tratam-se dos princípios místicos capitais de som, luz e amor, essências da Mônada e do próprio Logos. E que são, com efeito, as bases da oração, da meditação, da iniciação e da própria iluminação –das práticas espirituais, enfim. Naturalmente, algumas destas energias dominam as práticas espirituais. A palavra, por exemplo, domina a primeira iniciação, através da prática da oração. Quando o discípulo recebe a energia do amor no segundo grau através da devoção, a palavra se transfigura em decretos. E quando o iniciado recebe a energia da luz na terceira iniciação, através da criatividade mental e da clarividência, a palavra se manifesta como mantra. Porém, no final do terceiro grau, é preciso apurar globalmente as sínteses, para formar o portal da quarta iniciação, que transcende já os mundos humanos, através da reintegração monádica e da ascensão plena de kundalini -ver.

Hippie, Símbolo (sociol.)Diz-se que o símbolo hippie dedicado à ‘Paz e Amor’, teve origem algo aleatória. Deriva de símbolo criado em 1948 a partir de linguagem da bandeiras, em alusão às letras D (a forma em ‘v’) N (a forma em ‘I’) e de ‘Desarmamento Nuclear’, porém foi invertido quando se ofereceu ao Movimento Hippie, para evitar pagamentos com direitos autorais. A forma original lembrava galhos de uma árvore, mas a forma resultante resulta uma raiz (sabe-se que a figueira, uma árvore tida como sagrada, pode ser plantada de cabeça-para-baixo). Este fato termina reforçando a idéia de ser o Movimento Hippie um movimento undreground, ousider e ‘alternativo’. Também se pode dar profundidade ao tema agregando novas idéias e ideais à ‘Paz e Amor’, tal como é a positiva ‘União’, necessária para toda a mudança cultural séria, fechando assim o seu tripé do símbolo. Por fim a haste superior poderia ser relacionada à ‘Verdade’.” (O Paraíso é um Lugar entre o Céu e a Terra) Ver CONTRACULTURA

HIRAM. (fenício) O mito de Hiram se confunde com o de todas as grandes manifestações divinas, mediante cuja sofrimento expiatório, logram conceder a redenção da humanidade. Numa acepção propriamente maçônica, LAWS apresenta a Era de três mil anos como um período ciclo maior para a manifestação do Avatar da Ordem, cumprindo assim na atualidade este período, dede a época de Salomão. Ver RETORNO.

HISTÓRIA. (filosof.) O registro dos acontecimentos, com datas, locais, personagens, idéias, etc. Como tantas outras Ciências “Humanas”, a História é um estudo sujeito a uma forte carga ideológica, havendo sido reescrita em termos materialistas a partir do Iluminismo, de modo a colocar uma pedra no passado da Humanidade, e deixar de fora quase tão somente os poucos séculos republicanos da Grécia e de Roma. Existe hoje um esforço hercúleo a ser realizado, para resgatar os fatos, e não raro o registro do próprio milagre que favoreceu os fiéis do Espírito em todos os tempos.

HOMEM. (antropol.) O ser humano, o quaternário hominal. A estrutura cultural humana tem natureza quaternária, porque a condição humana também é quádruple. O Hominal é o Quarto dentre os Sete Reinos da Natureza, acima do Mineral, o Vegetal e o Animal, e abaixo do Espiritual, o Angelical e o Divinal. Assim, ele ocupa uma posição intermediária, foco para o trabalho do livre-arbítrio. Daí, ele também estar sujeito a quatro estados básicos de consciência: físico, emocional, mental e intuitivo. E disto se desprendem toda a cultura e as instituições humanas: classes sociais, Idades do Mundo, raças-raízes... -muito embora sujeitas, da mesma forma, às influências dos reinos superiores, que atuam para auxiliar a humanidade a evoluir. Estas estruturas correspondem a calendários-de-evolução, que formam o Cânone evolutivo da humanidade. H-PÁSSARO. (esoter.) Símbolo de iniciação na tradição andina, focalizando em especial a simbologia do condor (ver), ou kuntur em quéchua.

HOMOFOBIA. (sociolog.) Preconceito, rejeição, intolerância e perseguição aos homossexuais (e assemelhados: lésbicas, bissexuais, transexuais, etc.), por parte de chamados heterossexuais. Têm sido registradas diferentes formas de homofobia, entre os quais de natureza interna, social, emocional, racionalizada, e outros. Contudo, o tema da homossexualidade comumente tem sido polêmico, e sob vários matizes, de modo que o debate sobre o assunto não pode ser reprimido, como pretendem fazer os gays através de leis coercitivas. Pretende-se com isto transformar o homossexualismo num novo dogma, avesso às discussões. Para S. Freud, o pai da psicanálise, a homossexualidade envolvia transtornos de formação de caráter, geralmente face uma associação irregular com a mãe, resultando num temperamente narcisista. Contudo, em 1990 a Organização Mundial de Saúde retirou o homossexualismo da lista internacional de doenças; ainda assim, este comportamento deveria ser tido ao menos como um sintoma comum nas enfermidades psico-mentais, perversão ou distúrbio -assim como, em certos casos, de simples ignorância e ingenuidade, mas também de presunção. Ademais, a homofobia é comum até entre os homossexuais e afins (lésbicas, etc), e o inverso também existe (heterofobia), de forma mais ou menos dissimulada. Os homossexuais querem atribuir toda a resistência ao seu comportamento como “preconceito”, quando na verdade também existem motivos positivos e conceitos razoáveis e tradicionais nisto envolvidos. Ser heterossexual é mais saudável porque não costuma envolver “ideologias” sexuais, as pessoas são aquilo que são, não se preocupam com a sua sexualidade e nem buscam fazer disto um fim. Ser heterossexual, é basicamente um atributo da natureza, mas ser homossexual é geralmente uma atitude pessoal que envolveria transgressões especiais. Ora, se a prática sexual dita “recreativa”, já tem sido considerada pecaminosa em muitas sociedades -até porque os animais quase não a exercem-, a homossexualidade representa uma especialização neste tipo de comportamento (ver), e traz deformações de caráter ou, como é comum acontecer, disto resulta. O ser humano necessita frear os seus instintos, para evitar males maiores em muitos planos; contudo, LAWS também aponta no livre-arbítrio humano (no caso, a sua “liberdade” para buscar o prazer), um símbolo do amor perfeito (almas-gêmeas -ver), capaz de trazer o “gozo perpétuo” como nada mais. Em muitas escolas e tradições, a fecundidade da pessoa natural (para a procriação) vela o potencial da sublimação e, através disto, da fecundidade espiritual. O gay seria uma forma de castrati, e tal coisa encontra reflexos na espiritualidade, razão pela qual os homossexuais teriam especiais dificuldades para aceitar a idéia da castidade (ver). Ver GÊNEROS e MINORIAS.

HOMOSSEXUALISMO. (psicol.) O chamado “homossexualismo” ou pederastia (ver), não existe na Natureza, senão como a excessão que confirma a regra (ou sob condições induzidas ou não-naturais), no caso, a regra da heterossexualidade, pois desta depende a própria preservação das espécies. Como a espiritualidade apregoa “assim como é em cima é em baixo” e vice-versa, tal comportamento também teria implicações morais-espirituais negativas ou redutivas. Por esta razão, embora conste nos direitos individuais –tratando-se assim de tema privado ou reservado, não devendo ser alvo de apologias públicas-, a homossexualidade não deve prevalecer no coletivo, sob pena de implicações na ordem natural da reprodução humana e até na saúde social, para não mencionar as possíveis questões subjetivas associadas, na religião, na educação, na saúde, etc. Culturalmente, a difusão da homossexualidade está muito relacionada ao materialismo (urbanismo, consumismo, hedonismo, vaidade, etc.) e, em termos  sociais, o homossexualismo (sobretudo o masculino, que é sempre mais pronunciado, evidente e impactante) vincula-se à violência do Estado repressor da atividade político-social de resultados, e também ao feminismo avassalador e à máquina do Estado que oprime os direitos, sobretudo os masculinos. Em termos subjetivos, o homossexualismo resulta da introjeção radical da energia da psique, em sua manifestação para além dos mecanismos do “superego” freudiano ou dos processos de auto-controle moral e social. É um oposto do hermafroditismo (ver). Pois ainda que a Psicologia Oculta (ver) liberte em definitivo o amor conjugal do plano dos instintos –e, portanto, dos mecanismos de procriação, entre outros-, tal coisa não diz respeito ao homossexualismo, o qual nada possui de sublimação, antes pelo contrário. Na verdade, aquilo que está em jogo é uma sensível e vital questão de valores, morais e espirituais, coisa que vem se perdendo cada vez mais, mas que transcende os dogmas e entra num plano superior que vela a sacralidade e a unicidade do matrimônio, no amor perfeito que é muito mais que o sexo fugaz, presente na idéia das almas-gêmeas (que Platão já apregoava), e que apenas pode ser consumada por um homem e uma mulher, a exemplo daquilo que acontece naturalmente, aliás, ao nível dos filhos. Ver HOMOFOBIA.

HORÓSCOPO. (astrol.) Termo de origem latina, de hora scopio –aquele que observa. Carta astral levantada a partir da observação de tempo e lugar, sujeita a diferentes critérios astrológicos e técnica de astronomia.
















I


IAHVE. (teologia) O deus hebraico, de IHVH (ver), a cabalização de uma fórmula divina consagrada na região e além, figurada também na forma do Farohar, do globo-alado-serpentino e do caduceu. Moisés recebeu uma missão interior, e como cabalista o nomeou desta forma. Havia a preemência sociológica de criar uma nação e ele o cumpriu magistralmente. Se trata ainda de um contexto patriarcal, uma idade aristocrática e de uma raça guerreira, a ariana. De todo modo, o essencial é a libertação do cativeiro e a edificação de uma sociedade espiritualizada, coisa que se repetiu em outros contextos e nações, servindo de lição para a História, afinal as coisas tendem a mais ou menos se repetir em prol da universalidade.

IAO. (metafísica) A “Palavra Perdida” da Maçonaria, a Palavra Oculta relacionada ao “Nome Divino” (ver) IHVH (ver). A sua natureza ocultista e esotérica, está relacionada ao nirvana e à conquista da iluminação. É a Palavra da Quarta Humanidade ou da Sexta Raça-raiz, sediada nas Américas e atualmente emergente, e quando a raça inteira puder pronunciá-la corretamente, todo este universo entrará em pralaya. Ver Tetragrammaton.

IBEZ. (esoter.) O Ashram solar atlante. O Templo de Ibez representou a primeira manifestação efetiva da Loja Una, e sua área de in­fluência abrangia de início toda a região cen­tral da Amé­rica do Sul (cf. Alice A. Bailey, Tratado Sobre Magia Branca). Destinava-se a coordenar os rumos da Quarta Raça-Raiz, a Atlante. O termo é evocativo do pássaro íbis, que no Egito estava associado à fênix, símbolo da dinastia deste segundo ashram. “A idéia que inspirava a Quarta Raça era o despertar das energias do centro do coração, por ser este o quarto centro. Pode-se resumir então o ideal deste Ashram como de transformação das energias emocionais (2° centro, esplênico) em energias intuitivas (4° centro, cardíaco). Esta realidade ficou registrada num grande número de ídolos, mitos e registros artísticos legados pelos atlantes e seus descendentes, como aquele que se observa ainda hoje nas ruínas de Tiwanaco” (LAWS, “Trikmosmos”). Ver ATLANTIDA.

ÍCONE. (filosof.) Representação e imagem de um santo ou de um messias, mas também dos grandes reis. Na tradição universal, emprega-se a estatuária para sinalizar a figura dos Apóstolos, dos Adeptos e Arhats, a fim de relevar a Presença da Hierarquia de Luz em meio à humanidade. Uma representação desta natureza foi elaborada pelo artista plástico Alberto Frioli, que forjou o nome “Harmonizador Planetário” (ver) para esta peça em especial, a qual tem sido designada como “a maior jóia lapidada do planeta”, instalada em Alto Paraíso de Goiás, seguindo assim uma tradição de fixar nos planaltos místicos da Terra a cultura agarthina e a base da Loja Branca.

IDADE DE OURO. (astrol.) A primeira grande ordem sócio-cultural das Civilizações verdadeiras. Saint Yves d’Alveydre declarou em A Missão dos Judeus, estar a humanidade vivenciando uma Idade de Ouro (contestado com veemência por Blavatsky), e a nosso ver a chave para este mistério, estaria no fato de Jesus Cristo (ver) ter aberto um novo manvantara (ver). Esta seria uma forma de compreender as profecias que vinculam a chegada do reino de Deus à figura de Jesus, atuando contudo de forma muito misteriosa e até hipotética. A questão dos séculos que ainda tardariam para a nova Idade de Ouro, está simplesmente relacionada à gestação das coisas. Mesmo as grandes religiões têm este período de “incubação” custodiado através de grupos organizados e de coração aberto ao mundo (sem o que, eles não teriam mesmo coesão), por haver tido uma “fecundação” superior. Este período é o da Arca Iniciática, feita de madeira nobre navegando sobre as águas híbridas da cultura-de-massas, levando a Matesis da síntese universal, enquanto o velho mundo termina de se convulsionar e se prepara para receber o surgimento do Novo desde as raízes da terra. Nada se faz por magia apenas, apesar dos mestres fazerem sempre muita coisa pela humanidade, e é sempre aliás com a orientação deles que as coisas se renovam e ascendem. A humanidade apenas não necessitará mais de mestres, no dia em que for feita ela mesma de mestres. Mas para isto o relógio cósmico aponta tardar dois mil anos ainda, sendo a Nova Era o momentum para preparar esta grande transição cósmica. Ver YUGAS, VAJRA YUGA, IDADES METÁLICAS e CÂNONE (NOVO).

IDADE DO DIAMANTE. (astrol.) O período de transição desde o arco anárquico para o arco hierárquico da História; momento profético de difusão do universalismo e de renovação geral das coisas, abrigando a chegada do Avatar e dos obreiros da luz. É importante se entender que a crise e a dor também são inevitáveis nesta altura, porque a humanidade está colhendo o seu carma racial, mesmo que os mestres resgatem uma parcela importante em expiação própria. A Idade de Ouro não é automática, mas sempre fruto de uma decisão histórica. É como alguém que passou por uma grave doença e tomou a decisão de mudar de vida à condição de sobreviver. Aí sim pode haver a “mudança radical”, não antes porque o materialista não é previdente nem mesmo para os seus próprios investimentos, já que tudo acaba com ele ou com seus filhos. Mas na medida em que haja esta contrição humana, soluções também irão naturalmente aparecendo, algumas “humanas” mesmo, e outras não sem contar com o “sobrenatural” -e muito. Embora até lá tudo isto já será novamente considerado “científico”, porque meramente será coisa usual, conhecida e compreendida. Ver também (NOVA) RENASCENÇA e VAJRA YUGA.

IDADES DIVINAS. (astrol.) Ou Trinitarismo. Segundo Joaquim di Fiore (Século XIII), são os ciclos de 1.250 anos (com fonte no Apocalipse de João) nos quais são reveladas dispensações espirituais relativas às sucessivas pessoas Trindade. Começou com Abrahão ou Moisés e a revelação de Deus-Pai, seguiu-se Jesus revelando o Deus-Filho, e a partir de sua própria época (que é também a de São Francisco), a revelação do Deus-Espírito Santo. Ver também EVANGELHO DA NATUREZA.

IDADES METÁLICAS. (astrol.) 1. As tradicionais Quatro Idades do Mundo, de caráter intra ou sub-racial, e relacionadas de forma média ao domínio das classes (ver): Ouro (clero), Prata (aristocracia), Bronze (burguesia) e Ferro (proletariado). 2. Yugas (ver) ou Idades vinculadas à doutrina oriental do tempo, porém já de dimensão manvantárica. Ver CHATUR-YUGA.

IDENTIFICAÇÃO. (esoter.) “O problema da identificação dos mestres sempre se colocou na Tradição de Sabedoria. Felizmente existe na Ciência Espiritual (e não na crença meramente), recursos para se tentar provar a regularidade de cada grau ou condição, desde a primeira até a última iniciação, e a ioga fala dos sinais que também acompanham a evolução na senda. No caso dos avatares, tal coisa abrange muitos elementos (o Budismo fala dos 33 sinais de um Buda) vão desde os “sinais celestes” que podem abarcar questões astrológicas (como as que os Reis Magos seguiram) e poderes pessoais (algo também polêmico), até o “sinal de Jonas” que define a presença das provações divinas, passando por questões espaciais de berço, casta e território. Doutrinas inteiras já foram criadas com esta finalidade, destacando-se no seio do Judaísmo a da Merkabah. Apesar do Budismo não enfatizar a cruz espiritual e a ressurreição, que assinalam a divinização em quase todas as biografias messiânicas, ele atesta a regularidade do padrão búdico de muitas outras formas (à parte os 33 sinais citados, que infelizmente são todavia bastante simbólicos), como o caráter tathagata daquele “que é como o anterior”, assim como a premissa-Bodhisatwa que é o dom de auto-renúncia ao nirvana e a assistência permanente à humanidade em nome da compaixão. Vale notar que o Bodhisatwa mais associado a tal coisa é Avalokiteshwara, do qual o Dalai Lama seria uma manifestação, como expressão presumida de um Adepto. Ora, Avalokiteshwara significa “aquele que olha para baixo”. Ou seja: a capacidade de ver por todos, e oferecer respostas abrangentes o suficiente que possam abarcar aqui-e-agora a todos os seres (humanos, no mínimo), e não somente a uma elite de buscadores. Assim, seria nesta muito rara condição (doutrinal, etc.) de abarcância, que se poderia começar a averiguar a natureza de uma missão divina, habilitando o Servidor da Humanidade para uma futura condição de Buda.” (da obra Vivendo o Tempo das Profecias)

IDOS. (astrol.) O dia 15 ou a segunda metade do mês, de grande importância no calendário romano. Na correlação cristã, esta data correspondia ao começo dos signos astrológicos, correlação esta perdida com a reforma gregoriana. O fato parece possuir vínculos com a tradição dos “pontos médios” (ver).

IGNORÂNCIA. (filosof.) O não tomar conhecimento de algo. A ignorância é apontada em certas filosofias, como o Budismo, como a grande causa dos erros humanos, substituindo de certa forma o conceito do Mal (ver). Neste sentido, o termo se aproxima da alienação. Entre as grandes causas de ignorâmcia apontada pelas religiões e filosofias, estão o desconhecimento de si mesmo e o esquecimento da morte. A ilusão (ver) também está nas raízes da ignorância, e o tema lhe corresponde de certa foma no Hinduísmo. Ver MAYA.

IGREJA. (filosof.) Do grego eclesia ou assembléia. Refere-se ao corpo dos fiéis da religião cristã, em especial. Os erros e os acertos das Igrejas são tão comuns quanto os erros e acertos de qualquer outra instituição humana. A Reforma da Igreja era uma necessidade, muito embora também ela tenha ido longe demais, ao prescrever um princípio ao invés de depurá-lo. Todas as Igrejas antigas têm erros e acertos, mas a Igreja Católica ainda é portadora de verdades maiores e mais sagradas, apesar de todas as debilidades que carrega e que tem se agravado através dos séculos. A Nova Igreja novomunista do Espírito santo, tem a tarefa de dar a feição correta aos fatos espirituais, pois a hora para isto tem finalmente chegado. 1. I. DO NOVO MUNDO. Reforma da Igreja Universal proposta por LAWS, a partir dos “novos céus e terras” (Américas & Era de Aquário), tendo como pivô a revelação do Evangelho da Natureza (ver) e a Idade Divina (ver) do Espírito Santo (ver).

IHVH. (teologia) Também chamado “Tetragrammaton” (ver), é o “Nome” secreto e criptográfico da divindade universal, formulado pelos hebreus, provavelmente pelo sumo-sacerdote egípcio Moisés, em correspondência ao globo-alado-com-serpentes (ver) e o símbolo da tau (ver). “Tal ‘Nome Divino’ (ver), expresso geométrica e numerologicamente, representa à Totalidade em sua natureza dialética, dual e absoluta a um só tempo, além dos aspectos numéricos derivados destes princípios ou a ele concorrentes. Por isto, e em que pese o domínio infinito da Cabala em sua análise da geometria sagrada, o fato é que tudo se encontra sintetizado nos algarismos relacionados ao próprio Nome Divino, o qual é factualmente definido nas Escrituras como uma expressão oniabarcante de Eternidade: ‘Disse Deus a Moisés: ‘Eu Sou Aquele que É.’ (Ex 3,14) Ou ainda: ‘Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, ‘Aquele que-é, Aquele-que-era e Aquele-que-será’, o Todo-poderoso’. (Apocalipse de São João, 1,8).” (Tetragrammaton). Ver IAVEH.

ILUMINAÇÃO. (esoter.) A quarta iniciação, ou condição de consciência que inicia a partir daí. Esta condição era inacessível à raça árya em si (senão para os prepostos da Hierarquia), e demandava a morte física para dar acesso à “Grande Luz”, donde a idéia da iluminação apenas “na outra vida”; havia inclusive a tradição difusa de se relacionar a morte física dos iniciados a um grau supremo de nirvana. Cabe doravante, contudo, tratar de recuperar o sentido abrangente da palavra, para designar um processo que envolve a totalidade do ser, sem excluir o corpo físico. “O tema da iluminação é complexo por envolver naturalmente gradações e até interpretações. Daí os tratados iogues falarem em diferentes graus de nirvana ou de samadhi. Não obstante, a verdadeira iluminação representa mais do que uma experiência consciencial para envolver uma totalidade do ser, isto é, espírito, alma e corpo, inclusive certa fusão entre corpo-espírito onde a matéria se vê glorificada, numa aplicação bastante literal do princípio de ‘materialização do espírito e sutilização da matéria’, corroborando aquilo que fala Bailey sobre a natureza da síntese final da Alquimia do Espírito.” (“Trikosmos”) Na prática, existem duas concepções de iluminação: a mística e a ocultista: “Assim, para resumir o assunto, para chegar à iluminação mística da consciência, é necessária toda a entrega, a ética e a devoção de um amante sincero. Já a iluminação ocultista e científica, demanda mais a técnica e o esforço criador. Tais coisas formam uma polaridade tradicional, e de certa maneira integram as duas correntes de kundalini. Por isto, até certo ponto, uma delas pode substituir a outra, porém idealmente ambas devem participar para ter os melhores resultados, como de fato comparecem na iluminação científica, ainda que tal coisa nem sempre soe mais evidente. Ademais, aprendemos que quando dois fatores opostos colaboram, existe a geração de um terceiro aspecto, que é um fator transcendente e comum a ambas.” É a realização que caracteriza a meta espiritual e a condição da nova humanidade. Por isto, tal como na raça árya se alcançou tratar da chamada “iniciação verdadeira” ou de terceiro grau, na raça americana ou teluriana também se falará da “iluminação verdadeira”. Ver também RESSURREIÇÃO e GENÉTICA.

Iluminismo. (História) Movimeno histórico-filosófico voltado para o humanismo e a afirmação do conhecimento. O “Iluminismo” serviu apenas para curar certas perdas humanistas da História, afastada da Grande Unidade, mas também de crítica ao sagrado e à aristocracia, que trouxe muitos problemas para o mundo. Iluminismo na prática é materialismo, e isto deve ser comedido e disciplinado. Não devemos julgar as Metas Áureas olhando a História pelas costas. O precioso conhecimento das Idades do Mundo mostra que as sociedades e civilizações têm, como tudo o mais, começo, meio e fim. Os aiatolás são apenas a face de uma teocracia (ver) no fim de uma idade negra do mundo. Cabe investigue as Fundações das civilizações, a sua face mais luminosa, brilhante, sapiencial, unificada... Tampouco cabe o interesse em velharias –pois ao remeter a estas Fundações estamos falando de grandes renascimentos (aliás, o Renascimento europeu –ver- também tem algo a ver com isto...). O renascimento da História passa SEMPRE pelo superior e pelo revelado, puro e imaculado, que é sínteses e Verdade livre de opiniões pessoais, tradução isenta d’Aquilo que É. Onde vamos parar de outra forma? A questão é estar disposto a fazer o melhor na melhor das opções à vista, numa visão abrangente e eficaz de renovação. O contrário é a passividade, a separação, as microvisões transitórias, a sujeição, o caos enfim... Enfim, existe aí um preconceito acerca dos caminhos espirituais, vistos na tábua rasa da História, onde os mestres, sobretudo, nunca podem ser colocados. É que, para a espiritualidade realmente funcionar, e sobretudo o Holismo das "Origens" que almejamos prosperar, é preciso estar com os mestres e sob os mestres, porque eles são os únicos que já representam em si a este Todo personificado. Creio que este é um divisor de águas definitivo na História, verdadeiro Mar Vermelho a ser atravessado entre o cativeiro do comodismo e a libertação austera do espírito.

IMAN MADHI. (filosof.) “É correto dizer ser Maomé o último grande pro­­feta. Mas, sabem os muçulmanos que no final ainda virá o Iman Madhi, o ‘di­vino aventureiro’ para renovar todas as coisas e reunir o mundo nu­ma só gran­de Verdade sagrada. (...) A seita xiita dos imanitas acredita na autoridade dos Doze Imames da família de Ali (genro e primo do profeta Maomé) como sucessores legítimos do Profeta, sendo que o 12o é o secreto Imam Mahdi.” (em “Trikosmos”, Livro II: “O Mesocosmo”) Ver ISLAMISMO.

IMORTALIDADE. (filosof.) A conquista da imortalidade, é a única questão que realmente importa na condição humana. Ao longo dos tempos, a humanidade tem tentado enveredar por aí através de diversos caminhos, e a grande maioria tem se revelado cada vez mais ilusórios, na medida em que se perdem as raízes dos conhecimentos espirituais. Ver reencarnação.

Individuação. (psicol.) “A busca espiritual é a procura da integração e da totalidade. Ao contrário do homem mundano, que não tem qualquer aspiração em individualizar-se ou em salvar-se de uma forma direta e com suas próprias forças (na medida em que isto seja possível), permitindo-se nisto misturar as suas energias com a de outros seres nos níveis mais baixos e até mesmo com as dos animais, o buscador da luz trata de encontrar os seus raios individuais para reintegrar-se às Fontes cósmicas e assim alcançar a liberação definitiva. (...) No caminho espiritual devemos tratar de definir a nossa energia individual ou nosso raio-de-alma. Isto, implica no auto-conhecimento e no auto-respeito, de modo que buscamos não nos misturar e nem gerar carma sem necessidade, considerando inclusive que ao longo do Caminho iremos em algum momento encontrar aquela contraparte perfeita que nos cabe, a nossa alma-gêmea. se tivermos os méritos necessários para isto. Esta é a única coisa que pode substituir a sexualidade de um lado, e a religião de outro lado, porque engloba a tudo isto e até os supera...” (“Trikosmos”). Ver RAIOS.

INICIAÇÃO. (esoter.) O despertar da consciência para a Verdade. A coroação dos “Mistérios Menores”, alcançada através da meditação e do alinhamento hierárquico. Não existe iniciação consistente, sem o apoio de um mestre ou instrutor, e tal coisa se estende às classes sociais superiores (aristocracia e clero), destinadas a se organizar unicamente em ordens (ver). “A iniciação é a colocação de um obstáculo na vida do discípulo, para que este reúna energias a fim de ultrapassá-lo.” (Alice A. Bailey) A chave universal da iniciação é: espiritualidade-fraternidade-ecologia. Isto não faz parte de alguma linha de conhecimento específica, e sim da própria Tradição Eterna de Sabedoria, e se trata de um programa emanado diretamente da Trindade divina, ou se se prefere, da Trimurti hindu, de uma forma ainda mais clara! Sem dúvida, existe um vínculo espiritual na Natureza, ou entre o Espírito santo e a ecologia. O Espírito santo é deus-e-nós, e para conhecer este Deus interno é importante a saúde e tudo o mais que a Natureza proporciona. Com isto nos aproximamos da Ciência e da iniciação tradicional. 1. I. SOLAR. Ou “iniciação real”, no duplo sentido do termo: existencial e social; o terceiro grau, decorrente no plano de manas (ver) –ainda que já superando, como disse Bailey, a atividade do Anjo Solar–, representa uma iniciação verdadeira nos planos da Mônada (ver), e também conduz a consciência para uma esfera de nobreza. 2. I. GRUPAL. Processo coletivo de transformação espiritual, sujeito a diferentes fases e naturezas: mística, iniciática, política, etc. Uma marca da Nova Era. “No mundo de hoje, falar em termos de iniciação representa não apenas uma possibilidade, dada a preparação do mundo que vem sendo já realizada, mas também uma necessidade em função das crises institucionais e ambientais, dada a urgência de se estabelecer um novo padrão de consciência humana, mais estável e superior, cercada de um universo apto a permitir o enobrecimento do homem.” (“Trikosmos”) Ver AGNI, ORDEM, MAÇONARIA e escola de inIciação.

INTENÇÃO. (filosof.) O termo adquire importância ante as formulações da Física Quântica, segundo a qual a luz –como “medida de todas as coisas” e limite deste universo- pode variar entre onda ou partícula, a depender da “capacidade do observador”. Como princípio, a intenção remete ao intento a filosofia tolteca de Carlos Castañeda. Mesmo no plano físico -como destaca várias filosofias-, a nossa “descrição do mundo” está relacionado a um ato de vontade, mas também se estabelece pelo hábito e pelo costume. Não obstante, a idéia tem sido sempre avançar sobre o estabelecido, o qual tende a se restringir ao plano material. Castañeda fala sobre a busca pela “segunda atenção” (ver), como obra do intento. Termos como deliberação e opção, também estão presentes no esoterismo avançado, como em Alice a. Bailey quando trata da iniciação dos chohans -naquela que seria uma das formas mais avançadas de “intenção”-, os mestres de sexta iniciação, definida como um ato de opção, seja entre os sete sendeiros cósmicos existentes à sua disposição, seja entre ascender espiritualmente através do nirvana, ou seguir neste mundo para fins de serviço.

INTRATERRENO, Centros. (geosofia) Os “mundos internos” como Agartha, tema de especial atenção no esoterismo do Brasil, em função do caráter setenário desta sub-raça. Para LAWS, o termo indica antes uma realidade geográfica do que geológica, como indicam as tankhas (ver) tibetanas, onde os centros sagrados são representados em meio a cadeias de montanhas. Não é novidade que a Sabedoria das Idades emprega comumente metáforas, símbolos e alegorias, e muito ricas e preciosas são as informações trazidas em toda a literatura agarthina. Tampouco se ignora que a Sabedoria se perde ou adultera, especialmente sob a custódia profana ou apenas humana, de saberes que não raro são muito profundos e detém uma dimensão superior. Também acontece que, na prática, a Verdade pode soar mais simples do que aparenta, mas adquire dimensões internas desafiadoras -até por seu pragmatismo..!-, como sucede, talvez, com a nudez humana: pura e natural, mas desafiadora. Tal coisa acontece com os mitos intraterrenos, que numa dada acepção representam, isto sim, regiões mediterrâneas dos Continentes, por assim dizer, cercada de montanhas como é o caso do Tibet e dos Andes, ou mesmo do Planalto Central do México e, é claro, do Brasil. Tal visão está presente nas revelaçõs originais de Agartha e de Shambala, presente na cultura tibetana dos Dalais Lamas, em Saint Yves d’Alveydre e em Nicholas e Helena Roerich. Nesta acepção, as hierarquias de mundos presentes em toda a literatura agarthina, adquire uma expressão mais geográfica do que geológica, e aponta para a organização de esferas cada vez mais periféricas e de baixa altitude (leia-se: litorâneas) em relação aos elevados centros originais (meso-continentais), tal como se pode depreender da hierarquia de valores das palavras “divino” (avatárico), “sagrado” (hierárquico) e “místico” (humano), que a Eubiose seguramente associaria a Shambala, Agartha e Duat. Eis aqui a Ísis desnuda e desvelada. Ver AGARTHA e GEOSOFIA.

INVENTÁRIO DIMENSIONAL. (psicolog.) Reunião dos pares de opostos essenciais no Dharma de Maitreya, capaz de representar dimensões. No geral, são reunidos em número de três: espaço, hierarquia e gênero; e de forma especial se acrescenta o tempo como expressão da Quarta Dimensão, concordando nisto com as premissas de Einstein. Ver RELATIVIDADE e ESPELHOS DE SABEDORIA.

IOGA. (sânsc.) “União”, da raiz yug, “jugo”, termos que designa a canga dos bois. Sentido semelhante a este tem a palavra islã, “subjugado”, denotando a fidelidade espiritual ou a sujeição à vontade divina revelada. E de forma semelhante à anterior, a palavra “religião”, do latim religare (“religação”), denota a busca da unidade com Deus. No Oriente, se prescreve várias formas de ioga, sendo muitas delas compiladas no Bhagavad Gita.

IRUS. (teol.) O diabo (ver); na verdade trata-se de um acróstico ou das iniciais do nome de um indivíduo, podendo ademais empregar as letras correlatas do alfabeto cabalístico. Tal como Deus deve encarnar para se revelar ao mundo, o diabo também o faz, a fim de reunir e expressar os males de uma época e servir como anti-exemplo –uma referência daquilo que não se deve ser- para um mundo que almeja a redenção. Pois a fundação de um mundo, depende também da redefinição do Bem e do Mal (ver), servindo como uma separação dos tempos. Comumente, ambos os personagens possuem uma história paralela, donde as lendas dos gêmeos míticos, fundadores de religiões ou de civilizações. O nome Irus se faz presente na mitologia grega, como um famoso maltrapilho que desafiou Ulisses a um duelo mas foi derrotado. Na nova teologia (setor-demonologia), Irus é o três-vezes-amaldiçoado (no corpo, na alma e no espírito) e portador dos sete defeitos - inveja, impudícia, sinistrez (é canhoto), feiura, esterilidade, estupidez e calúnia –entre muitos outros. A calúnia, em especial, é um dos grandes atributos do diabo, derivado da arte da mentira que pauta toda sua existência do maligno, já desde a sua criação, uma vez que o diabo é uma encarnação que sofre sérias distorções desde o começo, crescendo na mentira, na maldade e na falsidade, para forjar uma mente doentia, perversa e tortuosa. Os psicopatas e, em especial, os sociopatas, estão profundamente afinados com este quadro. Porém, o diabo em si aprimora e refina tais atributos patológicos, porque... ele cresce literalmente à sombra do messias, quem também concebe desde cedo uma vida de provações, especialmente sob as precoces perseguições do diabo, até que este comete os seus atos derradeiros de espoliação e agressão, não poupando sequer crianças, enfermos e idosos na sua sina desumana (quiçá anti-humana), e facilmente culminando no homicício. Contudo, como já demonstrava no episódio arquetípico de Cain (ver) e Abel (ver), Deus não fomenta a vingança e nem a doutrina do “olho-por-olho”, chamada Lei de Talião, porque seria se rebaixar ao mesmo nível do pecador, pese se tratar de ato de reparação, mas na prática irreparável -o que não desmerece as leis sociais vigentes. Pelo contrário, em Jesus o mandamento é de amar o próprio inimigo... Aquilo que deve ser feito realmente, é observar criteriosamente a natureza deste anti-modelo, avaliar as suas causas e tratar de saná-las cultural, social e espiritualmente –o que demanda, seguramente, um sem-número de medidas, que apenas podem ser realmente alcançadas, de uma forma segura e definitiva, pela recriação da civilização, mesmo que de forma humilde de início, através da conscientização e da formação das almas, pela educação, reambientação, iniciação, etc.

ISHWARA. (sânsc.) “Dotado de Vontade”, expressão que denota um vínculo direto com Atma ou com a Mônada (ver) e, daí, com Shamballa. Ver CHOHAN.

ISLÃ. (antropolog.) Em árabe “subjugar” (subordinação a Deus). É a religião dos muçulmanos fundada por Maomé no século VIII, tendo na sua cidade natal na Arábia, Meca, o principal pólo de peregrinações. Seu vigor e validade cultural, se afirmam na medida em que se trata de uma religião ainda em franca expansão, não tanto pela força das armas (coisa que o Cristianismo levaria talvez a palma), mas por seu próprio potencial civilizatório. À parte uma vitalidade natural, obtida por oferecer, entre outras coisas, oportunidades gerais dado o igualitarismo sui generis que professa, o Islã tem sido apontado por vários expoentes da Tradição de Sabedoria como uma religião que preserva muitos preceitos sagrados. Talvez por tudo isto, LAWS buscasse colaborar com o Islã em sua nova etapa de trabalhos, preparatórios, concretos e ativos. Na invocação do Islã como uma força histórica capaz de auxiliar sócio-culturalmente a evolução conjunta do Terceiro Mundo, e ao convidar os muçulmanos para vir ao Ocidente, ensinar as novas sociedades a fazer História. Ver também ISLAMISMO.

ISLAMISMO. (filosof.) “A religião fundada pelo profeta Maomé é a última deste ciclo profético racial. Como Melquisedec, Maomé se dizia rei e sacerdote (na medida em que o Islã aceita o sacedócio), sendo o Islamismo uma religião que busca reunir a realidade temporal à verdade es­piritual.” (“Trikosmos”) Ver ISLÃ e IMAN MADHI.

ISHTAR. (mitologia) A Vênus babilônica, planeta relacionado à nova iniciação racial. “No mito de Ishtar, vemos que a deusa deve descer aos infernos para libertar Tamuz. Nesta descida, necessita atravessar sete portas, onde em cada uma, perde uma parte de seus ornamentos e vestes, até que, na sétima, se apresenta nua à Rainha dos Infernos. Na volta, recobra uma a uma as suas vestes e ornamentos. Obviamente, tudo isto ilustra o completo ciclo de Iniciações, onde o indivíduo necessita sacrificar progressivamente os seus corpos, por serem estes em princípio apenas “empréstimos” do carma racial para a evolução individual. Mas em seguida e por esforços próprios, recupera-os então em nome do serviço, e para mantê-los em definitivo, através de uma árdua ‘ressurreição’.” (“Trikosmos”)

ITINERÁRIO DE IO. (geosof.) Na Eubiose, a rota da evolução da luz, de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Ver EIXO SAGRADO.















J


JANUS. (mitologia) Divindade romana relacionada à transição do tempo, passado e futuro, vindo daí a nomear o mês de Janeiro. 1. Em Astrologia, a presença de Saturno nas regências do Zodíaco clássico: “O duplo-Saturno contíguo de Capricórnio e Aquário, oferece uma imagem ímpar do Janus bifronte, deidade que deu o nome do signo de Janeiro, associado a estes mesmos signos. Existe o Saturno obscuro ceifador que é Kronos e existe o Saturno luminoso e criador que é Kairos.” (Tetragrammaton)

JATI-VARNA (sânsc.) A casta-de-nascimento da fase corrompido do Brahmanismo. Originalmente, segundo LAWS, se trata dos nascimentos espirituais associados aos ashramas (ver), onde as castas valiam por títulos iniciáticos, donde o sentido de “cor” (varna -ver) a elas associada, semelhante a como ocorre nas etapas da Alquimia e nos graus de certas Ordens religiosas. Ver VARNA.

JESUS. (filosof.) O nome histórico do Cristo judeu. A grandeza de sua missão extrapola a fundação da Era de Peixes, porque aquele momento de pontifício divino instaurava também uma nova ronda cósmico-equinocial, razão pela qual cabe-lhe uma especial filiação divina. Segundo Alice A. Bailey, a volta do Cristo será uma realidade (prevista para o final do século XX, cf. “A Manifestação da Hierarquia”), e Jesus seria o primeiro mestre a assumir duas vezes tal missão divina. Este fato se explicaria, certamente, pela vigência do Sexto Raio tanto na Era de Peixes (“dispensação cristã”) como na Nova Era, ainda que doravante através das energias da Sexta Raça-raiz que começa em 2012. Tendo o ciclo racial o dobro da extensão da Era zodiacal, isto confere um redimensionamento à missão crística ou búdica. Ver CRISTIANISMO e RONDA.

JUBILEU. (astrolog.) Ciclo de 50 anos (vinculado aos cronocratores –ver) no qual os judeus refaziam suas bases sócio-econômicas igualitárias, liberando os escravos e redistribuindo as terras. Ver FOGO NOVO e PATALA.

JUDAS. (teolog.) Geralmente designa o falso apóstolo e traidor, um infiltrado das hordas de Barrabás o grupo de Jesus, para tentar espionar e manipular os seus rumos, passando a simbolizar todo o grande traidor de uma causa. A proximidade com o nome “judeu” não seria casual. Contudo, estes personagens, que muitas vezes terminam se equiparanda ao diabo (cujo grande atributo é caluniar e “acusar” –ver Ap 12:10), possuem o seu papel na economia da salvação. Julgar é ato complexo e arriscado, ainda que não se trate aqui de absolver, como o próprio Cristo demonstra em Lucas 17:1. Até mesmo o messias admite a necessidade do carma para regular mesmo as questões elevadas. Mas, o que revelam os Judas, e para que servem eles? Servem para demonstrar a face mais aguda de Hariman, o demônio, já que a grande arte do diabo (ver este verbete) é se ocultar, inclusive sob a degeneração moral e cultural da qual eles são os mais altos representantes, todavia nem sempre da forma mais evidente. A presença do Judas ou do demônio, é uma das provas da manifestação de Deus, que é a sua grande vítima expiatória, levando o escândalo da imoralidade a um grau máximo denunciando o pior da humanidade. O demônio oferece, assim, referências maiores da anti-conduta (como o fanatismo político-revolucionário de Judas Iscariotes), denunciando os erros maiores a serem evitados pela humanidade, que se somam numa enfermidade mental capaz de atentar contra o próprio messias e tudo o mais que é humano, por puro e inocente que seja. Judas Iscariotes, o apóstolo traidor de Jesus, é uma personificação do Mal original, contraponto do ideal apostólico. O caráter paradigmático do Mal se traduz, por exemplo, no fato do nome de Judas remeter a Judá e a “judeu”, além de Judas estar relacionado à política e ao dinheiro: Judas Iscariotes era uma espécie de revolucionário infiltrado no grupo dos de apóstolos, e era o “caixa” deste grupo. Assim, além de condenar a atividade política como busca de poder, existe uma condenação ao espírito da burguesía, classe que não chegou a se desenvolver na época medieval. Com isto, o próprio Judaísmo encontrava uma condenação, ante a doutrina reformista de Jesus. Tais situações demonstram que, mesmo quando não se promova uma retaliação, vingança ou justiça direta ao modo da Lei de Talião, para atestar assim um contraste radical de atiutude e uma medida civilizadora através do perdão -pois de outra forma não se poderia falar de salvação e de perdão universal-, a História deve servir de palco para sanear e prevenir tais males. Esta é também seria a origen, paradoxalmente, da punição por sete gerações ante males mais graves, como aqueles de origem social e étnica, que muitas vezes superam a capacidade de uma vida de pagar os seus pecados, como facilmente ocorre com os atos dos políticos e dos militares (esta é a origem da superstição do “pecado dos pais” ante a falta pessoal de sorte na vida). Como nem sempre existe uma descendência, esta punição pode categoria social, sexual, etc., como pode haver ocorrido também em algumas ocasiões com a mulher a partir do obscuro mito de Eva, a mulher de Adão. Ver JUSTIÇA e DIREITO.

JUDAÍSMO (filosof.) Religião fundada por Abrahão, saído de Ur na deca­dên­cia da antiga civilização caldaica, buscando com seu clã uma nova região para restaurar o culto ao deus Único (ou Unificador), IHVH. Contemporâneo e aliado de Melquisedec (ver -talvez também de Akenaton), a missão de Abrahão se confunde com a própria fundação da Era de Áries. V JUBILEU.

JUÍZO FINAL (escatol.) Ver DIA DO JUÍZO.

JÚPITER. (mitologia) Júpiter foi o Segundo soberano do Olimpo, destronando Saturno. Está relacionado à Segunda raça-raiz (pré-humana) e à Sexta raça-raiz, que começa agora. No setenário clássico da Astrologia, Júpiter é o Sexto planeta do arco lunar (manvantara -ver-, criação) e o Segundo planeta do arco solar (pralaya –ver-, dissolução). Associa-se assim, ao Segundo chakra (Svadhistana) de seis pétalas, ou ao Sexto chakra (Ajna) de duas grandes pétalas. Ver ZEUS.

JUSTIÇA. (filosofia) O ato de reparar o desequilíbrio nas coisas.  A justiça humana se aferra gravemente à letra, porém a justiça espiritual trata melhor a necessidade real e a intenção dos atos. Vemos como as leis formais tantas vezes criam novos males tentando desfazer outros, oscilando assim entre radicalismos. É que estas leis são duras, e até melhorar já fez males até irreversíveis. As leis são mal feitas, oscilam conforme os humores da sociedade e os gostos e limitações dos legisladores. A justiça formal tem sido uma terrível cadeia para as gerações, destruindo a família e agravando a degeneração humana com as penas e privações que impõe aos homens. Seria de questionar também, se o rigor da lei moral aplicada, é realmente mais pernicioso do que o rigor da lei formal, a qual tantas vezes pune os inocentes, os pobres, os humildes e os ingênuos, enquanto premia o espertalhões, os ricos e seus advogados conhecedores das leis. Será que as pessoas-de-bem podem viver num mundo, onde somente tenha valor aquilo que é escrito nas leis humanas? Certamente, este não seria um mundo para as pessoas simples. Também é preciso tratar o tema das penas exemplares, coisa muito importante para a ordem de uma sociedade. E este diz respeito especialmente aos cargos públicos e às questões de segurança. Ora, se observarmos a história do nosso país, veremos que estas são justamente as áreas onde mais acontece a impunidade, através de legislações corrompidas e do corporativismo de classe. O que demonstra a completa inversão da ordem social e a condição de refém do Estado, testemunhando uma vez mais que conceitos como liberdade e independência são ainda meras quimeras em muitos países. Ver DIREITO e JUDAS.



























K


KALACHAKRA. (tibetano) Ciência esotérica emanada por Shambala e codificada por Atisha e outros sábios budistas da Escola Vajrayana (ver).  “(A) Ciência Kalachakra, que significa ‘A Roda do tempo’ (se) expressa através de um conjunto de sistemas e fórmulas superiores que auxiliam na reintegração da consciência, edificando de forma perfeita todas as instituições, pela coordenação das Linhas do Destino predestinadas, observadas em suas origens, desenvolvimento e consumação. Possibilita a edificação da Ciência de Tempo-Espaço, a qual traz o máximo de produtividade com o menor esforço possível. O moderno Construtivismo é, com suas limitações, apenas uma pálida idéia deste princípio tradicional, mas sugere que a Ciência secular possa estar receptiva a um sistema mais pleno, completo e profundo desta natureza. (...) A doutrina Kalachakra elucida as estruturas cósmicas e integra todas as formas de Astrologia existente, aplicáveis aos diversos níveis de construção do universo. É, realmente, a análise arquitetônica do cosmos, como teometria e a arqueometria da Merkabah. (...)Tradicionalmente, as verdadeiras raízes deste conhecimento estiveram de posse do Panchen Lama, tido como diretamente vinculado a Shambhala, responsável pelos assuntos espirituais do “Teto do Mundo”.” (Shambala – o retorno à Ocidentalidade)

KALI YUGA. (sânsc.) A “Idade Negra” do materialismo, a era da deusa Kali, a escura. Este yuga recebe um período relativamente padronizado em todos os calendários, seja o mundial (manvantara) ou o racial (solar), que é o período de mil ou 1.200 anos, fora, é claro, a cômputo simbólico de 432.000 anos do “manvantara humano”. Como sucede a qualquer organismo vivo, que recebe o dom do nascimento, a crise do mundo também está prevista. Tudo é cíclico neste universo, menos a consciência, que pode se extinguir na Segunda Morte, ou pode chegar a ser eterna, a depender de nós mesmos, nossas escolhas, investimentos e discernimento. A Idade de Ouro resulta de uma grande contrição coletiva, após muita dor e arrependimento. Somos os algozes de nossos descendentes, que como afirmou Guenón, verão a nossa época como a mais tenebrosa, cega e arrogante de toda a História da Humanidade. Como um enfermo que quer se curar, a Humanidade fará as suas penitências, se curará e tudo se normalizará. Até que aos poucos voltem os maus hábitos, ele se debilite e recomecem as crises, até chegar perto de morrer. Coisa que um dia também acontecerá de vez; espera-se apenas que sempre reste uma semente para tudo poder recomeçar, quiçá sob condições ainda mais felizes. Ver MANVANTARA e VAJRA YUGA.

KALKI AVATAR. (sânsc.) O último dos dez e dos vinte e dois avatares de Vishnu, cuja figura em tudo se assemelha às imagens e símbolos de Cristo do Apocalipse. O Avatar de Aquário e o Encerrador do Ciclo cósmico, o mesmo Maitreya (ver) segundo muitas visões. “O texto Kalki Purana afirma que o Avatar destruirá a ‘serpente Kali’. Kali é a deusa negra da morte, mas sobretudo o nome da Idade atual do mundo. A serpente é um símbolo do mal e do tempo. Com o fim desta idade termina a temporalidade tal como a conhecemos, tal como foi a queda de Saturno no Olimpo. No seu lugar chegará a Idade de Ouro, Krita Yuga, ou a Idade da Verdade, Satya Yuga. (...) Após realizar tudo isto, o Kalki Avatar regressará ao seu verdadeiro lugar, que é Shambala.” (Shambala – o retorno à Ocidentalidade) Os Puranas afirmam que Kalki, o último Avatar, é aguardado no final do Kali Yuga, porque ele e os seus seguidores administrarão esta transição. O tempo está sujeito a diferentes divisões, sendo esta uma das explicações das etapas de transições. Pela divisão indiana dos Brahma Kumaris (4x1250 anos) e pelo ciclo maia, o Kali Yuga racial recém terminou ou acaba agora em 2012. Pelo sistema Cronocrator (5x1000 anos), Kali já terminou há 500 anos, estamos agora numa transição chamada Vajra Yuga (ver), de 1000 anos, que é a formação social da raça futura. Assim, dentro de 500 anos começa a Idade de Ouro, e até lá poderá ser de muito esforço e sofrimento, onda grande para quem souber surfar, na criação dos novos mitos e epopéias estruturantes da humanidade futura. Ver AVATAR e SHAMBALA.

KALPA. (astrolog.) O ciclo cósmico completo, visto em diferentes escalas. Ver MANVANTARA.

KARMA. (sânscr.) “Ação”, a lei de ação e reação. 1.K. YOGA. A "Ioga da Ação", agir sem esperar recompensas pessoais, movido apenas pelo senso de dever da sua casta. “Qualquer relação de trabalho sem este preceito se torna escravista, mesmo que tenha farto retorno material, afinal está sendo mercenário. A pessoa deve amar a sua atividade, e para isto cabe respeitar aqueles com que interage. O trabalho livre, é aquele que não se preocupa pessoalmente com resultados, mas apenas com a eficiência e o bem comum. Na Índia isto corresponde a um caminho espiritual, chamado Kar­ma Yoga.” (Crise, Regeneração & Evolução do Estado)

KARUNA. (sânsc.) A compaixão (ver). Um dos preceitos do yoga, que leva também ao vegetarianismo e à tolerância religiosa.

KUMBHA. (sânsc.) “Jarro” 1. O signo de Aquário, ou da Nova Era; 2. K. DWIPA. A “Grande Ocidentalidade”, ou as Américas, região relacionada à implantação da ronda (ver) futura, a partir da Nova Era, sendo daí também chamado de Continente do Arco-Íris (ver); 3. K. MELA. A Grande Peregrinação indiana ocorrida a cada 12 anos, na ocasião da passagem de Júpiter sobre o signo de Aquário (êmulo da fórmula dos Cronocratores –ver– e da própria Novas Era/Raça). Ver ALBION e DWIPA.

KUNDALINI (esoter.) "Enrolada", sânsc. “Poderosa energia ascendente gerada pela síntese das forças elementais, capaz de proporcionar a Ilu­mi­nação e a conseqüente irradiação da luz para além do "círculo-não-se-passa" individual. É gerada pela fusão das forças da matéria (prana) com as do espírito (fohat) através das energias da mente (mahat), resultando na ener­gização de todos os átomos que compõem o corpo físico.” (O Microcosmos) Kundalini é trina porque detém a enegia a psíquica, a mental e a neutra. É preeciso controlar e integrar as energias de som, luz e amor, que formam a natureza unificada da Mônada. Este movimento ascendente é visualmente percebido pela visão interior e energeticamente sensível, levando o iniciado a um novo patamar de energias, através do “gozo da Shakty”, que por vezes usa um simbolismo sexual por várias razões, tal como combinação de opostos (fusão matéria & espírito) e o próprio êxtase em si que provoca a ascensão final da Serpente de Fogo, deixando o iniciado num estado de bem-aventurança. Não ao acaso, esta realização também costuma estar relacionado ao contato prévio com a alma-gêmea do iniciado, ademais da perfeita realização dos Mistérios Menores, comumente sob a orientação de um instrrutor abalizado ou, em casos muito raros, sob uma aspiração e esforço dirigido de todo incomum. Kundalini é basicamente o mundo do fogo, a criatividade ardente, é iniciação e iluminação. Os ensinamentos relacionados a Shambala (como a Agni Ioga) levam diretamente nesta direção. Kundalini é poder (shakty -ver), e o poder transtorna a cabeça do homem, desequilibra o eu e altera os seus referenciais, podendo fazer perder o senso de realidade, que deve ser manejado mas não perdido. A mente do ser humano é frágil, de uns mais e de outros menos. O praticante de meditações kundalínicas pode ser advertido internamente se estiver forçando as coisas ou atrofiando aquilo que já é forte. Cabe ficar atento, e vale a prescrição de trabalhar com os novos centros ou com os centros superiores, através das iogas mais avançadas (agni ioga, deva ioga, etc.). A idade mínima para ascender totalmente kundalini é com 30 anos de idade ou doze anos de esforços. Sua ascensão depende expressamente de cultura, paz, ética e meditação. Ver ANTAHKARANA e PSICOECOLOGIA.












L


LANDMARKS. (filosof.) Balizas ou regras consideradas fundamentais na Maçonaria.

LAWS. (filosof.) Abreviatura do nome natural do “mensageiro do arco-íris” Luís Augusto Weber Salvi, significando “leis” e denotando a tarefa legisladora dos Manus (ver) ou dos Patriarcas. Ver LEI.

LEI. (filosof.) Uma regra ou um princípio de qualquer natureza: natural, moral, mental ou espiritual. Filosoficamentre, o termo costuma designar os grandes preceitos sagrados, também chamados “mandamentos”. De forma semelhante ao Velho Testamento, no Oriente a “lei” por excelência é a do carma, a lei de retribuição e equilíbrio ou de causa-e-efeito (Aleister Crowley nega esta grande lei nas suas “Leis de Thelema”, ao afirmar que tudo é permitido). Para o Budismo, a Lei suprema é a compaixão. Obviamente, o Cristianismo acompanhou esta evolução de princípios verificada no Oriente, ou vice-versa..

LEMÚRIA. (geograf.) Região comumente identificada à África, e berço da terceira raça-raiz. Ver LEMURIANA

LEMURIANA. (etnolog.) Nome da terceira raça-raiz, associado à cultura proletária e responsável pelo desenvolvimento do plano físico e pela iniciação científica. Esta é a primeira Raça-raiz considerada propriamente manifes­tada, e os homens desta Raça ocuparam o continente da Lemúria (ver), uma formação norte-oriental mais ou menos na região onde hoje se encontra o deserto de Gobi, que na época era ainda um grande Oceano. Foi durante esta raça que o Senhor do Mundo e seus aces­sores vieram ao planeta, desde Vênus (entenda-se: desde a cadeia venusiana do esquema planetário terrestre, pois não se trata de astronomia, mas de astrologia esotérica).

LIDERANÇA. (sociolog.) Ato capital de guiar e dirigir as pessoas com o exemplo e a exortação. Como fazer fazer ressurgir as grandes lideranças? Difícil é dar uma resposta simples, elíptica, objetiva, direta, à esta pergunta... Em que pé estamos na (re)costrução da História? Qual a extensão das nossas perspectivas? Somos frutos, folhas, flores ou sementes? Parece que houve uma desconstrução histórica na Europa (Quinta Raça), e há uma nova construção das Américas (Sexta Raça). Por isto, talvez a única resposta seja: não se trata tanto de um homem, ainda, mas de homens, seres humanos –fazer as bases, preparar o solo, para no seu tempo despontar as flores. Um novo modelo antropológico, as novas metas de evolução humana: social, racial, conjugal, espiritual, etc. Para isto, cabe forjar as sementeiras, os canteiros de obras, vale constituir o oleiro e o barro. Sim, a meta é o Novo Homem... e é isto que 2012 significa, na verdade, o lançamentos das novas sementes! Então primeiro se preparou as bases, para depois surgir a edificações culturais superiores. Vemos que não há possibilidade de uma liderança prosperar hoje, a não ser através do sacrifício mais completo, o que apenas pode denotar um alicerce sacerdotal e até divinal. Todo aquele que se mistura aos poderes constituídos sucumbe na escuridão, a luz deve prosperar no alto, por cima e ao lado, para ir criando um universo paralelo que a seu tempo, sim, terá força e poder. Porém, de nada adiante colocar sementes dentro da mata fechada ou semear na terra infestada de pragas. A base moral é necessária, porém a educação é capital. Por isto, as verdadeiras bases, serão as novas comunidades orientadas por idéias inovadoras e suficientemente avançadas, não apenas Escolas Iniciáticas, ou ao menos que estas interajam com o meio. Termos como hindu, maia, caldeu e inca, eram de início grupos seletos mas que tiveram visão e habilidade para crescer através da integração com o meio, pelo serviço, o exemplo, a sabedoria e a dedicação.

LINGUAGEM DOS ANJOS. (psicolog.) Emprego de cor, som e forma como recursos simbólicos ou efetivos de linguagem. Mais que exóticos nomes cabalísticos, são estes elementos que compõe a linguagem intuitiva, sensitiva e telepática dos seres de luz, base dos códigos da Tradição da Cúpula de Cristal (ver).

LITERATURA. (filosof.) Termo de uso amplo, trata-se do registro de escritos artísticos sob estilos diversos. Como sugeria Platão, a literatura representa uma adaptação da tradição oral, geralmente com efeito redutivo na visão dos Antigos. Na prática, a literatura permite o registro de informações que antigamente demandava, por vezes, a memorização de informações enormes por vários indivíduos dentro de cada sociedade (bardos, contadores de histórias, etc.), e que muitas vezes se terá perdido por esta razão. O registro literário tampouco é garantia de perpetuação, porque inúmeras vezes, obras foram extintas por acidente, desinteresse ou até perseguição. A qualidade do registro depende das fontes e dos meios de transmissão. Existe hoje o dogma polêmico, pelo qual os avatares não registram os seus feitos e conhecimentos; porém, uma análise criteriosa do tema pode tornar a idéia controversa. Antigamente era coisa difícil o registro das informações, demandando comumente uma especialização na área. Para facilitar este processo –e não tanto para velar o conhecimento-, eram usados símbolos, que requeriam por sua vez o conhecimento oral do seu significado. Tais símbolos eram então afixados na pedra, em couro ou em papiros. Um caso célebre de registro criptográfico messiânico nas religiões antigas, se dá com as provações de Odin, o criador nórdico das runas sagradas. Esta situação ilustra que os momentos de provação dos avatares, representam uma oportunidade para efetuar os registros possíveis e necessários, envolvendo neste caso algumas das informações espirituais mais preciosas para a humanidade. De resto, estes registros se tornam uma tarefa de primeira ordem dos discípulos e seguidores de um ensinamento. Sabidamente, os ciclos messiânicos são amplos, e se pode afirmar que o seu ritmo supera os milênios. Ora, a imprensa tipográfica apenas existe a partir da Renascimento. Havia métodos de imprimir com tábuas desde o século II na China, ademais o que se tinha eram copistas que remontam à Antiguidade e outras formas gráficas: rupestres, esculturas, etc. Na Suméria e no Egito antigo, já se enaltecia a função dos escribas. Os Evangelhos possuem um registro tardio, mas é sabido que eles têm por base um registro comum de origem desconhecida. Atualmente, para sorte da posteridade, muitos supostos mestres e messias efetuam ostensivamente os seus registros, graças aos avanços das formas de escrita. Naturalmente, esta facilidade aparente -que inclui até o plágio, a falsificação e a deformação, tanto mais quanto for célebre uma informação-, também vela os seus desafios, porque identificar um conhecimento precioso pode se tornar semelhante à encontrar uma agulha num palheiro. De todo modo, precioso é o papel dos escribas e dos copistas e, a exemplo dos antigos bardos, a literatura tem se afirmado como uma atividade fundadora para as sociedades. Assim foi a função de um Euclides da Cunha para a Sociologia, de um Jack Kerouac para uma geração, ou de um Carlos Castañeda para a Antropologia. Ver MITOS.

LIVRE-ARBÍTRIO. (filosof.) Atributo humano por excelência, a grande função do livre-arbítrio é possibilitar ao ser humano superar as condições biológicos, cujos resíduos carrega através da evolução natural ou, na pior das hipóteses, de “obedecer” à Deus, através da respeito às leis naturais. O chamado “abuso” do livre-arbítrio é considerado demoníaco, porque gera um ente sub-humano e pervertido. O grande dilema do livre-arbítrio, é que a sua observância representa um imperativo ético para os espiritualistas, mas não para os materialistas, que aparentemente são aqueles que mais se valem do falso arbítrio. Modernamente, a Física tem dado margem para abordagens científicas do tema, através das chaves quânticas (ver).

LOGOS. (filosof.) O Verbo, a Palavra, escrita ou falada. A energia divina, a Shakty mística, a Shekinah divinal. A autoridade espirituial, sobretudo divina. A Palavra criadora e porta-voz da Verdade límpida, a Revelação, o Verbo criador que traz a mensagem atual de Deus para o mundo... A razão superior e a mente espiritual. Uma coisa é alguém se informar e acreditar, outra bem diferente é compreender; e para se chegar a comprender realmente um conhecimento superior, pode demandar muito esforço e transformação da própria pessoa e, eventualmente, da própria formulação deste saber. Porém não há como palmilhar o verdadeiro caminho da iniciação sem respeitar a razão, porque isto seria um suicídio moral face aos poderes que se abrem ao postulante. A razão e o bom senso (que comumente passa pelo senso comum mínimo) devem auxiliar nesta hora o candidato, no mesmo momento em que ele começa a conhecer de fato outros mundos e a deter poderes reais, inclusive sobre terceiros... Afinal, a espiritualidade é uma grave contestação do “real” convencional, que não pode dar margem à crescentes fantasias, sob pena de agravar um quadro de esquizofrenia, como lamentavelmente tanto se vê no meio místico. Neste caso, é a razão como instrumento e não como senhora, reflexo da própria Ordem maior. A partir de Heráclito, os pragmáticos gregos souberam adaptar o “termo” logos para este uso: “(...) a partir de filósofos gregos como Heraclito passou a ter um significado mais amplo. Logos passa a ser um conceito filosófico traduzido como razão, tanto como a capacidade de racionalização individual ou como um princípio cósmico da Ordem e da Beleza.” (Wikipédia).

LOJA BRANCA. (filosof.) A Grande Fraternidade Branca é a custódia da revelação divina e a segurança da evolução humana, intermediando providencialmente céu e terra em favor da redenção planetária. Ao modo de Prometeu, que entregou o fogo divino à humanidade, mesmo pagando por isto um elevado preço, os membros da Hierarquia são os verdadeiros “Amigos dos Homens”. A isto contrapõe-se os ditames da Loja Negra que, ao modo de Zeus e dos Titãs, desejam manter a humanidade na ignorância e ascender sobre ela, usurpando o poder temporal em pleno tempo dos homens, ao modo de Lúcifer (ver) e suas hostes de anjos caídos. Segundo Alice A. Bailey, a Loja Branca “não tem personalidade para se manifestar no mundo”, fato este que complica deveras a sua influência direta sobre a Humanidade. Na prática, não lhe é permitido interferir nos assuntos humanos, senão de maneira sutil e indireta, podendo chegar ao conselho e à orientação. Algumas raras vezes, os Mestres (Profetas, Patriarcas, Manus) exercem um Governo direto através de uma Teocracia (ver) verdadeira. Ver UNIFICAÇÃO VICÁRIA, SUCESSÃO APOSTÓLICA e GOVERNO OCULTO.

LOJA NEGRA (filosof.) A Irmandade das Trevas, com grande poder de organização e de manifestação, e forte influência negativa sobre a Humanidade. Com tudo isto, a Loja Negra se imiscui nos assuntos humanos e interfere no carma humano, a ponto da humanidade ser um repasto de seis banquetes, de tal sorte que a humanidade apenas pode se salvar caso se alie intimamente com a Loja Branca. São os pilares do caminho da evolução, pois como afirma o Mestre Morya, o caminho apenas acontece através da presença do Mestre e do inimigo. Ver GOVERNO OCULTO

LÚCIFER. (teolog.) O “portador da luz”, do latim lucem fere. Símbolo do orgulho e da violência espiritual. Embora o nome Lúcifer signifique “portador da luz”, na teologia cristão este primeiro anjo, depois caído por orgulho, representa antes a mentira e o falso conhecimento. Era ele a serpente que havia junto à Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal no Éden, e quem sugeriu à Eva -e, através dela, também à Adão- que poderiam comer impunemente os frutos desta Árvore, acarretando-lhes na expulsão do Paraíso e a Queda do homem. 1. Nome dado pelos antigos latinos ao planeta Vênus; significando também dia em latim, além de ser o sobrenome de Diana, a Lua. 2. Nome atribuído a Jesus Cristo nos primeiros séculos e que chegou a nomear papas, a partir do Apocalipse 22,16, onde o Cristo se auto-define como “a brilhante Estrela da Manhã”. 3. Segundo a exegese eclesiástica, é o primeiro dos Arcanjos, e que por sua elevada sabedoria, envaideceu-se e passando a se comportar como um semi-deus, tornando-se daí o “pai dos anjos caídos” e um cognome do demônio; contudo, é bem provável que as passagens de Is 14,12 e Ez 28 2.11, nada apresentem de conclusivo nesta direção, havendo apenas no início do alegórico Livro de Jó algo figurativo. 4. Nome da revista teosófica editada por H. P. Blavatsky, e nome original da editora de A. A. Bailey, logo trocada para Lucis.

LUCIFERISMO. (teolog.) Termo usado de forma variada, segundo o meio que o empregue. Em LAWS, faz referência à ambição de controlar e possuir as coisas para além das medidas naturais, morais e espirituais toleráveis, imputáveis portanto ao pecado. O luciferismo reúne, pois, toda a tentativa de refazer a ordem natural, moral e sobrenatural do mundo. Além do ocultismo negro que despreza radicalmente a religião, tanto a homossexualidade como os anticonceptivos, são formas expressas de luciferismo, porque expressam maneiras de tentar adulterar e de controlar a Natureza, de uma forma exterior, forçosa e violenta; quando na verdade haveria formas naturais e espirituais para a ambuiguidade e a isenção. Ver LÚCIFER.

LUZ. Do latim lucis. 1. (física) A claridade emanada por uma fonte radiante, tendo por veículo físico o fóton (ver). 2. (filosof.) Um símbolo do Espírito ou da energia divina. 3. A contraparte positiva de toda a tendência histérica, vista como esclarecimento e consciência elementar. 4. A revelação de uma nova verdade, na atualidade sob uma dimensão de todo própria, dada a exploração dos recursos luminosos na doutrina da Cúpula de Cristal (ver).


























M


MAÇONARIA. (filosof.) 1. Ordem laica de difusão mundial, responsável pela renovação sócio-política das sociedades, especialmente em momentos de atrofia sócio-econômica, atuando assim tamém ao nível de iniciação coletiva ou grupal (ver); 2. NEO-M. A reforma desta Ordem tradicional, responsável pela renovação da Civilização, visando adequá-la aos padrões da Nova Raça e, em particular, preparar bases para as novas transformações sócio-culturais.

MACROCOSMO. (astrol.) No geral, o termo é usado em LAWS como sinônimo da ordem planetária ou mundial.

MADALENA (teolog.) Maria M. foi uma das mais importantes figuras no Cristianismo primitivo popular, e seu nome caiu no ostracismo com o triunfo do hierarquismo de Pedro. O assunto da alma-gêmea (ver) de Jesus é inteiramente procedente, do Cristo talvez nem tanto, embora não se aprecie esta separação. De todo modo, os encontros acontecem, e os desencontros também. Quanto a serem “marido e mulher”, isto tampouco se pode dizer tão claramente, nem de forma mais ostensiva, porque os compromissos espirituais tendem neste caso a sobressair sobre a vida pessoal. Gostamos de pensar que no fim eles possam se encontrar “para sempre”. A grande pergunta aqui é: quando será este “fim”? Tais seres são Portadores do Voto de Bodhisatwa, que aceitam assistir a humanidade quase indefinidamente, o que é uma coisa muito real quando se trata daqueles que já chegaram às portas do Nirvana. Os grandes Renunciantes são personificações da Sublime Expiação, e vivem num outro tempo onde cada segundo de renúncia e privação de experimentar o mais inconcebível paraíso –ainda acrescido de outras provações inimagináveis que somente eles podem suportar, simbolizadas pela Cruz do Cristo-, serve para saldar imensa parcela do carma acumulado pela humanidade. Uma situação que, felizmente, já está para acabar, porque a Humanidade receberá apenas mais um Avatar, o Kalki. Pois que ela trate então de aproveitar os seus Ensinamentos, porque o tal “Cristo coletivo” sonhado por alguns, parece estar ainda bem distante, vagando nos remotos horizontes da utopia. De todo modo, no Toltequismo esta figura feminina é definida como a “mulher-nagual”, e no Budismo ela é a Tara Verde, como demonstro LAWS no livro “Matriarcado & Nova Era”, juntamente às funções das outras Taras na vida do Bodhisatwa, como a Branca e a Vermelha, compondo a tríade “Paixão, Amor e Compaixão”. E elas se relacionam justamente ao Trikaya búdico.

MAGNETISMO. (filosof.) (Chave do) O magnetismo terreno ostenta picos positivos e negativos. Observa-se estas características em pontos-chaves vinculados à idéia de Shamballa (ver), como o Deseserto de Gobi (positivo) e o Rio Grande do Sul (negativo).

MAHASATYATRI. (sânsc.) As “Três Grandes Verdades”, formuladas no Dharma Tushita (ver) de Maitreya Buda, relacionadas a: 1. o destino humano de plenitude (Tushti); 2. o caminho de equilíbrio propiciatório (tula); 3. as vias (marga) dimensionais de equilíbrio (mayatri - ver).

MAHAYANA (filosof.) O “Grande Caminho”. Sendeiro budista que valoriza o serviço ao próximo. “Pouco séculos depois do Buda, começaram a aparecer "releituras" do dharma e novas tendências espirituais. Isto correspondeu à chegada da Era de Peixes, trazendo uma nova polaridade energética ao mundo, no caso, a feminina, negativa ou sensível.” (O Mesocosmos). Ver BUDISMO.

MAIAS. (antropol.) Um dos dois principais grupos lingüísticos da Meso-América, distribuído pelas terras baixas do Yucatan e adjacências, e responsável pela introdução da cultura superior na região; na origem, nome de uma classe de peritos em astrologia, matemática e astronomia.

MAITHUNA. (sânsc.) Técnica de magia sexual do tantrismo, própria da aristocracia (é habitual entre os kshatryas da Índia) e dos iniciados, tendo amplo valor no contexto da civilização árya, como um recurso de treinamento da vontade e superação das paixões carnais. Maithuna têm seus limites, pois a completa ascensão de kundalini demanda a consagração do coração. Bailey o relaciona apenas à primeira iniciação, muito embora a doutrina teve grande expressão no ambiente kshartya (de Bengala) da Índia e denota grande disciplina e valor interno. Dificilmente se alcança muito nesta via sem um supervisor, como havia na Índia. Contudo, não pode fazer ascender “toda” a kundalini porque não alcança o coração. Não confundir com Mithuna, nome do signo de Gêmeos, mas cujos vínculos semânticos não seriam apenas casuais.

MAITREYA. (sânsc.) “O Amigo”, o Bodhisatwa (ver) por excelência (ou “Filho de Deus”). Nome do Novo Buda, destinado a surgir, segundo a literatura teosófica, na “sétima sub-raça árya”, isto é: na América do Sul (ou no próprio Brasil –ver). O quinto Buda solar do manvantara, o mesmo décimo avatar de Vishnu, Kalki. O Maitreya indiano até pode ser ativo, mas não “felicíssimo” e obeso como o folclórico Maitreya chinês, que é apenas uma adaptação do antigo Buda da abundância. O Maitreya indiano parece mais um aristocrata, ataviado com jóias, e de todo modo não tem a postura ascética e despojada de Gautama. A função do dharma solar é controlar e empregar positivamente o ego, e já não se limita a combatê-lo passivamente. Os budistas afirmam que Maitreya virá apenas cinco mil anos após Gautama. Porém, tais prazos não são razoáveis por muitas razões, até por ultrapassar a ronda atual de evolução, que já ruma agora para o seu final. Não basta portanto falar em nome de uma tradição, quando as informações são incompletas, isoladas e insuficientemente embasadas. Os budistas devem poder apresentar um cronograma búdico satisfatório, como outras escolas têm buscado fazer, a fim de realmente poder sustentar as suas pretensões. De outra forma, deve prevelacer a idéia de que as últimas manifestações divinas (se podemos realmente usar aqui o plural) devem ocorrer nos presentes séculos, a fim de cumprir inclusive o ritmo regular e necessário dos adventos divinos. Ver TUSHITA, KALKI e CRISTO.

MAL. (filosof.) As trevas, a escuridão, a imoralidade. O erro, o egoísmo, o pecado, a ignorância e a violência, costumam resumir o Mal. A fome, a opressão e a guerra, são decorrências dos anteriores. Em quase todas as culturas, algumas entidades são tidas como personificações do Mal, como é o caso do Hariman persa. Não poucos destes paradigmas do erro, possuem origem doméstica, relacionada a figuras opostas modelos do Bem. É o caso de Set no Egito, de Cain na cultura judaica, de Kamsa no Hinduísmo, etc. Tal coisa sugere que o Mal cresce facilmente à sombra do Bem, em decorrência das próprias mazelas humanas. Os mitos sugerem muitas vezes -sem pretender cair em relativismos-, que o próprio Bem nem sempre se apresenta de forma linear e perfeitamente coerente, razão pela qual o teatro grego apresenta tal ênfase na tragédia. Ainda assim, a definição do Bem e do Mal, representa um ato fundador necessário a uma sociedade, porque delineia o certo e o errado. Qualquer sociedade ou indivíduo que se pretenda estar acima do Bem e do Mal, sem estar constituída por deuses ou assemelhados, sem apego que mal façam uso da matéria, não passa de agentes do próprio Mal, buscando dissimular uma análise isenta do tema. Na cultura judaico-cristã, existem três entidades principais, comumente identificadas entre si, fazendo a sua aparição já na ocasião da Queda do Homem e motivando-a de fato, onde surge com algumas de suas principais características: dissimulação, tentação, mentira, dissuasão e engano. O diabo ali contesta as próprias premissas expressas por Deus, e por dar-lhe ouvido o ser humano perde a eternidade, a saúde, a harmonia e a paz. Satã ou Satanás, significa “adversário” em hebraico. Diabo (ver) vem do grego “diabolos” que significa “separação”, comumente definido como “acusador” e “caluniador”. Lúcifer (ver) foi o “portador da luz”, antes de se tornar o primeiro anjo caído. O conhecimento do Bem e do Mal, é uma parte essencial da Ciência dos Valores, também chamada Axiologia em certos contextos, ou apenas Moral ou Ética na acepção tradicional. Durante as crises civilizatórias, os valores se perdem ou reduzem, cada vez mais, vindo a se tornar amorfos. Este fato tem relação com o mítico caos dos Elementos, existente antes da Criação ou da ordenação das coisas, e se reflete na destruição da ordem social, onde já não existe mobilidade social e nem respeito entre as categorias. Nas épocas materialistas, por exemplo, todas as instituições se voltam praticamente para a esfera material, e as realidades mais elevadas são tidas pelas instituições centrais (o Estado, basicamente), quase como acidentes culturais.

MANAH. (teologia) O alimento sagrado dos peregrinos hebreus no deserto, um dos grandes mistérios do êxodo de Moisés. A afinidade do termo com o sânscrito manas (ver), “mente”, traz a chave deste mistério, também sugerido nas posteriores palavras de Jesus: “Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4:4). Assim, é a própria Palavra de Deus, trazida vividamente por seu profeta Moisés –seja através das Leis ou de tantas outras Prescrições-, que simboliza este misterioso manah, encontrado no deserto sagrado da iniciação. Acrescente-se a isto, que o dom de manas representava então uma nova conquista e revelação racial, isto é: o conhecimento exato e a compreensão das coisas, para além da magia e do psiquismo do ciclo racial atlante. Ver ÊXODO e MOISÉS.

MANAS. (sânsc.) “Mente”. Essência espiritual e criativa de toda a raça árya, e a grande chave alquímica universal. Manas é a emanação monádica mais próximo aos mundos criados, servindo assim, em seus aspectos superiores, de ponte com o infinito. Ver TRÍADE ESPIRITUAL e MANAH.

MANDALA. (sânsc.) Significa “controle mental”. Mapeamento simétrico do universo cultural ou espaço-temporal com diversas aplicações, símbolo das estruturas evolutivas, geralmente de âmbito coletivo. Ver YANTRA.

MANTRA. (yoga) Som, locução, frase ou texto destinado ao controle (tra) mental (man) e ao exercício espiritual. O mantra pode ter significado semântico ou não, e quando se reduz a uma sílaba sem significado próprio, pode ser considerado bija ou “semente”. O mantra pode ser verbalizado, internalizado ou mentalizado. M. MENTAL. É o mantra internalizado ou, sobretudo, aquele de natureza puramente mental. Se fossemos radicais a respeito da emissão apenas externa ou física do mantra, estaríamos nos perfilando com certas lementáveis correntes de fanáticos que excluem as pessoas com alguma deficiência física da possibilidade da realização espitual. Este comportamento é mais notório, aliás, entre culturas que cultivam a idéia da pureza racial. Certo é que a integridade física quase sempre representa uma vantagem, porém isto não pode obstaculizar aqueles que aspiram pelo sagrado. Na verdade, teórica ou potencialmente, a recitação mental possui recursos maiores do que a emissão externa –tal como nas sucessivas escalas em que o som pode vir a alcançar desta forma-, porém, para chegar a ter poder efetivo e não se limitar a um simples exercício de imaginação, tal coisa exige um grau de concentração mental muito elevado, o que apenas costuma ser alcançado após uma sessão de práticas externalizadas. Dir-se-ia mesmo, que a emissão paralela do mantra oculto –que oportunamente pode até abarcar várias notas e sons paralelos-, representa a técnica de uma outra iniciação, sendo uma forma de emissão que pode ser cultivada de maneira informal e em meio às atividades cotidianas. Tal coisa se completa com a reverberação natural dos planos superiores, a que tem acesso o iniciado de terceiro grau, formando assim com as emissões externas uma triplicidade mântrica.

MANU. (sânsc.) “Pensador” ou “Mentor”. 1. Avatar civilizatório (cf. Puranas); 2. Dinastia histórica (cf. Leis de Manu); 3. Fundador de raças e modelo ou arquétipo humano (cf. Teosofia); 4. No Egito, a forma de nomear as terras do Ocidente ou a Região dos Mortos (vinculada portanto a Osíris e seu porta-voz Anúbis); 5. Região da Amazônia peruana. Ver CIVILIZAÇÃO e PATRIARCAS.

MANUMISSÃO. A libertação dos escravos. Termo empregado em duplo sentido por LAWS, denotando também a “missão do Manu”, tal como a de Moisés que libertou o povo hebreu feito cativo pelos egípcios. Ver também EXODO.

MANVANTARA. (sânsc.) “Período entre dois manus”. Chamado também “o Dia de Brahma” e “a Inspiração Brahma”, é nisto o oposto de pralaya (ver). O manvantara está composto pelas quatro yugas (ver), ocupando 4.320.000 no registro “humano”, e 12.000 anos no registro “divino” (que é de longe o mais racional) paralelo. Na obra de LAWS, o manvantara corresponde ao arco zodiacal iniciado com o Solstício de Verão (isto é, Câncer), numa aplicação solar do termo. “(A) tradicional doutrina hindu do Manvantara apresente uma exótica fórmula de tempo desproporcional para as yugas (idades), com ritmo de­cres­cente de tempo segunda a fórmula 4-3-2-1, registra­das ge­ral­mente em períodos enormes que, no entanto, podem ser con­ver­tidos em ‘anos divinos’ pelo fator-360 (‘circunferência’). Resultando em ciclos de 4.800, 3.600, 2.400 e 1.200 anos, abrangendo assim apenas um arco do Ano Cósmico, posto apresentar na verdade uma dia­lética de Criação (Manvan­tara) e Dissolução (Pralaya), ocupando este últi­mo o outro arco –e nesta suprema divisão temos mais uma importante alusão ao momento atual.” Caberia distinguir entre este Manvantara cósmico e o Manvantara solar de 5 mil anos da Era solar (ver) e racial, daí os Manus serem relacionados tanto a rondas quanto a raças. Ver também RONDAS e YUGAS.

MAOÍSMO. (filosof.) Filosofia política revolucionária comunista, baseada na leitura social e econômica de Marx, porém enfatizando as bases campesinas. Empregada com sucesso na China e em outros países, é uma doutrina que inspira hoje vários grupos revolucionários pelo mundo, tal como na guerrilha da Colômbia. Ver também MARXISMO.

MAR VERMELHO. (geografia) Mar situado entre a África e a Península arábica, e que Moisés (ver) teria aberto na sua fuga do Egito.

MARIA. (teolog.) “A mãe de Jesus”, do aramaico Miriam. Na verdade, houve três Marias na vida de Jesus, três Taras na vida dos Bodhisatwas, três mulheres na vida de Arthur e de Osíris, etc. Não se trata de mulheres comuns, mas de “guerreiras” predestinadas, para usar uma expressão tolteca. O livro “Matriarcado & Nova Era”, de LAWS, trata especificamente disto. Ver MADALENA.

MARXISMO. (filosof.) Doutrina social de índole revolucionária, amplamente usada na revolução soviética, inspirada em leitura particular da dialética hegeliana, resultando na concepção do materialismo dialético, e concluindo na visão revolucionária da ditadura do proletariado (com ênfase no proletariado industrial, e diferindo nisto do maoísmo -ver) –ao contrário do próprio Hegel (ver), que reformou a monarquia (prussiana) e a nada pretendeu destruir. Seja como for, a visão marxista ainda caberia em boa parte no contexto cultural euro-asiático, antigo e organizado, mas de nenhum modo nas Américas, posto que ambos os hemisférios seguem cursos opostos da História, sendo na Europa materializante, e nas Américas espiritualizante.

Máscara (psicol.) Os arautos do “politicamente correto” apreciam a idéia do “tirar a máscara”, assunto este que veio com a Psicanálise. Ao mesmo tempo, C. Levi Strauss divulgava "O Caminho das Máscaras", mostrando a forma como no Caminho Xamânico e desde os gregos, as máscaras sinalizam e fazem parte dos papéis criativos que exercemos na vida, pois "dramatizam" uma essência que desejamos também expressar para nós e socialmente. Na prática, a máscara pode representar os "papéis" que assumimos na vida, as nossas responsabilidades, sem as quais bem pouco somos. Krishna teve a missão de ensinar a humanidade a cumprir os seus deveres, e não se refugiar nos escapismos róseos que sempre criamos mas a assumir o dharma da evolução, em favor das verdades maiores da alma e da humanidade. Ainda no xamanismo, C. Castañeda comunica sobre os riscos desagregadores das plantas-de-poder, para quem não fortalece a consciência superior. Daí vermos o saldo trágico do uso indiscriminado do Daime e afins em nossos dias. Isto é apenas para lembrar que tudo tem os dois lados, e como demonstram os grandes Ensinamentos, não se deve retirar um templo sem colocar outro no lugar. Culpar as instituições não é muito sábio, o correto é depurá-las, e existem muitas formas de fazer isto.

MATESE. (filosof.) significa “conhecimento supremo”. É uma síntese-prática e universal, ma-tese é a “mãe da nova tese”, uma tese que serve, por isto ela é suprema e não subjetiva. A visão mística daquilo que seja o “conhecimento supremo” é uma coisa, a visão universal dos mestres é outra. “Matese” pode ser ainda melhor visto como projeto ou proposta. “Um projeto nacional sério, não pode se basear em ideais vagos e sen­ti­mentais como ‘liberdade’, ‘igualdade’ ou ‘fraternidade’. Palavras como estas, soam a demagogia porque são antes consequência e não causa; não se as alcança se não tem por detrás uma Causa maior que inspire à sua realização, e Meios que as coloquem em prática.(Crise, Regeneração & Evolução do Estado). Ver DIALÉTICA.

MATRIARCADO. (antropol.) Sistema de organização racial ou sub-racial, onde impera a cultura negativa e feminina. O matriarcado é um sistema cultural basicamente ocidental e derivado, com ênfase na emoção e na natureza. Algumas pessoas falam hoje do matriarcado como se ele fosse salvação da humanidade, contudo, o matriarcalismo pode ser tão daninho quanto o patriarcalismo se não for exercido com sabedoria e equilíbrio –neste caso, é preciso ter o masculino para que o feminino não vire feminismo. Trata-se da natureza das raças ocidentais e “pares”, como é o caso da nova raça-raiz. O matriarcalismo não significa uma cultura feminista, mas sim feminina, direcionada para questões “sensíveis” como arte, religião e ecologia. “Com a chegada de vários ciclos femininos, como a nova Raça-raiz, retor­na ao mundo o princípio matriarcal pelo qual a vida é focalizada des­de o ângulo do fe­minino, do psíquico ou do subjetivo.” (As Promessas do Arco-Íris) Ver também arcalismo e PATRIARCADO.

MAYA. (sânsc.) A ilusão ou as aparências, seja fenomênica, psicológica ou mental -e que o budismo analisa, respectivamente, como impermanência, insatisfatoriedade e insubstancialidade. Na filosofia oriental, maya é sempre formulado em termos tríplices. Assim, também existe a maya da forma, da alma e do espírito. De certa forma, algo se torna maya depois que compreendemos a sua natureza e adquirimos a sua experiência. A criação do mundo é feita através de yoga-maya, a magia das aparências e dos fenômenos. O termo se aproxima realmente de magia. A Física Quântica favorece a visão relativista do “real”, pois tudo pode deixar de ser tão sólido e definitivo como sugerem as aparências. Ver VISÃO.

MAYATRI. (sânsc.) 1. A tríplice maya (ver) universal. 2. Na doutrina revelada do Buda Maitreya, o termo se refere à Terceira Grande Verdade, relativa aos triplices Espelhos de Sabedoria (ver). Ver TUSHITA e CORRETAS RELAÇÕES HUMANAS.

MAZDEÍSMO. (filosof.) A cultura persa está tão identificada nas suas origens à árya-hin­du, que não se poderia analisá-las de forma separada. São os mesmos deuses védicos –os Ahuras, Indra, Brahman, Agni–, e muitas outras ex­pressões cujo uso por vezes algo distinto não oculta a origem comum. O mazdeísmo é a religião do fogo, e o seu grande revelador foi Zoroastro, o pro­feta da luz. “Historicamente, a religião persa mais importante é a de Ahura-Mazda. O mazdeísmo é a religião do fogo, pois o ciclo áryo pode ser associado a este elemento. E o seu grande profeta foi Zoroastro, o profeta da luz. Existiram na verdade vários Zoroastros, o que demonstra se tratar de um título semelhante ao de Buda ou Quetzalcóatl. O primeiro deles remonta a 4.500 a.C.; outro a 1.500 a.C., e o mais recente teria vivido no século VII. a.C.” (“Trikosmos”) Ver FAROHAR.

MEDICINA. (esoter.) Os Antigos tinham o conhecimento como uma verdadeira medicina. Por isto no Budismo Tibetano, se ministram fórmulas místicas para cura dos males do corpo, o que consiste naturalmente numa deturpação. 

MEDITAÇÃO. (esoter.) A prática de controlar a mente ou a consciência para fins superiores. No ciclo áryo, o objetivo tem sido realmente mental. Mais recentemente porém, com o advento da nova raça, teve início a atuação de escolas que trabalham com a criatividade, afirmando que nossos tempos dificultam atitudes passivas e contemplativas. Cabe então se dedicas mais a cultivar as energias positivas e ativas da luz. De certa forma, isto substitui os esforços por deter o pensamento, e tem relação com o dharma ativo de Maitreya. Afinal, o objetivo de deter o pensamento não é mesmo ficar no vazio, mas abrir-se para novas energias. Várias escolas trabalham com as sucessivas etapas da meditação. Se pode observar que os esforços por deter o pensamento, integram ali apenas uma fase inicial da meditação, depois vem uma etapa ativa, criativa, onde atua a mente superior, e é esta que dá acesso pleno aos mundos superiores, segundo a premissa rosacruz: “se queres ter acesso ao fogo, acenda uma chama”. “Quanto à prática da meditação, antes se deve estar solidamente pre­parado. A meditação é uma técnica que move as estruturas internas, e estas devem ser antes purificadas para receberem energias supe­riores. Cada um deve ser guiado de forma segura até lá. Existe grande perigo em praticar meditação através de cursos e livros. Trabalhar estas técnicas sem uma assistência direta é muito arriscado, especial­mente se a pessoa se dedica realmente ao assunto. Enquanto ela atua de forma ocasional, a energia funciona ao nível de terapia e os riscos são menores, mas quan­do ela pratica sistematicamente com fins de auto-trans­for­mação, aí sim existe perigo.” (A Religião da Vida). Ver MEDITAÇÃO CRIATIVA.

MEDITAÇÃO CRIATIVA. (esoter.) A chamada “Meditação criativa” representa o “vôo do pensamento na Nova Era”, segundo o Ensinamento da Agni Ioga (ver). O trato das energias está diretamente relacionado com a evolução espiritual. “Evolução” significa exatamente o trabalho com energias cada vez mais sutis e... poderosas. A essência do trabalho espiritual racial, está presente nos dharmas revelados e nos ensinamentos dos grandes sábios. Nossos tempos anunciam uma nova condição espiritual do ser humano, até como forma de superar as crises civilizatórias e de valores, e colocar uma nova ordem nas coisas, capaz de trazer respostas para anseios mais profundos do ser humano. Assim, podemos comparar o trato do pensamento feito na Raja Yoga e no antigo dharma de Gautama, em relação à Agni Yoga e no novo dharma de Maitreya já revelados, aos métodos de doma do cavalo feito pelo homem branco e pelo indígena. O homem branco trata o cavalo como se fosse um inimigo, ao qual tenta combater, controlar, reprimir, domesticar, castrar... Já o indígena atua em consonância com a natureza e os anseios o cavalo, apenas dirigindo a sua força sem agredir ou violar a sua natureza. A Lei de Maitreya vê o pensamento como uma força que deve ser respeitada e direcionada para coisas mais nobres. Se diz, nisto, este dharma se adapta à natureza do homem ocidental, que é ativa e exteriorizada. É esta energia que tem a capacidade de gerar uma idade de ouro, de unificação das coisas. O dom do pensamento, a capacidade de pensar corretamente sem miasmas, é um dos atributos da raça árya, caracterizada precisamente pela atividade mental. Neste caso, existem vários planos de trabalho do mental; se diz que cada plano se subdivide em sete subplanos, porém, para efeitos objetivos os dividiremos pelo número/estrutura do próprio plano, que no caso do mental ocupa uma posição terciária, donde o termo “Hermes Trismegisto” denotando o poder sobre o triplo mental, também aludido pelo símbolo astrológico do planeta Mercúrio, contendo cruz (matéria), lua (emocional) e sol (mental).  Tais planos são, pois:
a. o mental concreto, da ciência objetiva e externa;
b. o mental abstrato, da filosofia e da reflexão abstrata;
c. o mental oculto, da arte e da criatividade.
Tudo isto está naturalmente relacionado às três etapas da meditação completa. A meditação é a ioga mental, cuja prática subjetiva completa está contemplada pelo triplo Samyama de Patânjali, a combinação entre Dharana (concentração), Dhyana (meditação) e Samadhi (união), que coroam a disciplina óctuple da Raja Yoga. O mesmo também se relaciona especificamente a três modalidades de ioga, a saber:
O SAMYAMA
a. Dharana = concentração .... mental concreto ..... forma ...... Jnana Yoga
b. Dhyana = meditação .......... mental abstrato ...... idéia ....... Raja Yoga
c. Samadhi = união ................ mental criativo ........ energia .... Agni Yoga
Assim, podemos dizer que a mente criativa está diretamente relacionada ao mundo do fogo (agni). Por isto, um dos ensinamentos que mais ênfase dá à natureza criativa do pensamento, é o Ensinamento da Agni Yoga revelado por Helena Roerich, e que tem sido seguramente um dos pilares da Nova Era, reunindo a ”ética viva” ao “pensamento espacial”, focalizando ademais o chakra a ser desperto pela nova raça-raiz (“inaugurada” em 2012): o centro do coração, graças ao qual será possível alcançar as suas supremas realizações humanas: almas-gêmeas e iluminação científica, permitindo assim o amadurecimento das instituições sacerdotais, a realização das profecias e a consumação da evolução humano-humana; abrindo as portas para o mundo dos mestres e para a ascensão planetária... Várias são as correntes de Agni Yoga e seus divulgadores; geralmente elas mal passam de aproximações, dada a profundidade e a novidade do assunto. Para Alice A. Bailey, que trata desta ioga de maneira esotérica e velada, o enfoque de Roerich é todavia de “primeiro raio”, pois emana do ashram regido por tal energia. Ainda assim, este inspirado Ensinamento, que parece brotar diretamente da exaltada alma do Chohan, comporta um contexto amplo e sumamente edificante, incluindo obras sobre o AUM, a Fraternidade, a Hierarquia, a Comunidade, o “Infinito”, o ”Coração”, etc. Heleha Roerich foia esposa do famoso pintor místico Nicholas Roerich, responsável pelo Pacto da Paz Roerich assinado por dezenas de nações, visando especialmente proteger as obras de arte mundiais. Ver MEDITAÇÃO.

MEDITERRANISMO. (geosof.) O tema “centro da Terra” está sujeito a variações de exegese, tradução e interpretação. A Escola Agartha trabalha especialmente com critérios tradicionais: geográfico, geopolítico e hemisférico. E não tanto o geológico dos místicos e ufologistas. Os viajantes ocidentais que divulgaram a Shambala/Agartha oriental, deram o “canto do cisne” a respeito do assunto quanto ao Oriente, havendo se consumado o translado do pólo espiritual do mundo no ano de 1988. Ver AGARTHA.

MEDIUNIDADE. (filosof.) Textualmente, a capacidade de se comunicar com os espíritos, sobretudo dos mortos. Para diferenciar disto, alguns optam pelo termo mediação (ver), como comunicação telepática com almas superiores e até mesmo de mentes de seres iluminados, encarnados ou não. Ver NECROMANCIA e ESPIRITISMO.

MEIA-NOITE DOS TEMPOS. (astrol.) Também conhecida como A Fenda do Cristal, trata-se da reunião dos três ponteiros do Relógio Cósmico (ver) em nossos dias, fato praticamente único em toda a evolução das rondas (ver). “O mundo vive atualmente um momento mui­to especial, por se tratar do único em que todos os ciclos terminam jun­­tos para re­co­me­çar, pro­duzindo a grande Fenda que co­nec­ta o centro à pe­­riferia, na chamada Grande Meia-Noite dos Tempos, onde os três ponteiros do Relógio Cósmico se reúnem, trazendo a Suprema Re­velação à humanidade. Assim, todas as energias estão hoje em franca renova­ção, razão pela qual o mundo inteiro está sendo abalado desde os seus alicerces.” (Crise, Regeneração & Evolução do Estado)

MEMORIAL DA LUZ. (filosof.) Templo-pirâmide idealizado por LAWS, ao modo dos grandes governantes da Antiguidade, para sinalizar tempo-espaço e servir de referência visível para a sua herança cultural. Trata-se, formalmente, da própria Mercabah (ver) ou da Cúpula de Cristal (ver).

MELA. (sânsc.) Festa. Ver KUMBHA.

MELQUISEDEC (filosof.) Rei-sacerdote contemporâneo de Abrahão, empregava a Eucaristia e foi alçado por São Paulo à uma categoria divina e atemporal, na qual o próprio Jesus teria parte. Declarado assim avatar da Era de Áries, tal como Jesus (ver) o foi na subseqüente Era de Peixes. A Ordem regular desta categoria avatárica astrológica, adotaria desde então o seu nome dentro da Cristandade. “A revelação paulina de ser Melquisedec e seus co-ordenados um ‘sacerdote eterno sem pai nem mãe’, tem trazido muita confusão, porque não se entende o profundo simbolismo da questão, que remete na verdade ao caráter basicamente autodidata destas missões. E ao contrário de teoria por vezes corrente, seus representantes encarnam, sim, na Terra, apenas não permanecem na sua superfície, mas ascendem, pontificando ao ritmo dos milênios para evoluir e sinalizar as novas Coisas de Deus. Ainda assim, para evitar novos mal-entendidos, é preciso dizer que todo Avatar é, por definição, um homem de escola.(...) A única Ordem à qual um Avatar pertence necessariamente, é à Ordem de Melquisedec, Ordem Eterna dos reis-sacerdotes “sem pai nem mãe”, ou seja, sem Guia e nem Corpo formal.” (As Promessas do Arco-Íris) A Ordem de Melquisedec é a Regra dos Avatares cíclicos. Trata-se de uma ordem divina ou celestial, uma vez que Jesus está nela inserido, e o próprio Melquisedec viveu num momento crucial, no começo da Era de Áries, junto a Abrahão que teve certo papel de Manu sub-racial. Nisto, o “Rei da Justiça” (significado de Melquisedec) se aproxima do “Mestre da Justiça” dos essênios, e cada vez mais se tem certeza de que esta figura corresponde a Jesus. Justiça remete à Libra, cujo nome oriental é Tula (nome da cidade mítica dos mexicanos). Equilíbrio, harmonia e paz, são atributos de Jerusalém. Melquisedec reinava em Salém ou Jerusalém, que significa (paradoxalmente) “cidade da Paz”, e segundo Alice A. Bailey a paz é um atributo de Shambala (e certamente, da Justiça), simbolizada por Jerusalém na Terra Prometida. A raiz da Justiça, está no reconhecimento do papel de Deus na sua criação, coisa que apenas o homem que domina o seu ego alcança realizar, e quando uma Cidade se funda na Justiça, a Aliança divina estará restaurada. De uma forma restrita, a Ordem de Melquisedec corresponde aos 12 Bodhisatwas astrológicos, regentes das Eras zodiacais. De modo extenso, podemos entrever a sua natureza nos 24 anciões do Apocalipse, ou nos 22 avatares de Vishnu: os 12 astrológicos mais os 10 avatares raciais ou soli-lunares. Alguns avatares combinam as duas funções por causa da confluência de alguns ciclos, como é o caso do aguardado Kalki, o último avatar da ronda, senão do planeta todo. Integram esta Ordem mestres de iniciações cósmicas (da sétima iniciação em diante), que fizeram a opção pelo Primeiro Sendeiro de Evolução Superior, que é o de Serviço na Terra, também conhecido como “Caminho dos Bodhisatwas”. O Apocalipse recoloca este aspecto mítico de Jerusalém. Com relação ao Sendeiro de Retorno, certamente os budas e avatares o percorrem todos, manifestando de início o Dharmakaya (Espírito cósmico), depois o Sambhogakaya (Alma cósmica) e finalmente o Nirmanakaya (Personalidade cósmica). Corresponde às três tarefas do Manus: Pensador, Mentor e Monitor. A Ordem de Melchizedek pode ser vista como uma “Tradição Primordial”, Mercabadiana e divinal, porque seus prepostos são arquétipos e tatahagatas (“aquele que é como o anterior”). Obviamente, para uso humano e até hierárquico, os Modelos devem ser adaptados, tal como a Árvore Sefirótica contém três vias de evolução: a humana (“Sendeiro do Círculo”, Hinayana), a hierárquica (“Sendeiro da Serpente”, Mahayana) e a divina (“Sendeiro do Raio”, Vajarayana). Porém, a Ordem tem mais relação com aquilo que alguns “mestres ascensos” optam realizar, dentre dos Sete Sendeiros de Ascensão existentes à sua disposição, visando preencher os cargos necessários para cumprir a evolução planetária. Destes Sete Sendeiros “cósmicos”, apenas um retém os mestres na Terra, o Sendeiro de Serviço Terreno. Assim, mais do que com a Ascensão individual, a Ordem tem relação com a Ascensão coletiva ou com a evolução planetária.

MENSAGEIRO DO ARCO-ÍRIS. (filosof.) Forma como LAWS é definido, dada a pluralidade e a profundidade de sua obra. No Apocalipse, o Cristo ostenta em sua mão direita, as sete estrelas que simbolizam as Sete Igrejas, imagem do ecumenismo perfeito sob a ótica do Sábio Supremo. Os quatro setenários (taças, selos, trombetas, anjos), representam o completo inventário dos quatro aspectos da Civilização, a saber: religião, etnia, classe e cultura. Os quais reunidos, formam o quadro integral da Civilização, segundo a Doutrina Plenária do Manu, destinada a uma época universalista. A Civilização da Quintessência, é a orquestração móvel e livre dos quatro elementos da civilização, é a superação dos entraves a nível de formalidades de toda a ordem. É esta a “Religião da Civilização” (ver) anunciada pelo Manu.

MENTALISMO. (filosof.) Termo de múltipla aplicação, usado no esoterismo para o culto de poderes psíquicos, na psicologia esotérica para o bem estar e nas ciências comportamentais onde se subodina o comportamento à volição. Muitas correntes místicas dão uma grande importância ao poder transformador do pensamento, e em Alice A. bailey temos todo um ensinamento acerca do tema para transformar os arquétipos civilizatórios, mais ou menos na linha da criação das “formas-pensamento” já tratadas pela Teosofia. Porém, salvo nos casos mais esotéricos onde se trabalha as energias da mente de maneira criativa, o poder da mente apenas se revela realmente útil na intimidade, e talvez no trato imediato com as pessoas, onde as energias cultivadas encontram uma influência efetiva. No Budismo, o “pensamento correto” integra o Sendeiro Óctuple, o qual possui, no entanto, da mesma forma a “ação correta”, a “meditação correta” e assim por diante. Assim, de um modo geral, a maior utilidade do pensamento positivo, será dar respaldo a ações também positivas e transformadoras, as quais retroalimentam a mente superior, etc.

MENTE. (filosof.) O “poder intelectual” é um dos atributos da evolução espiritual. De início controlar a mente é a meta e depois se torna base. Na verdade, a energia mental é uma das polaridades da evolução, juntamente com a psíquica, e como tal sofre sucessivas “oitavas” de expressão. A mente iluminada é um dos grandes atributos dos Adeptos, mas a Loja Negra se apega ao mental como um valor absoluto. Ver MANAS e MANAH.

MERCABAH. (esoter.) A “carruagem de fogo” das profecias e da tradição hebraica, na qual os profetas finalmente ascendiam aos céus. Escola esotérica e proto-cabalística, surgida no contexto do Segundo Templo e das revelações de Ezequiel. Os dois níveis da Mercabah de LAWS, significam a base humana (Quarta Ronda) e a cúpula hierárquica (Quinta Ronda). É o “símbolo do reino do Messias e de sua potência na Terra", e a grande chave da ascensão da Hierarquia e do próprio planeta. Qual uma Nave cósmica, a Mercabah é o veículo tradicional de liberação dos Mestres, elemento essencial para a tomada dos Sendeiros Cósmicos (ver). Os Sete Sendeiros de Evolução Superior, designam sete maneiras de navegar na Mercabah, em seus diferentes setores, ou as sete formas que adota a Carro Divino. Ver também ASCENSÃO, CÚPULA DE CRISTAL e MEMORIAL DA LUZ e RONDA.

MERCANTILISMO. (história) Trata-se da primeira fase do Capitalismo, caracterizado por uma forte intervenção do Estado na economia, tendo como meta a unificação e a formação dos próprios Estados nacionais. O Mercantilismo também se divide em etapas e naturezas: metalismo, colbertismo, etc. Ver ABSOLUTISMO.

MERU (esoter.) A grande Loja Árya, respon­sável pela semeadura da razão e a im­plan­tacão da iniciação solar, afirmando por fim o seu pleno sucesso, pela conquista do ver­dadeiro Adeptado (grau de Asekha, "não-discípulo), ou a hierarquia Meru-Danda, os portadores do cetro deste ashram. O Templo de Meru, foi depois simbolizado como o Monte Su-Meru, em home­nagem à Suméria. “Este terceiro Ashram racial foi de certa forma o mais importante até o momento e representou a coroação do processo de manifestação da Hierarquia, afirmando por fim o seu pleno sucesso, pela conquista do verdadeiro Adeptado” (LAWS, “Trikosmos”). Ver ASHRAM, ADEPTO, AGARTHA e ASHRAM SOLAR.

MESOCOSMO. (filosof.) No geral, o termo é usado em LAWS como sinônimo da ordem social ou coletiva. Extensível também à questão racial como um todo.

MESOSFÉRIO. (geosofia) Expressão que designa, na obra de LAWS, a zona do paralelo 30, relacionado a Shambala. Recebe este nome, por situar-se no centro solar dos hemisférios. Ver SHAMBALA e ZONA DO DRAGÃO.

MESTRES. (filosof.) Aquele que ensina com sabedoria a espiritualidade, não aquele que difunde uma seita. Um verdadeiro mestre espiritual necessita ter conhecimento, didática e realização. Se não tiver uma destas coisas ele poderá ser um erudito, um artista ou um prático, mas nunca um mestre de sabedoria. As suas maiores marcas são o equilíbrio e o desprendimento. Um mestre ostenta a excelência do saber, depurado de crenças e superstições. Trazendo uma dedicação abnegada, sem ser temerária ou fanática. O verdadeiro Mestre, é também um ser que adquiriu uma dimensão coletiva, fluindo nele uma energia de síntese e o dom da matese, a realização e o conhecimento pleno. Quando certas pessoas-de-imaginação professam o “avatar coletivo” (o que quer que isto signifique), elas não alcançam conceber que os mestres são todos eles seres coletivos, no sentido de existirem apenas para vibrar uma nota grupal de união e da grandeza própria deste tipo de concerto social. Assim, o mais provável é que, no dia em que for possível a “difusão” da avatarização, ela já não será mais necessária neste mundo. Os Mestres buscam “apenas” ajudar a humanidade a encontrar os seus próprios caminhos. “No Princípio”, isto se dá pela direta influência do avatar, por assim dizer, sob uma base sacerdotal: é a Idade de Ouro, sob a cultura da Teogonia. Logo, a sociedade é influenciada basicamente pela Hierarquia de Luz, quando ocorre o predomínio da ordem aristocrática, na Idade de Prata e sua cultura de Epopéia. Tal coisa encerra a direta influência superior no mundo, posto que nas Idades materiais as forças espirituais se expressam apenas de forma indireta, inicialmente através das próprias classes superiores, numa cultura regida todavia pela burguesia e sob a pauta da Filosofia (Idade de Bronze), e depois a espiritualidade subsiste quase tão somente mediante as Escrituras, numa cultura de base proletária (Idade de Ferro) e de pendores “científicos”.

MESSIANISMO. (teologia) A prática e o culto dos messias ou dos avatares. O tema do messianismo é fundamental, porque são raros são aqueles têm tamanha capacidade de alcançar as metas mais elevadas. Ao mesmo tempo, perde importância com a evolução da humanidade, sendo tanto mais necessário, quanto as pessoas são principiantes, “humildes” ou demandam uma renovação de perspectivas. Talvez por isto, o fenômeno aconteça “uma única vez na História”, no começo das Era e das raças (quando, supostamente existe maior receptividade), para apontar os novos caminhos com equilíbrio e profundidade. O homem comum, possui alta dependência de “tudo” o que um messias possa oferecer; muito embora, seja incapaz de seguir mais de perto os seus passos. Porém, mesmo os “iniciados” devem dar alguma atenção ao assunto, a fim de levar a cabo as suas pretensões. Tratar do messianismo é comumente tarefa difícil e inglória, pelo simples fato dos avatares estarem sujeitos a perseguições, movidas pelo fanatismo e pela inveja de muitos, enfim, por toda uma carga de ilusões, geralmente sustentada pelas elites religiosas conservadoras e místicas inovadoras. Contudo, o tema é realmente ainda inevitável e necessário, e não somente para os mais humildes, aos quais num primeiro momento eles se destinam, mas também para os mais avançados, porque através disto se pode definir um serviço mais eficaz e também um conhecimento espiritual mais apurado. Aqueles que combatem o messianismo pertencem aos utopistas e ao materialistas, coisas estas geralmente bastante coligadas. Aqueles que perseguem os profetas, são os mesmos que desprezam o povo, prescrevendo carne para crianças-de-colo. Assim, sem pretender diminuir a importância do tema, cabe contudo relativizar cada vez mais o assunto, sem com isto pretender reduzir o papel do messias ao de um simples “instrutor”, como às vezes parece acontecer no Budismo, onde se tem certa dificuldade de entrever uma tarefa de salvação; ainda que a figura do Bodhisatwa soe eloqüente nisto. Por outro lado, denunciamos a má fé dos fanáticos que procuram perseguir a “ideologia” new age, a ponto de comparar Maitreya ao seu “líder luciférico”. Mais que o orientalismo, o ecumenismo é uma tônica desta época, ademais, as profecias são concordantes em torno de Maitreya, Cristo, Quetzalcóatl ou Kalki avatar. Ver MESSIAS.

MESSIAS (teolog.) Do hebraico mesiah, “ungido”, crestos em grego. Algumas tradições se notabilizam por oferecer uma análise do Messias, e há quem diga que o Apocalipse de João representa isto. O Budismo, que faz jus ao nome, fala dos 32 sinais do Buda, dos três corpos (Trikaya) do Buda, etc. A Cabala também trata bastante do assunto do Messias, especialmente na figura do Adam Kadmom. Porém, a Alta Ancestralidade ou a Primordialidade, leva a investigar a doutrina pré-cabalística da Merkabah nas suas fontes, resultando num dos pontos mais altos da Sabedoria sagrada: a Tradição da Cúpula de Cristal (hoje rediviva), essência da Ascensiologia (palavra forjada por LAWS), uma Senda para os “Novos Adeptos”, ou os Chohans. Além de ser também uma síntese da Piramidologia (para usar um termo de R. Fludd), expressão “concretista” da “Ciência dos Triângulos” da qual Alice A. Bailey colocou as bases. Tampouco cabe pensar que um Messias possa ser receptáculo de sangue real, pois herda apenas algumas predisposições gerais (miscigenação, nascimento em tempo-espaço adequados, etc.), e faz tudo do início. Existem muitas astrologias que podem ser usadas para identificar o Messias, e a soma de todas as profecias astrológicas resultam numa Data única e incontestável. A Ordem de Melquisedec é de “sacerdotes eternos, sem pai nem mãe” (anupadaka), ou seja, sem linhagem de ordem espiritual e nem linhagem material-sanguínea, mas sim de seres auto-gerados na autêntica cruz da expiação/iluminação. Ademais, mesmos os avatares apenas chegam a ser o que são, porque seguem com rigor uma escola externa ou interna, por assim dizer. Até que se realizem como tal, após a iluminação ou mesmo além, os Mestres potenciais desprezam títulos e formalidades, e embora respeitem as Hierarquias, estão sempre atentos à legitimidade. Neste ponto, cabe discernir os candidatos à iniciação maior entre os verdadeiros autodidatas que renunciam e trabalham por vocação -buscadores puros e autênticos do Graal-, e os anarco-místicos que vivem em seus castelos-de-marfim, e que são a maioria, especialmente numa sociedade leiga & amadorística como a Ocidental. O autodidata é autônomo porque sente não ter opção, mas o anarquista é autônomo porque deseja sê-lo, e isto faz toda a diferença, em termos espirituais e até sociais. Aquele que não tem um mestre externo, deveria sentir fortemente um mestre interno, através de muita dedicação à sua voz interior. No entanto, também existe uma evolução social e espiritual, no sentido de se manifestar a Ordem sagrada, para tornar a evolução cada vez mais universal e abrangente (beneficiando e unindo todas as pessoas), coisa esta que restringe a legitimidade do autodidatismo. Ver MESSIANISMO.

MESTRES. (esoter.) Instrutor iluminado e realizado, mormemte do tipo “não-discípulo” (asekha), o iniciado de quinto grau. Instrutores como G. I. Gurdjieff e C. Castañeda, falando em nome das antigas linhagens que representam, assim como de certamente  muitas outras ao redor do mundo, têm assegurado que o caminho espiritual é tão repleto de armadilhas e nuances, que é praticamente impossível um buscador ter sucesso na consumação da senda, de uma forma solitária ou desehierquizada. Mais exatamente, sem um guia experiente que possa avaliar o seu progresso. Seguramente, a senda se faz através do caminho-do-meio... mas existe toda uma arte rara em percorrer este caminho. E quando não temos uma mão sábia a nos conduzir, é certo e seguro que permaneceremos antes é... no meio-do-caminho. Até podem existir, como acontece realmente, aqui e acolá, alguns raros que conquistam a coroa da vida de forma relativamente autodidata. Porém, mais do que uma soma de gloriosas encarnações, estas pessoas ousaram se sujeitar ao caminho da dor e da cruz, e a um grau totalmente impensável para o buscador comum. Estes são os sagrados Bodhisatwas da tradição budista (presentes também em outras culturas), que renunciam ao paraíso para servir ao avanço espiritual da humanidade. O termo designa habitualmente os chamados “mestres ascensionados”. Ver Chohans e ASEKHAS.

METANÓIA. (filosof.) Mudança radical das formas de pensamento realizada no sistema de crenças pessoal; a conversão religiosa.

MICROCOSMO. (astrol.) No geral, o termo é usado em LAWS como sinônimo da ordem individual ou o ser humano em si.

MILÊNIO. (escatol.) Período-chave de transição cíclica, unidade-de-tempo e fractal-padrão, dentro do manvantara (ver) e da era solar (ver). “(O) Milênio representa uma verda­deira lâmina no tempo, espremida entre estruturas amplas e coordenadas, representando uma dobra completa no tempo. Certas tradições hindus falam da Idade do Diamante (Vajrayuga), que corresponde a uma seção principal deste período. É esta, pois, a faca que porta o deus sol Tonatuih em sua boca na Pedra do Sol asteca, ou a faca que tem o Logos em sua boca no Apocalipse. De fato, este Milênio serve de elo entre ciclos cósmicos, pois, como escreveu Hermes Trismegisto em seu Pimander. ‘Ali onde tudo acaba, tudo começa eternamente’." (“Trikosmos”)

MINORIAS. (sociolog.) Termo geralmente atribuído a setores sociais ditos “minorotários” e reivindicativos das sociedades humanas, abrangendo sobretudo as mulheres, os homossexuais e as “diferenças” raciais. O termo é usado mesmo quando, numericamente, não corresponda aos fatos, como acontece com as mulheres e, talvez, também com os negros e mestiços no Brasil -com o passar do tempo, os homossexuais também tendem a se multiplicar, até que se comece a remediar a crise de civilização. Neste caso, a expressão “minorias” adquire um fundamento qualitativo, para fazer menção a grupos de menor poder econômico e outros direitos. Depois de sofrerem perseguições históricas, as ditas minorias alcançam impor às sociedades leis radicais que tornam estas minorias superprotegidas, e nisto começa uma forma de facismo que apenas mantém as coisas desequilibradas, pois outros passam a deter direitos minoritários. LAWS tem afimado que, dentre estes grupos, a causa racial, mesmo detendo algumas controvérsias, tende a ser a mais legítima de todas. As restantes causas, ainda que parcial ou menormente válidas, tendem a produzir malefícios sociais profundos, como ocorre hoje com a virtual destruição da família e a anulação da figura paterna, sob os direitos verdadeiramente abusivos outorgados às mulheres (gênero a quem a Natureza já favorece no tocante à capacidade gestativa), coisa que por si só também fomenta o homossexualismo (ver). Tem se reconhecido que nas separações judiciais -que atualmente se tornaram a regra e não mais a excessão-, a figura paterna costuma ser anulada em 70% dos casos, e a sociedade já começa a sofrer com as gerações que surgem em famílias assim desestruturadas. De modo que, hoje, os homens é que se tornaram uma minoria qualitativa. Quando as separações judiciais se tornam a regra e não mais a exceção, é preciso ter leis ágeis para tratar do assunto. É dever da instituição da Justiça mostrar-se sensível a estas situações de desequilíbrio social.

MISSÕES. (antropol.) Ou reduções guaraníticas. Forma como se registrou historicamente os povoados organizados pelos padres jesuítas, em torno dos povos guaranis reduzidos. Uma semi- teocracia no coração da América do Sul.

MISTAGOGIA. (filosof.) A experiência espiritual, iniciação nos mistérios da religião. Ver INICIAÇÃO.

MISTÉRIOS. (esoter.) 1. CTÔNICOS. Mistérios que envolvem as questões do “coração”, simbolizado ali pela caverna, e tendo por meta suprema a imortalidade da alma e a iluminação (ver VÊNUS). 2. M. MAIORES. Questões ocultas que dizem respeito à evolução espiritual da Hierarquia. “Os mistérios espirituais maiores são tidos pela Hierarquia de Luz como verdadeiros segredos-de-Estado, por dizerem respeito aos arquivos da sabedoria, do conhecimento e do poder planetário; de modo que toda a abordagem a tais assuntos deve ser feita com respeito e humildade. Não se deve pensar que questões desta natureza se encontram desprotegidos, quando na realidade, os Guardiães da Verdade e da Boa-Lei são aqueles que mais bem dotados se encontram para manejar a evolução das coisas, já que podem atuar de forma desimpedida com ou através dos planos invisíveis e ‘imateriais’ do universo.” (Teocracia – Tradição & História) 3. M. MENORES. Questões ocultas que dizem respeito à evolução espiritual da Humanidade. 4. M. SUPREMOS. Questões ocultas que dizem respeito à evolução espiritual da Divindade.

MISTICISMO. (filosof.) A mística, enquanto experiência devocional, se apoia no mito (ver) de uma forma mais ou menos elaborada, encontrando-se nisto mais para o campo emocional que para o racional. Quando busca o fenômeno, também se apóia no plano físico. O verdadeiro misticismo mental é o Ocultismo (ver).

MITO. (filosof.) Do grego mythos, “fábula, estória”. “Um mito não é uma mentira; é antes uma alegoria revestida de imagens poéticas. Serve para transmitir uma realidade da forma mais direta e essencial possível, empregando aquilo que nos é familiar. O mito é uma fábula, é a própria essência do mistério despida de sua parte científica. Serve para que tenhamos um acesso direto a uma verdade espiritual, sem nos perdermos nos de­talhes e em aspectos secundários, assim como sem revelar questões excessi­va­mente secretas.” (A Pedagogia Áurea) “O mito é um holofote colocado sobre uma verdade sutil, que tenderia ser ignorada pela humanidade e sufocada sob o crescente materialismo; porém, na medida em que a crise humana se acirra e o ser humano redesperta, estas realidades sutis (ou naturais) emergem novamente, especialmente na medida em que cada ser humano a redescubra em seu próprio coração e dentro da sua existência. (...) O mito é um recurso tradicional, que resume de forma simbólica e sintética eventos reais, de maneira também apta a ser guardada e assimilada pelo povo e ainda pela posteridade. A rigor, o mito é um alimento espiritual, um modelo construtivo e uma referência cultural permanente, mesclado à religião e lhe sendo inerente. Muitas vezes, as tentativas de desmistificação dos personagens, não faz juz à verdade maior que é preservada através do recurso mítico. Não raro, existem de fato virtudes que se sobressaem, até por sua inspiração divina, e que não mereceriam ser eclipsadas à luz da posteridade, pela idiossincrasia dos personagens. Deveria ser possível preservar a memória de uma manifestação sagrada, de forma algo independente de seu veículo temporal, sujeito não raro à crises pessoais, desnorteantes em parte, mas também inerentes ao próprio processo criador. Tal como as estórias edificantes para crianças formam solidamente o seu substrato consciencial, as lendas são um suporte insubstituível na estrutura psíquica coletiva.” (A Espiral do Tempo) Ver MITOLOGIA.

MITOLOGIA. (filosof.) Sistema filosófico, doutrinal e religioso, pelo qual se reúne de forma sintética e simbólica o acervo cultural de um povo. Embora fazendo alusão aparente ao passado, os mitos nem sempre possuem uma função pretérita exclusiva ou sequer necessária. Muitas vezes se destinam, acima de tudo, a produzir um espírito edificante e a sustentar ritos e cultos, se confundindo ademais com profecias (ver). Os mitos possuem um compromisso primordial com o espírito e com e formação subjetiva da humanidade, e apenas secundariamente com a Ciência e com fatos objetivos. Ademais, a “objetividade” tende a se reduzir com o uso dos mitos, com o passar do tempo. Muitas vezes, mitos são usados como parábolas, por razões didáticas e até por necessidade prática, face a impossibilidade de empregar outra linguagem. O estilo exagerado dos mitos e até das epopéias, visa enfatizar e enaltecer os atos e os próprios personagens envolvidos –que são deuses, semi-deuses e heróis-, dentro de temas muitas vezes imensuráveis e que não possuem contação científica, inclusive pela dificuldade humana de valorar a contento a sua natureza ou de estimar o seu alcance. Ver MITOS e LITERATURA.

MOISÉS. (teologia) Patriarca e legislador hebreu, responsável pela Torah ou o Pentateuco bíblico. Figura controversa pelos relatos que traz, comumente auto-referenciados nas primeiras obras, mas de inegável força, beleza e persuasão. Seu nome egípcio Moses, significando “nascido das águas”, era bastante comum, como se nota pelo no nome do faraó Tutmoses. Mais que ter sido abandonado no Nilo e encontrado pela casa do faraó, como reza a lenda, o termo sugere alguém que nasceu do povo, um plebeu ou, esotericamente, um iniciado autêntico que começou de baixo a sua ascensão, e por isto despertou a compaixão e soube estar ao lado do povo sempre. Muitas tentativas têm sido feitas para explicar os seus milagres, realizados no esforço de libertar os hebreus do cativeiro branco no Egito. Porém, tudo isto pode ser lido pelo ângulo “sociológico” –não materialista, é óbvio- que moveu a sua missão libertadora. O mais destacado e misterioso dos prodígios, que é a separação das águas do Mar Vermelho para a travessia a seco dos hebreus, inundando depois os perseguidores egípcios, pode ilustrar a metáfora de mais uma das batalhas travadas nesta jornada libertadora, onde o destino dos hebreus ficaria definitivamente selado, no caso, o sucesso final da libertação, uma vez que sinaliza a saída dos hebreus do Egito. A abertura das águas do Mar Vermelho, simboliza a transição entre o passado e o futuro de um povo livre. Ver ÊXODO, TÁBUA DA LEI, arca da aliança e MANAH.

MÔNADA. (esoter.) A Unidade divina, localizada no sexto plano de consciência (isto é, no ápice do arco de manifestação deste sistema solar -ver), Anupadaka em sânscrito, que significa "a unidade sem pais", o que existe por si só. Sua conquista completa é a grande dádiva dos Chohans (ver), capacitando a geração de uma nova cultura cósmica no planeta. Vale saber que o tríplice AIN qe encabeça a Árvore Sefirpotica da Cabala, “representava” a Mônada situada no ”corpo causal” do Mental superior. E que esta “Mônada” nada mais “era” do que o Quarto Elemento, o Fogo, ainda indisponível para a humanidade terci-árya (um trocadilho esotérico), e todavia presente na Terra graças à evolução dos Centros triádicos maiores: a Hierarquia e a Divindade. Porém, esta energia estará disponível humanamente a partir de 2013 (havendo ainda uns quatro séculos de transição/preparação na nova Arca), porque representa a chegada da Quarta Humanidade (no seu “Tratado sobre Fogo Cósmico”, Bailey ainda dispunha o corpo causal no Plano Mental, porém mais tarde declarou a sua ascensão para o Búdico). A partir dali, a Árvore Sefirotal adquirirá mais uma tríade, devidamente desdobrada e manifestada, a Tríade do Quarto Elemento, que resume os preceitos ou instituições da verdadeira cultura sacerdotal: iluminação (interno), almas-gêmeas (mediterno), e igreja (externo). Tudo isto pressupõe, naturalmente, uma revolução nos ritos (trato do assunto em meus livros sobre Maçonaria) e nos Tarôs, para adequar às novas Metas raciais da Iniciação. Ou então, uma nova forma de organizar as energias e os ciclos. Com isto, a Árvore Sefirótica adquire uma estrututra “zodiacal”, 3x4, tal como descrita no Apocalipse de São João. Porém, até mesmo os zodíacos poderão ser modificados, caso se conclua pela mudança definitiva da fórmula Elemental-cosmológica completa para 4x4 (e não mais 3x4), como os rosacruzes já afirmavam há séculos. E quem sabe o calendário maia-nahua, de fórmula 4x5, não antecipe então o mais avançado zodíaco da evolução humana, aquele que prevalecerá na própria transição da ronda, sendo ele a própria ponte para o além-do-homem, e um zodíaco-programa para os Arhats consumados, candidatos a Adeptos, em todos os tempos? Assim, anunciam-se grandes mudanças no esoterismo dos próximos séculos, aspectos do novo “Pramantha a Luzir” nos horizontes raciais, e de irradiação desde o Novo Mundo. Ver AGNI e ALINHAMENTOS.

MONARQUIA. (sociol.) O governante único, governo autocracata, absolutista ou parlamentar. “(O) grande papel do Rei seria aquele de preser­var as instituições, e existem grandes verdades nisto. De uma forma rigorosa, no entanto, o fato é que o Monarca representa em si mesmo às diferentes instituições da sociedade, na medida em que alcança tran­sitar da forma mais perfeita através de cada uma delas, já que sua coroa outra coisa não é que a recompensa de uma plena experiência de vida, como ‘servidor universal’. Assim, o Rei foi também um dia um servidor, foi ele igualmente um mercador, também terá sido com certeza um guerreiro e, da mesma forma um sacerdote potencial – para descrevermos sucintamente aos papéis principais das quatro castas tradicionais. (...) Tal como o Adepto, o verdadeiro Rei nunca nasce pronto, mas ele faz-se a si próprio, através da mais severa e ampla experiência de vida; mas certamente ele terá freqüentado uma Escola Real ou Iniciática estabelecida por um Avatar. Assim, o aspecto hereditário assume em sua existência um papel muito insignificante, seja em relação às suas próprias origens, como no tocante à sua eventual descendência física.” (Teocracia – Tradição & História) Na Idade Média, a Igreja tratou de coordenar a ordem monarquista, porquanto existe uma intimidade entre os dois regimes. E assim como foi será novamente. “E de que tipo de Monarquia falamos?”, alguém perguntará. “Heróicos defensores de uma nova fé revelada,”-respondemos- “construtores de uma civilização do futuro, servidores resolutos da Verdade eterna, líderes abnegados que não temem dar o exemplo. Ou seja: aquilo que se espera dos verdadeiros monarcas.” Ver Restauração e fEUDALISMO.

monômero (astrol.). O signo solar de uma pessoa, minimalismo astral ou a essência desta doutrina, através da prática da astrologia solar, demonstrada na obra “O Calendário Astrológico”, de LAWS. É também a base da astrologia aplicada no México antigo, a ponto de nomear os indivíduos através do seu signo diário. Ver VAIKUNTHA.

MONTANHA. (esoter.) Importante símbolo tradicional, comumente alusivo ao sagrado, dado sua forma triangular ou piramidal. Em LAWS, é empregado especialmente em referência à natureza do tempo, face os processos naturais inerentes de construção e desconstrução (ver) das culturas. Ver CRONOCRATORES.

MORTE (teolog.) A morte física é uma das coisas que mais toca o coração do ser humano, e uma grande perda pode facilmente resultar numa espécie conversão espiritual. Para uns isto até pode parecer pensamento mórbido, mas na realidade a grande lástima é a alienação humana em relação à morte, porque o ser humano perde o seu tempo com coisa totalmente desnecessárias, ao invés de aproveitá-lo na busca das difíceis soluções da imortalidade. As falsas crenças são outro ópio, trazido para a perdição de muitos, e o quadro ainda é agravado na ocasiçao da renovação da Lei espiritual ou Dharma. Biblicamente, a morte espiritual (“segunda morte”) foi implantada na ocasião do Pecado, e será removida novamente quando vier a Parúsia. Ver ALIANÇA e PERDIÇÃO.

MULAPRAKRITI –ver RAIZ-DA-MATÉRIA.

MULTICULTURALISMO. (antrop.) Doutrina que apregoa o valor intrínseco e permanente de todas as formas de modus vivendi ou de organização cultural, tendo como um de seus fundadores o nome de Claude de Lévi Strauss. Ver também RELIGIÃO DA CIVILIZAÇÃO.





N


NACIONALISMO. (sociol.) O caminho da aristocracia, na proteção dos interesses nacionais, em termos de cultura, território e sociedade. O grande trabalho social desta hora.

NAGUAL (nahuatl) 1. O xamã; a forma-animal (especialmente as felinos) associada tradicionalmente aos xamãs; termo em tudo similar ao nahuel mapuche, que significa “jaguar”. 2. Em Castañeda, um estado-de-consciência profundo e “alterado”, relacionado à “segunda atenção” (ver), em contraparte ao tonal (ver), relacionado à “primeira atenção” ou ao mundo cotidiano. Trata-se de conceito útil por seu caráter “paralelo”, capaz de definir uma fronteira semelhante à existente na Física Quântica no tocante à dupla-natureza da luz, como onda ou como partícula. 3. N. CÓSMICO. Termo existente no neo-xamanismo de LAWS, para designar a nova hierarquia dirigente dos grupos cósmicos de ascensão. Ver INTENÇÃO.

NAHUAS. (antrop.) Um dos dois principais grupos lingüísticos da Meso-América, distribuído pelo planalto central mexicano, e responsável pela introdução da cultura superior na região.

NAZISMO (sociolog.) O Nacional-socialismo alemão, idealizado por Adolf Hitler. Muita gente já disse que o Fürer foi acima de tudo o fruto da sua época antisemita e nacionalista, agravada pela crise germânica. Não há necessidade de ocultismo para explicar o nazismo, e a visita de uma simples ida de uma tropa Nazista ao Tibet não implica em associações com magos negros. A Teosofia, porém, estava em moda e isto reforçava as teorias raciais, que na verdade são culturais e espirituais, mas as formulações humanas simplificam e distorcem tudo. A identificação da suástica (ver) teosófica e a nazista, pode ser extremamente significativa. Contudo, apesar de todos os erros dos teosofistas, não se pode imputar à Teosofia (que afinal, foi o jardim-de-infância” de tanta gente) nenhuma responsabilidade direta em relação ao Nazismo. A Loja Branca sempre denunciou Hitler como um anticristo, e não pode ser acusada, é de omissão e parcialidade. Foi um erro terrível o genocídio judeu, o que não significa que se deva apoiar tudo o que os judeus têm feito. O fato de terem hoje um território, pode ou não auxiliar a terem uma conduta socialmente integrada, pode ou não agravar a sua condição anacional. Dizem que muitos nazistas fugiram para os países do Cone Sul sul-americano, mas na verdade eles foram para ali levados a preço de ouro. Estes países têm pago durante toda a Guerra Fria, o preço de haver simpatizado com o germanismo, por formação étnica, cultural, etc. A “tecnologia” repressiva nazista foi muito usada contra estes países, pois estes nazistas não estavam ali de férias. Os vitoriosos da 2ª Guerra usaram o Nazismo (uma versão hardt do Nacionalismo) de pretexto, para depois perseguir meio-mundo, literalmente falando.

NEBO. (filosof.) “O Proclamador”, deus caldeu comparável a Mercúrio, deus da sabedoria e do conhecimento. Ver PIMANDRO.

NECROMANCIA.(filosof.) Prática de buscar comunicação com os espíritos dos mortos. Trata-se de uma das formas mais antigas de religiosidade humana, denotando as primeiras manifestações humanas em torno das questões espirituais e transcendentes. Ver ESPIRITISMO.

NEMESIS. (mitolog.) Personifica a vingança divina contra toda a agressão à ordem, à harmonia e ao equilíbrio dos mundos. Equiparado por vezes a Karma (ver).

NETHER (filosof.) Deuses ou forças cósmica no Egito. Em especial, os “Cinco Deuses” da Enéade heliopolitana, incluindo Osíris e Ísis, Seth e Néftis, e Hórus, o Sol-menor do qual Faraó era o direto representante. Ver ATONISMO.

NEW AGE. (modern.) A crença numa nova idade mundial, relacionada à Era de Aquário. O termo designa um estilo de vida e também artístico-musical, que se alastrou através do movimento hippie. Teoricamente, o new age demanda ecumenismo, liberdade, espiritualidade e tecnologia. Contudo, a expressão cedo adquiriu conotações negativas, face o amadorismo com que as perspectivas futuras têm sido tratadas, levando de roldão muita coisa sagrada a ela relacionada. Afinal, em meio a positivas perspectivas, se misturam o culto às drogas, a anarquia, a desorganização e a irresponsabilidade, assim como o desrespeito pelas tradições, especialmente as ocidentais, aproximando tudo isto de um comportamento que se diria luciférico (ver). De fato, uns 90% da “ideologia” new age é apenas clichê e distorção segura, leitura amadorística de fatos novos ainda não adequadamente conhecidos e não raro eivados de preconceitos e auto-indulgência. Convém esvaziar parte do próprio cálice disto, e buscar equilibrar estas novas teses com o estudo dos Perenialistas, como: R. Guenon, J. Evola, F. Schuon, T. Burkhardt, A. Coomaraswami... retemperando a mente com este manancial profundo e seguro. Este é o caminho que cabe percorrer na iniciação, na procura da síntese e, quiçá, da recompensa final da própria Matese, a realização. Ademais, não há que se querer reinventar a roda, basta recolocá-la em movimento. Possivelmente, a harmonia do fixo e do mutável –ou, como dizem os alquimistas: solve et coagula-, seja a grande Arte da Vida.

NESO. (geogr.) Ver EIXO SAGRADO.

NIRGUNA. (sânsc.) A superação dos ciclos da manifestação, a neutralização dos ritmos naturais. O nirvana ou a eternidade. Ver GUNAS.

NIRVANA. (sânsc.) Condição existencial vinculada à atemporalidade e à centralidade, à sunya (ver) ou vazio e ao espírito. O oposto de samsara (ver).

NOÉ (hebr.) O grande patriarca, que determinaria uma mudança de épocas. Anagrama de eón, a saga de Noé representa um paradigma para os êxodos de Abrahão e Moisés, senão de Maomé. Ver ARCA DE NOÉ e DILÚVIO.

NOME ASTROLÓGICO. (filosof.) Antiga tradição, difundida sobretudo na Meso-América antiga, de designar um indivíduo e seu destino, segundo as características astrológicas natais. Ou, de forma recíproca, a identificação do destino de alguém segundo os seus dados astrais –os chamados “sinais do céu”, capaz de identificar missões, ativas ou potenciais.

NOME DIVINO. (teologia) O IHVH (ver), donde Jeovah. “Síntese de toda a evolução cíclica que se desenvolve no Universo e cuja integração absoluta, assentada sobre uma dialética perfeita, constitui a natureza una ou unificada da Deidade suprema, que engloba em sua fórmula criadora o Todo universal, segundo suas diferentes linhas de manifestação e síntese: daí a origem do conceito de “divindade única” associada a uma fórmula unificadora – ainda que em suas diferentes expressões revele-se também multifacetada (pois de resto sua formulação necessita de vários arcanos, letras e algarismos diferenciados entre si).” (Tetragrammaton)

NOMOS. Divisões distritais do Egito Antigo, repartido entre os 22 nomos do Alto Egito tinha e os 20 nomos do Baixo Egito. Uma divisão de Geografia sagrada local, associada aos 42 guardiões do Duat (ver).

Noozona. (geosof.) A base telúrica e social organizada, necessária para os trabalhos noosféricos. Sempre houve Noozonas para sediar as culturas sagradas, elas apenas não eram assim chamadas. São focos amplos de trabalhos espirituais, pois cabe envolver muita coisa nisto, e este centro de luz acaba sendo toda uma região superiormente coordenada.

NORTE. (geog.) Por muito tempo, a ciência julgou não haver um “norte absoluto”, pensando se tratar de mera convenção. Pelo contrário, as evidências eram neste sentido favoráveis ao Hemisfério Sul, em função da presença do pólo magnético. Recentemente, contudo, a descoberta dos movimentos espaciais do Sol ou do sistema solar, confirmando as visões dos Antigos, permite distribuir o conceito de Norte entre terrestre e celeste, ou Sul e Norte respectivamente. Ver também POLAR.

NOVA ALBION. (esoter.) Nome da primeira obra de LAWS sobre geografia sagrada, focalizando a organização progresssiva da América do Sul a partir da Shambala (ver) Meridional. O termo também designa a nova dinastia de Shambala, albiônica. 1. Sociedade universalista criada por LAWS, na virada do Milênio, para divulgar o seu trabalho. Ver ALBION.

NOVA ERA. (astrol.) O novo ciclo astrológico mundial, relacionado ao signo de Aquario. Ao contrário da Era Solar (ver) e Nova Raça (ver), que possuem datações históricas definidas formalmente nas tradições, a data de implantação oficial da Nova Era, segue sendo tema polêmico, como é natural, já que unicamente os calendários podem definir a sua introdução, a partir neste caso, e como é de praxe, de algum evento espiritual ou sócio-cultural de importância transcendente. Não raro, os calendários têm sido fixados a partir de dados biográficos dos avatares, como nascimento (Jesus), iluminação (Buda) ou morte (Krishna). A data de 1988, além de ser adotada por correntes nacionais paralelas para sinalizar a Nova Era, conflui com as predições de Bailey e corresponde ao ano da iluminação do messias, no ápice de sua “paixão”, em meio às mais densas trevas mundiais e crises particulares. Contudo, passados apenas dezoito meses, o mundo foi profundamente transformado em sua disposição espiritual... Ver AQUÁRIO e NEW AGE.

NOVA RAÇA (antropol.) O “Sexto Mundo” dos maias-nahuas, a começar em 21 de Dezembro de 2012;  a Sexta Raça-Raiz, a se desdobrar nas Américas, é dita “teluriana” (Am. do Sul) ou “ayam” (Am. do Norte). É também a quarta Raça humana. “(A) nova sociedade mundial será ‘pós-racional’. Porém, cabe discernir o que significa de fato esta condição, para não se recair na negação do irracional ou do pré-racional. Isto não nos dá o direito de negligenciar os parâmetros científicos; mesmo que eles estejam em evolução, já não podemos nos distanciar demais das suas premissas, afinal já se tem muita coisa por bastante certo e seguro, e a Ciência tem avançado no campo metafísico no século XX. É preciso manter um diálogo seguro entre a Filosofia e a Ciência, tendo em vista a síntese, pois de outra forma, a busca por um novo e amplo consenso será tarefa impossível. (...) O pós-racional, que é o intuitivo, é sim um retorno ao sensível e ao feminino, porém dotado do instrumento da razão. Já não podemos negligenciar a Ciência e a Inteligência, porém colocá-las a serviço do ‘conhecimento silencioso’ de que falam a sabedoria tolteca revelada por Carlos Castañeda. Ou seja, é preciso avançar na busca de uma tecnologia cada vez mais sutil e avançada, e que inclua também os mecanismos da alma e da consciência, tal como são as ciências dos ciclos e das energias.” (Teocracia – Tradição & História) “(O) novo ciclo racial, traz consigo a conclusão da evolução humana como tal, quando todo ser humano deverá adquirir a condição de Cubo perfeito (daí ser este o símbolo ou a “forma” da Jerusalém celeste –ver Apocalipse 21, 15 ss), isto é, quarta iniciação (já não se falaria tanto da Fênix, porque os processos humanos são mais suaves), ainda que de maneira simbólica em muitos casos, já que a atividade mediadora da Hierarquia e, sobretudo, a ação expiatória de Shambala, permite que na prática o ser humano salve sua alma e siga evolucionando, meramente através de um punhado de atitudes éticas  -ao menos, no decurso deste final de ronda humana, ainda.” (O Sistema Geográfico de Evolução) Ver ERA SOLAR, NEW AGE e SEXTO SOL.

NOVOS Servidores do mundo. Ver ELEITOS.

















O


OCULTISMO. (filosof.) A prática da iniciação espiritual consciente e sistemática, mediante recursos técnicos ordenados, preferencialmente dentro de uma escola iniciática. Trata-se do misticismo mental, que reside no plano dos arquétipos informais (como são as formas geométricas tidas como uma das chaves da criação) e das técnicas espirituais avançadas, do gênero da fisiologia oculta, emparelhando-se nisto à iniciação solar (ver). Existe contudo também um ocultismo negro, chamado de bruxaria (ver).

OLÍMPIA. (geog.) Consagrada a Zeus (do qual Alexandre se dizia filho), Olímpia era a cidade onde se celebravam as Olimpíadas, que surgiu de início como exercícios de guerras. A primeira Olimpíada, em 776 a. C., marca o começo da Era Clássica. Foi também onde nasceu o helenismo, e nome da mãe de Alexandre.

OLMECAS (antropol.) Etnia nahua original, responsável pela organização da cultura superior pré-cortesiana, a partir do século VI a.C, através de contatos regulares com os missionários chineses que passaram a desembarcar em suas praias a partir de então, preocupados em preservar a cultura superior. Ver ALTERIDADE.

OM ou AUM (sânsc.) O mantra sagrado da raça árya, a chave da iniciação, dito também pranava (ver). “O tema da Palavra Sagrada encontra-se estritamente articulado ao de Kundalini, na medida em que o trabalho com o som transforma as vibrações da matéria e torna a energia físico-etérica denominada ‘kundalini’ suscetível de fundir-se com os fogos superiores através da própria energia sintetizada pelo som, unindo assim os fogos da Personalidade – refundidos pelo som – aos fogos da Alma e aos fogos do Espírito” (“Trikosmos”). “O OM não é a Palavra da iluminação (para isto há outra Palavra, que deve começar a ser revelada porque será a Palavra da nova raça-raiz), e sim a Palavra da iluminação solar. No entanto ele ainda é necessário, porque cria a ambiência devida para o emprego de Palavras posteriores. Comparativamente, o OM é como a geração do magnetismo que propicia a criação da irradiação elétrica.” (LAWS, “Magia Branca & Teurgia”)

ORDEM (sociolog.) Organização coletiva, geralmente de base militar ou religiosa. Dada a base disciplinar destas classes, as ordens são fundamentais para a sua efetivação. Trata-se na verdade de princípios estruturantes, sem os quais estas tendências sociais adquirem um tom anárquico e sem poder real de participar e de influenciar no mundo. Por isto, o anarquismo (ver) acaba sendo muitas vezes um subproduto da burguesia revolucionária.

ÓRION. (astrolog.) Constelação notável cujo mito simboliza Osíris e a Humanidade, através de suas quatro estrelas principais, conectada aos ashrams solares presentes em seu cinturão, designados como As Três Marias no Hemisfério Sul, e os Três Reis magos no Hemisfério Norte. Signo escolhido para nomear a Revista de Ciência Astrológica dirigida por LAWS, marco na divulgação desta doutrina no país e no mundo. Ver SÍRIO.

Ossendowsky, Ferdynand Antoni. Ossendowsky é considerado uma das fontes importantes da literatura esotérica, por haver tratado de temas tão centrais como a manifestação do Rei do Mundo. Ossendowsky era um professor, cientista, explorador, aventureiro e escritor envolvido com a política da sua época, e foi neste contexto que ele empreendeu muitas das suas célebres viagens. Havendo publicado mais de 70 livros na Polônia, sua terra natal, especializou seu estilo literário a ponto de ser considerado o criador do gênero chamado de romance de viagem. Sua obra política mais conhecida, chamada Lenin, inclui severas críticas ao regime sovético e seus dirigentes, razão pela qual seu nome foi proscrito e suas obras queimadas em toda a União Soviética, desde o final da Segunda Guerra até o final do regime. Soa deveras curioso como um simples viajante burocrata, possa ter tido acesso a coisas tão sagradas como descreve em Bestas, Homens e Deuses, salvo o poder que lhe conferia o ambiente político-militar que freqüentou em suas estadas na Mongólia, ora como fugitivo e ora como conselheiro militar. Muitas vezes foi acusado de plágio das informações de Saint Yves d’Alveydre, nesta obra idealizada quando esteve a serviço de um exótico militar chamado o Barão Sangrento, que se julgava a encarnação do deus mongol da guerra quando comandou a retomada da Mongólia russa, e cujas façanhas Ossendowsky também descreve no livro que o tornou mundialmente famoso. Devemos ter poucas dúvidas que, para alcançar este sucesso todo, Ossendowsky não teria se limitado a um plágio mal disfarçado, mas também incorporado conceitos de segunda mão e provavelmente alguma fantasia (não obstante René Guenon se esforçar por preservá-lo). Seguramente divulgou entrementes informações de valor e, no Brasil, a Sociedade Brasileira de Eubiose presta um culto especial ao seu nome (quem considera um dos Sete Yokanans arautos), considerando que “reproduziu com fidelidade a profecia do Rei do Mundo. Graças aos ensinamentos dele, pudemos ter uma idéia perfeita do puro shamanismo tibetano. Trouxe para o mundo da realidade os segredos encerrados por trás do Himalaia. Foi um dos poucos ocidentais que teve a suprema graça de se defrontar com o 31º e último Buda-Vivo da Mongólia.”

OTO. (semant.) “A palavra ‘oto’ é também uma expressão da realidade demonstrada de forma sintética por intermédio da TAU, e que remete a Tet, Toth, totem, Thor, etc.” (Tetragrammaton)

OUMA. (árabe) A comunidade de fiéis no Islã. Ver SANGHA e IGREJA.

outsider. (sociol.) “Do lado de fora”, a postura social “alternativa” (ver). A necessidade de buscar respostas internas fora do sistema. A idéia de “viver do mundo sem ser do mundo”, é bonito de ouvir, mas na prática é muitas vezes uma forma de auto-engano –sobretudo no caso dos principiantes: as pessoas avançadas, sim, estas podem e devem cada vez mais fazer isto. E supõe-se que um caminhante da quarta Senda seja uma destas “pessoas avançadas”. Mas quando falam então em “entrar no sistema para vencer o sistema”, aí sim eu sinto o cheiro da auto-ilusão, como acontece tanto dentro da política. É preciso ter humildade e conhecer os próprios limites; o sentimento juvenil de onipotência (algo muito humano) é um equívoco, uma presunção. O caminho out-sider é precioso e coloca as bases da transformação; ele é o custódio da retidão e da evolução, é o “Louco” do Tarô, o Arcano XXI, aliás, o Arcano do novo século.

OUVINTE. (filosof.) A categoria espiritual do iniciante na escola de Pitágoras, os akoustikoi. Os noviços ficavam quatro anos em silêncio (tempo mínimo da iniciação do Aprendiz, como bem sabia o Mestre da Tetraktys) para aprender, desenvolver a humildade e a intuição. De outra forma, o instrutor estará só perdendo o seu tempo com pessoas despreparadas para a verdade. Muitas vezes, esta prática fará a diferente entre um inquiridor interessado e um inquisidor presunçoso.












P


Pachacamac. (mitol.) Deus celeste da mitologia inca, que repete o difuso mito dos gêmeos rivais, com Uacon, deus do fogo. Depois que Pachacamac morreu afogado, sua esposa Pachamama (Terra) saiu a esmo com os filhos do casal, os Uilcas, e quando encontraram Uacon este matou Pachamama e perseguiu as crianças, as quais todavia alcançaram escapar.

PACHACUTI. (quéchua) Ciclo andino, com diversas acepções, entre ela a de 500 anos. Ver FÊNIX.

PACTO ANCESTRAL. (antrop.) Ver PACTO DE TERRITORIALIDADE.

PACTO DE TERRITORIALIDADE. (antrop.) Na Antropologia em LAWS, acordo tácito existente nas sociedades antigas e arcaicas, de modo a adaptar modelos culturais a natureza do meio-ambiente circundante ou às amplas regiões geográficas. Ver CULTURAS.

Pacto do Arco-Íris. (hierarquia) Pacto realizado entre Deus e a humanidade sob a custódia de Noé, em favor da intercessão providencial da Hierarquia junto à humanidade. A sucessão de Profetas sub-raciais ao ritmo de 700 anos aproximadamente, dentro de uma era solar ou raça-raiz, também conhecidas como “as sete Igrejas do Apocalipse” (ver a seção homônima na obra “Trikosmos”). Ver SUB-RAÇA.

PAJELANÇA (ocultismo). A pajelança sempre funcionou por várias razões. Inicialmente, porque “a fé remove montanhas”, e não apenas no campo espiritual: os “remédios” de placebo fazem quase tanto efeito quanto os verdadeiros. O feiticeiro virtuoso pode transmitir o seu espírito, através do ar que sopra na fumaça do cigarro ou do cachimbo. Sabemos que os xamãs, podem chegar ser grandes guerreiros do espírito. Ver XAMANISMO.

PALAVRA SAGRADA (esoter.) “O segredo do Fogo cósmico se encontra relacionado à Palavra Sagrada e à arte do Verbo divino. O tema da Palavra Sagrado se acha por sua vez articulado ao de Kundalini (ver), na medida em que o trabalho com o Som tem o poder de transformar as vibrações da matéria e torna a energia físico-etérica, suscetível de fundir-se com os fo­gos superiores, através da própria energia sintetizada no som. E a isto se vincula também o pranayama (ver) e outras técnicas esotéricas muito pouco conhecidas em sua verdadeira natureza.” (“Trikosmos”)

PALAVRA PERDIDA (esoter.) “(...) existe hoje uma nova Palavra a ser aprendida, tal como o AUM foi a Palavra Sagrada da raça árya –e segue sendo para quem almeja a iniciação real ou o terceiro grau solar. Todo um intenso treinamento deve ser adquirido por quem deseje usar a chave esotérica do AUM, com efeitos iniciáticos ou ocultistas. (...) A nova Palavra a ser dada, teria relação com a “Palavra Perdida” da Maçonaria, em função da qual Hiram (o arquiteto fenício do Templo de Salomão, patrono mítico da Ordem) foi morto por negar-se a revelá-la a seus captores. Morte iniciática, sem dúvida, seguida de ressurreição. Aliás, crucificação espiritual é o nome esotérico deste quarto grau, como já demonstrava H. P. Blavatsky.” (O Sistema Geográfico de Evolução)

PALEONTOLOGIA (filosof.) Segmento das ciências naturais que tem por objetivo o conhecimento dos organismos fósseis. 1. P. HUMANA. Em LAWS, o tema é abordado cronologicamente, ou em termos de rondas (ver).

PAN-ETNISMO. (antrop.) Reconhecimento do valor intrínseco e da importância permanente de todas as raças e etnias. Ver também RELIGIÃO DA CIVILIZAÇÃO.

PAPA. (teolog.) O “Sumo Pontífice”, preposto da Unificação Vicária e do Apostolado Universal, o dirigente do Vaticano que ocupa o “trono de São Pedro”. Uma função necessariamente simbólica, pois “dentro da Igreja católica, onde a Hierarquia se limita ao bispado e ao cardinalato, o qual constitui então um Colégio para eleger o Papa, que desta forma ja­mais pode ascender verdadeiramente à esta condição, posto que o inferior não pode eleger o superior, embora possa vir a reconhecê-lo devidamente nos melhores casos, estando porém este processo antes sujeito a equívocos, como se observou na longa pri­ma­zia dos Papas italianos nos últimos séculos. Devido a isto é justo que o Papa João Paulo II não tenha desejado fazer uso da tiara, da mesma forma como o Dalai-Lama –cujo forma de "reconhecimento" tampouco é muito regular- não emprega a coroa dos Bodhisatwas.” (Teocracia – Tradição & História). Ver TEOCRACIA e REINO  DE DEUS.

PARAMPARA. (sânscr.) Sucessivo, tradicional, aquilo que se transmite, continuidade, tradição, ordem e método. A sucessão discipular e apostólica. Ver TRANSMISSÃO.

PARÚSIA. (teologia) A Segunda Vinda do Cristo, com seus anjos e eleitos, relatada nas profecias bíblicas e em muitas outras religiões. O “Juízo Final” e o “fim dos tempos”. Para muitas almas “guardadas sob o altar”, será o momento de mostrarem se estão capacitadas a adentrar no novo ciclo da Revelação, ou se se sujeitarão à Perdição eterna ou à morte da alma. “A Parúsia ou a ‘Presença’ do Cristo é, acima de tudo, a grande Festa sabática dos eleitos, aqueles que têm o coração aberto para Deus. (...) O Cristo da Parúsia é uma figura universal, mas ainda assim, nada disto desmente que haverá um foco para a revelação de Deus e para a organização do Reino. Deus é universal: unidade-na-diversidade. O seu vórtice poderá ser um ‘povo tirado de muitos povos’ (segundo as profecias) como é o Brasil.” (A Religião da Vida) Nostradamus disse: "De 1000 passarás, de 2000 não passarás". Esta profecia de tem a ver com a chegada do Cristo e quando isto acontece sinaliza realmente uma mudança de ciclo, um mundo acaba para dar começo a outro, acompanhado por sinais exteriores que potencializam a mudança interna da humanidade, especialmente nos ciclos raciais das Eras solares de 5 mil anos, porque estão regidos pelos cinco Elementos. Os Evangelhos dizem que Ele voltará “como um ladrão”. Isto soa coerente isto, quando se considera que as pessoas estão mais evoluídas -ao menos é o que muitas delas dizem de si-, porque uma manifestação estrondorosa seria um regresso ao tempo do Deus Pai intimidador. Esta crescente sutileza nas Manifestações cria, obviamente, um grande rigor na seleção das almas, pois demanda maior discernimento pessoal. Talvez a verdadeira figura do Pantocrator “todo-poderoso” esperado, seja de um poder puramente espiritual e interno, de fazer avançar sobre os verdadeiros caminhos da espiritualidade e orientar a humanidade por eles, enquanto as pessoas avançam num conhecimento interior cada vez maior, possibilitado pelo acréscimo de revelações generosas e profundas e pelo discernimento sob a função do livre-arbítrio e a necessidade de usá-lo com sabedoria, inclusive valendo-se dos necessários anteparos para ter sucesso nisto e não se deixar se envolver em maya, aproveitando não somente o seu tempo vital insubstituível –sem ilusões sob os verdadeiros limites da reencarnação e da intermediação superior-, como também o valor do seu planeta único. Ver ELEITOS, PERDIÇÃO e JUÍZO.

PÁSCOA (astrol.) Inicialmente, a celebração judaica do Êxodo e especialmente da travessia do Mar Vermelho, celebrada com o sacrifício do cordeiro. Depois da crucificação de Jesus, a data anunciava a ressurreição do Cristo. “A Eucarista pascal, ou o sacrifício litúrgico do pão e vinho, é tam­bém um rito agrícola, ocorrido na época das colheitas, simbolizando a frutificação da vida na Primavera, realizada após o recolhimento invernal.”  (Astrologicamente, o) “ano novo zodiacal iniciado em 21 de Março (início do signo de Carneiro), reafirma o sentido da Páscoa enquanto passagem (do hebraico pessach), se­gundo a tradição hebraica, po­den­do-se ver aqui o Mar Vermelho como um símbolo do Zodíaco; de natureza psicológica, esta esfera comumente está representada pelas águas.” (O Calendário Telúrico)

PATALA (astrolog.). Ou “Sírio B”, estrela do sistema binário que órbita em torno a Sírio (ver), num período de 54 anos, observado pelos egípcios para realizar o seu jubileu (ver). Ver FOGO NOVO.

PATRIARCAS. (sociolog.) Os grandes chefes tribais ou raciais, comumente legisladores e guias de nações, e envolvidos em lutas de libertação social e expansão cultural. Ao modo dos grandes heróis e guerreiros, os patriarcas fornecem bases para a fundação de monarquias. Ver MANU.

Patriarcado. (antropol.) Sistema de organização racial ou sub-racial, onde impera a cultura positiva e masculina. O patriarcado é um sistema cultural basicamente oriental e original, com ênfase na razão e na civilização. Algumas pessoas falam hoje do patriarcado como fosse o inferno, quando na verdade ele colocou todas as estruturas da civilização que finda. Contudo, no final do ciclo racial, é natural que apenas as sombras ou alguns arcabouços desta cultura prevaleçam, como se fosse o esqueleto nu ou apenas os restos decrépitos de uma grande e antiga manifestação. 1. Ou patriciado. Cultura masculina de inspiração científica e de orientação militar, próprio das raças orientais e da classe da nobreza. Ver também arcalismo, MATRIARCADO e ARISTOCRACIA.

PAZ (sociol.) “Aqueles que realizam o trabalho de pacificador, a estes Jesus chamou de "filhos de Deus", coisa que rende sempre muita incompreensão porque falar pra todos é muitas vezes falar pra ninguém, quase todo mundo critica o outro e se acha dono-da-verdade, isto é quase um mal da humanidade que somente muita educação, sofrimento e humildade podem mudar. A ação dos Mestres visa mostrar a necessidade da união interna das classes sociais e destas entre si, para então buscar a harmonia das nações e assim por diante. Na verdade, tudo começa com a paz interior, ancorada na esperança e no trabalho.

PECADO. (filosof.) Ato de infringir as leis naturais, sociais ou espirituais, desobedecendo assim prescrições superiores. Por “leis” não se trata de convenções vazias ou normas pragmáticas, mas a própria essência estrutural das coisas. A alma, por exemplo, possui uma dada natureza, e sua essência dualista está declarada em muitas instâncias, tal como no mito de Platão acerca da divisão das almas originais em duas polaridades semelhantes às do Tao (ver). Por isto a pederastia peca contra uma lei, não apenas natural impressa nas formas físicas, mas também anímicas, colocando em risco a sobrevida da Alma, tal como já põe em risco, potencialmente, a espécie humana ao negar as leis da procriação (ver). Um crime clássico contra a natureza é matar, e isto inclui sim o aborto, como uma agressão à Natureza e também a sí próprio, ao relacionamento, etc. P. MORTAL. “A colheita do pecado é a morte” (ICo 15:56), diz as Escrituras, fazendo eco àquilo que já se apresentava na ocasião da Queda do Homem do paraíso. O pecado torna a alma dura e insensível, é como uma morte em vida, que priva a alma de graça e de proteção superior, sujeitando-a aos ataques das trevas. Afirma a Bíblia que o pecado cometido contra a carne pode ser perdoado, mas contra o Espírito Santo de Deus não pode ser perdoado e leva à morte. P. VENIAL. Porém, nem todo pecado conduz à morte, também afirma a mesma fonte. O pecado venial sucede quando atos errôneos são praticados sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. Estes pecados afastam a alma da verdade, mas não a expulsa da possibilidade da salvação pelo arrependimento sincero. P. CAPITAL. O pecado repetido ou assumido leva ao vício, constante nos sete pecados capitais de luxúria, soberba, inveja, gula, avareza, ira e preguiça. P. ORIGINAL. (teolog.) No Livro do Genese, o chamado “pecado original” está relacionado à desobediência às prescrições divinas de não comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, ou seja, afastar-se da inocência e da pureza, assim como da obediência filial a Deus.

PEDAGOGIA ÁUREA. (filosof.) Sistema de educação integral e permanente, elaborado por LAWS sobre as bases da Astrologia simbólica e da Iniciação real. Ver também BRAHMANISMO.

PEDERASTIA. (psicol.) A prática da sexualidade dentro do mesmo gênero, chamada também por isto de homossexualismo (ver). Trata-se de aberração condenada pela religião, pela natureza e pela própria sociedade, ainda que sabidamente em fases de relaxamento moral e de crise de valores, esta tenda a se tornar perigosamente permissiva e tolerante e respeito. No Direito, sob a cultura de massas que facilmente se confunde com a “democracia”, o legislador tende a ceder ao apelo da chamada “evolução dos costumes”, querendo dizer antes de uma transformação de hábitos que implica em perda de valores morais. Porém, ao filosofar que “o costume se impõe”, se está cedendo a uma filosofia chã que se reduz a acatar tendências crescentes pela força das circunstâncias, uma vez que se é débil de valores ou prioriza os chamados “valores humanistas”, acima da moral regular, da espiritualidade e dos “bons costumes” –uma expressão que merece ser resgatada. É de perguntar, ante estas tendências crescentes, quais sábios têm se detido sobre esta variante da psicologia humana que são os homossexuais, quais mitos ancestrais tratam da sua natureza, qual a natureza do seu caráter e a influência do seu comportamento na sociedade, qual a origem íntimas das suas inclinações e a sua relação com o restante da sociedade: solidariedade?, parasitismo?, antagonismo? Onde e até quando a chamada “diferença” se torna uma oposição? (a heterofobia é, afinal, uma patologia tão forte quanto a homofobia -ver) Enfim, qual o significado amplo desta “domesticação” radical da sexualidade, em prol do chamado “sexo recreativo”, isento dos “riscos” de procriação?, com a virtude aparente -mas superficial- de evitar o uso de contraceptivos, senão para prevenir doenças venéreas, porém com o ônus de driblar várias leis naturais? Freud tratou o homossexualismo como uma imaturidade psicológica e uma expressão edipiana. Naturalmente, os homossexuais procuram ver na formulação freudiada na desnaturalização humana do sexo (para o ser humano, o sexo não seria apenas procriativo), um pretexto para o seu liberalismo sexual: tudo é natural no ser humano. Contudo, mesmo que a homossexualidade fosse comum entre animais, seria possível designar aos humanos motivos especiais para evitá-la, caso o ser humano almeje evoluir nas relações afetivas e na própria espiritualidade, a qual sabidamente é casta, mas pode abarcar um amor elevado de casal hetero através das chamadas “almas-gêmeas”. Afirma-se que o homossexualismo é um direito porque não afronta a dignidade humana e não faz mal a outrém. Com isto já não presta quase atenção a valores morais e espirituais -e sequer sociais, porque as crianças também estão sujeitas a estas informações. Quando o Código Internacional de Doenças Mentais (CID) de 1985, deixou de considerar o homossexualismo como uma doença mental, protegeu de forma louvável os direitos humanos dos gays, mas também cedeu ao humanismo em detrimento dos valores tradicionais e da própria ótica freudiana, sem oferecer uma argumentação de peso; um novo dogma humanista apenas. Alguns psicólogos refutam o termo “doença”, mas insistem em associar o quadro a sintomas maníacos, paranóides ou depressivos. Permanecem vagas muitas perguntas necessárias, algumas quiçá jamais formuladas, mas cada vez mais necessárias de ser respondidas ante o crescimento deste comportamento heterodoxo. O fato é que a Ciência não tem uma palavra final sobre as causas da homossexualidade: genética, cultura, educação, opção? Freud refutou ser genético ou opcional, mas sim um distúrbio na formação da personalidade. Na verdade, as causas até podem ser várias (carências, excessos, etc.), tal como é diverso o caráter homossexual. O próprio modismo e a propaganda, podem em última análise incentivar a curiosidade. Assim, se condição humana é complexa, mais longe ainda se está de uma “antropologia” que abarque o homossexualismo, se isto é realmente possível alcançar fora da patologia ou assemelhados. Uma síntese do tema deve ser cuidadosamente buscada e, a partir disto, perceber se esta conduta é, no geral, sadia ou perniciosa. Tudo indica que ela se insere naquele tipo de comportanto sexual que, se merece ser respeitado, também deve saber respeitar, e jamais virar propaganda, como lamentavelmente vem acontecendo em nossos dias de “fim de tempos”. Ver também PSICOLOGIA, PECADO e GAY.

PEDRA DO SOL (astrol.) Súmula máxima da astrologia universal, a Pedra do Sol (Cuahuxicalli, “Receptáculo da Águia”) asteca (reprodução de esquemas mais antigos), representa um inventário único dos ciclos reunidos numa peça esculpida. Segundo José Arguelles em A Ascensão da Terra, a Pedra do Sol seria o calendário por excelência do Hemisfério Norte. Ver ASTECA e ÁGUIA.

PENSAMENTO. (filosof.) Ato ou fruto de pensar. O pensamento é instantâneo. Mas a aceleração das vibrações faz parte da conquista da iluminação, quando a meta é o fogo e não o ar. Qual a diferença? “Ar” é a atividade mental, também chamada de via lunar, porque se trata de deter a mente para permitir a sensibilidade da alma, refletindo assim as forças celestes. “Fogo” é arrebatamento, a atividade criadora do espírito, é Ícaro ousando voar e se arriscando a morrer por um instante de glória que se eterniza no espírito, melhor ainda, é a iluminação definitiva ainda que dramática sob o sacrifício do coração.

PERCEPÇÃO. (filosof.) Ver VISÃO.

PERDIÇÃO. (teologia) A “Perdição eterna” é um conceito injustamente caluniado e incompreendido dentro da fé cristã, porque se tende a associá-la à idéia do inferno eterno, o que traz revolta a muitos. Na verdade, a perdição está relacionada à morte da alma, também chamada de “a segunda morte” no Livro do Apocalipse (São João). Não obstante, este é um conceito importantíssimo, como se percebe, e que tem sido sistematicamente desprezado dentro da teologia cristã e de tantas outras, substituídos por toda espécie de crença irreal em suportes de salvação, muitas vezes extraídas de idéias descontextualizadas. A morte da alma é uma realidade para os profanos e os céticos, para os perversos e os grandes pecadores. A perdição também é um destino para aquelas almas que estão “guardadas para o último dia”, como um crédito espiritual, a fim de ver se elas estão preparadas ou não para a Parúsia (ver). Ver MORTE e REEENCARNAÇÃO.

Perenialismo. (filos.) A doutrina das sociedades tradicionais e/ou dos seus filósofos. A exemplo das sociedades antigas que tanto amam, os perenialistas não separam religião de ciência, e menos ainda interpõe barreiras refratárias entre religiosos e ocultistas, e com isto sobem com os anjos pela escada de Jacó. Combatem os fanatismos e a superstição em TODA PARTE –ainda que seja árduo ao vulgo compreender a sutileza de suas ciências, coisa que invariavelmente as condena quando caem em mãos erradas. Apenas por isto elas ficaram tão secretas no judaico-cristianismo –escandalizados com os frutos da idolatria e da superstição reinantes, dada a decadência de antigas doutrinas hilozoístas, animistas, etc-, a ponto de se achar que inexistiam quando passaram a realmente não existir vivamente. Aquele que põe uma barreira, é o primeiro a impedir a sua própria visão. Há também a parábola budista dos sete cegos e o elefante, etc. Por isto, apesar de tudo, o ecumenismo levantado sistematicamente por Blavastsky tem o seu valor, pese sua lamentável ojeriza pelo cristianismo, pela Igreja ou pelo clericalismo ocidental.

PERFEIÇÃO. (teologia) É sabido que os iniciados e os artistas, não costumam ter uma “vida pessoal” muito organizada, até porque eles têm renunciado a muita coisa nesta direção. Por esta ou por aquele razão, a sua vida pessoal nem sempre expressa a verdade profunda das coisas, mas como já foi dito, é “pelos frutos (que) conhecereis a árvore”. Não se deve julgar um pintor, por suas dificuldades de vender os seus quadros no mercado. Infelizmente, às vezes apenas se aprende a deixar de julgar tanto as pessoas, através do nosso próprio sofrimento pessoal. Não há perfeição no mundo, mas podemos nos contentar com a excelência. Nisto, vale inclusive a seguinte pergunta: “O que vale mais: o erro de um sábio ou o acerto de um tolo?” A resposta seria a princípio é o erro do sábio, porque ambos são exceções. Assim, ainda é melhor um mestre imperfeito, do que mestre nenhum: o importante é que ele tenha caminhado mais do que nós, até que alcancemos a nossa própria libertação, porque o caminho é um labirinto dominado pela mente-que-mente, e só quem já tem as respostas pode mostrar a saída. O mesmo se refere aos discípulos. Jesus não foi radical, pretendendo que os seus Apóstolos fossem homens perfeitos. Pelo contrário, até declarou que os verdadeiros convidados para o banquete não apareceram, por isto chamou os mendigos. Assim, é preciso ser flexível, sim, mas sem ceder tudo. Por isto, duas coisas necessitam ser feitas por aqueles que querem entrar na evolução: alcançar a própria iniciação, e trabalhar pelo despertar do próximo. Ao menos uma destas duas coisas, um “candidato à evolução” deve levar a sério –de preferência as duas.

PIMANDRO (esoter.) O Mercúrio hermético, agente de transformação da matéria em luz, dada a dupla habilidade dos planos mentais. Ver também ATHANOR, EU SUPERIOR e ANJO SOLAR.

PINDORAMA. (tupi) “Terra das Palmeiras”. Designação nativa do Brasil tropical e sobretudo equatorial, dada a importância desta abundante forma de vegetação naquelas regiões, para a economia em geral dos povos nativos.

PIRÂMIDE. (esoter.) Objeto simbólico tradicional e geométrico, empregado para simbolizar realidades centrais e unificadas, como os quatro elementos (ver) e questões análogas. Ver também PIRÂMIDE CLIMÁTICA.

PIRÂMIDE CLIMÁTICA. (esoter.) 1. A quintessencial região do paralelo 30; 2. Os habitantes desta região. Ver também PIRÂMIDE, SHAMBALLA MERIDIONAL e ZODÍACO CLIMÁTICO.

Pirâmide Geográfica. (geosofia) Localidades situadas sob as coordenadas do pa­­­ralelo 30 do meridiano 52, correspondentes aos ângulos da Grande Pirâmide de Gizeh, tal como foram a Lumbini na época do Buda e é Porto Alegre hoje, segundo a obra “Merkabah - A Cúpula de Cris­­­tal”. Uma expressão da Shambala (ver) eterna.

PITONISA. (esoter.) Sacerdotisas dos mistérios antigos ou videntes dos templos gregos. Atualmente, LAWS emprega o termo para definir as novas amanuenses da Hierarquia, especialmente Helena P. Blavatsky, Alice A. Bailey e Helena Roerich.

PLANETARIZAÇÃO. (antropol.) Termo empregado por Dane Rudhyar (“p. da consciência”) para definir o processo de iniciação grupal (ver) e planetária atual. Forma como os novos ativistas (como os participantes do Fórum Social Mundial) definem as modernas tendências mundiais. LAWS adota a expressão ao nível de terceiro setor em geral (seja ONGs, Terceiro Mundo, Terceira Via ou movimento aristocrático), em substituição à “internacionalização” (visão social-marxista) e “globalização” (visão capitalista).

PLANETOLOGIA. (filosof.) 1. Ciência que estuda os planetas; o termo difere de astronomia, na medida em que esta remete antes às grandes regiões estelares, e o anterior à análise dos planetas em si; 2. Termo astronômico adaptado por LAWS para designar as leis da Geografia Sagrada (ver).

PLANO. (astrol.) Projeto de organização e sistematização de algum processo. 1. P. DA HIERARQUIA. Plano de inspiração hierárquica de “preparação da Humanidade para a Nova Era”, organizado pelo Mestre Tibetano e revelado por Alice A. Bailey em Os Raios e as Iniciações, ocupando supostamente o período de um século ou 120 anos, desenvolvido mediante a revelação de sucessivas Chaves da Doutrina Secreta (ver) e que envolveria, mediante etapas progressivas, os Três Centros Planetários (ver), havendo sido cumpridas então a primeira fase, de natureza introdutória e ancorada por Blavatsky, e a segunda de natureza discipular e ancorada por Bailey mesmo; uma terceira etapa estava prevista para o final do século, e seria ancorada por LAWS, coincidindo com a também prevista Manifestação da Hierarquia (ver). É um fato que, já em Helena P. Blavatsky, existem claros indícios do Plano, a ver: “No Século XX, algum discípulo mais instruído e mais apto, será talvez enviado pelo Mestre de Sabedoria, para dar as provas finais e irrefutáveis de que existe uma ciência chamada Gupta Vidya (ver) e que, como as fontes misteriosas do Nilo, foi enfim encontrada novamente a fonte de todas as religiões e filosofias, atualmente desconhecida, esquecida e perdida por tantos idades pela humanidade” (“A Doutrina Secreta”, Vol. I); 2. P. DE SHAMBALLA. Ciclo de doze anos situado no final do milênio, congregando em definitivo aos Três Centros Planetários e relacionado ao Vajrayana (ver), descrito na obra O Livro dos Portais (onde também é chamado de “Plano-Ômega”), relacionado à introdução das Novas Era, Raça e Ronda, ou à definição das novas energias espirituais e a plena Restauração dos Mistérios. 3. P. DA HUMANIDADE. Por indução natural, e como sugere Bailey, existiria um Plano prévio relacionado ao Centro Humanidade, organizado pela Sociedade Teosófica. Ver TEOSOFIA, ARCANA, AGARTHA e RELÓGIO CÓSMICO.
PLATÃO. Filósofo grego idealista, discípulo de Sócrates e admirador de Pitágoras, criador da Academia, a primeira escola filosófica da Historia, que perdurou por mil anos e teve influência decisiva na formação do Cristianismo através dos filósofos neo-platônicos.

PLÊIADES. (astrolog.) Uma das grandes chaves do mistério do Zodíaco sideral, origem do zodíaco maior entre os vários povos antigos. Simbolizada por uma serpente, relaciona-se ao centro da Humanidade e faz um misterioso par com a Ursa Maior (ver).

PLUTÃO. (astronom.) “Plutão apresenta no quadro astronômico um papel sempre excêntrico e indefinido, sendo por isto por vezes excluído da listagem do grupo de planetas propriamente ditos, e considerado muito plausivelmente como um ex-satélite de Netuno, com cuja órbita, aliás, confunde-se periodicamente. Recentemente, ele foi oficialmente desconsiderado como Planeta. Serve, no entanto, providencialmente para figurar como uma nona esfera planetária, de alguma ordem (opcional) em relação à “genealogias” cósmicas que exijam uma estrutura eneária.” (Tetragrammaton)

PODERES. (esoter.) Capacidades tidas como supranormais manifestadas pelos iogues ou mesmo naturalmente por algumas pessoas especiais, que neste caso pode traduzir um distúrbio psíquico. Os poderes iogues são muito famosos e conhecidos, havendo uma relação deles nos Yoga Sutras de Patânjali (Livro III). Os poderes iogues sempre fascinaram a humanidade e são tidos como sinais da condição superior de um indivíduo, sendo por isto também muito procurado pelos noviços. Contudo, aqui existe uma armadilha, pois os magos negros também procuram estes poderes para angariar a admiração das pessoas, não tendo eles naturalmente escrúpulos em apelar para a fraude e a prestidigitação. Tendo tudo isto em vista, o Budismo desestimula estas buscas (como na conhecida parábola do barqueiro), pese os famosos relatos sobre os ascetas tibetanos, sendo da mesma forma habitual na Filosofia Yoga a advertência de que os poderes são resultados do avanço espiritual, cuja grande meta deve ser antes a própria iluminação (ver) ou o samadhi final (o nirvana budista). Por fim, têm-se os chamados “poderes divinos”, que são basicamente a onipotência, a onisciência e a onipresença, cuja interpretação deve ser estendida, contudo, aos poderes iogues ou proféticos, como a capacidade dos mestres em compreender, acessar, refletir e controlar todas as situações da vida.

POLITEÍSMO (filosof.) Crença em muitos deuses, não raro como um simples desenvolvimento do tempo no decurso das civilizações, mas também pela implantação de filosofias universalistas.

PÓLO. (esoter.) Trata-se de um termo com múltipla aplicação. 1. Em Planetologia (ver), diz respeito à região geográfica atravessada diretamente pelo eixo de um planeta; 2. Em Astronomia, é a estrela ou a região celeste apontada pelo eixo geográfico do planeta terra; 3. Em Física, é a região onde prevalece o ponto de maior geomagnetismo de um planeta, e que em no caso da Terra, ao contrário do que se imagina geralmente, corresponde a um ponto próximo ao Pólo Sul, razão pela qual os chineses, inventores da bússula, relacionavam o Norte (da Terra) ao Hemisfério Meridional. Ver NORTE e  CENTRO.

POLARIS. (astrolog.) A estrela polar da Ursa Menor (a atual constelação polar do Hemisfério Norte), com perfeita incidência dentro de duzentos anos, constituindo a mais perfeita configuração desta natureza. Seguramente, um importante marco cósmico e planetário.

POLIGRAFIA. (filosof.) Habilidade de discorrer ou escrever com habilidade sobre variados assuntos. Um dos atributos de LAWS.

POMBA. (esoter.) Nome da segunda iniciação, na recensão da Hierarquia dos Pássaros (ver), com origem na tradição cristã e pagã.

PONTÍFICE. (teolog.) “O fazedor de pontes”. Termo empregado dentro da hierarquia eclesial católica para designar inicialmente os grandes bispos, e depois apenas os papas. Remonta aos imperadores romanos, com origem no colégio dos sacerdotes, onde representava o seu preposto máximo –na verdade, o próprio colegiado se intitulava “Colégio de Pontífices”, coisa que termina por se equiparar à “Escola de Profetas” dos hebreus. A construção de pontes culturais, pode se dar em muitos níveis. Inicialmente, existe a mediação entre o céu e a terra, assim como entre Deus e a Humanidade, a ser realizada pelos apóstolos ou pela Hierarquia de Luz. Logo, dentro do espírito ecumênico e “essencialista” dos Adeptos de quintessência e de hierarquias ainda maiores, pode ocorrer a construção de elos culturais entre culturas, sociedades e nações, assim como entre diferentes tempos históricos. O mesmo pode ocorrer numa época voltada para o ecumenismo e a globalização, sob a iniciativa de iniciados menores bem orientados, além de poder se atribuir com efeito aos legítimos papas e imperadores.

PONTOS MÉDIOS. (astrol.) Método de observação de datas ou graus intermediários entre duas referências astrológicas. Na ciência calendárica, corresponde aos pontos médios das Estações, no centro dos signos Fixos determinando a cruz transversa (ou intercardeal) do mandala zodiacal, que segundo Dane Rudhyar seriam considerados “graus de descensos avatáricos”. Tradições como a céltica, observaram nestas datas o verdadeiro início das Estações, celebrando ali suas festas sazonais, e não aos solstícios e equinócios (ver) que representam, na realidade, apenas aqueles pontos máximos e de transição, seja de ápice num caso, seja de equilíbrio no outro caso. Ver IDOS.

PONTO VERNAL. (astrol.) Índice astronômico pelo qual a eclíptica cruza o Equador celeste, determinando o Equinócio de Primavera de um lado, e o Ano Cósmico de outro. Origem dos zodíacos e sistemas domais.

Pontos lagrangeanos. (astronom.) Zonas situadas na órbita de Júpiter contendo aglomerações de asteróides, descobertos pelo físico francês Louis Lagrange (1736–1813), e cuja localização espaça 30º em relação ao Sol sugerindo uma organização da órbita semelhante ao exágono, possivelmente confirmando os 70 planetas (simbólicos, sutis) do Sistema Solar esotérico (ver Macrocosmo na obra “Trikosmo”, LAWS).

PORTA DO SOL (astrol.) Portal ritualístico de Tiwanaco, esculpido em rocha única, com calendário solar inscrito nos pórticos. Segundo José Arguelles em A Ascensão da Terra, a Porta do Sol seria o calendário por excelência do Hemisfério Sul. Ver TIWANACO.

POTENTEIA. (simbol.) A “Cruz grega”. “(A) junção da suástica (ver) e da sauvástica produzem por si só as quatro taus integradas, na forma da Cruz Potenteia, ainda assim, ou seja: a representação do efetivo movimento ambivalente das energias em rotação dentro do campo espacial em sua síntese; conforme visto abaixo, e onde ‘Tet’ (ver), a ‘espinha dorsal de Osíris’ (que é o Campo de evolução) significa a Tau (ver) quádruple, como visualmente a IOD (=HE+HE).” (Tetragrammaton)

Povo (Sociol.) A frase Vox populi vox dei não vale para quem sequer se identifica com os interesses-necessidades do povo como é a religião, que é a única forma de espiritualidade que o povo pode aurir. Os místicos e esotéricos são geralmente uma pequena elite mais ou menos sectária, e somente quando se inserem na religiosidade popular, é que eles perdem esta característica. As linhagens recentes dos toltecas de Castaneda, haviam desistido desta inserção por duas razões: a decadência da antiga forma de inserção social dos bruxos, e as perseguições do Cristianismo. Neste sentido, aquilo que um Mestre representa é muito mais “povo” que estas elites porque, ao contrário delas, a Hierarquia é uma elite não-elitista que busca olhar por todos. É isto que significa o princípio inverso Vox dei vox populi: respeitar a todos, naquilo que cada um é, sem querer se projetar nas pessoas querendo mudar a sua essência. Digamos que o princípio sinfônico passe por aí.

PRALAYA. (sânsc.) A chamado “Noite de Brahma” ou a expiração de “Brahma”. Ciclo de 12 mil anos, oposto do manvantara (ver). Contudo, ao contrário da rica análise deste último, jamais se entra em detalhes a respeito do pralaya. Ou seja, se ostenta divisões análogas em termos de yugas (como seria lógico) e assim por diante. Na obra de LAWS, o pralaya corresponde ao arco zodiacal iniciado com o Solstício de Inverno (isto é, Capricórnio), numa aplicação solar do termo. Sua forma cíclica, destinada à desconstrução do universo ou das instituições, tende a ser vista como um “espelho” do manvantara. O tema do pralaya ou “intervalos da evolução” cósmica, é deveras misterioso e interessante. Vemos como um retorno ao sagrado através da Natureza, os indígenas silvícolas seriam remanescências disto. Contudo, no ciclo futuro da Noite cósmica, haverá novos patamares de comunhão com o Todo.

Pramantha. (sânsc.) Os cânones raciais. O Pramantha não é um cânone qualquer, mas sim um cânone-de-evolução (como deveria ser de resto todo e qualquer cânone), tendo por base as estruturas de evolução coletivas, depreendidas atravoles da análise dos ciclos de evolução como Ronda, Loja, Raça e Era zodiacal, mais especialmente quando unificados. O “futuro” começa realmente, ao enxergarmos o nosso próprio caminho. Na Índia, chamam de Pramantha ao conjunto do cânone cultural, expressão da unidade, da integração e da harmonia das coisas. No Brasil não ainda temos um autêntico cânone, porque Pramantha implica uma harmonia universal de princípios e, ironicamente, os Hiperbóreos estamos mesmo de cabeça-para-baixo, nestes termos, uma vez que adotamos padrões invertidos oriundos do processo colonial! Daí o valor do calendário incaico, porque, para usar as palavras de José Arguelles, “a cultura andina é o único pulso hierárquico existente ao Sul do Equador”. Ou seja: apenas ali existe um autêntico Pramantha tradicional. O Brasil deve emergir um dia como um novo Tawantinsuyo, porém cabe colocar agora fundas as raízes para isto, sem se gastar em maiores aventuras políticas impossíveis. Uma Arca deve ser criada para velar pela Verdade, e conduzir o novo Pramantha pelos séculos de reconstrução que se seguirão, agora que seguramente já atingimos o fundo do poço como humanidade, como demonstram os fatos em concordância com os calendários da evolução, vindo muito em breve a cairmos em estado de convalescência cultural, até que possamos nos reerguer como a fênix, através de uma necessária depuração racial. Esta é a chave de todas as transições bem-sucedidas da História e, por conseguinte, das renovações da face do mundo. Uma Arca capaz de resistir até sete gerações –visando suprir a lacuna de três séculos que muitos dharmas tardam para se erguer ante o mundo-, para a qual são convidados todos aqueles que desejam ser pilares vivos do mundo futuro, encarnações da esperança das gerações, sinais de que o ser humano pode sim ser um filho do universo, graças à sua integração com as forças cósmicas das estrelas.

PRANAVA. (sânsc.) O “som da respiração” ou OM (AUM), usado em consonância com o pranayama (ver) para oferecer os resultados cabíveis, conduzindo daí à Iniciação solar (ver). “Em relação ao pranava, inicialmente, ainda que as pessoas não saibam disto, o OM é um chamamento e uma invocação mântrica, a busca por uma ressonância cósmica. É preciso encontrar a freqüência certa do mundo da luz, emitindo e modulando o OM com limpidez, harmonia, sentimento, imaginação e intensidade; para começar a reunir os elementos da Mônada (dentro da Inciação). Uma vez alcançada a ressonância almejada, o praticante terá o direito de abrir as Portas de Ouro da iluminação.” (LAWS, “Magia Branca & Teurgia”)

PRANAYAMA. (sânsc.) A respiração iogue, usada na iniciação em consonância com a visualização e o mantra, visando daí a reintegração da Mônada (ver). Técnica respiratoria ocultista que busca disciplinar o rimo interno e reunir energias (esotericamente falando). A quarta etapa da Ioga de Quatro Partes (Ashtanga Yoga) da Patânjali. Ver PALAVRA.

Preconceito. (Psicol.) A repulsa instintiva e radical de algum comportamento ou idéia. O preconceito é infelizmente coisa bastante comum, porque cada um está numa história própria e tem os seus limites. É a situação da parábola dos sete cegos e do elefante; não se pretende que todos tenham uma visão plena, apenas se pede que as pessoas se respeitem e tolerem. Contudo, muitas vezes conceitos elaborados são tidos como preconceito, o que não acontece tanto na direção inverso, como quando se pretende afirmar um dogma. Contudo, o combate radical ao preconceito, termina por atingir também costumes, hábitos, disposições intrínsecas e até mesmo conceitos elaborados, de modo que resulta numa censura, onde o combate a um mal termina por produzir outro, e tal coisa tende daí a dar margem para manifestações radicais, revoltas e protestos que apenas poderão fazer as coisas voltares à situação original ou ainda pior, caso a “causa” a ser inicialmente defendida tenha poucos méritos e mereça no máximo a tolerância social. Ver HOMOFOBIA.

Princípio de Determinação dos Ciclos (PDC). (astrol.) Lei que rege o sistema de engrenagens cósmicas, através das quais transitamos guiados por um conjunto de forças mais ou menos aleatórias, mas basicamente através de nossos próprios pensamentos, sentimentos e ações, segundo a obra “O Macrocosmo” (inserida em “Trikosmos”, afirmando daí que o PDC reza que “toda a evolução possui: 1) Um início (pré) determinado no espaço/tempo; 2) Uma condição relativa; e, 3) Um desenvolvimento que repousa sobre uma norma estabelecida de ritmos (ternários).”

PROFANAÇÃO. (filosof.) Ato de desrespeitar e aviltar algo tido por sagrado. Nos dias atuais, surge por exemplo a profanação de muitos símbolos sagrados e tradicionais, indevidamente usados em causas duvidosas e para fins comerciais, como tem ocorrido em relação à suástica, ao sagrado nome de Brahma e ao arco-íris. É preciso lembrar que Deus não tem voz para reclamar suas coisas, e que Sua voz não é outra que a dos amantes das coisas sagradas e os porta-vozes das doutrinas tradicionais. Ver WIPALA.

PROFECIA. (filosof.) O processo de antever e de organizar o futuro, a partir da clara compreensão do presente. As grandes profecias sempre se cumprem, não da forma estrepitosa como imaginam as pessoas, para quem as tragédias exitentes nunca são o suficiente para assinalar uma crise, tão acostumadas (às vezes até idestificadas) estão elas com o mal. A essência das profecias sempre é espiritual, vindo o lado crítico para assinalar meramente os “sinais dos tempos” que caracterizam, potencializam e anunciam as transições culturais. Esta “essência” é trina e se resume à renovação da atividade dos três grandes centros planetários de evolução e consciência, que são a Divindade (manifestação avatárica), a Hierarquia (implantação de uma nova linhagem de Mestres) e a Humanidade (o ensino da nova iniciação racial). A grande arte da profecia, se vale amplamente da Astrologia (ver) e da Iniciação (ver). A data de 2012 dos maias-hahuas, surge como única nestes termos e merece todas as atenções, cabendo descartar o oportunismo dos falsos profetas (ver) previstos e que sempre surgem nestas ocasiões. Com sua proximidade do terceiro milênio, esta data serviria para reunir as últimas missões divinas, pois o Hinduísmo prevê ainda uma única encarnação de Vishnu, através da figura do Kalki (ver) avatar. O mesmo pode ser dito a respeito do esperado Buda Maitreya (ver) e do próprio Cristo retornado. Outro sinal é a vinda de muitos mensageiros menores que completam a missão divinas, mais ou menos relacionada ao preceito dos rishis (ver) e apóstolos (ver). Sobre as datas orientais, partimos da similitude de datas fundadoras como a de 3013 a.C. dos maias-nahuas que é muito próxima à data de 3012 a.C. da morte de Krishna. Sabemos o que dizem desta data, porém o tema dos calendários se presta a muita confusão e merece estudos mais profundos, já que existem calendários e até registros paralelos, como ocorre com a visão dos “anos divinos” e dos “anos humanos” no Manvantara. Neste caso, o Kali Yuga “divino” tem apenas 1.200 anos, por exemplo. Neste caso, a morte de Krishna não se deu na abertura de um Kali Yuga como se costuma dizer, e sim no seu final –que é exatamente aquilo que os Puranas dizem suceder ao Kalki Avatar aguardado. O ciclo de adventos dos dez avatares principais seria de 2,6 mil anos (dois em cada raça-raiz, um deles Manu), ocupando o Ano Platão de 26 mil anos. Os outros doze avatares são astrológicos, para as doze Eras-signos. Ver PROFETAS e MITOS.

PROFETAS. (filosof.) Helena Roerich chamou aos profetas de “cientistas sociais”; LAWS também os define como estrategistas sociais. Entre os hebreus, havia desde Sanuel uma “Escola de Profetas”, onde os ciclos do mundo eram estudados. FALSOS P. O fenômeno dos falsos profetas, anunciado nos Evangelhos, pode ser intencional ou acidental. Alguns iniciados se julgam equivocadamente messias e profetas, ou senão os seus seguidores assim o fazem. Porém, existem também os semi-profetas, ou mesmo os avatares-menores de que falou Alice A. Bailey, os quais realizam missões parciais porém eficazes, não representando um engodo maior para a espiritualidade, porquanto a essência dos seus ensinamentos não está corrompida. Muitas vezes, porém, estes iniciados trazem antes informações de transição e realizam alguma das tarefas de tirtankara ou pontífice (ver). MISSÃO P. O verdadeiro compromisso dos profetas, não é mudar o mundo –esta seria uma tarefa espantosa demais para alguém imaginar. Até os leigos entendem que esta seria uma tarefa gigantesca demais para ser realizada por qualquer um, mesmo para um avatar; pois seria mais uma forma inócua de utopia, coisas para a qual os mestres jamais se prestam, eles que são os grandes realistas da transformação, sendo ao mesmo tempo magos da renovação. O tempo dos sonhos já passou então, porque na época do messias ou se faz a coisa certa, ou já nada mais se faz; pois será tarde demais para errar. Houve um tempo em que éramos chamados para aprender a sonhar, tão somente; mas depois, através dos experimentos históricos de erro-e-acerto, e também sob as perspectivas das tradições, aprendemos o que pode e não pode funcionar. Assim, a verdadeira tarefa que cabe ao mestre e seus apoiadores, é apenas começar a mudar o mundo, ou seja, colocar as sementes corretas, no tempo e no lugar certo, o que tem o potencial de realmente começar a transformar as coisas. Ver também PROFECIA, RISHIS, MITOS, ADVENTO, HIERARQUIA e SHAMBALLA.

PROFETISMO. (antropol.) O ato de entrever o futuro, a partir da percepção do presente com clareza, obtida através de uma existência de renúncias às questões meramente pessoais, como o grande foco de ilusões, ignorância, apegos e alienação (ver). O moderno profetismo (ver), tem origem numa complexa combinação de fatores, incluindo movimentos comunitários europeus, seitas orientais e as correntes ecológicas da América do Norte. Os profetas podem prever as coisas, porque são intuitos e detém conhecimentos estruturais, como é a astrologia social. Mas também porque conhecem as maldições cármicas que o ser humano lança sobre si mesmo ao afrontar as Leis de Deus e da Natureza. Anestesiado e habituado ao mal, o homem caminha cada vez mais fundo no abismo, negligenciando os valores mais vitais, e mal se dando conta da sua perdição e do carma que acumula contra si. Citemos, todavia, o escritor argentino Alejo Carpentier: “«El tiempo de los profetas no ha terminado todavía»; este es uno de los lemas del ismailismo y del chiísmo duodecimano, que provoca la incomprensión y el escándalo para los sunnitas ortodoxos. Ello significa que la comunicación entre lo divino y lo humano no es algo definitivamente sellado, por más que no vaya a aparecer ya un profeta más alto que Mahoma; los Imames, investidos del carisma de una hermenéutica espiritual, son los iniciadores de un nuevo ciclo profético (la walâyat), posterior al Profeta y basado en el ta'wîl. Sin ellos, sin la hermandad de los «Amigos de Dios», la Palabra dada por Él a los hombres estaría «perdida», es decir, vacía espiritualmente, al quedar reducida únicamente a su dimensión literal.” É fato que o ta'wîl (interpretação correta e profunda), representa um dos grandes alicerces da espiritualidade, que somente é dados aos mensageiros sagrados. Ver também PROFETA e ALTERNATIVO.

PROJETO-EXODUS. (sociolog.) Projeto social e coletivista, fundiário e urbanístico, assim como civilizatório e redentor, organizado por LAWS para redimir o conjunto dos problemas do Brasil. O êxodo urbano é uma medida universal para refundar as civilizações; se trata de medida tradicional, como se provou tantas vezes na História. O “Projeto” contempla uma ampla literatura e visa conferir “um mundo para todos”. Diz um texto de divulgação: “Natureza, fraternidade e espiritualidade se irmanam hoje em um novo Chamamento, anunciando a revelação Trinitária que completa as anteriores e permite sair dos impasses atuais, gerando um novo ciclo de criação. Por esta razão podemos voltar a falar do futuro e fazer planos: a chave para a transformação é dada, o passe histórico é concedido. Ao viajante do Tempo as senhas são sempre fornecidas. Então, uma vez mais, o êxodo urbano é lembrado, sob a inatacável lógica transformadora da migração, como a grande fórmula para reverter a atrofia sócio-cultural de final de ciclo e chave universal para a renovação efetiva das coisas. Afinal, o que poderia ser mais acertado do que girar ao contrário a chave da destruição? Não se trata, pois, de paliativos e medidas parciais, mas da própria cura planetária e da regeneração da cultura, através da reposição das bases sociais das instituições. O mundo carece hoje de novos fundamentos, e a única forma de fincar raízes é na terra, de forma ampla e organizada. Participe deste grande movimento, na certeza de obter assim tudo o que realmente necessitamos.” Ver EXODO.                                                                                                                                                      

PROLETARIADO. (sociolog.) A primeira classe (ver) social tradicional, responsável pela tripla divisão do Elemento Terra, ou seja: produção, saúde e arte. O proletarismo possui uma base digna, e todos deveriam começar como operários em algum setor, e se possível avançar depois, tanto mais quanto avança a sociedade. me refiro a trabalhadores diferenciados. Um humilde monge que lava o chão é um proletário da fé. O sentido é contra os privilégios, que cortam as bases da consciência. A divisão social de tarefas e a vocação, são naturais e necessárias à especialização, à pluralidade e ao aprofundamento das coisas. Tudo isto já inclui uma forma de hierarquia.

PROPRIEDADE. (sociolog.) O direito de dispor e de usufruir de algo, de uma forma até definitiva, de doar ou vender e até de transmiti-la a herdeiros; etc. Na sociedade capitalista, a propriedade privada representa um dos dogmas mais poderosos. Contudo, se esquece que a propriedade nada mais significa do que uma concessão do cosmos, ante leis inexoráveis que afirmam a transitoriedade e a mutabilidade de todo o material.

PROVA. (esoter.) Medidas adotadas pelas Escolas –inclusive de Inciação- para conhecer e se assegurar da capacidade dos seus candidatos. As provas são necessárias como um fator de segurança, e todo o noviço ou novato deve se habituar a elas. Por extensão, as provas podem acompanhar todos os graus e condições espirituais, como demonstram as chamadas “provas de realeza” e também os “sinais divinos” (ver) que se pedem comumente aos profetas e avatares.

PROVIDÊNCIA. (teolog.) Ação redentora da divindade, especialmente através do envio da Encarnação dovona. A efusão da energia crística acontece sempre, e faz parte do resgate do carma da humanidade, é como acender uma luz num quarto escuro, de repente tudo muda sem ninguém saber como nem porque. Mas isto não basta. Se a palavra “Presença“ não indica uma manifestação física (ao modo do Emanuel), então não se sabe o que mais poderá fazer. É preciso ter uma ordem social encaixada no céu através da Unificação Vicária, o Governo Oculto do Mundo, solidamente conectado à manifestação divina, ao dharma revelado e à sangha, para que as coisas funcionem como devem ser para todos. É lamentável a propensão humana de separar as coisas, mesmo entre os místicos existe esta dificuldade para a síntese e a junção das idéias (reflexo do elitismo inconsciente e da própria condição humana), mas nada pode ser mais unificador do que o dharma de Maitreya (ver).

PSICOECOLOGIA. (psicologia) Ciência que considera a Natureza como uma base da integridade da consciência humana, e um condicionante ou auxiliar vital para a manutenção do seu tônus moral. Doutrina universalista desenvolvida no Evangelho da Natureza (ver) de LAWS, e ligada ao novo Terceiro Grande Mandamento: “amarás a Natureza como parte de tua própria alma”, envolvendo os mistérios e a dinâmica da kundalini (ver). Ao favorecer o contato com os elementos da Natureza e a naturalidade do corpo, dever-se-ia considerar o nudismo –tão celebrado como uma condição cultural do Éden original da Bíblia, praticado entre os indígenas das florestas úmidas e por algumas ordens ascéticas orientais- como um dos pilares mais sagrados da Psicoecologia. A Natureza participa como uma base do status superior da consciência e da manutenção da liberação e do refinamento da energia sexual, que W. Reich denominava “orgônio”, ainda que esta não necessite se expressar através do orgasmo como pretendia este psicanalista. Mais sutil é o conceito hindu de shakty (ver), a força interior, que pode ser desperta pela paixão e ativada através da magia sexual, dentro de uma prática superiormente orientada. Melhor ainda, ela é bem conhecida dos místicos, com destaque para os franciscanos, que tem na Natureza uma fonte segura de paz e de deleite –neste caso, eles afirmam ser necessária a castidade (ver) para apurar tal grau de consciência e percepção profunda do real. Por esta razão, H. Thoreau afirmou: “Apenas o homem espiritualizado pode ser sensível à beleza”; referindo-se é claro à “estética” da Natureza em geral. É também como reza o ensinamento da Agni Ioga, ao indagar: “Para onde voará o homem, uma vez satisfeitos os seus desejos?” Não se trata tanto, pois, de reprimir o inferior, mas sim de induzir ao superior, colocando a Natureza como base e precondição para a integridade pessoal e a cultura elevada. Considerando a importância da Natureza na formação da espécie humana, a Psicoecologia trata de uma expressão superior de Behaviorismo ou comportamentalismo, assim como de Gestalt ou percepcionismo, essencial na educação integral e na saúde mental e emocional do homem. Ver também PSICOLOGIA (OCULTA) e COMPORTAMENTO.

PSICOLOGIA. Ciência que trata do plano emocional e dos relacionamentos humanos, comumente com reflexos instintivos. É o chamado “mundo dos espelhos.” Como toda doutrina, a Psicologia concebe muito enfoques e níveis de abordagens. LAWS traz à luz importantes sínteses de Psicologia, propondo metas de evolução para o ser humano, especialmente na conquista da alma-gêmea (ver adiante). Ao lado disto, trata da psicopatologia e da sintomática da enfermidade, de sobrevaloração dos instintos, propondo a cura do meio como uma forma de cura universal. A questão da homossexualidade recebe uma análise criteriosa e inédita, nesta síntese, sem deixar de evocar o sentido popular das coisas. P. ANALÍTICA. A Psicologia moderna se vale amplamente dos mitos para buscar compreender ou representar os mecanismos do mundo interior. Talvez o grande problema da Psicologia ocidental, seja o mesmo de toda a medicina ocidental: trabalha muito mais com a patologia do que com a saúde, e mais com a doença do que com a pessoa. Vista como uma abertura em relação a Freud, a análise junguiana todavia invade campos que não são tradicionais à Psicologia moderna. Sua análise da Tradição iniciática ocidental (Alquimia, Gnose, etc.), é ainda heterodoxa e reducionista. A transposição para o subjetivo, reduz o alcance universal e retira da esfera tradicional da iniciação estes elementos simbólicos. No que se refere à mandala, por exemplo, chega-se a priorizar a sua utilidade no patológico, como elemento de cura. Na melhor das hipóteses, podemos chegar a resultados estéticos desta proposta cultural. P. ESOTÉRICA. Codificada por Alice A. Bailey, envolve especialmente a doutrina dos Sete Raios e chaves de alquimia espiritual. Como profetisa, Bailey anunciou que o Cristo traria a “Ciência das Corretas Relações Humanas” (ver). A Doutrina de Maitreya vai além, tratando verdadeiramente das Relações Cósmicas. O Inventário Dimensional (ver) do Dharma Tushita (ver), abre inicialmente um campo na Psicologia, para depois se tornar iniciático, da mesma forma como a atualização da consciência pode conduzir à eternidade. P. OCULTA. Na obra de LAWS, a ciêcia da Psicologia alcança uma síntese maior. Sem descurar do valor dos Sete raios, a Psicologia Oculta avança a baliza dos relacionamentos conjugais, demonstrando o papel dos instintos e de kundalini nas dinâmicas da vida, para além do teor místico-subjetivo da análise junguiana, alcançando explicar o grande e etermo mistério das almas-gêmeas (ver). Com isto, a Psicologia Ocultista liberta “definitivamente” o amor conjugal do plano dos instintos, sem cair nos artifícios de anticoncepcionais externos de qualquer natureza, demandando todavia para isto, a devida “alquimia” educacional da alma. O resultado é um quadro no qual já não se faz tanto o amor, porque o amor já está pronto –através do chamado amor conjugal “verdadeiro” ou “perfeito”-, de tal sorte que a experiência íntima se revela transcendentalmente extática, servindo eventualmente para acionar mecanismos coletivos, espirituais e sociais. Neste sentido, o psico-ocultismo não se confronta com as percepções e os dogmas mais avançados da religião, acerca da unicidade e do caráter definitivo do matrimônio, antes os retoma e aprofunda, apontando caminhos para encontrar as suas verdades mais recônditas e, assim, implantar os mais profundos alicerces do matrimônio. Ver também PSICOECOLOGIA, COMPORTAMENTO e GAYS.

PULSAR DA HISTÓRIA. (sociol.) O ritmo interno dual das raças-raízes ou das Eras solares (ver), a Dialética Histórica num sentido maior do termo. “(...) como que entre sístole e diástole, evolui a pulsação da História no coração do grande de Homem coletivo. E por isto a sua complementaridade é profunda e vital.” (Teocracia – Tradição & História). Ver EVOLUÇÃO.

PUSHKARA. (filosof.) A “chave” de Pushkara é a integração dos três princípios ou hipóstases (ver) sagradas, em especial a fórmula cabalística 3-6-12. Em geografia sagrada, é a hierarquia de centros Shambala, Agartha e Vaikuntha.


Tem-se o íncone acima como u'a mandala usada no contexto agarthino de terras sagradas. Ao centro está o sistema geográfifico de evolução com sua métrica ascensional, e logo os quatro pontos tos cardeais e sua numerologia humana racial. O círculo externo são as massas humanas.


















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QUADRISISTEMA. (esoter.) A integração dos quatro sistemas de evolução no Projeto-Farohar (ver): Intrasistema & Extrasistema e na esfera planetária, e Ultrasistema & Intersistema na esfera cósmica.

QUANTA. (física) A radiação térmica é desprendida ou absorvida em forma de segmentos denominados quanta ou quantum. Ver FÓTON.

QUARENTENA (medic., sociol.) A quarentena médica visa isolar doentes por certo período, a pricípio para não contaminar outras pessoas. Por convenção, se decidiu adotar um período de 40 dias, coisa que pode ter recebido influência bíblica. Sobre esta mesma base, é possível empregar o termo em sociologia, como no contexto do êxodo hebraico onde o povo eleito foi levado a permanecer por quarenta anos no deserto, como forma de apurar o seu tônus espiritual e se preparar para conquistar a sua Terra Prometida.

Quarta Ronda Planetária. (esoter.) A ronda de equilíbrio entre espírito e matéria, a Ronda humana por excelência, a Ronda atual. “Este quarto momento é, literalmente falando, sempre uma etapa crucial em qualquer esquema setenário de evolução. É onde as grandes forças opostas se reúnem buscando a sua relação e harmonia, ainda que gerando, comumente, grandes conflitos a princípio. (...) O grande aprendizado desta ronda é, pois, o da necessidade de mediar céu e terra, tendo dignidade e posicionamento real na evolução cósmica, ao ser respeitoso com o superior e generoso com o inferior. É mediante o conflito, no entanto, que a humanidade muitas vezes alcança a harmonia, pois deve tratar com o bem e o mal, dentro e fora de si.” (LAWS, “Trikosmos”). Ver QUATRO, REINO HUMANO e Quinto sistema planetário.

QUATRO. (cabala) Quatro é o número da Humanidade, por ser esta o quarto reino da Natureza, determinando também a simbologia quaternária da deidade. De fato, existe uma manifestação trinitária sobre uma base quaternária, assim como uma Trindade consolidada e uma tétrade em formação. Pois a Humanidade já manifestou três raças “verdadeiras” nesta ronda, a saber: a Lemuriana, a Atlante e a Ariana, e agora irá manifestar a quarta e última raça-raiz, a Teluriana (ou “Americana”). Assim, devemos aos poucos superar em definitivo a forte mística trinitária herdada do arianismo, e aprender a trabalhar com o quaternário completo. A Dinastia Trismegisto árya de Adeptos Asekha, dará então lugar à linhagem Tetralucis teluriana dos Chohans. Os novos Messias terão quatro Marias em suas vidas, e os novos Bodhisatwas contarão com quatro Taras. Através do quaternário, temos a perfeição da manifestação humana, a integridade e a manifestação dos Quatro Elementos na cosmologia humana. Os saberes esotéricos há muito enfatizam a tétrade oculta, através da fórmula cabalística do tetragrammaton (ver), pelas tentativas gnósticas de acrescentar uma quarta Personalidade à Trindade, ou na visão indiana do grande Brahman que reúne e unifica a Trimurti divina de Shiva, Vishnu e Brahma. Na Numerologia, existe também a soberba formulação pitagórica da Tetraktys (ver), fórmula que estrutura a evolução iniciática humana no micro, no meso e no macrocosmo –ver a respeito na doutrina do Manvantara (ver). No moderno esoterismo, temos as formulações de Alice A. Bailey que apresenta a organização dos planos em geral e a própria estrutura humana, como um ternário inferior e um quaternário superior. Ver Quarta Ronda planetáriA.

QUINTO IMPÉRIO. (história) Mito lusitano a respeito de um império futuro, difundido pelo padre Antonio Vieira, segundo o qual haveria um novo império depois dos impérios assírio, persa, grego e romano. Aquilo que restou do império português foi mesmo a língua. Este será um elo capital do Quinto Império futuro. Brasil e Portugal deveriam se esforçar por defender os locais de fala portuguesa. Sempre é oportuno analisar a experiência histórica. O passado tem a ensinar sobre o futuro –e não apenas dos erros, como os historiadores gostam de repetir.

Quinto sistema planetário (esoter.) “Que há por detrás dos conceitos de ‘Quinto sistema’ ou de ‘Quinta ronda’? O olhar atento às indicações esclarece: trata-se do processo de Revolução Cósmica ou de Política Universal, visando estabelecer uma Nova Ordem planetária, na qual as questões políticas ordinárias são apenas instrumentos. De uma forma ampla, é a necessidade, hoje já imperativa, de transpor a Civilização da Religião (Teocracia-ver) para a da Religião da Civilização (Sinarquia -ver). (...) Esta última, já como uma forma de orquestrar todo o conjunto de recursos da Humanidade –Culturas, Religiões, Classes e Etnias–, tendo em visa a superação final da condição humana, não por destruição como sempre pretende fazer a Loja Negra na sua falta de misericórdia e de sabedoria, mas por verdadeira evolução, sob os amorosos cuidados da Loja Branca.” (O Sistema Geográfico de Evolução) Ver Religião da Civilização e MERKABAH.

QUINTO SOL. (astrolog.) A Quinta Era solar, na designação maia e nahua, a última a ser criada, de natureza central ou solar, e relacionada à energia do movimento, ollin., assim comoa o Elemento Fogo e seu deus, Huehuetéotl. A quinta raça raiz, dita árya (ver) ou ariana. Esta Era possui datações perfeitamente científicas, de acordo com o próprio espírito que a anima. No Hinduísmo, a data de 3.102 a.C. foi relacionada à mnorte de Krishna e ao início do atual Kali Yuga (sic), ciclo este todavia vago nesta acepção, pela extensão mítica que lhe é tributada. Na prática, tal data se presta, acima de tudo o mais, para demarcar a fundação do ciclo áryo. Existe uma data muito próxima na cultura maia-nahua, a de 3.113 a.C., relacionada à criação do Quinto Sol, cuja lenda foi transmitida pelos astecas e pelos maias. Reza tal lenda que este Sol foi criado na cidade de Teotihuakan (ver), sob um conselho de deuses, e em especial pelos sacrifícios de um ser denominado Nanahual, tido como um homem de chagas que, por esta razão, não desejava realizar maiores sacrifícios. Instado pelos demais deuses a fazê-lo, aceitou a missão com êxito, mas depois exigiu que estes deuses também realizassem as suas próprias cotas de esforços. A lenda nahua dos sóis, também afima que este quinto ciclo deve terminar através de fogo e de terremotos. Ora, muitas vezes os terremotos estão associados a vulcões, fenômeno este que assombrava os astecas pela geologia do Planalto Central mexicano. A profecia do fim do presente ciclo pelo fogo, existe na cultura meso-oriental desde a época persa, fazendo-se presente no Alcorão e em toda a Bíblia. Ver MITOS.

QUARTO CAMINHO. (filosof.) Escola ocultista ocidental fundada por Gurdjieff, divulgadora dos saberes e metodologias tradicionais do sufismo (ver).

QUATRO ELEMENTOS. (esoter.) Mais que uma análise científica da Natureza física, os Quatro Elementos representam os substratos da consciência humana, devido a ser a humanidade o quarto reino. Daí se explica todas as fórmulas quaternárias empregadas na organização das sociedades, inclusive quando se revestem de aparentes contornos físicos, tal como os de natureza geográfica.

QUETZALCÓATL. (nahuatl) 1. o planeta Vênus (ver); 2. Nome do grande avatar tolteca (ver), cujo retorno passou a ser profetizado após seu desaparecimento; confundido num primeiro momento com Cortez, trata-se de um dos signos ou nome astrológicos (ver) de LAWS.

QuINta Ronda Planetária. (esoter.) O “Reino de Deus” vindouro após a próxima Era (a de Aquário), a Ronda dos Adeptos ou dos Asekhas. “O nova imagem da deidade será assim a do Maestro Cósmico, aquele que irradia sabedoria universal e ciência libertadora, capaz de organizar o mundo de forma superior, ao valorizar cada aspecto da criação como uma emanação potencialmente sagrada, tratando de organizar os elementos –naturais, humanos, raciais, espirituais, etc.– numa grande sinfonia ou composição cósmica. (...) Daí a idéia sublime da Religião da Civilização (a verdadeira teocracia ou “reino de Deus”) como uma transcendência da Civilização da Religião (clerocracia ou reinado dos sacerdotes) que caracteriza este ciclo quaternário. A Religião da Civilização é a sábia orquestração dos dons e saberes constituintes humanos, como são espécie, raças, etnias e classes, achando-se a cultura e a religião nisto tudo embutido. Uma das expressões augustas desta realidade, foi o sistema de “castas cíclicas”, na forma do varnashramadharma do Brahmanismo original  (ver a respeito em “Brahmanismo - a síntese social”, LAWS). “O Deus da Vª Ronda é também o Imperator Universal (Chakravartin), em termos cósmicos, na medida em que esta imagem de poder possa ser aplicado a um Hierarca cujo reino “não é deste mundo”. A profecia do Cristo Pantocrator, valorizada no judaísmo e no cristianismo ortodoxo, apresenta efetivo fundamento enquanto princípio.” (LAWS, “Trikosmos”). Ver Quarta Ronda Planetária.


















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RAÇAS. (antropol.) “Raça” é um termo antropológico intermediário entre classe e espécie, podendo ainda agrupar etnias. Raça corresponde a um modelo abrangente de civilização, de valores compartilhados entre diversas nações, e diz mais respeito à cultura do que a cor da pele. A raça atual (árya) possui direta relação com a civilização de Estado, ainda que etnias suas tenham permanecido longamente sob o modelo tribal. A raça anterior, dita atlante, tinha como meta e norma cultural máxima, afirmar o valor da religião, especialmente o culto da imortalidade. “Raça” é, acima de tudo, um conceito que visa classificar os ciclos da evolução da humanidade, dentro de um plano de progressiva ascensão, e ao mesmo tempo internamente cíclica, sujeita ao esplendor e à decadência como qualquer outro organismo vivo. Assim, Raças são ciclos de iniciação coletiva, com certo vínculo étnico e físico, porém a nova raça surge pela miscigenação, como já dizia Alice A. Bailey. O nazismo foi retrógrado sob todos os aspectos e deturpou os saberes tradicionais. "Raças" são subespécies antropológicas da espécie homo sapiens. Houve também um vínculo climático na formação das raças: negra/lemuriana/equatorial/físico; amarela/atlante/tropical/emocional; branca/ariana/temperado/mental. As raças caminham para os pólos! Ver RAÇA-RAIZ.

RAÇA-RAIZ. (esoter.) Raças-raízes são, acima de tudo, humanidades qualificadas em termos de consciência, vindo a questão da cor apenas incidentalmente, aplicado já ao conceito de “raça” em geral que tem pouca importância para o esoterismo. A chamada “raça-raíz” está constituída por seres que se capacitam para vivenciar a iniciação humana atual –graças à sua aproximação à Hierarquia dos Mestres-, e são eles que representam a locomotiva humana para uma época do mundo. Ao passo que as massas humanas –assim como os noviços- se limitam às religiões convencionais, destinadas a depurar os instintos inferiores. Raça-raiz é, por definição, “uma sociedade orientada ao nível da alma” (cf. Bailey) e dirigida pelos Mestres de Sabedoria, sob a coordenação do Governo Paralelo do Mundo, emanado pelas sucessivas Lojas raciais de Shambala. Graças a esta supervisão superior, é que a humanidade tem podido evoluir, sair da sua pré-história, aprender a agricultura, o comércio, a religião e a ciência -enfim, conhecer a Civilização (ver). Na prática, quer significar que existe uma direta associação entre este centro especial da Humanidade e o centro da Hierarquia de Luz. Corresponde ao conceito de “nação eleita”, custodiada pelos profetas ou pela Hierarquia para cumprir uma precisa missão histórica reveladora das coisas divinas. Ciclos de desenvolvimentos das civilizações humanas, dentro de um período total de 5.200 anos, associado à idéia de “Era solar” (ver). No kalpa completo (que reúne manvantara e pralaya), o Ano cósmico ou Grande Ano de Platão, cabem cinco ciclos desta ordem. Atualmente se abre a última Raça-raiz, a Teluriana, na América do Sul em especial. No cômputo geral, se fala até de seis raças-raízes, mas as duas primeiras são consideradas pré-humanas, pois o mundo não estava amadurecido para a evolução espiritual humana. As anteriores Raças-raízes “verdadeiras” foram a Lemuriana (África), a Atlante (norte-americana) e a Ariana (asiática), assim como parte da raça vindoura das Américas. “Raças-raízes” são as sub-espécies humanas, localizadas em diferentes regiões do planeta, e bastante caracterizadas pela faixa climática onde surgem ou em que desenvolvem as suas sociedades e civilizações. Assim, o surgirmento do ser humano se deu nas zonas equatoriais, caracterizando a raça e a cultura negra. Depois sugiu na zona tropical a raça amarela e suas culturas, e logo apareceu na zona temperada a raça branca com suas sociedades próprias. Ver RAÇAS, SUB-RAÇAS e RELIGIÃO DA CIVILIZAÇÃO.

RAIOS. (esoter.) Os Sete Raios representam uma análise da estrutura energética da Hierarquia (ver) e da natureza psíquica da Humanidade, segundo abordagem trazida pelos teosofistas e seus seguidores (ver “Psicologia Esotérica” de Alice A. Bailey). “(A) expressão de raio na evolução de um indivíduo, altera-se não só ao longo de suas encarnações, como também no decorrer de seu processo evolucionário corrente, à medida que os raios que regem os seus diferentes corpos ou níveis de expressão venham à atividade em decorrência da evolução das energias do homem; ou em resposta aos seus novos alinhamentos.” (“Trikosmos”) Ver ARCO-ÍRIS, TEOSOFIA e ARCANA.

RAIZ-DA-MATÉRIA. (ciência) A Mulapratkriti dos esoteristas. “A Física Moderna tem podido identificar a presença desta Matéria Primordial, dando-lhe o nome de “matéria escura”. Ainda que, de forma, todavia, mais interessante, neste mundo original e informe, tal “matéria escura” sequer seja a composição dominante, e sim a “energia escura” na atual concepção da Física. Esta “energia escura” -considerada todavia como “um dos maiores desafios atuais da física e da cosmologia”-, estaria relacionada às forças e movimentos de expansão do Universo, sendo por vezes chamada de “quintessência” pelos Físicos, e quando se reúne à “matéria escura” dão-lhe o nome de “quartessência”. Esta energia escura seria “o espírito de Deus que se move sobre a face das águas” de que fala o Genesis, e também ao que se conhece por Fohat no esoterismo. Podemos ver a distinção entre a “matéria escura” e a “energia escura”, como o Primeiro Ato de Criação divina narrado pelo Genesis através da criação da luz e das trevas.” (Tetragrammaton)

RAMAS. (esoter.) Bailey intitula aos ashrams solares de “ramas de Shambala”, existindo até o momento quatro ramas. Ver ERAS SOLARES.

REALISMO. (sociolog.) 1. Posição filosófica atualizadora de padrões culturais, contrária à inércia decadente; 2. Atitude que busca a Verdade-em-si, afastando-se da ilusão e da demagogia; 3. Filosofia afim à idéia de monarquia, tendo por base a nobreza de espírito.

RECONVERSÃO. (antropol.) Termo usado por LAWS n’O Livro dos Portais, para a readaptação dos padrões culturais nos hemisférios, sobretudo calendáricos, tendo em vista a disposição das coisas locais.

REDENÇÃO. (teolog.) O processo final e definitivo da salvação (ver) da alma, associado à “glorificação” e à verdadeira iluminação. Cada vez mais, a redenção se torna uma realidade próxima da humanidade, evoluindo através dos conceitos divinos mais em pauta ao longo das raças.

REENCARNAÇÃO (filosof.) O processo da alma dos mortos regressar regularmente à Terra, animando um novo corpo; a metempsicose. Sim, não, talvez, depende... As opiniões/posições históricas acerca da reencarnação, refletem o mistério e o insondável da questão. Tema de amplos debates e divergências entre as diferentes correntes filosóficas e religiosas, a reencarnação é seguramente uma possibilidade e até uma realidade, mas nunca uma obrigação ou uma necessidade universal. Confundida comumente com teorias espíritas, o preceito nasceu todavia dentro da Tradição Iniciática, motivado pela percepção e evidência da memória pretérita dos iniciados, que seguiriam encarnando dentro de uma linha de serviços espirituais e para fins de evolução pessoal. A crença poderia até se justificar socialmente, dentro de uma raça-raiz ou apenas da sub-raça “eleita” ativa no mundo. Contudo, a sua adoção universal já representa uma superstição popular que se aproxima da necromancia, através do espiritismo. Ocorre que o homem comum e profano, não deteria um poder interior suficiente para sobreviver ao desenlace carnal, uma vez que jamais deu maior atenção à sua alma e a sua consciência está totalmente identificada com o corpo. A partir disto, como sucede a toda a superstição, a crença difusa na reencarnação pode se tornar uma forma de alienação. O materialista que afirma: “tudo termina depois da morte”, pode estar correto e ninguém poderá discodar da sua “vontade” ou (des)crença, e nem afrontar o seu livre-arbítrio, caso tenha tido a opção da escolha. Porém, se apesar de tudo, ele foi um homem virtuoso, ainda há esperanças. Krishna, Buda e Jesus, demonstram claramente, que qualquer possibilidade de alguém voltar a encarnar e seguir evoluindo, depende do cumprimento da sua própria missão, do contrário ele terá perdido para sempre a preciosa oportunidade de agarrar o dom único da vida. A imensa maioria das crenças em reencarnação-ressurreição, são meras crendices descontextualizadas. Conta-se que a idéia do Buda era que a humanidade deveria buscar não mais reencarnar, e isto reforçou a idéia da universalidade da reencarnação, quando na verdade queria dizer que as pessoas não deveriam acreditar tanto nisto, e que os monges teriam que se esforçar para chegar logo à meta de iniciação racial. Assim, a reencarnação não é isto que crenças como o Espiritismo sustentam, esta coisa automática, universal e necessária, como algo inerente à própria Alma. A reencarnação –que no Budismo estava longe de ser apresentada como uma perspectiva alvissareira, mas que pode ser até uma opção voluntária de almas fortes preparadas para o serviço- é, na verdade, pelo geral mais uma das graças, bençãos e concessões espirituais outorgadas pelas Hierarquias superiores, sem as quais ela não se sustenta, até que a alma evolua e possa deliberar sozinha o seu destino. E como tal, não é exatamente incondicional, mas depende de um mínimo de esforços evolutivos por parte de uma alma, o que pode remeter com muita exatidão ao famoso Tribunal de Osíris. Talvez os cristãos imaginem que a sua religião representa um avanço em direção a isto, quando na verdade o tema da salvação pessoal já estava contemplada na Antiguidade, tendo a figura de Osíris como um salvador universal. Consta que desde os tempos da Atlântida existem religiões salvíficas, razão pela qual Santo Agostinho declarou que sempre houve no mundo religiões como o Cristianismo. Como escola de evolução, o processo de reencarnação tem um prazo, que é o tempo de uma raça, ao cabo do qual a alma é definitivamente testada num Juízo Final para ver se alcançou a energia necessária para seguir livre para o infinito, ou senão... sucumbir? Assim, o tema é importante porque 2012 representa exatamente o final de um ciclo racial, e portanto existe um juízo iminente. Ver TULKU, IMORTALIDADE, MORTE e ANAGAMIN.

REFORMA 1. (filosof.) A Reforma protestante que daria origem a todo um novo ciclo social no Ocidente, pela contestação da autoridade religiosa formal e instituída. O princípio da “reforma” é um meio-termo entre e a negligência e a Restauração (que seria a missão franciscana), e no entanto ela pode ser rvolucionária. Os oportunistas aparecem na esteira da decadência das tradições, e no afrouxamento da moral coletiva. Uns as usam mal, outras as querem revolucionar, ao invés de restaurá-las e recolocá-las nos trilhos da verdadeira evolução. 2. R. AGRÁRIA COLETIVA. (sociolog.) A grande solução para este momento nacional, revertendo a atrofia sócio-cultural existente. Ver também EXODO e FRACISCANISMO.

REGENERAÇÃO. (psicolog.) A retomada da natureza humana essencial, tendo por base a questão dos gêneros (ver) sexuais. Assim, a regeneração possui a sua base na afirmação da natureza dos gêneros humanos, coisa esta tida comumente, todavia, em tese e na prática, como um desafio intransponível. Em tese, já não se ousa considerar a degeneração moral como tal, e na prática não se sabe realmente como tomar este caminho de volta; coisa que coloca a degeneração (ver) no rol dos pecados mortais, já que determina a morte da alma. Chegado este ponto, torna-se preciso investir maciçamente na educação; porém como a degeneração tende a invadir os lares e os próprios currículos escolares, se apresenta como medida imprescindível o isolamento ou a quarentena (ver) cultural, como forma de buscar o asseio moral de uma comunidade. Este é o sentido e o espírito do êxodo (ver) urbano tradicional.

REGIMENTISMO. (sociolog.) Adeqüação tradicional dos regimes políticos às condições geográficas e populacionais, dentro de países maiores e sociedades complexas. O Tetra-Regimentismo propõe a organização da sociedade segundo classes, regimes e esferas de poder (municipal, estadual, regional e nacional), ou os chamados Quatro Anéis de Prata.

REGIMES SOCIAIS. (sociolog.) “Aristóteles dizia que nenhum regime é bom ou ruim por si só: o regime bom é aquele que se revela eficaz e útil para os propósitos em vista. Dentro de um relativismo, tal coisa procede, mas sempre existe também algo ideal e natural para o momento de cada sociedade, raça e do próprio planeta. Claro que a Democracia sempre pode servir para a evolução social e o avanço dos regimes políticos, porém os hierarcas também podem apelar para a democracia quando sentem que o preceito da dinastia está falido. Por isto no final da estória de Arthur, ele pede ao seu fiel Persival que devolva a espada Excalibur para as águas, que simbolizam o povo, ou para a Dama do Lago que representa a República e a Democracia.” (“Tradição & Transmissão”)

REINO DE DEUS, O. (teolog.) “(O) verdadeiro ‘Reino de Deus’ transcende até mesmo, e por paradoxal que isto possa parecer, o próprio domínio da religião enquanto tal, por manifestar uma verdadeira integração universal entre todas as coisas e uma esplêndida valorização paralela de todos os segmentos sociais de forma indistinta, portanto.” (Teocracia – Tradição & História). Ver TEOCRACIA.

REINO HUMANO. (esoter.) “O objetivo do reino humano é o fomento da consciência, através do “exercício” do livre-arbítrio no conhecimento das dualidades, sobretudo pela polaridade hierárquica de inferior e do superior, tendo não raro como expediente as energias de gênero, positivas e negativas, que deve tratar de harmonizar conjuntamente com a hierárquica.” (LAWS, “Trikosmos”) O Reino Humano é o quarto reino da Natureza, possuindo por isto quatro graus de evolução (o conceito se aproxima aqui de “ronda” -ver). Ainda assim, ela está inserida no plano setenário, porque sua evolução participa necessariamente de um reino paralelo chamado Hierarquia, que se vale da humanidade para seu próprio embasamento, ao mesmo tempo em que a permite evoluir positivamente. Sem a intervenção ou a presença da Hierarquia, a evolução humana não poderia ser mensurada, ou ponderada, tais as dificuldade que lhe adviria e a resultante demora que tardaria –se é que em algum momento lhe seria possível evoluir” (LAWS, “Antropologia Geral”). Ver RONDA.

RELATIVIDADE. (filosof.) A valorização das dualidades relativísticas é parte tradicional dos dharmas, desde a época dos egípcios ou antes, e hoje transparece no inventário dimensional (ver) do novo dharma de Maitreya. A Teoria da Relatividade de Einstein, dispõe o tempo como uma dimensão, sujeita assim a distorções e relativismos. Ver CAMPO UNIFICADO.

Religião (filosof.) Do latim religare, a busca da religação com Deus. As origens da religião é plural, porém podemos destacar a associação recorrente entre religiosidade e astrologia, ainda que decorrida de uma forma algo negativa. Os sábios que codificaram as energias planetárias, organizaram o Zodíaco para aludir às energias inferiores do ser humano, às quais respondem as massas humanas, que são daí o objeto especial das religiões. Por esta razão, os signos empregam comumente arquétipos com imagens de animais, para fazer alusão a inclinações e temperamentos evocativos. As religiões então retratam a virtude através do sacrifício destes mesmos animais, pelo qual se destaca a expiação do messias, retratado nos mesmos símbolos como exemplo máximo e de identificação providencial com a humanidade. Podemos definir a Religião como a alinhamento de consciência com Deus, porém através de uma Hierarquia, especialmente ao Avatar, capaz de colocar o nosso ego onde ele merece estar porque de outra forma se enlouquece ou desvia, já que espiritualidade é reforma mental, etc. Além de nos fornecer a instrução e a orientação necessária na senda, porque um caminho autodidata só leva longe através de sacrifícios que somente os “deuses” estão dispostos a fazer. Nomes como o artífice Min (Egito) e Melquisedec se incluem textualmente entre estes “autodidatas” de Deus. O ensinamento dos Mestres é uma coisa e a dogmática religiosa é outra, mas até certo ponto o dogma é uma necessidade quando falta a experiência e a vocação. "A fé é o conhecimento antecipado", disse São Paulo. Crer é querer, e neste desejo pode estar a semente de saber. Religião é necessária para aquele que não pode se entregar ao "esforço pessoal". Mas não se conta com a perfeição utópica imobilizante, apenas em sair no lucro, sabendo que as coisas também decaem com o tempo como qualquer forma de vida. Não se tem a pretensão de deter os ciclos da História, embora saibamos que as coisas mudarão doravante porque a evolução humana está para terminar (em dois mil anos), para dar lugar a um mundo cuja meta será o além-do-homem, rumando para aquilo que chamamos de “A Religião da Civilização” (ver), em substituição à Civilização da Religião que é a grande marca humana (basta ver o conjunto da História). De resto, a religião não precisa ser o ópio do povo, apenas é melhor que ela substitua o ópio real. O mundo sem religiões seria um enorme retrocesso na cultura, tendo de um lado os iniciados, e de outro lado o povo ignorante de qualquer espiritualidade. Seria justo isto? Será que a religião realmente sempre fez mais mal do que bem? É óbvio que não, se trata apenas de reformar corretamente as coisas, colocar sentido e fazer avançar - enfim, recolocar a roda em movimento, como no dharmachakra (ver). O problema não é a religião, mas sim uma religião defasada que já não traga as respostas que o mundo necessita. A Ecologia, por exemplo, somente terá o peso social que merece, se ela se inserir numa forma religiosa próxima do xamanismo, que eu proponho na verdade numa espécie de franciscanismo. Tal como na política, a religião não se sustenta sem os movimentos sociais de base ou as ordens informais e espontâneas que falam diretamente ao povo, das quais o xamanismo e o profetismo costumam ser mananciais. 1. O caminho do clero, cultivo e administração das coisas do espírito, incluindo educação e justiça; 2. NOVA R. A nova religião, pautada sobre o Evangelho da Natureza (ver) e a dispensação do Espírito Santo, possui nítidos traços naturalistas e humanistas superiores; 4. R. DE ESTADO. A incorporação da ordem religiosa pelo Estado, geralmente a partir das classes superiores; religiosidade oficial; religião baseada em valores sócio-culturais nativos.

RELIGIÃO DA CIVILIZAÇÃO. (filosof.) A Religião da Civilização é a “filosofia social” dos Mestres, a integração plena de raça, etnia, crenças e classe social, interna e mutuamente, na veraz utopia do respeito pleno e da mobilidade social sem privilégios de nascimento, e não da suposta desconstituição social anárquica onde pateticamente “todo mundo tem que fazer de tudo,” -inclusive- “ao mesmo tempo”. A Doutrina dos Manus; não se trata diretamente de teocracia (senão no sentido amplo da palavra), mas do uso do processo civilizatório como forma de evolução universal; a plenitude da ordem universalista; a ordem sócio-cultural perfeita e livre que abrange classes, culturas, etnias e religiões. Ou a unidade socialismo-multiculturalismo-panetnismo-ecumenismo. Ver também IOGA, CIVILIZAÇÃO, BRAHMANISMO e MANU, RELIGIÃO e RELIGIÃO-DA-VIDA.

RELIGIÃO-DA-VIDA. (filosof.) “A Religião da Vida ensina, através do cânone trinitário de perfeição que reúne Espiritualidade, Sociedade e Natureza, que os grandes encontros e realizações serão alcançados em meio à Natureza, dentre irmãos e sob uma atmosfera de alta sabedoria. (...) Sabemos, enfim, que uma vez mais a ecologia é o Caminho. Porém todo o grande caminho tem a natureza do universal, e isto implica dar-lhe um colorido pleno, de diversidade e amplitude. Esta é a ótica da sabedoria tradicional, que aplica o universalismo não só à natureza como também ao civilizado, dando o caráter de unidade-na-diversidade a todas as coisas.” Ver EVANGELHO DA NATUREZA e FRANCISCANISMO.

RELÓGIO CÓSMICO. (astrol.) Uma grande síntese da Astrologia mundial e esotérica, equiparando esta doutrina a um Relógio maior, cujos ponteiros equivalem aos ciclos de Ronda, Raça e Era (ver). Ver também ALINHAMENTO CÓSMICO e MEIA-NOITE DOS TEMPOS.

RENASCENÇA (NOVA). (sociolog.) A efervescência cultural do momento presente da sociedade mundial, visto desde o ângulo geral da nova raça e, em particular, deste seu específico momento formativo (séculos XX e XXI). Ver também IDADE DO DIAMANTE.

Renascimento. (História) O Renascimento foi um movimento histórico e artístico na Europa, impulsionado pelas Descobertas marítimas intercontinentais, no qual se buscava um espírito holístico (ver) ou “universalista”.

RENUNCIANTE. (filosofia) Designação de duas condições tradicionais no Oriente. No Hinduísmo, expressa a etapa-de-vida inicial (ashrama) do homem, através da condição de Brahmacharya; e no Budismo é a atitude do Bodhisatwa (ver), aquele que renuncia ao nirvana para auxiliar na libertação de todos os seres. Ver CELIBATO.

REPRESENTAÇÃO. 1. Em Metafísica: A “intermediação” hierárquica da humanidade ante Deus, a função da Hierarquia de Luz. “Quê fazer, se necessitamos como homens de represen­tantes, e não podemos prescindir de nossa voz a fim de que coisas ainda piores aconteçam? Podemos, no entanto, perceber que, se o ditado ‘a voz do povo é a voz de Deus’ apresenta um fundamento real, também o inverso é verídico, e neste caso pode até se revelar como economicamente mais sábio e eficaz. (...) De fato, o homem não pode prescindir de representação, e é em função disto que o próprio Criador escolhe e talha afinadamente em cada geração a um Representante maior, não apenas dos homens naquilo que eles realmente necessitam (e mesmo que seus próprios corações mal vislumbrem a isto), mas de si próprio, construindo desta forma um Elo perfeito entre o Céu e a Terra.” (Teocracia – Tradição & História) 2. Em Sociologia: A liderança social, o representante de classe e da nação. A vocação social do sábio. “(...) os autores antigos julgavam unânimes que: o sábio é o fundamento do mundo. (Provérbios) A lenda celta do Graal postula de forma semelhante: o Rei é o Mundo.” (op. cit.) Ver ELO SAGRADO e ADEPTO.

RESIGNIFICAÇÃO. (antropol.) Termo com que LAWS designa, em A Árvore da Tradição, a releitura dos símbolos tradicionais nas culturas nativas, com objetivos mental e espiritual, após uma primeira camada histórica de semiotização afetiva.

RESSURREIÇÃO. (esoter.) A verdadeira ressurreição é a iluminação (ver), incluindo a reviviscência moral, passando tudo isto ao largo das crendices materialistas. Trata-se, portanto, da ressurreição na carne, e não da carne; uma conquista prevista, de forma inédita historicamente, para a nova humanidade. Ver FÊNIX e NOVA RAÇA.

Restauração (filosof.) O termo “restauração” geralmente se aplica em filosofia, às metas de regresso da monarquia ou da velha ordem”. Nisto, é comum se visar basicamente as instituições centrais e dinásticas de poder, porém é necessário observar também o conjunto das instrituições sociais, tais como são o respeito à religião-de-estado e o feudalismo (ver).

RETORNO (do Cristo). (astrol.) A idéia de regresso dos Avatares é coisa recorrente nas tradições do mundo, havendo para isto diversas explicações. Uma das mais importantes seria a semelhança das missões, como ocorre hoje com a “nova missão de Jesus”. Há também a questão da representação, isto é, do pontificado universal ou da unificação vicária (ver). Contudo, quanto ao regresso do mesmo personagem ou da predestinação pessoal, é coisa imponderável, mas dificilmente descartável de todo, havendo várias teorias, visões e tradições em torno do tema. No tulkunato (ver), por exemplo, é sempre a mesma figura que reencarna para fins de serviço. “A grande tarefa do Cristo (ver) é atuar como o Instrutor do Mundo, colocando-se no centro do prisma universal, dentro de seu Raio de Amor-e-Sabedoria, responsável pela instrução e pela iniciação da humanidade. O Mestre virá para todos, porque esta é uma época universalista sob todos os aspectos. Como o Restaurador Universal, o Avatar trará os signos da reconstrução de todas as grandes ordens e religiões, permitindo que elas possam permanecer e avançar na Nova Era, adeqüando-se às novas necessidades mundiais. (...) O Mestre ensina que as grandes religiões históricas integram etapas da revelação divina e fazem parte de um conjunto, servindo inclusive o seu estudo, em nossos dias, para permitir que cada pessoa possa desenvolver os seus próprios processos pessoais sobre estas bases culturais diversificadas. Por esta razão o Cristo faz questão de que todos res­peitem as antigas tradições, ao mesmo tempo em que fornece os recursos para a sua renovação. (...) Esta ótica da nova lei se chama Universalismo, e está associada à Religião do Espírito Santo, que é o dom de reconhecer e fomentar a luz divina em todas as partes. (...) O Cristo vem para coordenar o mundo e permitir que a unidade planetária se consolide a contento, isto é, a partir do plano espiritual.” (As Promessas do Arco-Íris) Ver próximo Sendeiro de RETORNO.

REVELAÇÃO. (filosof.) A outorga de uma nova Verdade ao mundo, e em especial a uma sociedade em ascensão. Toda a grande revelação designa um contexto cultural predestinado. Ver DHARMA.

REVOLUÇÃO. (filosof.) Movimento e luta social destinada a ampliar os direitos individuais e de classes, tendo comumente com o protagonista o povo dirigido ou até manobrada por classes superiores. Ao pretender dar um padrão “científico” ao processo revolucionário, Marx reduziu a Revolução Francesa à dimensão de revolta e de levante, pois com efeito o ciclo revolucinário ali aberto tinha ainda uma dimensão burguesa. As metas marxistas do povo se apoderar dos “meios de produção”, refletem basicamente os valores materialistas e pequeno-burgueses. Uma mudança mais profunda, universal e radical, tem em vista isto sim a conquista dos próprios meios de subsistência, e tal coisa apenas pode ser alcançada a partir da terra –porém, tal medida terá maior relação com o conceito de restauração (ver) e com o feudalismo (ver) de raiz.

RISHIS. (sânsc.) Mestres ou adeptos que acompanham e complementam o trabalho dos Manus e Avatares. Vêm ao mundo em número de sete ou em múltiplos de sete, reunidos ou não no tempo e no espaço. Uma versão ocidental fala dos “Sete Sábios” do século VI na Grécia clássica, mas sabe-se que houve ali um número bem maior de sábios entre os séculos VIII e IV. O mesmo ocorreu na Palestina entre os hebreus, extensamente no último milênio a. C, e também no Oriente em geral (China e Índia). Estudos sugerem que as verdadeiras linhagens dos adeptos áryos (papas, pólos ou ketub), podem ter se desdobrado “no tempo” no seio do Islã, mais exatamente entre os sufis e dervixes. Noutra acepção, o foco de LAWS acerca das “Sete Igrejas” -termo extraído do apocalipse joanino-, trata “ecumenicamente” dos profetas das sete grandes religiões áryas. Ver APÓSTOLOS, PROFETAS e TEOTIHUAKAN.

RITO. (filosof.) A prática e a observação de atitudes reverentes dentro de um cânone qualquer, religioso, militar ou laico, dotado de ritmo, seqüência e significado.

ROCK. (antropol.) Música moderna que faz uso de recurso tecnológico. Quase todo o rock é dionisíaco, embora o chamado “rock progressivo” seja apolínio –e mesmo neste caso ainda tende a induzir ao uso da droga, o que questiona em definitivo o seu caráter libertador. Todo o problema do rock, é definir a fronteira entre um festival bacante e uma orgia de satanismo inaceitável.

ROMARIA. (antropol.) Peregrinação tendo em vista alcançar algum objetivo geográfico sagrado (no caso, o termo é originário da cultura católica romana), tendo em vista uma transformação interior ou o cumprimento de um compromisso religioso. Em LAWS, os planos de romarias tem sido sugeridos em torno do paralelo 30, a partir do trabalho Vaikuntha –o Cumprimeno das Profecias. Ver também GEOGRAFIA SAGRADA, VAIKUNTHA e SHAMBALLA.

RONDAS. (paleont.) As rondas não se relacionam a reinos da Natureza, mas sim, de forma científica, a etapas evolutivas do próprio ser humano, em termos paleontológicos portanto; são os ciclos paleontológicos da própria evolução humana. Divisão esta relacionada, portanto, à espécie humana, e não a raças (antropologia) ou sub-raças (etnologia). Mas de nenhum modo aos reinos naturais, obviamente. Temos, assim, uma abordagem clara e definitiva da astrologia mundial esotérica. Não obstante, o termo ronda, tal como kalpa e manvantara, se aplica a diferentes ordens de tempo que, tal como os calendários dos povos, podem não apenas ter como base circunstâncias distintas (solstícios, equinócios, etc), como também diferentes ordens de grandezas. No geral, o termo corresponde aos grandes períodos do arco sideral, ou seja, 13 mil anos. Encontramo-nos na ronda humana por excelência, e prestes a concluí-la, já na raça em ascensão, a qual sequer será de todo finda, uma vez que será interceptada na sua etapa central pela chegada da Nova Ronda, relacionada às coisas da Hierarquia. “Cada ronda se destina a desenvolver um reino, mas isto não significa que todos os reinos não existam sempre, em função dos globos que atuam paralelamente, já que os globos de uma ronda não se acham separados no espaço, mas apenas no tempo. Deste modo, alguns reinos sempre servem de base física para outros, que por sua vez lhes conferem parâmetros espirituais na medida do possível. (...) Rondas são ciclos mundiais contendo os planos cósmicos de evolução, e correspondem às iniciações do Logos planetário, sendo análogo ao sentido espiritual do termo “sistema solar” (LAWS “Trikosmos”). Ver também PALEONTOLOGIA, MERCABAH, TETRAKTYS, RONDA INTERNA, SISTEMA SOLAR, MANVANTARA e Quarta (E) QUINTA Ronda Planetária.

RONDA INTERNA. (paleont.) “É importante conhecer e aprofundar o tema da ‘ronda interna’ em nossos dias, porque a Terra está chegando a um novo momento de pralaya, cujas energias especiais muitas pessoas desejarão aproveitar para alcançar um rápido progresso espiritual. A expressão ‘ronda interna’ se refere antes de tudo a um ciclo cósmico de energias interiores ou espirituais. A ronda interna também pode ser vista como um ciclo de interiorização, enquanto pralaya, e a ronda externa um ciclo de exteriorização, ou como manvantara. Assim, ronda interna é a forma “moderna” de se referir ao aspecto subjetivo da evolução, especificamente ao ciclo conhecido no Oriente como pralaya, a “reabsorção” do universo pelo Criador.” Ver RONDA.








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SABAT (hebr.) O “Sábado”. Dia de repouso dos hebreus, relacionado ao mito do descanso divino ao sétimo dia da Criação. Na Filosofia do tempo de LAWS, o símbolo é restaurado em sua grandeza, e devidamente aplicado a ciclos maiores. Tais como a sétima idade astrológica (Era de Aquário) e a sétima sub-raça (Brasil) ou raça-raiz (América do Sul?).

SACERDOTE. (filosof.) De sacer, “sacrificar”. Condição de consagrado ao próximo, ao sagrado e ao divino. O protagonista de um culto e uma deidade. 1. TRÍPLICE. A representatividade do sagrado nos três níveis de expressão divina: Shambhala, Hierarquia e Humani­dade, cor­res­pon­den­­tes ao Sumo Sacerdócio (Avatar), ao Sacerdócio Médio (Adepto) e ao Pequeno Sacerdócio (Iniciado). 2. ETERNO. Na Bíblia, os “sacerdotes eternos” são Melquisedec (ver) e Jesus, sacerdotes em todas as circunstâncias e em todos os tempos. O sacerdócio eterno é a expressão do sacrifício perfeito, aquele que “dá a sua vida” nos três mundos. No mundo superior, ela dá vida espiritual a todos, vivificando o mundo; no mundo intermediário, ela dá a sua vida ao se consagrar integralmente à verdade divina; e no mundo inferior, ela dá a sua vida ao em oferecer o seu corpo em holocausto para redimir o carma da humanidade. Melquisedec não tem pai nem mãe (como Moisés), porque seu “pai” é a Ordem e sua “mãe” é a Missão: a sua vida está circunscrita por estas duas realidades. A transposição familiar é proposital, a cultura patriarcal enfatiza amar a Deus sobre todas as coisas, e a família carnal deve estar subordinado, como Abrahão e Buda tiveram que demonstrar; Jesus também deixou clara esta subordinação, espiritualizando da mesma forma as relações familiares. Ademais, a família carnal costuma ser uma fonte de complicações e injustiças para os iniciados, pois o homem comum não gosta de respeitar a vontade de Deus e as vocações espirituais, mesmo quando este escolhe os seus filhos em famílias relativamente abastadas.

SAGRADO. (filosof.) No sentido técnico do termo, tudo aquilo que diz respeito à tradição (ver) e ao altamente espiritual, atingindo a esfera da iluminação e a ela conectado, mais propriamente vinculado à esfera da hierarquia. LAWS faz questão de demonstrar que seu trabalho não é propriamente místico, mas ocultista e sagrado, para dizer um mínimo, e até mesmo divino (ver); assim como universalista na mais ampla acepção do termo.

SALVAÇÃO. (teologia) Termo usado no Cristianismo para designar a emergência da vida da alma, preparado-a para a redenção (ver) final e se confundido cada vez mais com esta. Pelo calendário fiorano, a fase teológica inicial na Era da Áries revelou um deus “exterior” ou transcendente e uma salvação basicamente servil e política; logo surge na Era de Peixes um deus “presente” (Emmanuel) que traz uma salvação pela fé. Até que no final desta mesma Era e na seguinte Era de Aquário, a salvação se apresenta imanente e interior, sob a pauta do Espírito santo –e é este o momento para a humanidade passara cultivar a iluminação. A salvação humana teve início com a intervenção divina, somente ali a espiritualidade se tornou um fenômeno coletivo. A Historia humana é idêntica ao percurso do indivíduo: todos estão condenados desde o início enquanto humanidade, por ser mortal, e que depende por isto da intervenção divina para se salvar. Por mais necessária que seja, a salvação é muito difícil porque o Criador não aceita que a criatura tente ser livre sem a sua custódia, porque isto seria o inferno, algo pior do que a morte. A humanidade possui problemas de origens, ou limitações estruturais. Tal como os reinos inferiores não podem conhecer a consciência e a salvação da alma, a Humanidade ainda participa parcialmente desta condição natural limitada, devendo lutar para dela se libertar e integrar-se da forma como possa aos reinos superiores. ver FIORI.

SAMSARA. (sânsc.) Condição existencial vinculada ao tempo e à circularidade, à maya (ver) ou ilusão e à matéria. O oposto de nirvana (ver).

SANAT KUMARA. (sânsc.) A deidade de nossa Terra, durante esta Quarta Ronda, responsável pela autêntica evolução humana (homus homus). Bailey esclarece que este hierarca teria surgido durante a cadeia venusiana da Terra, e não do planeta Vênus como se chegou erroneamente a veicular, numa confusão entre astronomia e astrologia. Sanat Kumara, junto a seus Quatro Irmãos "venusianos", Sanaka, Sananda e Sanâtama, são re­gentes da presente rondla mun­dial e patronos de seus quatro ashrams.

SANGHA. (sânsc.) A congregação dos praticantes do Dharma (ver) no Budismo. Ver TRIRATNA, IGREJA e OUMA.

SANTO. (teolog.) Homens ou mulheres dedicados a Deus com profunda abnegação de si. Na convenção da Igreja católica, pessoas podem ser assim declaradas após se houver provados ao menos dois milagres póstumos realizados em seu nome. Há correntes espirituais, anti-hierárquicas e ditas iconoclastas, que combatem o culto ao santos ou a sua representação, como uma suposta forma de idolatria. Contudo, as pessoas comuns carecem comumente deste apoio imagético e simbólico em suas vidas.

SAPTADHARMA. (sânsc.) A “Lei Sétuple”, ou o “dharma do arco-íris” de Maitreya inerente aos Espelhos de Sabedoria (ver), na doutrina Tushita.

Sarmoun. (esoter.) A existência da Fraternidade sufi de Sarmoun é contestada por alguns, porém, se Sarmoun é fonte de tanta sapientíssima cultura, é indicação suficiente de que de alguma forma ela deve existir. Alguém afirmou que a palavra Sarmoun pode ter vários significados, entre elas cabeça (iluminada) e abelha: interessante como as palavras de duplo-sentido comumente ocultam metáforas profundas. A Escola do Quarto Caminho é uma escola séria, e a proposta Tetralucis de LAWS (que praticou as danças de Gurdjieff nos ashrams da Grande Fraternidade Universal) segue de certa forma uma estrutura paralela. Porque não dizer também, do Caminho Quádruple, divulgado por Arrien na linha do xamanismo.

SAROS. (astrolog.) Período baseado nos ciclos lunares, de 18 anos, 11 dias e 1/3. Um dos ciclos mais importantes na biografia divina, posto que todos os avatares iniciam suas buscas espirituais com esta idade, que seria daí como a do despertar e a da (verdadeira) iniciação. A simbologia lunar surge aqui, naturalmente na sua dimensão materna e uterina, formativa e temporal, para entregar a vida nas mãos de outros ciclos solares e zodiacais, de simbologia paterna.

SARVAGATHA. (sânsc.) A “Lei Plenária” ou positiva de Maitreya Buda, formulada em seu dharma revelado, em contraparte à “Lei Provisória” negativa de Gautama. Ver SUNYATHA.

SARVODHAYA. (filosof.) A “ascensão de todos”, em sânscrito. Um dos princípios sobre os quais se baseava o movimento de reforma agrária coordenado por Vinobha Bhave (ver) na Índia, sob influência das doutrinas políticas de Gandhi (ver). Apela assim para o senso natural de solidariedade e para a espiritualidade prática dos cidadãos da Índia. Ver BOODHAM.

SATANÁS. (teolog.) O diabo, “acusador” (ver) dos filhos de Deus. Uma das grandes características do demônio Satã, e que o diferencia das pessoas fracas e ignorantes em geral, é a sua má índole congênita, pela má formação de caráter, tido como incurável e incontornável, ao modo portanto dos psicopatas e sociopatas. O diabo se compraz em fazer o mal, e eventualmente pode eleger uma vítima doméstica, porque os sociopatas costumam manipular a família (ameaças, subornos, etc.) e prejudicar parentes, daí a grande recorrência de entes demoníacos dentro das próprias famílias sagradas nas religiões e nas mitologias. Como uma alma que nasceu ou que cresceu torta e pervertida, Satanás executa o delito e a malvadeza apenas por gosto de fazê-lo, mesmo sem ter nenhuma necessidade disto, senão pelo prazer de fazer o mal e exercer o seu poder torpe sobre todos. As pessoas comuns não concebem e nem querem acreditar na maldade do diabo, e isto favorece os atos do demônio (ver). O demônio é a síntese da magia negra, e como afirma Alice A. Bailey, jamais se deve esperar nenhuma gota de compaixão dos magos negros. Tais luciféricos se jusgam “eleitos” e desprezam a condição humana, sempre buscando formas para se julgar superiores, seja pelo conhecimento, pelo poder e riqueza, ou meramente pela libertinagem que se permitem praticar “acima do Bem e do Mal”. Ver DIABO e MAL.

SATYAGRAHA. (filosof.) “Firmeza na verdade” em sânscrito. A essência da filosofia política de Gandhi (ver). O satya­grahin é a­quele que se dedica a uma ver­da­de e luta por ela de forma des­te­mida mas pacífica. Mais que resistência, desobediência civil e não-vi­o­­­lência pas­­siva, ela procura afir­­­mar a ver­­­dade sem rancôr por seus opo­­sitores. Pre­va­lece antes o amor e a com­pai­xão por aque­les que, na sua ignorância, pro­cu­­ram impor questões injustas ou ile­gais. Jesus pregou "amar o seu ini­­migo" e Gandhi levou isto a sé­rio. A moral e a bondade estão en­­tre seus prin­cipais recursos e ins­­­­trumentos. Re­quer paciên­cia e resig­nação para não apelar para a agressão, sen­do este o aspecto que Gandhi mais difícil de nos segui­do­res, mas também a sua grande força. A vio­lên­cia se revela amiúde inú­til e contraprodutiva; já o campo da moral re­pre­­senta uma luta sem­­pre mais pro­funda e fecunda. Ver AHIMSA.

SATYA YUGA. (sânsc.) “Idade de Verdade”. O primeiro, maior e mais elevado dos yugas (ver), também chamado de Krita Yuga (“Idade de Ouro”). LAWS aventa a possibilidade de o Satya Yuga ser, na realidade, correspondente ao seu Vajra Yuga (ver), um ciclo misteriosamente não contemplado na filosofia do tempo do Oriente.

SEGUNDA ATENÇÃO. (esoter.) Termo usado em Carlos Castañeda para designar o estado superior da consciência. Notoriamente, a “segunda atenção” inicia quando começamos a superar os limites físicos e a esfera dos sentidos materiais. Por isto -ainda que o nagualismo de Castañeda soe algo agnóstico-, ela está relacionada ao “entregar-se à providência”, entre outras formas de superação material. Ver INTENÇÃO.

Seleção da espécie. (filosof.) A grande lei de Darwin da seleção das espécies, tem sido aplicada igualmente nas relações sociais (“darwinismo social”), de forma geralmente cínica e oportunista. De maneira adaptada, ela também pode ser útil na espiritualidade. As crises culturais e civilizatórias, trazem desafios que atingem diretamente a reprodução humana. Um dos quadros característicos. é a proliferação do homossexualismo (ver): há sérias dificuldades em ser homem ali, porque os poderes naturais da mulher sobre a gestação, são exacerbados pelos direitos infantis, dentro de um quadro de humanismo radical próprio do Kali Yuga (ver). Os desafios à masculinidade advindos destes superpoderes femininos, e também pela opressão política da época, existe também para alguns o refúgio na espiritualidade, resultando numa demanda pelo Santo Graal. O mito da matança dos inocentese a fuga de Jesus para o deserto, estão relacionados a isto. Tende assim a “restar” apenas os homens mais fortes, puros e convictos, os únicos que ainda proliferarão, movidos inclusive por valores morais e espitituais, que farão deles os líderes do futuro, quiçá dentro de alguma ordem nova manifestada de forma discreta de início. Havendo neste caso, por falta de procura, um excesso de mulheres, serão escolhidas apenas as mais belas, resultando crianças nascidas destes homens valorosos. Ver GAY.

SENDEIROS CÓSMICOS. (esoter.) Ou Sendeiros de Evolução Superior. A oportunidade de liberação da influência do Sistema Solar, que se abre aos mestres de sexta iniciação, os Chohans (ver), por haver cumprido inteiramente os desígnios do Selo de Salomão ou da Ronda Interna. Ver mais em MERCABAH.

Sendeiro de RETORNO (esoter.) O “Sendeiro de Retorno” está relacionado ao “Portal dos Homens” do solstício de Verão, em Câncer. Este “Retorno” comumente é visto nos termos da encarnação e até da reencarnação na matéria, mas raramente é apresentado no seu aspecto mais profundo, que é aquele da ressurreição. Acontece que, como o quarto signo do Zodíaco, Câncer está afeito à experiência da cruz espiritual, em função das tendências emotivas deste signo. Se o “Sendeiro de Ida” diz respeito aos Mistérios Menores humanos, o “Sendeiro de Retorno” se refere aos Mistérios Maiores da Hierarquia. Podemos usar aqui o símbolo do Selo de Salomão, onde a tríade ascendente representa o “Sendeiro de Ida” (graus 1º, 2º e 3º da Tríade Inferior, portanto), e a tríade descendente representa o “Sendeiro de Retorno” (graus 4º, 5º e 6º da Tríade Superior). Este Sendeiro está relacionado ao Nirvana ou pralaya, à Síntese entre matéria e espírito e à ascensão espiritual. Corresponde a uma ação espiritual ativa do iniciado no mundo, após realizar as sínteses entre céu e terra de que fala a Tábua de Esmeraldas e que seria a meta da Opus Magna. O acesso a este Sendeiro se dá através de um grande “renascimento”, porque também se associa à chamada “ressurreição”, que nos casos mais exaltados, envolve o tema da Encarnação divina ou “avatar”, e de forma mais comum diz respeito aos processos da Hierarquia; ainda que a nova raça-raiz também venha a alcançar o começo deste Sendeiro. Demanda a posse da mais ativa compaixão (4º grau), sabedoria revelada ou ciência espiritual “plena” (5º grau), assim como poder oculto de luz manifesto como cura e irradiação (6º grau) -muito embora esta luz especial, que é a marca do nirvana, já irradie deste o começo do Sendeiro, mas se libere plenamente neste grau de “Ascensão”, já preparando uma cosmificação do Ser. A energia do descenso é usada na cura, e isto abrange o “Caminho de Retorno” dos Mestres, quando devem reintegrar os seus corpos após provações maiores. A energia da ascensão é usada no “Caminho de Ida” na iniciação e na própria iluminação. A certa altura ambos se fundem num só: cura & iniciação. O “Caminho de Retorno” se reduz à cura é à pós-iluminação, significando uma re-encarnação através da reconstituição do organismo, após se haver “criado raízes nos céus”. A Chave do Sendeiro de Volta está na iluminação, alcançada através da ascensão completa de Kundalini, que os tratados tântricos descrevem como se dando em 3,5 voltas, e isto está relacionado à energia dos três chakras inferiores que são reabsorvidos na Mônada, reunindo a síntese dos “Três Mundos de Esforços Humanos”. Importa dizer, para concluir, que este também representa o definitivo Sendeiro da Imortalidade, porque somente uma vez nele, é que a eternidade da alma se torna uma certeza e a segunda morte é afastada para sempre. Até então estamos na dependência das energias do ashram dos mestres e movidos pela fé, não raro, infelizmente, por crenças totalmente infundadas sobre a imortalidade da alma, como são as crenças na reencarnação e na salvação “gratuitas”, poquanto estas possibilidades somente se abrem realmente para aqueles que buscam uma evolução consciente e integrada ao dharma ou lei espiritual vigente. Ver também KUNDALINI e SENDEIRO.

SEPARATISMO. (filosof.) Ou independentismo, tendência de grupos buscarem a separação de um Estado maior. O separatismo pode ter base política ou administrativa, étnica ou "racial", religiosa e social. Segundo versões, “separatismo” é o significado da palavra “diabo” (ver), do grego diabolos, aquele que separa e aparta, como em má política se busca “separar para dominar”. Por outro lado, a grande mensagem de Deus “é para todos escaparem ao sectário e ao elitismo, buscando o universal e a transformação do mundo pela união. Vencer este preconceito e o separatismo, é receber o batismo das águas da Humanidade que nos leva a comungar com o coração de Deus.” (A Religião da Vida) O separatismo é lamentável quando impede a ascensão de um paradigma cultural necessário a tempo e perpetua o amadorismo, comprometendo o curso da História humana. Diversidade é uma coisa, sectarismo é outra. O respeito faz a diferença, mais ainda do que a tolerância. Podemos desgostar de uma evangelização, mas cabe respeitá-la como sendo uma necessidade para muita gente boa e de bem, e inclusive todos deveriam ao menos de vez em quando ouvir algumas pregações para preservar esta base da consciência e quebrar preconceitos. Porém, um novo Evangelho também cairia bem em nossos tempos, que talvez pregasse a importância universal da Natureza e da Iniciação. Ver TRADIÇÃO.

SEQUES. (quécha) Sistema andino arcaico (ver) de definir uma espécie de calendário geográfico. Ver VASTU.

SERVIÇO. (filosof.) Ato de doar algo em prol da criação e do atendimento de necessidades. Muitos se preocupam por não viver em condições ideais, porém sempre existe um caminho sob a luz generosa de Deus. Isto pode ser buscado através de múltiplas conexões possíveis: intelectuais, sociais, serviço, etc. Na escola pitagórica o noviço era chamado “ouvinte”. Tal coisa tem uma relação muito íntima com o ESTUDO, considerando até que na época de Pitágoras a escrita era coisa rara. Sim, o estudo é fundamental. Porém, mais importante ainda seria falar do serviço real, no qual o estudo é um aspecto, assim como a meditação, que podem trazer clareza e entendimento. Estudando as publicações, alguém poderá compreender as propostas. Mais do que nunca, ser um leitor/ estudante é uma base de inciação. Quando mais novo e viçoso é um saber, mais ainda convém estudar e meditar. As pessoas de bom coração, sempre encontram o caminho...

Servidores do mundo. Ver ELEITOS.

SEXTO MUNDO. (astrosofia) Na tradição maia-nahua, o ciclo de 5 mil anos (“Era solar” -ver) que começa em 2013 d. C.. Também chamado de a "era dos planetas" (ou dos deuses planetários), é quando se anuncia o retorno da Hierarquia (dos Chohans -ver- planetários), ou sua manifestação terrena. Ver SEXTO SOL.

SEXTO SOL. (astrosofia) Também chamado o Sol do Equilíbrio, é o ciclo solar de 5,2 mil anos que começa em 2012, anunciado pelas profecias maias-nahuas. “Os tempos chegados em 2012, representam o começo da ascensão humana em direção à luz. O chamado ‘Sexto Sol’ dos maias-nahuas (que é sexta raça-raiz dos teósofos), celebra o aprendizado da humanidade de empregar de forma correta o seu livre-arbítrio, para assim tornar-se o homem um verdadeiro filho-de-Deus, com sentido de Hierarquia e aspiração pela unidade, sabendo-se um elo entre o céu e a terra, de pedir ao superior e oferecer ao inferior: aprender e ensinar, tal como reza a verdadeira dinâmica da evolução. Estando implícito nisto, ser de menor serventia os chamados contatos virtuais, apenas intelectuais, livrescos ou eletrônicos, com quaisquer destas esferas de consciência: Divindade, Hierarquia, Humanidade e Natureza. Obviamente, o contato direto e pessoal com a divindade é muito raro, razão pela qual existe a Hierarquia para representar esta esfera, a fim de não dependermos apenas da Escrituras reveladas por Deus e seus mensageiros. Não é casual e nem apenas ‘tradicional’, as profecias nahuas anunciarem a chegada dos ‘mestres planetários’, pois os Chohans são realmente esperados, na condição de rishis cósmicos. A verdadeira iniciação não é mística, simbólica ou psicológica: é presencial, vital e absoluta; exige compromisso, atuação, criatividade, auto-entrega, humildade, determinação, discernimento, serviço e esforço, assim como harmonia entre técnica e sabedoria. Quando alguém tomar a decisão de servir à Deus, à verdade e à evolução, e desejar a iluminação ou a salvação nesta vida, ele deve tomar as medidas necessárias para tal, consagrando o seu tempo ao superior em ambientes realmente puros e elevados. Verdade que a nova humanidade em si, situa-se virtualmente no plano psíquico médio (4ª iniciação), posição exata, aliás, para realizar as suas opções existenciais, como também para experimentar o desafio do equilíbrio. Mas nisto, ela é auxiliada pela Hierarquia, que situa-se virtualmente no plano psíquico superior (6ª iniciação). Nisto, vale recordar as prescrições da Tábua de Esmeraldas de Hermes Trismegisto, segundo a qual para alguém se estabelecer firmemente no ‘caminho-do-meio’, ela deve antes conhecer as forças do céu e da terra.” (em “O Sexto Sol”, LAWS) Ver SEXTO MUNDO e NOVA RAÇA.

SHAKTY. (filosofia) a energia interior descrita na filosofia da Ioga, sujeita a se concentrar e ascender pela coluna vertebral, também relacionada ao que W. Reich designou por “orgônio”, embora sema necessidade de expressão através de orgasmo, algo somente alcançável pelo êxtase dos místicos e no amor perfeito das almas-gêmeas, assim como em parte através da magia sexual. A ascensão controlada de kundalini, a energia interior, resulta na iluminação científica ou ocultista, assegurando a imortalidade da alma para além da fé e das crenças religiosas. É a mesma Shekinah dos hebreus, de que fala o Velho Testamento, cuja residência era o Templo de Jerusalém como símbolo da alma. Ver KUNDALINI e PSICOECOLOGIA.

SHAMBHALLA. (geosofia) Na tradição tibetana, Shambala detém triplo significado como: um mito primordial, uma terra sagrada e um modelo de yoga. Adota contudo, ao mesmo tempo, outra dupla divisão: a Shambala Eterna (ou Primordial), sempre vinculada ao paralelo 30 e à própria divindade, e a Shambala Temporal (ou Subsidiária, também chamada “ramas da Loja Una”), relacionada à Agartha (ver) e à Hierarquia, e situada nas latitudes exaltadas pelas diferentes raças. Shambhala só fica perdida porque a humanidade esquece o caminho para ela, que é o caminho da síntese personificada pelos Mestres de Sabedoria, seja como exemplo, seja como instrução. 1. A cidade natal do futuro e último Avatar de Vishnu, o Kalki Avatar. 2. O Trono de Deus ou do Rei do Mundo, e sede central da Loja Branca ou do Governo Paralelo (nesta ronda) mundial. “Todo Avatar nasce em Shambala, isto é, no Centro espiritual supremo do mundo. Por isto, a questão geográfica é realmente um dos fundamentos para a identificação do Buda (tal como a questão temporal-astrológica também é), daí a necessidade de levantar todos os véus sobre estes mistérios, agora que faz-se mister a renovação dos Mistérios divinos na Terra. Por situar-se no centro dos hemisférios -ou seja, no paralelo 30-, Shambala representa uma mandala geográfica ou uma pirâmide climática. (...) As referências hiperbóreas à natureza de Shambhala são muito conhecidas em todas as Civilizações e épocas, e os mitos pelos quais se encontram envoltos dizem respeito aos próprios Mistérios Maiores, os quais apresentam um vínculo direto com o supremo Governo Interno do Planeta.” (Shambala – o retorno à Ocidentalidade) 3. O Ashram original vinculado à raça lemuriana, fundado por Sanat Kumara (ver), embora não-manifestado e mantido nos "níveis etéricos" do planeta, cuja localização precisa teria sido insular e sobre o deserto de Gobi, que na época era um Mar interior. 3. S. MERIDIONAL. Termo usado para designar as cidades sagradas do paralelo 30 no Hemisfério Meridional (mais especificamente, a cidade de Porto Alegre e seus arredores), em contraparte à expressão “Shamballa Setentrional” dos hindu-tibetanos. 4. Fonte principal das revelações do trabalho de LAWS, como anunciado por Alice A. Bailey no tocante à conclusão do Plano da Hierarquia (ver). “O presente ciclo de Ensinamentos está sendo organizado sob a direta impressão de Shambala, o Centro espiritual supremo, daí se expressar amplamente sob a energia de poder espiritual e também do conhecimento dos ciclos, a ciência Kalachakra (ver) de Shambala.” Ver AGARTHA, mesosfério e ZONA DO DRAGÃO.

SHIVA. (sânsc.) A terceira pessoa da Trimurti (ver) hindu, vinculado ao gunas (ver) tamas transformador. O deus da yoga, chamado Maha Guru (Grande Mestre).

SÍMBOLO. (filosofia) Emblemas sintéticos empregados com fins distintos; ícone. Para o sábio francês Sege Raynaud de la Ferrière, autor da obra "A Arte na Nova Era", o simbolismo será a essência da nova arte. Como não deixaria de ser, não é verdade? O simbolismo advém até mesmo das mais elevadas esferas intelectuais e expressa realidades por vezes impossíveis de serem transmitidas e assimiladas, mas serve para catalisar e formar egrégoras criadoras. “O Símbolo é uma expressão invocativa e, para os Antigos, assim como para os modernos físicos, nenhum movimento no Cosmo deixava de causar alguma reação, nenhuma causa ficava sem o seu efeito. Todo o gesto e toda a forma eram assim invocativos de alguma modalidade de resposta, e sabedores disto, para eles a fealdade e a desarmonia eram consideradas como a mais terrível expressão de barbárie e de ignorância... (...) A Arte era, assim, escrita com maiúscula, uma expressão relativamente limitada pelos cânones-de-perfeição auto-determinados, que proporcionariam à sociedade a harmonia intrínseca do Cosmo e eram os responsáveis pela sua própria Criação e manutenção: fugir disto era trabalhar para o Mal e a Morte do Cosmo (e para a própria loucura e extinção), uma completa estupidez e demoníaca sina. (...) Edificada sobre tais princípios primordiais, a arte e a cultura elaborada pelos sábios que a deram origem, encontra paralelismo, em conseqüência, em toda parte onde floresceu algum grau de civilização superiormente organizada.” (Tetragrammaton) Ver ARTE.

SIMHA. (sânsc.) O leão. 1. Signo astrológico do zodíaco greco-caldeu adotado pelos orientais; 2. Era astrológica associada às origens do kalpa atual; 3. S. DWIPA. A Ásia (ver), ou a grande região oriental, associada ao dharma planetário vigente e atual. Ver RONDAS.

SIMULTANEIDADE (antropol.) A Teoria da Simultaneidade Cultural, atual com modelos culturais diversificados, de forma complexa e progressiva, apta assim a fundamentar novos momentos da civilização mundial. Ver MULTICULTURALISMO.

SINAL. (esoter.) Fato ou gesto capaz de assinalar ou de corroborar uma possibilidade. Os sinais divinos são vistos comumente como os “milagres” ou os “poderes” (ver) em si manifestos por um iogue ou profeta, mas também podem ser considerados como eventos de nascimento e de iniciação. “Nascer sob certa estrela”, inclina mas não determina como diz a sentença, por isto não bastam os marcos natais astrológicos, cabendo antes se assegurar dos signos de iniciação, tais como os prazos da iluminação, mas acima de tudo da conduta que traduz a condição da consciência de um iniciado.

SINARQUIA. (sociolog.) Conceito de Estado divulgado por Saint Yves d’Alveydre, na obra A Missão da Índia em especial, como um atributo próprio do ciclo áryo através do templo de Agarthi. Para o Marquês, a Sinarquia seria um “Estado social” e cultural e não político. Existe nesta perspectiva de separação entre Autoridade e Poder, certa alusão ao Governo Oculto do Mundo, onde os mestres atuam de forma a sobretudo orientar e dar o exemplo aos homens, e jamais a constrangir e impor coisas. Nisto, a “Sinarquia” teria maior relação com certas Legislações inspiradas por profetas religiosos ou os Manus da Índia Antiga. Trata-se do Governo Mundial exercido a partir de tríplice divisão de Ciência, Educação e Economia; realidade profética e espiritualmente atual do tríplice governo dos iluminados, entrevista e definida por LAWS sob o contexto e estrutura da Mercabah (ver). Segundo Saint Yves d’Alveydre, a Sinarquia representou um ideal áryo ou floresceu na arianidade. Neste caso, o triunvirato sinárquico teria uma direta relação com a natureza trina daquela raça-raiz, ou seja, apto para governar os seus três planos de evolução: Físico (Economia), Emocional (Justiça) e Mental (Ciência). Por esta razão, e emergência de uma nova raça, deverá alterar a constituição deste sistema, acrescentando uma nova “dimensão” de trabalhos; motivo pelo qual o Mensageiro começou a trabalhar com até quatro lideranças, pela inclusão do verdadeiro Sacerdócio. Tal coisa permite fundir o tema ao da Religião da Civilização (ver) ou a Ciência dos Manus. Entre exemplos históricos que se pode garimpar acerca da Sinarquia, e ainda que alguns não apreciem um caso ou outro, não posso deixar de mencionar as Missões jesuíticas da América do Sul, governadas diretamente por dois padres, um liturgista e outro de conhecimentos gerais, além dos caciques indígenas que faziam a parte política e da segurança daquelas reduções. Numa outra dimensão, existe o sistema medieval da Igreja como Estado supremo coordenando, desde Carlos Magno, as coroas a ele subordinadas. A Sinarquia tem sido definida como o “governo conjunto”, que parece ter a ver com um sistema social não exclusivista, visando antes todos os interesses humanos. Significa que não se trata de uma autocracia absolutista (onde, por exemplo, prevalece uma ditadura de valores exclusivos), e a fórmula trazida por Saint Yves d’Alveydre mostra uma triarquia (não obstante, devidamente hierarquizada), contemplando valores e interesses diversos e agrupando por esta razão todos os setores sócio-culturais, num governo holístico, plural, que contemple uma convergência de interesses. Por isto, a Sinarquia também termina sendo uma síntese de regimes sociais, coisa que se observa na hierarquia existente entre o Estado religioso universal (império?) e os governos monárquicos da Alta Idade Média, onde havia um respeito mútuo e a colaboração ativa. Tal coisa foi possível, em função do trabalho realizado pelos religiosos cristãos nos séculos anteriores, de assistência sobre as populações européias, no resgate da cultura clássica e dos valores civilizatórios, assim como no respeito às práticas realistas ou monárquicas tradicionais dos chamados “bárbaros” do Continente. De fato, a Igreja estava disseminada por toda parte, e havia até mesmo uma organização de governo espiritual –como de certa forma existe até hoje- dividida em províncias eclesiásticas, cuidando especialmente daqueles assuntos mais ligados à alma humana, como a fé e a educação das pessoas, sem pretender concorrer em demasia em assuntos como justiça e economia. Estes diziam mais respeito ao governo temporal, especialmente quando os Estados nacionais se organizaram sob o Antigo Regime, graças ao consórcio com a burguesia em ascensão, onde a Economia foi cada vez cultivada e liberalizada, embora centralizada nas mãos dos monarcas desejosos de organizar os Estados. Ainda assim isto fortaleceu a burguesia, que na Idade Média não detinha poder algum e sequer existia, o que naturalmente provocaria uma nova “subdivisão” histórica, a partir das revoluções burguesas que mudaram a face da Terra, geralmente com o auxílio da Maçonaria. Estas transformações culturais de organização e empoderamento de setores sociais, são mais semelhantes às Idades Metálicas do Mundo e não indicam ainda a chegada de uma Sinarquia, embora possam sim potencializar-lhe, se houver respeito e equilíbrio de valores, coisa que o tempo pode chegar a trazer, porém isto tende a ocorrer na fundação de uma nova humanidade, numa espécie de Idade de Ouro da cultura, onde as instituições são devidamente unificadas -vale assim repensar as próprias Ciências, para se tornarem holísticas e não materialistas, como ainda são agora. É possível que a Europa viva hoje um “Final da História” e esteja preparada para conceber uma utopia social, porém tal coisa demanda a conquista do equilíbrio e da harmonia, coisa difícil de alcançar e preservar sem uma orientação superior e até transcendental, numa conexão viva com Shambala, e sob o incremento de uma educação holística -e permanente- da sua população, ao modo do varnashramadharma (ver) brahmânico original. Ver também AGARTHA, CHOHANS, ASEKHAS, TETRAREGIMISMO, SUNA e Quinto sistema planetário.

SINASTRIA. (astrol.) 1. Técnica astrológica de comparação de cartas astrais para verificação de compatibilidades psíquicas; 2. S. ESPIRITUAL. Método superior e probabilístico recuperada por LAWS, destinada a auxiliar na identificação das almas-gêmeas (ver), destinado a permitir a reorganização racial, e representado de distintas formas na Bíblia: de início os pares de animais da Arca de Noé (ver), logo as Doze Tribos (ver) e finalmente a combinação Apóstolos-Tribos no Apocalipse.

SÍNTESE (filosof.) O terceiro princípio da filosofia dialética. Somos sempre frutos do nosso espaço-tempo comum –e devemos ser cada vez mais-, mas sabendo digerir “antropofagicamente” as influências, olhando mais o que se fez nas fontes do que aquilo que se nos é trazido na foz. Só isto já ajuda muito, porque a roda deve ser usada e reposta em andamento, e não refeita completamente, como parecem pensar os anarquistas de todas as colorações.

SÍRIO. (árabe) “A Ardente”. A Estrela-Mor, sede da “Loja Azul” ou a estrela da Hierarquia, para qual todos os profetas se voltam, entre eles os Reis Magos, e a qual ostenta na mão o “caçador” Órion (ver), simbolizando a Humanidade. Segundo Blavatsky, todas as religiões da Antiguidade tinham por referência simbólica a este astro. Ver PATALA.

Sistema geográfico. (geosofia) Uma organização político-geográfica, podendo envolver especialmente municípios e regiões, mas também países (como no “império solar”) e até continentes (“império polar”). “Sistema geográfico é a coordenação de centros urbanos próximos e reunidos por afinidades comuns, tendo em vista a manifestação de uma unidade orgânica maior, não raro de propósitos transcendentes. (...) Antes de tudo, a realidade do Sistema geográfico é algo absolutamente natural. Comumente reflete uma rede de núcleos surgidos espontaneamente e unidos por afinidades culturais, ambientais, econômicas, espirituais e até étnicas. (...) Assim, os centros de um Sistema geográfico distinguem-se entre si apenas por nuances, estando antes destinados a formar uma rede de apoio mútuo, tendo em vista a defesa de interesses naturais ou culturais comuns. (...) Conforme a ‘explicação’ do prof. Mário Amazonas, um sistema geográfico observa, no plano social, a mesma lógica de unidade do sistema solar na organização do espaço cósmico, e do sistema endócrino dos organismos biológicos. Trata-se, assim, da organização de um Mesocosmo, ou de um cosmo (= ‘ordem’ em grego) social intermediário entre o Macrocosmo global e o Microcosmo individual. A meta é, portanto, a da cosmificação ou ordenação do nosso espaço vital; tal como os Antigos buscavam sempre fazer através de sua Geografia sagrada. (...) O sistema geográfico de evolução, é muitas vezes organizado em torno ou junto de algum centro maior, cuja natureza é grande demais para oferecer uma face humana, distanciando-se, assim, do povo e das regiões. Ao contrário do conjunto de pequenas cidades do sistema geográfico, que são humanizadas, mas sofrem com a alienação entrópica dos grandes centros Mas que são também aqueles grandes pólos culturais e econômicos em torno dos quais os sistemas geográficos gravitam, e com os quais trocam elementos. (...) Assim, o sistema geográfico de evolução representa uma estrutura sócio-cultural destinada a intermediar as relações entre um grande centro com a população circundante, especialmente através do centro ‘solar’ e síntese representante do sistema.” (O Sistema Geográfico de Evolução) Ver AGARTHA.

SISTEMA SOLAR. (astrolog.) Esquema evolutivo complexo, dotado de sete planos de atuação, dos quais o circuito de planetas materiais e visíveis constitui-se apenas um –o mais denso. Os critérios científicos tradicionais da doutrina esotérica, são mais profundos e completos que aqueles contemplados pelo mundo cien­tífico atual. “O Sistema Solar é um conjunto evolucionário composto por globos em diferentes estágios de desenvolvimento, e compreende em primeiro lugar a uma tríade de sóis que governam, cada um deles, por sua vez, a um período evolucionário também tríplice; conformando assim o “nove da iniciação” que representa a evolução nos três mundos: denso, psíquico e mental.” (“Trikosmos”, LAWS) Ver RONDA e TRIPLICIDADE SOLAR.

SIZÍGYA. (filosof.) Termo gnóstico para designar a dualidade dos eónes complementares. Ver KALPA.

SOBERANIA. (sociolog.) A auto-determinação dos povos ou dos indivíduos. Foucault e Merleau Ponty, propuseram substituir o conceito de soberania pelo de governabilidade. Porém, este último pode soar ainda excessivamente subjetivo. Atrelado ao problema do colonialismo (ver), a conquista da soberania também se dá por degraus, mas necessariamente haverá de requerer revoluções e/ou estratégias muito definidas.

SOBRIEDADE (filosof.) Conceito capital muito valorizado na filosofia tolteca de Carlos Castañeda, a sobriedade significa evitar a afetação, a vaidade e a excentricidade. Não fazer questão de se sobressair ou se destacar, nem ocupar lugares de destaque sem necessidade, e ao mesmo tempo não ser omisso e nem desejar ser medíocre. Convém evitar modismos ou usar gírias, assim como buscar vestir-se de forma clássica e sóbria. A sobriedade ensina a ser humilde e modesto, a guardar as próprias opiniões enquanto não estão revestidas de seguras verdades (ver). Talvez tudo o que se deveria desejar na vida são duas coisas: observar o senso comum, e refinar o senso comum. Assim, estaríamos sempre bem mais preocupados em resgatar coisas esquecidas, do que em inventar coisas novas.

SOCIALISMO. (filosof.) Filosofia social que prega uma sociedade com direitos plenos, coisa unicamente possível a partir da completa formação dos extratos sociais.

SOCIEDADE. (filosof.) Na Sociologia de LAWS, “sociedade” são as ordens culturais organizadas pelas classes inferiores, burguesia e proletariado. S. TRADICIONAL. Culturas com pleno desenvolvimento institucional e integração entre matéria e espírito. VER também CIVILIZAÇÃO.

Sociogênese. (filosof.) A Doutrina da formação e da evolução social, um dos grandes alicerces da obra de LAWS. Sabidamente, Blavatsky deixou alguns véus e certas lacunas na revelação da Doutrina Secreta –ela mesmo o afirma ou reconhece aqui e ali. Uma destas lacunas, diz respeito a uma Sociogênese, a qual está naturalmente na base da Antropogênese, tal como esta se encontra também na base de uma Teogênese, se podemos dizer assim. A Sociogênese trata dos tijolos com os quais é feito o edifício racial, para usar uma metáfora, daí fornecer maior pragmatismo ao conhecimento esotérico, ao detalhar os meandros da evolução humana. Isto ainda incluiria uma “revelação” na esfera da Geosofia ou da Geografia sagrada, tema afim ao Brasil como nação irisada de sétima sub-raça segundo a Teosofia. Bailey trata com agilidade o tema da revelação progressiva, anunciando novas e futuras chaves da Doutrina Secreta a serem fornecidas dentro do Plano. Tendo isto em vista, Bailey lega certas chaves para serem acionadas, seja no plano dos símbolos, como no das novas iogas. Tudo isto foi fundamental para a eclosão do trabalho de LAWS no ano de 1988 -tido também por Trigueirinho como um ano-chave. Naturalmente, alguns autores têm pretendido ocupar esta função no Plano, porém nenhum se insere com tamanha amplitude de conexões em relação às profecias de Bailey (e talvez de outras), incluindo as datas por ela fornecidas. Ademais, tem-se demonstrado que cada ciclo de revelações é plural, tendo um eixo ou “canal” central, e outros periféricos como raios complementares, através de co-discípulos do ashram do mensageiro e mesmo de exegetas avançados da própria revelação central, entre os quais eventualmente se sobressai um continuador, como fez Bailey em relação à sua antecessora, HPB. Ver PROJETO-ÊXODUS.

SocioLOGIA. (filosof.) As Ciências sociais de um modo geral. Na obra de LAWS, o tema alcança a dimensão de uma verdadeira Sociogênese (ver), representando assim uma nova Chave da Doutrina Secreta.

SOL. (filosof.) O astro-rei; estrelas com funções centrais. Na mitologia e na astrologia antiga, o termo kin foi usado pelos maias e nahuas de uma forma muito versátil, visandi designar o ser humano (ou antes, o seu signo astrológico diário), o dia e até a chamada Era solar. Acróstico da expressão “Sociedade dos Homens Livres”, forjada por LAWS. Ver QUINTO SOL e SUN.

SOLAR. (filosof.) Abordagem dinâmica, criativa, espiritual e integrada das coisas, contraposta à (abordagem) lunar como algo formal, passivo, desconectado e material.

SOLIDÃO (psicolog.) Um dos dilemas originais do ser humano, a solidão de Adão foi quebrada por Deus ao criar Eva, como contraparte ideal do primeiro homem, denotando a ação original do masculino na conformação do Paraíso. Ver ALMAS-GÊMEAS.

SOLSTÍCIO (astrol.) Etapas do curso solar em que o Sol se encontra em posições extremas, o mais perto possível da Terra e fazendo o maior dia (S. de Verão), ou o mais longe possível da Terra e fazendo o menor dia (S. de Inverno).

STUPA. (sânsc.) Construção budista simbólica e com estrutura cosmológica, empregada para guardar relíquias sagradas.

Suástica (simbol.) A “cruz gamada”, de difusão mundial. Símbolo da quintessência e do movimento dos Quatro Elementos, a suástica é de amplo uso no Oriente, sobretudo, e se destaca na esfera do aranismo. Vale “salvar” a suástica do uso nazi, assim como a questão das raças e muito mais que eles denegriram, porém os esotéricos não têm habilidade suficiente para isto. Geralmente se fala da “suástica invertida” nazi, o que é bobagem porque as duas direções da suástica são complementares e se acham comumente representadas juntas no Budismo. Os movimentos cósmicos, por exemplo, obedecem a diferentes “direções”. Existe porém, uma configuração na suástica nazi que se apresenta bastante rara, que é a sua inclinação. Aparentemente, isto indicaria uma distinta “programação” do símbolo em relação ao zodíaco, enfatizando os signos fixos ou de poder. O mais interessante nisto tudo, é que esta mesma suástica é usada na Teosofia –ver na parte superior do símbolo da ST. Vale notar a raridade deste tipo de suástica no Oriente, estando mais associada ao culto Bön ou Dugpa, a velha seita da magia negra tibetana. Mereceria uma investigação os possíveis contatos de HPB com os Bön, apesar deste nome não constar no Glossário Teosófico e ela mesma sempre associar os Dugpas à feitiçaria, defendendo unicamente os barretes amarelos, endossado assim a mentalidade européia da época. Ver NAZISMO.

SUB-RAÇA. (hierarquia) Os sete ciclos de 700 anos em média, dentro das raças-raizes, pontificados por Chohans, grau imediatamente superior ao dos Asekhas que pontificavam nas gerações áryas. Ver PACTO DO ARCO-ÍRIS.

SUBJETIVISMO. (filosof.) Ver CHAVE QUÂNTICA.

SUBLIMAÇÃO (filosof.) A busca pela superação dos desejos carnais e pessoais, destinando a também tornar alguém com isto “sublime”. Com a chegada da última raça “humana”, as perspectivas de transmutação visam dar a conhecer as promessas dos profetas neste mesmo mundo. Por isto, a sublimação já não depende tanto da fé, pois os seus frutos deverão ser colhidos neste mundo, sempre que se realize uma busca consistente e conte com os meios necessários. Trata-se basicamente da salvação da alma através da iluminação (ver) “científica” e, por extensão, do encontro do amor perfeito ou da alma-gêmea (ver), permitindo harmonizar sacerdócio e matrimônio.

SUCESSÃO APOSTÓLICA, Lei de. (filosof.) A sucessão apostólica é uma realidade e uma necessidade providencial, dela dependendo a evolução planetária; sendo, contudo, questionável a sua afirmação institucional formal nesta época do mundo. No sânscrito: Asekha Parampara Dharma, em árabe: Khalifa Rassul Allá “Esta Lei existe também para que a humanidade caminhe de forma unificada, tanto quanto possível, a sua importância cresce doravante neste sentido, neste novo contexto de universalização de informações a nível físico e espiritual; já que aquilo que estamos assistindo é de fato a preparação ou a emergência de uma nova Raça-Raiz mundial.” (Teocracia – Tradição & História) Ver GOVERNO OCULTO, LOJA BRANCA e TULKU.

SUFISMO. (filosof.) Conhecido como a grande escola do misticismo muçulmano, o sufismo nasceu no grande berço árya do esoterismo persa, origem de grandes santos e poetas do sagrado. Ver ISLAMISMO e QUARTO CAMINHO.

SUL. (geog.) 1. A região planetária que, juntamente ao Ocidente, é atualmente contemplada com a luz da civilização. 2. Região que abriga o pólo magnético da Terra, razão pela qual os chineses identificavam o Norte ao atual hemisfério meridional. Ver PÓLO.

SUN. (filosof.) Iniciais usada por LAWS para desinar a “Sociologia Universalista”, na obra de mesmo nome. Ver SOL.

SUNA. (filosof.) 1. Palavra árabe que significa tradição (ver), fundamentando uma das duas mais difusas ramas do Islamismo, baseada nas Escrituras (o Alcorão); 2. Sigla da Sociedade Universalista Nova Albion, entidade presidida por LAWS, na virada do Milênio, para divulgar o seu trabalho. Proposta por alguns estudantes de sua obra, a tarefa foi finalmente aceita pelo professor de forma experimental e, sobretudo, visando assegurar a integridade da proposta original. Neste aspecto, a forma final seria a de buscar organizar uma Sinarquia (ver) pela interação entre Igreja, Universidade e Ordem.

SUNYA. (sânsc.) O “vazio” ou a “vacuidade”, condição inerente à existência física segundo a filosofia oriental, pregada especialmente pela doutrina budista. A rigor, posto que cada realidade está sujeita à superação, o Budismo avalia diversos graus de sunya. Essencialmente, sunya é a contraparte existencial de maya (ver), por assim dizer.

SUNYATHA. (sânsc.) A “Lei do Vazio”, pregada por Gautama Buda, tendo em vista o esclarecimento da vacuidade intrínseca aos fenômenos materiais. Ver SUNYA.

SWETA DWIPA. (sânsc.) O “Continente Branco”. O Ártico ou a Antártida que, segundo a exegese exotérica, um dia teriam sido habitados sob outras condições. Em LAWS, toda a Ásia (ver) como Terra Prístina ou Oriens ex lux. Ver SIMHA.






















T

TÁBUA DA LEI. (teologia) A tábua onde Moisés (ver) registrou as Dez Leis de Deus, ou o Decálogo. As primeiras tábuas foram destruídas pelo Legislador. Enquanto Moisés esculpia em pedra os Mandamentos de Deus, em retiro no Monte Sinai, muitos hebreus cederam à idolatria e construíram uma estátua de ouro do bezerro, símbolo do culto atlante e da Era de Tauro, todavia extinta então, tratando-se pois de um deus morto.

TÁBUA DE ESMERALDAS. (esoter.) Súmula do Hermetismo tradicional, trazendo as chaves da Alquimia, da Astrologia e da Geosofia. O grande código esotérico do mítico Hermes Trismegisto (ver), encontrada na obra Corpus Hermeticum. Vale destacar aqui, inicialmente o preceito de analogias (superior-inferior, etc), pelo qual muitos pretendem erroneamente ver “influências” do superior sobre o inferior, mas que expressa tão somente uma grande Harmonia cósmica. E logo, a necessidade de devotar-se inicialmente ao superior (como um "retiro") e depois retornar ao mundo para por à prova as nossas novas faculdades. O vitorioso é um liberto. Porém, esta sabedoria que pode soar tão evidente em nossa época, pode não tê-lo sido tão evidente em tempos idos, como dos nossos antepassados atlantes, cuja espiritualidade era basicamente a do ascetismo e do sacrifício. A presença desta verdadeira síntese filosófica nos grandes ensinamentos áryos (“síntese” é a etapa ternária da Filosofia Dialética, mais acessível à terceira raça-raiz), mostra que ela ainda trazia a natureza de “revelação”. E isto nos remete a outro Hermes, Sidarta Gautama (cujo título de Buda se assemelha ao nome indiano do planeta Mercúrio, regente espiritual desta raça), e que nos conta esta mesma história de outra maneira, ou seja: pela busca do "caminho do meio". E é isto que visa, acima de tudo, a Tábua Esmeraldina de Hermes Trismegisto. Segundo da obra “Trikosmos”, “(...) A Tábua Esmeraldina é uma exposição prática de Filosofia Dialética, onde o Macrocosmo é a tese, o Microcosmo é a antítese, e o Mesocosmo é a síntese”.

TANGKA. (tibet.) pinturas em tecido contendo imagens de deidades e símbolos da tradição budista tibetana.

TAO. (filosof.) “O Caminho”. Filosofia revelada por Lao Tsé (séc. VI a.C.) que prega a harmonia dos contrários e uma cosmologia deles derivados. “Sabemos, por exemplo, que as três principais formas geométricas do universo, as quais basicamente estruturam todas as restantes, são: o círculo, o quadrado e o triângulo. Ora, é justamente esta tríplice simbologia que procura representar a essência etimologia da palavra ‘TAO’” (“Tetragrammaton”), coisa esta prefigurada já nas próprias letras do afabeto.

TAOÍSMO. (filosof.) “Apesar do taoísmo histórico remontar apenas à época do Buda, com Lao-Tsé, seus seguidores estabelecem suas raízes com Huang Ti, o mítico ‘Imperador Amarelo’ que teria reinado em torno do século XXVI a.C. A partir de uma leitura do universo em termos de forças opostas (Ying e Yang), o taoísmo busca a simplicidade, o equilíbrio e a harmonia, típico da etapa central de um dharma racial, quando chega a hora de um ‘balanço geral’ das ener­gias.” (“Trikosmos”)

TARA. (sânsc.) “Estrela”. A musa presente porém inalcançável dos Arhats, a consorte tradicional dos Bodhisatwas, e anagrama de Arhat (ver). Com equivalentes em todas as grandes tradições (egípcia, grega, cristã), o tema é desenvolvido por LAWS na obra Matriarcado & Nova Era.

TAU. (esoter.) Ou o símbolo da cruz. A fusão dos contrários céu e terra, vinculado aos mistérios de Vênus. Foneticamente, era a Palavra-sagrada da raça atlante, segundo Alice A. Bailey, útil nos mistérios da Segunda Iniciação. O martelo criador de Zeus (ver) e outros demiurgos. Uma “Palavra-de-poder”, tema capital das verdadeiras Escolas inciáticas, porque “no princípio era o Verbo”, Escreveu C. Lead­beater: "A palavra sagrada da Raça atlante era Tau, exatamente como a da raça ariana (a quinta) é Om. Diz-se que as palavras sagradas dadas às Raças-Raízes em sucessão são as sílabas consecutivas de uma grande palavra que é o verdadeiro Nome Sagrado." (Vida Interior, I) Sobre a cruz-Tau, para Blavatsky, “este sinal pertencia exclusivamente e pertence ainda aos Adeptos de cada país.” (Glossário Teosófico) Além de tudo o que se sabe significar a Tau (cruz ansata da Vida, iluminação, cruz latina, cruz astronômica, etc.), ele sinaliza uma síntese de conhecimentos dinâmicos, estando diretamente relacionada ao Tetragrammaton (do qual é uma síntese gráfica) e servindo de instrumento de criação do universo (daí o martelo de Thor e símbolos análogos), espécie de Súmula Máxima da Ciência dos Adeptos, portanto. “Tau significa também ‘sendeiro’”, diz Blavatsky no “Glossário Teosófico”, já identificando ao Tao chinês, “caminho”. Ver também TET, ANCK e GUIMEL.

TEATRO. (arte) O vínculo existente entre o sacerdócio e o teatro, é realmente natural e de primeira ordem. Sabemos que os videntes e os xamãs, fizeram sempre um amplo uso da representação e da “teatralidade”. Isto é uma coisa muito óbvia na Bíblia, a forma como os profetas faziam uso da metáfora gestual e da dramatização, para impactar a mentalidade das pessoas. Relacionado a isto, o teatro antigo fazia amplo emprego da caricatura e do gesto burlesco, reunindo assim a sátira e o drama, ou o chamado tragicômico. A ridicularização é uma forma de persuasão, de denúncia e de conscientização sobre situações insustentáveis. O gesto exagerado é uma maneira de dar ênfase a algo negativo, ao qual as pessoas tendem normalmente não se dar muita conta. O mesmo se refere à figura do bobo da corte, uma instituição que testemunha o apreço que os antigos tinham pela teatralidade como forma de aconselhamento. O teatro é uma arte mais poderosa do que o cinema, porque envolve uma série de elementos e elaborações que conferem à peça uma verdadeira dimensão ritualística. O envolvimento de elementos humanos, como voz e gestualidade, traduzem uma energia única. Os elementos acessórios, como máscaras, maquiagem, figurinos, cenário, música, iluminação, ritmo, coros e outros efeitos especiais, completam um quadro capaz de induzir a uma arrebatadora experiência sensorial, quiçá onírica e até um quase-transporte de situações no espaço-tempo. O nascimento do teatro grego com Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, foi justamente para transmitir os mitos, as epopéias e os relatos antigos, assim como traduzir elementos de ética e ilustrar sobre os resultados das ações humanas. As comédias também satirizavam os costumes e denunciavam certos personagens mais canhestros –inclusive os próprio deuses-, servindo ademais para tipificar as pessoas. Neste sentido, o teatro surgiu na transição da tradição oral para a cultura literária, assim como na emergência da cultura-de-massas e do incremento das cidades ou da vida urbana. O teatro floresceu em Roma no século III e já no seguinte entrou em declínio, sendo substituído por formas mais vulgares de entretenimento. A Igreja cedo foi levada a combater o teatro romano ao se verem os cristãos caricaturizados, mas também para denunciar o caráter promíscuo dos artistas! Adiante, voltaremos a este assunto. Por tudo isto, quando sucedeu a queda do Império Romano, o teatro foi praticamente sepultado com ele, vindo a ser retomado apenas muitos séculos mais tarde, no ápice da Idade Média, e justamente para encenar dramas religiosos sob o patrocínio da Igreja –mais tarde combatido pela Reforma, que tratou de secularizar de vez a arte, em função do espírito iconoclasta do protestantismo. Ainda no Renascimento, o teatro se reergue de certa forma através da ópera e da retomada do drama clássico. O teatro popular origina a commedia dell’arte, e mais tarde o realismo, o psicologismo, o simbolismo, o naturalismo e até o drama social. Émile Zola via no teatro uma função de terapia social, reaproximando-se algo da idéia original do sacerdócio. No geral, cada estilo e manifestação da arte, encontrava no teatro uma forma de expressão. Assim, mais recentemente tivemos o futurismo, o dadaísmo, o surrealismo, o lirismo, o existencialismo, etc. No último século, vimos a adaptação das artes cênicas para o cinema e a televisão. Porém, na medida em que o teatro se transforma em entretenimento ou num elemento da cultura burguesa, o ofício naturalmente se degenera, vindo a fomentar uma ação oposta à sacerdotal, através da desconstituição ou desagregação da personalidade do ator, o que também desqualifica a sua arte. A própria projeção que o ator recebe no seu ofício tradicional, e cada vez mais através dos veículos de massa, representa um desafio ao próprio equilíbrio do ego, pois denota uma situação de poder e de prestígio não raro descomunal, abrindo portas –quiçá proibitivas- fora e dentro de cada um. Muitos encontram um alicerce interior no cultivo sistemático da ética, da moral, da religião e da espiritualidade –eis a associação tradicional do ator e da espiritualidade. Muitos outros, contudo, menos experientes e amadurecidos, são induzidos ao vício e à promiscuidade. O fato da profunda proximidade entre a condição de ator e a homossexualidade, não há de ser casual. É que o homossexual tampouco detém uma personalidade afetiva definida, buscando “oscilar” nos papéis sexuais ao seu bel prazer, e assumindo a sua função de uma forma algo livre e intencional, desvinculada das idéias de destino, pecado e natureza. Assim, tal como a “representação” livre pode induzir à homossexualidade, a partir de um sentimento onipotente de liberdade e desvinculação de um self definido (relaxamento do superego), a própria homossexualidade se traduz como um exercício representativo do sexo e até da personalidade, em torno de um núcleo interior flexível ou débil de si, caracterizado pela dissociação do eu, tangenciando a esquizofrenia e a própria bipolaridade. Daí o risco de ser fazerem leis tendo por bases condutas mal conhecidas ou compreendidas nas suas origens, apenas para satisfazer tendências sociais.

TELEPATIA. (filosof.) Também conhecida como “clariaudiência”, este dom ou poder iogue pode ser uma vocação ou se desenvolver através de trabalhos espirituais, achando-se em nível semelhante à clarividência. A telepatia possui, ademais, fortes vínculos com a mediunidade (ver) ou com a mediação espiritual.

TELÚRIA (antropol.) A Nova Raça-Raiz (ver) (teluriana), a América do Sul.

TELURISMO. (antropol.) Influência do meio-ambiente sobre a formação cultural. Uma das chaves para a organização do universo cultural e simbólico local. Em LAWS, o tema é amplamente explorado, em termos de Geografia Sagrada (ver) e de Astrologia Profunda (ver). Ver também AXIALIDADE.

TEMPERAMENTO. (psicolog.) Os Quatro Temperamentos estavam no cerne da psicologia medieval, participando das grandes divisões da Astrologia (ver), na sua correlação com os Quatro Elementos (ver) tradicionais, relacionados ao caráter, à herança genética, à formação socia, à educação, à geografia, etc. Os Quatro Temperamentos são classificados como Colérico, Bilioso, Fleumático e Sanguíneo. Na sua base, se encontram ainda as qualidades primitivas de frio, calor, seco e úmido, que combinadas em pares dá origem aos temperamentos. Vale notar que, tal como os Elementos, os temperamentos tem uma estrita relação com a temperatura. O clima das regiões, determinam amplamente o temperamento médio das sociedades locais.

TEMPLO. 1. Símbolo da Alma, representado pelo Templo de Salomão, cuja proteção ou edificação seria a tarefa histórica da Maçonaria. 2. SEGUNDO T. Símbolo maçônico-judaico, que LAWS aplicou à Grande Fraternidade Universal, dentro da escala da cerimônia do Fogo Novo (ver).

TEMPO. (física) “As novas conquistas da ciência têm afirmado o Tempo como uma dimensão própria. Isto significa que ele se torna objeto de conhecimento e de manipulação. Ora, os sábios antigos sempre trataram de manejar com esta dimensão, através do instrumento de suas consciências. Por este meio eles têm realizado façanhas assombrosas, quase inacreditáveis mesmo. (...) A resolução da questão temporal soluciona praticamente toda a problemática humana, que se resume a manter a chama de consciência com a qual veio ao mundo, alcançando a libertação dos limites da temporalidade, que se expressam no prazo vital que tem o indivíduo para realizar a sua meta evolutiva básica.” (“Trikosmos”)

TEOCRACIA. (sociol.) Regime político onde a sociedade é governada por um representante único de Deus, como um profeta ou Manu, senão é governada por uma classe sacerdotal, quando corresponde melhor a uma hagiocracia ou, em sentido corrompido, a uma clerocracia. A “Civilização da Religião”, o estado social mais elevado que a humanidade pode conceber e experienciar como tal. A verdadeira teocracia não é, pois, uma simples clerocracia... Um povo realmente regido por Deus ou pelos Mestres (Manus, Profetas, Patriarcas...) –na medida em que os iluminados possam ou devam atuar nestes termos, coisa sempre excepcional-, estão sujeitos a uma teocracia real, coisa totalmente fantástica e maravilhosa, pois conta, afinal, com seres sobrehumanos para oferecer diretrizes superiores e imaculadas (ou reveladas!) de evolução... Aqui pode haver, no entanto, um quadro de Governo Paralelo do Mundo, onde os grandes sábios não interferem realmente na ordem temporal. Podemos evocar então tradições como a dos celtas, onde os druidas assistiam as tribos algo externamente.  Entre os guaranis, havia os karaís que eram sábios itinerantes tidos como divinos, que iam de tribo em tribo para dar as orientações necessárias. Certamente muitos outros exemplos poderiam ser levantados. Numa outra ótica, a idéia de império, dentro da visão antiga ou tradicional, tampouco se afasta deste quadro hierárquico. Existe uma obra muito interessante do perenialista Frithjof Schuon, chamada “Sobre os Mundos Antigos”, que trata desta questão e afirma coisas como  “o imperialismo pode vir do céu ou simples­mente da terra, ou mesmo do inferno em qualquer caso, é certo que a humanidade não po­­de manter-se dividida numa pulverização de tribos inde­pen­dentes” –e belicosas, acrescentamos. Por outro lado, em algumas partes a vida tribal tem se mantido por milênios, cultivando um espírito guerreiro e independente, mas seguindo também normas sócio-culturais muito rígidas, para as quais figuras como os citados druidas e karaís tem sido os baluartes imemoriais. “A Teocracia pode ser definida em sua natureza essencial, como o ‘Estado de Unidades’, ultrapassando neste caso o caráter monista focalizado no rei pelas monarquias, para dirigir-se diretamente aquele Mais Alto como origem e fim de todas as coisas, também através de sua Representação terrestre todavia, porém agora despida de simbologias e referências secundárias. (...)Não estamos com isto, propondo a adoção de uma teocracia ou algo semelhante neste século XXI, pois as bases sociais ainda não estão maduras para isto. Cabe avançar na organização do país e da nação, em termos nacionalistas fraternais. (...) A nova Teocracia “perfeita” quando vier, especialmente no bojo da futura Idade de Ouro, deverá ter como pauta maior a defesa profunda do meio-ambiente e a visão de um humanismo superior, assim como a integração da Religião e da Ciência, resultando no Esoterismo ou no resgate da Tradição de Sabedoria.” (Teocracia – Tradição & História). Ver SINARQUIA e ELO SAGRADO.

TEORIA. (filosof.) A especulação pode levar longe no mental e até conduzir a labirintos. Uma teoria é importante quando está a serviço de uma praxis ou de um sistema, e isolada ela sempre tem pouco significado. “Para esclarecer melhor, expliquemos também o que não seria Teoria. Se se buscar através disto entender a causalidade ou o sentido das coisas, já virará Epistemologia. A análise das razões de porque fazer ou não as coisas, diz respeito à Moral. Se buscar as origens temporais de um saber, então se refere à História. Se avaliar o significado de sua aplicação, então representa uma Filosofia. A investigação dos métodos de conhecimento é a Escolástica. A crença em uma premissa é a Fé, e sua formulação é o Dogma. Se um saber está envolto por alegoria, então representa um Mistério, e se ele se dedica a desvendá-lo, se trata de Hermenêutica. A interpretação ou o desenvolvimento de um texto é a Exegese; e uma certa abordagem geral mais ou menos genérica, poderá se constituir em Erudição. Finalmente, a aplicação prática em sí, já será Ciência. Todo o resto será, provavelmente, especulação ou divagação.” (LAWS, em “O Calendário Astrológico”)

TEOSOFIA. (filosof.) “Ciência divina”, doutrina que trata das coisas do Espírito e da revelação superior. Termo adotado por Helena P. Blavatsky para designar a sua filosofia esotérica, na qual procurava sintetizar Ciência, Religião e Filosofia. A Teosofia existiu antes e depois da Sociedade Teosófica, e seu nome remonta à época alexadrina e neoplatônica, através de nomes como Amonio Sacas. Contudo, assim nomeada ou não, o tema sempre existiu em muitas outras épocas... HPB foi genial, mas também muito crítica do alheio, como costuma acontecer. A própria Teosofia foi e é acusada de fraude muitas vezes. Um autor admirado como René Guenon, escreveu uma contra-história da ST. Porém, cabe ser um pouco como o Buda, achando que cada um tem uma parte da razão -e algumas tantas falhas. Pontos-de-vista são assim mesmo. Saudável é o caminho-do-meio entre a letra morta e a fantasia. Acreditamos que não haja uma dogmática teosófica, e que a teosofia não representa uma doutrina estanque, infalível ou acabada -há falhas/lacunas sérias, por exemplo, na área da Sociogênese “original”, sérias deficiências na praxis hermética, pouca informação sobre Geografia sagrada, etc., etc. Pelo contrário, desde a própria Blavatsky, grandes expoentes falam da revelação progressiva das Chaves da Doutrina Secreta. Para muitos, a “teosofia original” é apenas uma base e ponto-de-partida, nem sempre a palavra final. Mas tudo é Teosofia, sempre que respeite aos Três Princípios originais. A Sociedade Teosófica, representaria a base de implantação do Plano da Hierarquia (ver). “Teosofia é a ‘sabedoria divina’ ou a “sabedoria dos deuses”. Envolve o conhecimento das forças criadoras do Universo, passivas e ativas, naturais e espirituais. O termo é imemorial e remonta certamente às primeiras civilizações do mundo.” (Tetragrammaton) Muita coisa na literatura teosófica ainda era tema de fé, porque não permitia um real entendimento, servindo antes para uma “aproximação mística” da verdade, própria para iniciantes quiçá, que ainda aceitam (ou necessitam!) conviver com alguns Véus de Ísis. Este mundo místico e maravilhoso, até mesmo assombroso, envolve as emoções do noviço e até do leigo que ainda precisa crer, servindo como uma espécie de jnana-bhakty catalisador. Os grandes autores teosóficos surgiram num momento em que a ciência positivista aflorava, e a isto os teósofos fizeram um importante contraponto histórico... Estes autores tentaram uma síntese ciência-filosofia, mas ofereceram todavia um quadro bem embrulhado de informações, como uma massaroca a ser todavia destrinchada, coisa que a “neo-teósofa” Alice A. Bailey começou a fazer.. Nos ciclos humanos, por exemplo, ou “Antropogênese”, há muita coisa que se aproxima mais de uma paleontologia (estudo das espécies) humana, do que uma efetiva antropologia racial. Ao que tudo indica, os citados autores trataram da Ciência de uma forma amadorística, e do esoterismo de uma forma mítica. Ver LOGOS e TEOSOFIA CIENTÍFICA.

TEOSOFIA CIENTÍFICA. (filosof.) A partir da base teosófica, e através do Plano de revelações destinados a preparar a humanidade para a Nova Era, o espírito de objetividade e pragmatismo de LAWS o levou a realizar um amplo cotejamento de informações ecumênicas, inclusive científicas, em busca da Verdade final das coisas. Assim surgiu um panorama realista das datas e dos ciclos –rondas, raças, etc., que tem me levado a denominar internamente o seu trabalho de “Teosofia Científica”. Tal aproximação definitiva entre Ciência e Filosofia –complementando outros esforços nesta direção, inclusive aqueles advindos da Ciência moderna-, se traduz no símbolo das ondas paralelas de Aquário. A Teosofia Científica emprega a palavra “Ciência” num sentido amplo em favor da espiritualidade, seja em termos gerais ou específicos. No geral, se trata de levar em consideração as idéias e as constatações da Ciência moderna, considerando que a Sabedoria “pós-racional” da nova raça-raiz representa se valer da razão como instrumento para a intuição, tratando-se assim de um retorno ao sensível de forma mais equilibrada e harmoniosa, próprio dos Mistérios do Coração. De forma específica, se trata de empregar o Ocultismo Prático, a Ciência espiritual com propriedade e o Método esotérico com precisão. Com isto, permite resumir e avançar nas duas etapas anteriores do Plano da Hierarquia. Em suma, a chamada “Teosofia Científica” é a doutrina da terceira geração da revelação teosófica, dentro do Plano da Hierarquia de preparação da Humanidade para a Nova Era, anunciado por Alice A. Bailey em meados do século XX. As Três etapas do Plano, devidamente completas, são:
1. Câmara do Aprendizado: Iniciante ... Sociedade Teosófica (HPB) ... Teosofia
2. Câmara do Discipulado: Iniciado ..... Escola Arcana (AAB) ............ Antroposofia
3. Câmara da Iniciação: Iniciado .......... Escola Agartha (LAWS) ........ Geosofia
A terceira e última etapa do Plano, que é a atual, se desdobra na verdade nas duas sub-etapas raciais desta transição de Milênio: uma de Recapitulação racial (ligada ainda à Raça Árya, através da sua sétima sub-raça) destinada à metade superior do país, e outra de Revelação racial (ligada à nova Raça Teluriana, mediante a sua primeira sub-raça) destinada à metade inferior da nação. Ver TEOSOFIA.

TEOTIHUACAN. (geog.) A “Cidade dos Deuses” ou “cidade one os homens se tornam deuses”. Grande sede teocrática dos primórdios da civilização pré-cortesiana, onde situa-se os arquétipos piramidais atlantes, na dupla formação das Pirâmides do Sol e da Lua. Conta a lenda, que ali foi criado o Quinto Sol (ver), a quinta era solar ou quinta raça-raiz, pelos deuses ali reunidos, numa autêntica assembléia agarthina deliberativa. Tem-se como data fundadora da Quinta Era solar o ano de 3.113 a.C., o qual talvez posteriormente tenha sido associada à esta cidade através de algum sincretismo local. Na prática, soaria ínverossímel uma associação direta entre tal data e a “Cidade dos deuses”, cuja existência remonta apenas à época de Cristo aproximadamente. Contudo, o espírito e o sentido real desta lenda, estaria fazendo alusão ao fato de que a cultura do Quinto Sol se firmou nesta cidade, em favor da renovação do universo cultural da região (comumente associada ao período atlante), e seus cânones podem ter sido realmente codificados por uma assembléia de iniciados reunidos naquele lugar com este propósito, formal e/ou informalmente, face uma congregação intencional ou apenas tendo seus adventos aproximados no tempo e até no espaço, tal como as lendas orientais falam acerca da missão dos rishis (ver) reunidos sob a vinda dos avatares, e que na prática pode se observar por vezes como uma época de vinda de muitos iniciados notórios, entre eles algum buda, messias ou avatar, sobretudo em algumas regiões, como ocorreu na Índia, na Grécia e na Palestina. E que em algum momento pode ter dado lugar a assembléias factuais, mesmo que presididas por apenas um ou por alguns poucos seres notórios, como aconteceu no círculo de apóstolos de Jesus.

TERAPEUTAS. (antropol.) Seita egípcia ligada aos Essênios (ver). Os novos grupos de terapeutas que tem surgido especialmente a partir da década de 90, representariam uma versão moderna daquela tendência histórica, antecipando revelações maiores e uma mudança de tempos.

TERAPIA. (psicol.) A busca da saúde física, e mais comumente da integridade psico- mental. A Cabala não deixa de buscar efetuar estas retificações do caráter. A questão do “psicologismo” é coisa muito atrativa para certos temperamentos, daí as “vias” psicológicas, transpessoais, etc. Nisto entraria ainda a famosa “iniciação simbólica” da Maçonaria. Os ritos extensos (33 graus de Maçonaria, 32 Caminhos de Sabedoria da Cabala), correspondem a uma via simbólica, humana ou de samsara. Se dá em contrapartida à via rápida e sumária do Pilar central da Árvore (quaternário) e ao Vajrayana ocultista. Porém muitas vezes, os próprios chamados “caminhos esotéricos” é que fazem vítimas! O caminho já é difícil por si, as pessoas não têm tempo ou vocação para buscar aprofundar e investigar mais, e comumente recebem uma carga de mitos e de informações desencontradas e irracionais. Em parte a culpa é da falta de orientação, as pessoas “ficam no mental”, como se diz, ao invés de temperar o estudo com a prática, que não é só meditação, mas também solidariedade e assim por diante. É sempre importante reforçar que, se as investigações intelectuais têm o seu papel seguro, o importante mesmo é a prática a que elas tratam de conduzir e as metas concretas que se propõem. Muitas vezes as escolas são muito boas numa coisa, e falhas em outras, afinal a síntese é coisa rara e nem cabe a todos fazerem de tudo, estando nisto o valor da “busca ecumênica”. Assim, a “terapia” também pode ser feita através de auto-disciplina, da humildade e da integração, incluindo a inserção numa sociedade tradicional que busque a harmonia das coisas. Entre outros muitos fatores auxiliares. A Psicossíntese de R. Assaglioli possui uma vertente algo esotérica, ele que foi co-discípulo do Tibetano junto a Alice A. Bailey. Mas a meditação e as várias iogas também ajudam muito nisto tudo, e de preferência elas devem ser praticadas em grupo. “Terapia” só é necessária quando nos fechamos entre quatro paredes na vida. A sadia espiritualidade que se abre para o superior (hierarquia) e para o inferior (humanidade), cura porque faz fluir tudo através da integração e da unidade.

TERMAS. (tibetano) “Tesouros espirituais” encontrados ciclicamente pelos tertöns (ver). “Tais tesouros são apresentados na forma de objetos (amuletos ou talismãs) ou escritos ocultados pelos sábios, mas aludem esotericamente à ciência espiritual iluminada trazida pelo Avatar a Seus Representantes dinásticos na Terra, que a recicla em cada nova época do mundo.” (Shambala – o retorno à Ocidentalidade)

TERRA. (topog.) O planeta onde reside a humanidade, o único planeta “vivo” conhecido, ainda que muitos outros tenham dinâmica interna. Corresponde à divindade Gaia (ver) dos antigos gregos (Telus em latim), a deidade original juntamente com Urano, o Céu. Objeto da “Teoria Gaia”, pela qual o planeta seria um ser vivo, a qual LAWS emprestou novas dimensões em obras como “O Oráculo de Gaia”. 1. TERRAS ALTAS. Região da América do Sul que compreende os Andes e as faixas litorâneas a Leste. A cultura ancestral das Terras Altas é de natureza basicamente civilizada. 2. TERRAS BAIXAS. (topog.) Região da América do Sul à Oeste dos Andes. A cultura ancestral das Terras Baixas é de natureza basicamente xamanista. Ver PACTO DE TERRITORIALIDADE.

TERTONS. (tibetano) “(...) buscadores de tesouros espirituais (termas -ver) dos quais, diz a tradição estabelecida por Padma Sambhava, existir igualmente apenas um em cada geração, relacionando-os amiúde a reencarnações (tulkus) de algum Avatar ou Sábio maior, mas geralmente do próprio Padma Sambhava.” (Shambala – o retorno à Ocidentalidade)

TETRALUCIS. (filosof.) A “Quádruple Luz”. Expressão forjada por LAWS para designar a nova natureza quaternária dos Mistérios Menores (ver), numa adaptação da palavra Trismegisto, ou tríplice magia”, que designava os Mistérios Menores áryos. O novo cânone quaternário da Humanidade inclui, basicamente: o grau quaternário da iluminação, o calendário lunar, a valorização do paralelo 40 e o símbolo da pirâmide quádruple. Ver também CÂNONE (NOVO) e MISTÉRIOS CTÔNICOS.

TET ou TAT. (cosmologia) A conjunção das taus quádruples na criação do cosmos. “O ‘TET’ é denominado ‘a espinha dorsal de Osíris’, ou seja: a estrutura do campo espacial do sistema solar. É um dos mais importantes amuletos egípcios e símbolo real. Também chamado “A Coluna”, o TET ou “djed” é um pilar que simboliza a ressurreição mítica de Osíris, representando a reorganização cíclica do espaço cósmico. Trata-se do mesmo tema da Árvore Cósmica na qual Osíris foi sepultado segundo uma das lendas. Tal Árvore é também representada pelo Candelabro Sagrado dos Judeus, abaixo representado com suas divisões numéricas, assim como pelas colunas gregas que ostentavam símbolos tetragramáticas na sua elaboração: volutas, etc.” (Tetragrammaton) Ver TAU.

Tetragrammaton. (teologia) O IHVH (ver) ou Jeovah. O “Nome Divino” (ver) é dito o “Inefável”, porque está relacionado à forma IAO (ver), a Palavra Oculta da Iluminação, uma vez que “o nosso Deus é um fogo consumidor” como já se revelara a Moisés na sarça ardente do Monte Horeb.

TETRAREGIMISMO. (sociol.) Ou “Tetraregimentismo” (sic). Fórmula social proposta por LAWS (em “THEOS – a Religião da Civilização” e outras obras), seguindo a idéia da evolução racial e empregando uma síntese histórica, harmonizando através de uma ordem “concêntrica” (não distante da prática tradicional do império solar), e integrando todos os quatro sistemas sociais (teocracia, monarquia, república e oclocracia), numa espécie de Sinarquia (ver) quádruple, adaptada pois para a nova (sexta) raça-raiz. Esta seria, pois, a distribuição em vista: teocracia para o país, monarquia para as regiões, república para as províncias e oclocracia para os municípios. Claro que esta concepção receberá resistência e ceticismo, afinal não apenas se perdeu histórica, factual e conceitualmente o conteúdo dos regimes hierárquicos (teocracia e monarquia), como também se superestima, sobrevaloriza e enfatiza hoje aos regimes anárquicos (plutocracia e oclocracia). Contudo, a semente deve ser lançada, pelo estudo e a investigação dos fatos, assim como face a renovação das coisas e o resgate da verdade.

TETRAKTYS. (grego) A pirâmide de valor 1-2-3-4 composta por Pitágoras, a partir do valor 10, e que também reflete as proporções do manvantara (ver) hindu. De ampla utilidade no ocultismo, se destina a dar substrato aos ciclos esotéricos e espirituais de evolução do homem. Ver RONDA e YANTRA.

TEURGIA. (filosof.) A magia divina ou a magia branca, empregada na ritualística canônica, que coordena, sublima e consagra os Elementos da Natureza. Ver RITO.

TIRTANKARA (filosof.) O “fazedor de pontes” da religião jaina, um dos títulos de Mahavira. Ver PONTÍFICE.

TIWANAKU. (geog.) Capital de um grande império solar situado às margens do Titicaca, ápice da cultura pré-colombiana na região dos Andes. Destaca-se como o monumento mais conhecido a “Porta do Sol.”

TODDES. (antrop.) Misteriosas tribos de cultura atlante dos Montes Nilguiri (ou “Montanhas Azuis”) da Índia Meridional, de cultura em muitos traços semelhantes à dos Tupis (ver) do Brasil central, e revelados por H. P. Blavatsky.

TOLTECAS. (antrop.) Uma etnia nahua original, fundadora do mito de Tula e Quetzalcóatl (ver), e que escreveu a grande página aristocrática da civilização pré-colombiana –alguns suspeitam igualmente dos seus vínculos com a era teocrática de Teotihuakan (ver), embora outros pensem que nesta época eles eram ainda bárbaros, surgidos na crise do ciclo teocrático para dar um novo impulso civilizatório. É o grande foco de análise xamanista de LAWS, seja pela importância histórica que teve no contexto meso-americano, seja pelas adaptações reveladas por Carlos Castañeda (ver). Existem nos ensinamentos que este antropólogo registra, inúmeros paralelos e pontos tangentes com muitas tradições orientais, mas há um outro tanto muito particular e precioso em Castaneda, fruto da vidência própria. Muito disto também teria a mão dos chineses, e desde o começo, na verdade, porque foram eles que civilizaram o México. A ênfase no centro umbilical -comumente base do Chiltan (ver)- é um destes traços.

 TONAL (ocult.) Na Filosofia esotérica tolteca de Carlos Castañeda, se trata da chamada “primeira atenção”, o estado-de-consciência relacionado ao mundo cotidiano, ou mesmo à Física “clássica” ou de Newton e Descartes, dir-se-ia. Contrapõe-se nisto ao nagual –ver. Ver INTENÇÃO.

TRADIÇÃO. (filosof.) Corpo de costumes e observâncias de uma cultura. Difere do atavismo, no sentido de que este se reduz à observância formal das coisas. Tradição implica em procurar uma dimensão mais profunda, antes ligada ao ser. A Sociedade Tradicional é, neste sentido, aquela que busca organizar a cultura da unificação das instituições. O resultado é a busca do ideal da conquista do paraíso terreno, algo diametralmente oposto a toda a utopia laica, que opta antes por reduzir os conflitos pela cirurgia castradora das classes sociais. Religião e esoterismo devem buscar se integrar numa hierarquia de valores, de modo a fornecer benefícios mútuos. O crente sem conhecimento pode ser um fanático, e o esotérico sem fé pode ser um presunçoso. A tradição surge, nisto, como um sinônimo de sagrado (ver), disposto porém a realizar pontes e a manifestar a unidade, reflexo direto da mentalidade dos Mestres da qual a Tradição é uma concepção direta. Como já insistia René Guenón, “Tradição” é o conjunto da civilização una ou unificada, como o Cristã medieval ou a Budista, fora disto há somente Escolas iniciáticas (por assim dizer), mas que também podem evoluir para uma Tradição, se tiverem suficiente abertura social e sabedoria espiritual, e como realmente é muitas vezes a sua função histórica. As verdadeiras Tradições são bastante parecidas entre si -até por isto se chamam “tradição”-, e nelas o instrutor é imprescindível, porque nada tem com amadorismos e individualismos. Muitos confudem “tradição” com Escolas místicas exclusivas e preparatórias (algumas talvez com certo respaldo no passado), outra coisa é o Pramantha, a Grande Tradição que olha por todos e não apenas para uma elite de buscadores, buscando antes colocar esta a serviço do todo, até para que possam consumar o Caminho. Coisa que as escolas esotéricas não alcançam fazer, antes vivem às turras entre si disputando as atenções da população a qual não alcanla influenciar maiormente, como mostram até os mitos a este respeito. Ver SUNA e SEPARATISMO.

TRANSMISSÃO. (filosof.) A transmissão espiritual, outorgada ou voluntária, é a grande chave da criatividade intelectual, porquanto o discípulo se coloca na mesma e fecunda linha criativa de um mestre, configurando a necessária linhagem nascida da Revelação (ver) original. Limitado é o ensinamento que se pretende reduzir a livros -e não acreditamos que nem os autores o façam. Toda a Tradição Iniciática afirma que a essência só se passa “de boca a ouvido”. Pobre do ensinamento que se basta em livros, diria Platão que, apesar de tudo escreveu tanta coisa importante e com isto ajudou a apreservar a tradição ocidental. Todo ensinamento livresco é limitado e serve apenas para apontar o caminho, trilhá-lo é outro assunto bem diferente, e fazê-lo sem orientação expressa de um instrutor é quase impossível, desde o ângulo da consumação do Caminho. Por isto, até no plano profano, existe o ditado de que “nenhum burro fica inteligente apenas por carregar livros.” Mas certamente muito pode ser transmitido por livros, e eles são elos preciosos para conexões internas, especialmente na falta de uma instrução exterior, como provou a missão de um São Francisco. Contudo, a verdadeira instrução esotérica é coisa que demanda muita apuração. Ver PARAMPARA.

TRANSMUTAÇÃO. (alquimia) “Nós somos baterias alquímicas. Cabe apenas reunir as forças do céu e da terra, como ensina a Tábua de Esmeraldas, e efetuar então dentro de nós a transmutação final, seja para a cura, seja para a iluminação. Esta parece ser, aliás, a atitude do Mago, o Arcano Maior I do Tarô, expressão da letra Aleph. Claro que dizer assim até parece coisa fácil, mas na prática exige toda uma vida de esforços e de consagração. De todo modo, a intimidade com Deus e o romance com a Verdade, é uma das coisas mais belas e significativas da vida.” (Vaikuntha)

TRÍADE. (esoter.) No Evangelho da Natureza (ver), é a tríade de aspectos divinos na forma de Criador, Criatura e Criação, servindo de ponte ou síntese entre a Trimurti (ver) hindu e a Trindade cristã. 1. T. ESPIRITUAL. Ou Atma-Budhi-Manas (ver). A tripla emanação da Mônada (ver), mediante átomos permanentes (ver), constituídos por luz, som e amor.

TRIÂNGULOS, Ciência dos. (esoter.) A “Ciência dos Triângulos” preconizada por Alice A. Bailey abrange 1. Energias das Constelações, 2. Energias dos Planetas, e 3. Os Centros, Humanos e Planetários. Esta importante doutrina seria ampliada no ciclo de revelações seguinte protagonizado por LAWS, ao apresentar a fórmulas geométricas ocultas dos Quatro Elementos e também dos Quatro Alinhamentos conscienciais, entre outras questões, formuladas especialmente nas obras “Os Ciclos-Raiz” e “Trikosmos”.

Triângulos Geográficos (geosofia) Triagulações de Centros que a Geografia sagrada costuma apresentar; as três esferas de Shambala. No Projeto Exodus – um Mundo Para Todos, envolve Brasília (GO), Cuiabá (MT) e Palmas (TO). “Este Triângulo se destina a organizar a sociedade e o território do Centro-Oeste, atual foco de expansão da nação. Ou então, da Biorregião do Cerrado e do Planalto Central, agora que o antigo Norte de Goiás e atual Estado de Tocantins, foi integrada à Região Norte (o que pode, de alguma forma, antecipar o ciclo da futura Região). (...)Obviamente, o Projeto-Exodus tem âmbito nacional, e este triângulo é apenas o foco atual de ativação da evolução do país, tendo em vista a colocação de bases para a sua evolução futura e a reorganização geral desta grande nação.” (O Sistema Geográfico de Evolução)

TRIBO. (antropol.) A base sócio-cultural das nações; fórmula racional de organização humanista, servindo de base fértil para o exercício da democracia e para outras organizações culturais. A retribalização representa uma das grandes propostas culturais de LAWS para este momento da vida nacional. Ver DOZE TRIBOS.

TRIKAYA. (esoter.) Os “Três Veículos” de um Buda, o mesmo que Alinhamentos (ver). São eles: Nir­­manakaya (Personalidade), Sambho­gakaya (Alma), Dhar­ma­kaya (Espírito) e Vajrakaya (Mônada, ou o próprio Corpo Causal).

TRIMURTI. (filosof.) A “trindade” ou tríade (ver) hinduísta, composta por Brahma, Vishnu e Shiva (ver), associados respectivamente aos processos temporais (por assim dizer) de criação, preservação e destruição. Esta tríade inspira a trindade Criador-Criatura-Criação do Evangelho da Natureza (ver).

TRIPLICIDADE. (astrolog.) Os ritmos “temporais” que regem a estrutura dos signos zodiacais, como Cardinal (início), Fixo (meio) e Mutável (fim). 1. T. SOLAR. Modelos de alinhamentos cósmicos, relacionados às três fases perceptíveis da manifestação do fogo e aos raios de Aspectos divinos, sendo por nós observados sob a forma de evolução no tempo, diferente das rondas cuja evolução é melhor observada no espaço. Ver SISTEMA SOLAR e RONDA.

TRIRATNA. (sânsc.) As “três jóias” formadas pelo Buda, o Dharma e a Sangha (ver); pilares universais e necessários de toda a dispensação espiritual. “No Cristianismo temos, de maneira semelhante, o Cristo, o Evangelho e a Igreja. A rigor, a Comunidade é a Humanidade ou o Mundo Visível; o Dharma é a Hierarquia ou o Mundo das Luzes; e os Budas correspondem à Trindade do Mundo Invisível.” (...) “As pessoas comuns não costumam ver o triratna como uma atividade criadora, mas assim é porque corresponde ao ato de “fazer mover a roda (do dharma)”, onde o Buda é o cubo central, o Dharma são os raios de intermediação e a Sangha é o aro que toca a terra.” (LAWS, “Comunitarismo – a Refundação do Mundo”).

TRONO. (esoter.) A cadeira especial do regente, comumente ornada de símbolos de poder como dos animais sagrados dos Elementos Fixos (Touro, Leão, Águia e Homem). No plural, nome de uma das mais elevadas hostes angelicais, a dos anjos protetores ou “anjos da guarda”, que cuidam especialmente das crianças e dos inciados. T. VAZIO. Pode simbolizas várias coisas, inicialmente a espera ou a memória do Governante “justo e perfeito” da Idade de Ouro. Também indica a Presença insubstituível do Messias. Ver ainda CADEIRA DE FOGO.

TULA. 1. (sânsc.) “Balança”, nome do signo de Libra no zodíaco greco-hindu. 2. “Equilíbrio” (ver), a Segunda Grande Verdade do Dharma Tushita (ver) de Maitreya Buda. 3. (nahuatl) A “Cidade do Sol”. A grande cidade-Estado do avatar Quetzalcóatl (ver). Ver TOLTECA e CHICHÉN ITZÁ.

TULKU (NATO). (antrop.) O mesmo que Bodhisatwa. A tradição tibetana dos tulkus ou reencarnações hierárquicas, é coisa quase única na história das religiões. Preserva a importante premissa da reencarnação (ver) consciente para fins de serviço terreno e evolução espiritual. Aconselha-se todavia muita cautela em torno do tema, devidos aos riscos inerentes à subjetividades e distorções de toda sorte que o cercam. Cabe não confundir os verdadeiros Tulkus com suas “emanações secundárias”, inclusive o Dalai Lama e o Panchen Lama. Não descartamos que um “treinamento” especial, como nos príncipes e nos tulkus, possa ajudar em termos de educação, mas raramente fará muito em termos de iniciação. Um verdadeiro iniciado começa como o mais “humilde dos humildes”, um proletário do mundo espiritual, e vai galgando por mérito os degraus, sobretudo interiores, a escada da iniciação. Todo pressuposto prepara apenas de forma superficial, separando o social do espiritual e maculando o verdadeiro varnashramadharma, o princípio do dinamismo social, etc. “A origem desta crença reside em símbolos como o do Menino Jesus sábio que ensina os doutores no Templo, ou de Krishna, o deus-menino. Alude, na verdade, não propriamente a crianças, mas à precoce idade (sempre padronizada) em que os Avatares alcançam a Iluminação –nunca na condição de criança real todavia–, cronograma este que possibilita de resto a sua identificação eficaz: somente um avatar se ilumina antes dos 30 anos de idade, revelando-se daí através de saberes superiores, etc.” Ver SUCESSÃO APOSTÓLICA e TERTONS.

TUPIS. (antrop.) Uma das duas principais etnias das Terras Baixas (ver), distribuída pela faixa equatorial da América Meridional, e de inclinações xamanistas clássicas.

TUSHITA. (sânsc.) O “Reino da Felicidade”. Tradicional paraíso dos Bodhisatwas, em tudo análogo à Vaikuntha hindu e à Jerusalém Celeste cristã. Em LAWS é também: 1. O nome do Novo Dharma; 2. O ashram pessoal do Mensageiro. Ver também DHARMA.

TZOLKIN. (maia) A “Conta dos Dias”. Calendário sagrado e exótico dos meso-americanos, que volta a ser estudado e praticado em nossos dias, na esteira dos movimentos de Nova Era. Sua origem foi rastreada até a Ásia Meridional, de modo deve ter sido trazido pelos chineses, tal como muitos outros aspectos da cultura pré-colombiana superior, onde o calendário desponta desde os primeiros tempos. Ver OLMECAS.




















U


UFOLOGIA. Deformação filosófica popular das doutrinas da Ascensão (ver), derivada de tendências modernas que Carl J. Jung já identificava; uma impureza da nova mentalidade cósmica. Blavatsky chegou a dizer que Sanat Kumara (ver) veio de Vênus –naquilo que LAWS (que em O Portal de Farohar até envereda numa pseudo-linguagem ufológica) afirma ser a grande brecha ocultista para a teoria ufológica. Porém, sem mais demora Bailey a corrigiu, afirmando ter vindo o nosso Deus ao mundo não de Vênus, mas na cadeia venusiana da Terra (ou seja, se trata de astrologia, e não de astronomia, astronáutica ou astrofísica). Cientistas têm afirmado que as probabilidades de haver vida inteligente no universo são enormes, embora as condições para isto sejam tão raras, que as possibilidades de contato entre os focos são mínimas. Por estas e outras, não é tanto que não creia. O problema são as ilações quê se fazem a respeito do assunto alimentando através disto falsas esperanças. É preocupante que pensem que os extraterrestres é que vão nos livrar dos nossos males, como se fossemos sempre crianças dependentes. No mais, para quê os mestres se sacrificam de tal forma pela humanidade? Por nada é que não haveria de ser. A Igreja começa a aceitar a hipótese extraterrestre. Seguramente é um passo, porém daí a termos cristãos cultuando OVNIs já um assunto bem diferente, porque neste ponto sempre pensamos nos termos em que o grande cientista Stephen Hawking andou se manifestando: tanta tecnologia somente poderia ser temerária.

UNA, Escola. (esoterismo) A Escola Una é uma designação tradicional do Centro Primodial - Shambala, etc. Trata-se da Fonte primordial de Iniciação, o pólo atual da evolução racial, seguramente ligada à Unificação vicária e também à divindade. A Escola Una é aquele centro que detém com segurança a iniciação racial, efetiva, regular e não simbólica.  Outros centros podem adquirir legitimidade para estes fins, através do contato com esta Loja Una, que é a verdadeira Fraternidade de Adeptos de uma raça-raiz. Ali se preservam as verdades eternas e também se revelam as inovações que permitem a evolução humana, seja na pauta das gerações, seja de maneira mais destacada na fundação das sub-raças e até das raças-raízes, quando surgem os avatares para refundar as Lojas. Os enigmas da Escola Una, têm sido motivo de controvérsia e de incompreensão. Todavia, está na hora de retirar os véus sobre esta enunciada mas mal compreendida instituição sagrada. Basicamente, a Escola Una está diretamente relacionada à Unificação vicária e, através desta, à própria Manifestação divina. Esta Escola está relacionada às sínteses e às mateses do conhecimento total, a geração do Pramantha ou dos cânones evolutivos, daí ela ser irradiadora ou solar. Não se trata de uma “centralização” simplista, mas sim de uma Fonte que irradia “organicamente” para todas as partes, a partir de uma Origem sagrada. A Escola Una é tão “centralizadora” quanto o próprio Universo. O nome certo disto é “orgânico”. As células, as tribos e as colméias irradiam desde os seus centros, quando se dividem porque cresceram, justamente por estarem no caminho certo da lei e da vida, que é o caminho da união (e da hierarquia natural). Nada mais e nada menos do que isto –e tal coisa é Alta Tradição. Este é o bom centralismo, o mau é aquele que quer crescer sem parar até virar uma aberração, como o câncer e as megalópoles. Qualquer instrutor maior fala nestes termos “solares” ou “polares”, embora alguns fanáticos também tentem fazê-lo, cabe então a cada um discernir caso a caso, quiçá pelos resultados, pelas práticas ou pelo conjunto da idéia. Como também é mau, o DEScentralismo individualista quando não permite a união e nem a força que pode levar à transformação, inclusive a do próprio indivíduo, apenas por causa do próprio ego. Com ou sem legitimidade, a Igreja se baseou nas palavras daquele que disse “Ninguém vai ao Pai senão por mim.” Portanto, os contestadores vão diretamente contra princípios maiores. Mas aquele que jamais se sujeitou humildemente ao batismo salvador da Escola Una, certamente deixou de colocar alguns alicerces e terá em algum momento que rever os seus passos antes de ingressar no Palácio da Luz. Claro que é sempre muito fácil jogar pedras na cruz, e é a própria súmula da covardia humana, muito fácil de praticar porque os mestres não são grupais e parecem tão inofensivos. Só que a verdadeira prejudicada é a própria humanidade, porque as grandes oportunidades simplesmente não se repetem. Designação da Universidade Agartha, dentro da Sociedade Universalista Nova Albion - SUNA. Ver Universalismo.

UNICIDADE. (Cabala) Algarismos cuja soma cabalística resulta em 10 e 1, como (1,) 4, 7, 10, 13, 16, etc. Sua importância é especial dentro de escala decimal. Exemplo do 4: 1+2+3+4=10=1. Como se vê, ocorrem ao ritmo de três em três, determinando um ritmo à evolução numérica.

UNIDADE. (filosof.) A resposta a para a conciliação entre Espírito e Matéria, que não é nova, é que idealmente não há como conciliar água com azeite, ao menos não a frio. Já sob o calor da Alma, tudo é possível. Mas aí é preciso respeitar outras leis, para refinar as coisas. O Cristo deu a resposta: “Buscai o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Digo-se então, e com todas as letras, que o grande pecado dos buscadores, é querer ser feliz sozinho no mundo profano, ao invés de trabalhar unidos por algo novo e mais coerente. Ou seja: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” Tampouco há que separar Iniciação e Religião, uma coisa sempre alimenta a outra: não é nem deve ser nunca uma coisa OU a outra, é sempre uma coisa E a outra. Não vamos pois cometer o erro de querer apenas ir para o outro lado da balança, melhor então é tomar o modelo oriental que é mais tradicional. É preciso ter alimento espiritual para todos, e o povo precisa de religião, é a linguagem que ele entende. Na Nova Era, a religião ainda terá grande peso, porque embasará o novo alicerce social, por isto não vemos como ela não se institucionalizar, claro que sobre bases mais adequadas para a nova evolução humana, tal como ecologia, iluminação e almas-gêmeas. Veremos que as imperfeições da Religião começarão a cair por Terra, na medida em que o próprio ser humano alcance a sua integridade e tenha acesso a novas re(ve)lações sociais. Apenas devemos tomar cuidado para se não voltar a pretender misturar o humano e o hierárquico, e assim macular a imagem da Hierarquia como fez o Papado. Aquilo que é o mais profundo sempre se acaba se perdendo com a involução das coisas, mas cremos que doravante não mais.

UNIFICAÇÃO. (filosof.) A tentativa de unir o mundo todo sob um único pensamento pode dar certo através da Lei espiritual ou dharma (ver), que é quando este pensamento é rico e amplo, suficientemente representativo da sua época e local, e sabe se adaptar sabendo se adaptar às circunstâncias de tempo e espaço como fez o Budismo e o Hinduísmo (para citar apenas estes), através dos séculos e dos milênios. 1. U. VICÁRIA. Representação espiritual da divindade, através da manutenção terrena de um mestre único no grau maior da Hierarquia, porém sem poder formal no decurso da ronda humana (que está por se extinguir). A Unificação Vicária, é a salvaguarda da Ordem histórica universal. Por uma simples questão de lógica, não pode haver duas coisas no ápice das coisas, só pode haver uma única coisa. Imagine dois maestros regendo uma orquestra, por quem os pobres músicos irão se orientar? Na raça árya (esta que se encerra em 2012), o Adepto de quintessência era a coroação da Hierarquia em evolução, e havia vários Arhats (que é um grau de iluminação verdadeira) abaixo dele. Na nova raça, já será o Chohan o grande e verdadeiro Unificador, e haverá uma pequena elite de Adeptos, mais exatamente sete deles, um para cada Continente, já que entre as suas funções está a de organizar as regiões da Terra, eles que foram os inspiradores do conceito áryo de civilização e de império solar unificador, visando já harmonizar os conflitos humanos através de uma nota universalista própria da Hierarquia. Eis a origem do mito dos Divinos Arcontes de Platão (paradigma da “Grande Fraternidade Branca”), fonte na qual o moderno misticismo tantas vezes tem bebido. Assim, na nova raça, este grau vem a ser de sexta categoria. Ver também CHOHAN e PAPA.

UNIVERSALISMO. (filosof.) “O Universalismo é a filosofia que busca valorizar e reunir as diversas partes de um todo. Trata-se es­­sen­cialmente do processo cultural que subjaz à bus­ca de uma síntese. A Filosofia Universalista é não ape­­­nas a tônica de uma época globa­lizada, como tam­bém participa de qualquer processo de síntese cul­tural e da renovação da Tradição de Sa­bedoria.” (As Promessas do Arco-Íris) Tradução da palavra “católico”, existem muitas formas de universalismo, sendo o termo empregada de maneira díspar em nossos dias. LAWS a emprega, em princípio, dentro do amplo conceito da civilização (e já de contornos planetários), onde a religião é apenas um dos aspectos, fundindo-se com tudo o mais ao modo das Sociedades Antigas. Se busca através disto desenvolver o ecletismo, sob a égide do Espírito Santo ou da diversidade dos dons do Espírito, o que, de maneira vaga, recorda o panteísmo. E na expressão holismo (ver), tampouco queremos fazer entender aqui apenas algo geral, com exclusão do pragmatismo e da técnica. Existem basicamente três padrões de universalismo. O universalismo solar é a revelação das religiões e sua reforma iluminada. O universalismo mercurial é a ação transformadora e organicamente integrada. E o universalismo lunar é o padrão da tolerância e a convivência. Ver ARCO-ÍRIS e ECUMENISMO SOLAR.

URBANISMO. (sociol.) A ciência da organização das cidades ou do espaço social. Trata-se de uma doutrina muito antiga, que remonta na verdade às tribos indígenas e às aldeias pagãs, mas sacramentou-se de fato com as cidades-estado, onde o espaço social se torna mais complexo e comprometido. “(...) não podemos pensar em descentralização, se continuamos investindo de tal forma nos centros de concentração de riqueza, de poder e de população, como são as grandes cidades. Por isto, a reforma do urbanismo, está nas bases da reforma do comportamento da sociedade.” (LAWS, “A Nova Renascença”) A importância do urbanismo é tal, porque representa a organização do espaço humano de convívio: a natureza do ambiente, é fundamental para a qualidade-de-vida de uma sociedade. Porém, considerar uma cidade como “planejada”, apenas porque ela possui um plano-piloto delineado, é deixar muito a desejar. Uma verdadeira cidade como planejada, inclui toda a sua dinâmica cotidiana, assim como um plano-diretor imutável, por assim dizer, imune às pressões econômicas. Por isto, o mais importante é falar de uma sociedade planejada, uma cultura planificada, ou mesmo de uma civilização planejada, com metas definidas. A dinâmica de uma cidade vai muito além do seu plano-diretor, pois se a sociedade não se atém a esta dinâmica, o próprio plano-diretor termina por ser comprometido.

URSA MAIOR. (astron.) Constelação boreal em forma de panela ou carro, contendo a estrela polar da era solar (ver) árya. Uma constelação relacionada a Shamballa e ao mito de Vaikuntha (ver), o paraíso de Vishnu (ver).











V


VAIKUNTHA. (sânsc.) O grande mito tricósmico hindu. 1. O paraíso de Vishnu, em tudo similar ao Tushita (ver) dos Bodhisatwas e à Jerusalém celeste do Cristo Pantocrator. As almas desencarnadas passam por Vaikuntha para se reformatar, estas almas podem voltar de forma voluntária ao mundo mas permanecem a ligadas a Vaikuntha. Porém, este paraíso também há de se manifestar na terra, constituindo uma cultura que universaliza o conhecimento do sagrado. As profecias dão conta disto, e vale lembrar que as datas maias possuem os seus êmulos na tradição hinduísta, de modo que o 2012 maia-nahua deve valer também para outras tradições (ver item 3 adiante). 2. Nome de um avatar composto misto de Leão e Javali, arquétipos que já integram os avatares Nirisimhadeva e Varaha. “O último avatar ostentaria em sua as­­trologia pessoal, a combinação destes signos capaz de reunir uma totalidade.” -“Vaikuntha – o Cumprimento das Profecias”. 3. Proposta social e geosófica que LAWS apresenta na obra citada, visando definir 144 aldeias destinadas ao Programa Almas-Gêmeas. No geral, Vaikuntha é o sistema de zodíacos combinados greco-chinês, resultando em 144 sub-signos, muito úteis para fins de sinastria (ver) espiritual. A idéia de uma divisão territorial em setores astrológicos, paradestinar-lhes as pessoas com signos afins, pode chegar a soar bastante radical aos olhos de muitos. E assim é, mas não em demasia, apenas no sentido de denotar conhecimento e valorização de certas premissas psico-estruturais. Se observarmos o assunto, veremos que o nosso enfoque não é convencional, na medida em que não se atem ao conjunto de detalhes que a astrologia comum costuma tratar, aproximando-se mais dos padrões da astrologia maia, tal como é a questâo dos monômeros (ver). Assim, aquilo que temos aqui é, na verdade, a prática de uma astrologia essencial, tanto mais válida quanto percebemos que ele se insere diretamente no plano social. Ver SHAMBALLA.

VAJRAYANA. (sânsc.) O “Sendeiro do Raio” é a escola do Budismo Esotérico, havendo paralelos na Cabala e outras doutrinas esotéricas. Conhecida também como “a Terceira Volta do Dharma”, possui caráter iniciático e está relacionado às energias emanadas por Shamballa, enaltecendo em particular a figura do Guru. As roupas de seus monges ou adeptos são azuis, geralmente usadas por baixo de outras vestes, ocultadas assim pelas atividades seculares e exteriores. “Uma das práticas principais do sendeiro Vajrayana, é a imitação do Mestre (Deva-Yana), sobretudo do Fundador que é o Buda, regente deste ciclo histórico.” (Shambala – o retorno à Ocidentalidade) Ver também BUDISMO, PLANO (DE SHAMBALA), SHAMBALA e DEVAYANA.

VAJRA YUGA. (sânsc.) A “Idade do Diamante”. Contemplada na doutrina dos yugas menores ou sub-raciais, não se percebe, contudo, em nível de manvantara (ver), um ciclo mais especial desta natureza no nível cósmico, permanecendo deste modo, dois mil anos ociosos (epagomenais –ver– cósmicos!) no cômputo total. Por esta razão, LAWS sustenta que Satya Yuga (ver) seja sinônimo não de Krita Yuga (“Idade de Ouro”), como se diz, mas de Vajra Yuga.

VARAHA. (sânsc.) O Avatar Javali do Hinduísmo, o terceiro entre os dez avatares principais de Vishnu. Varaha desce ao fundo do oceano para resgatar o planeta Terra, que havia sido escondido lá pelo demônio Hiryanyaksha, matando o demônio depois de grande luta e preparandoa Terra para que pudesse sustentar a vida. É a libertação mundo do dilúvio da cultura-de-massa e da ignotrância.

VARNA. (sânsc.) Casta, literalmente “cor”, significabdo também tipo, caráter ou qualidade". As quatro castas são a dos brahmanes (sacerdotes e professores), a dos kshatryas (militares e governantes), a dos vaishias (comerciantes e fazendeiros) e a dos sudras (servidores e camponeses). A idéia da “cor” é interpretada por autores como René Guenón, num sentido original análogo às cores iniciáticas ou simbólicas da Alquimia espiritual. Ver CASTA, JATI-VARNA e VARNASHRAMADHARMA.

VARNASHRAMADHARMA. (sociolog.) É o sistema de castas tradicional do Brahmanismo. LAWS resgata, todavia, o seu sentido original, ao definir o termo como “castas cíclicas”, relacionada à concepção sociológica do “dinamismo social”, e muito diferente, pois, da idéia da casta-de-nascimento (jativarna -ver) cristalizada. Ver ASHRAMA, VARNA e CASTA.

VASTU. (sânsc.) 1.V. VIDYA. Ciência de organizar o espaço segundo critérios geomânticos e outros. 2. V. PURUSHA. Espaço sagrado da manifestação divina. 3. V. MANDALA. Organização do espaço territorial ou sistema geográfico de evolução (ver), segundo critérios de harmonia e simetria. Vastu-Purusha-Mandala é “o progressivo esforço de analisar e reunir as partes do Todo. (…)Brahma se sacrifica para se manifestar, é pela dor que as partes são reveladas, para depois se reconstruir na unidade.” (“Vaikuntha – o Cumprimento das Profecias”). 4. V. DHARMA. Vastudharma é a terra em que a Lei espiritual ou dharma, é conhecida e, sobretudo aplicada. A questão do “Território da Lei” sempre foi muito enfatizada pelo Budismo, como uma condição para ter acesso à verdade, pois de outra forma, alguém terá que contar com a sorte de receber a informação de terceiros e viajar para alcançar isto. O Mahavastudharma, é a própria terra da luz, ou a terra das origens, onde a Lei espiritual é revelada pela primeira vez.

VEGETARIANISMO. (saúde) LAWS demonstra em obras como “O Evangelho da Natureza” e “Os Frutos do Paraíso”, que “o ser humano é frugívoro por essência, vegetariano por extensão e onívoro por adaptação”. O seu caráter aparentemente onívoro se deve mais ao seu livre-arbítrio, do que propriamente à sua natureza intrínseca. Os quatro grandes argumentos de “saúde” para ser vegetariano:
- Saúde pessoal. O ônus da dieta carnívora sobre a saúde já é admitida.
- Saúde social. O custo social da pecuária é imenso (“sem-terras”, etc.)
- Saúde ambiental. O preço ambiental da proteína de carne já é reconhecido.
- Saúde espiritual. O tema da compaixão está longe de ser um estímulo definitivo para muitos vegetarianos.
A ciência da balística ensina que para atingir o alvo, devemos mirar além (acima) dele. O alvo é o vegetarianismo (o “real”), e a mira é o frugivorismo (o “ideal”). Felizes os que podem alcançar o ideal áureo, mas se as pessoas puderem ao menos buscar e viver o real (e não o infernal), nada mais irá tão mal..! Ver FRUGIVORISMO.

VÊNUS. (mitologia, astronomia) A deusa do amor, relacionada também aos mistérios de Eros e Tanathos, a morte e a ressurreição. O quarto planeta astrológico, diretamente associado ao reino humano, à presente ronda e à nova raça-raiz (ver) ou seu ashram solar. Ver LÚCIFER.

VERDADE. (filosof.) A Revelação divina; o Ensinamento espiritual, Aquilo que é, razão pela qual a Verdade liberta, como disse Jesus A Verdade deve ser o eixo em torno do qual todas as coisas giram. A semente de tudo que existe realmente (pois o resto é luciferismo -ver- transitório) está na Verdade, e apenas a realidade possui o dom da Eternidade no tempo e além dele, pois é fértil em todos os planos. Ter noção e devotamento à Verdade, representa cultuar as bases mesmas da existência. Para subsistir, a humanidade necessita estar atrelada à Verdade. A esperança depende mais disto, que da sobrevivência ou da perpetuação material, pois somente a Verdade dá equilíbrio e confere, através disto, o verdadeiro dom de mundo. “(...) é preciso sempre considerar a questão da interpretação das coisas; ‘Verdade’ pode chegar a ser coisa subjetiva, se não está ligada e métodos corretos de apreensão, uso e divulgação. Verdade como essência ou como fato? Os maus muitas vezes usam “verdades” relativas e “fatcóides” menores para prejudicar os bons e a todos. (...) Aqui, é preciso observar os grandes amantes de Aletheia ou os buscadores da Verdade, aqueles que têm renunciado à maya ou à falsidade, de modo que terminam por serem porta-vozes mais legítimos da Verdade maior, que é a síntese e a visão mais abrangente das coisas, digna de Deus mesmo. A ponto de alguns Maiores poderem até dizer: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Assim, existem e devem existir também autoridades em matéria de Verdade, sendo esta a grande síntese a ser buscada.” (Teocracia – Tradição & História) A Verdade está baseada em Leis, que podem ser demonstradas astrologicamente e por sua necessidade histórica. É preciso sempre buscar discernir entre opinião e verdade. A diferença é que esta está embasada na realização da alma e une as coisas, e aquela se limita a expressar o desejo do ego e separa as coisas. Ver CONSCIÊNCIA, CAMINHO e LÚCIFER.

VESICA. (teologia) “A “vesica” é obtida pela união dos centros com um ponto da circunferência de dois círculos. (...) A ‘vesica’ tem sido por isto associada ao poder criador da “Grande Mãe”, que reúne o superior e o inferior; dai ser relacionado à Igreja e à Mãe de Deus.” (Tetragrammaton)

VIDA. (filosof.) “Esta vida significa essência divina, dimensionada, sobretudo, naquele plano que propriamente caracteriza a condição humana em si, quer dizer: é consciência. É graças à mediação dos Mestres que a cons­ciência é depositada no planeta, possibilitando a ascensão da condição humana, que em si mesma não é animal e nem divina, mas um elo entre esta duas coisas. E da mesma forma como a vida biológica vem do sol, a vida humana vem de um outro tipo de sol, de natureza espiritual, que podemos chamar de Logos, Deus ou de outras formas semelhantes. Por isto não excedem as palavras do Cristo no sentido de afirmar a respeito de Si que: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. (João 14,6)” (Teocracia – Tradição & História) Ver ANCK.

VINOBHA BHAVE (filosof.) Foi um homem que inspirado na bem sucedida filosofia política transformadora de Gandhi, resolveu aplicar os princípios do satyagraha (ver) à reforma agrária na Índia. Acompanhado sempre por dois companheiros, percorria as fazendas buscando convencer os proprietários a repartir suas terras com os despossuídos, como gesto de espiritualidade autêntica e de resultados, em favor da regeneração social da pátria-mãe. São homens desta estirpe que faltam ao mundo, capaz de fazer a ponte entre o céu e a terra. De sonhadores o mundo está cheio, e de materialistas o mundo está farto. Carece todavia da síntese, capaz de revelar a verdadeira imagem de Deus. Que possamos sonhar com muitos Vinobhas, organizando aquilo que pode vir a ser a única salvação do Brasil. Ver BOODHAM e SARVODHAYA.

VISÃO. (filosof.) O sentido da vista ou do olhar; metaforicamente, a capacidade de “percepção” das idéias e dos fatos. O termo “visão” define muito bem o diferencial entre os reinos e os planos espirituais, como capacidade para enxergar realidades, em função dos seus próprios alinhamentos de consciência. Oportunamente, um reino pode, como aprendiz, adquirir compreensão ou se esforçar por perceber coisas mais elevadas sob a orientação superior. Neste sentido, a visão maior funciona como uma espécie de iluminação no caminho para aqueles de menor capacidade e/ou experiência. Para adquirir visão, o primeiro passo costuma ser a isenção e o desprendimento, demandando um afastamento inicial do mundo. Oportunamenre, esta deve se tornar a condição de todo grupo que almeje uma renovação das coisas, mantendo todavia, para fins práticos (sobrevivência, etc.) e também espirituais (service, etc.), alguma forma de comunicação seletiva com o mundo antigo ou “exterior”. Uma imagem clássica da visão espiritual, é aquela da pessoa que enxerga por sobre as nuvens, onde estas representam a maya (ver) ou a ilusão na qual as massas estão mergulhadas. Contudo, esta condição também comporta riscos, e nem sempre assegura a saúde mental perfeita que se almeja através disto, podendo também promover alienação, orgulho, dogmatismo e preconceito. Por esta razão, não basta que tais medidas sejam adotadas de forma superficial e amadora, havendo necessidade de contar com seres realmente vocacionados, superiormente envolvidos e espiritualmente realizados –enfim, com iniciados, instrutores e mestres. Daí a imagem irremovível dos ashrams espirituais. Ver CLARIVIDÊNCIA.

VISHNU. (sânsc.) O segundo aspecto da Trimurti (ver) hindu, vinculado ao gunas (ver) satwa preservador, e do qual derivam as encarnações dos 22 Avatares (ver), com dez principais. O “Cristo cósmico” do Oriente. Ver MELQUISEDEC.

VIÚVA. (filosof.) Forma com a ordem da Maçonaria se auto-designa. Denota o isolamento da ordem nos períodos negativos da História.



































W


WIPALA. (antrop.) A gloriosa bandeira-de-arco-íris dos incas. Existe uma versão quadriculada boliviana, com 49 (7x7) subdivisões.
A irisada bandeira Inca
Contudo, tal como os nazistas fizeram com a suástica, apropriando-se de um sacratíssimo símbolo universal, esta tradicional bandeira tem sido apropriada por certos “movimentos” modernos, distorcendo a sua natureza e praticamente privando a humanidade de mais este importante símbolo universal. Cabe, sobretudo, aos seus detentores históricos e simpatizantes, neste caso, protestar contra esta heresia, pelo uso indevido dos símbolos tradicionais e o seu emprego distorcido por parte destas organizações não-representativas.









X


XAMANISMO. (antrop.) Religião austera, naturalista, animista e shivaísta, que inspirou os primeiros passos da Hierarquia e segue matizando a sua natureza especial. É a religião original do mundo, anterior à organização da humanidade, quando tribos errantes conviviam com linhagens de feiticeiros. Inúmeros deles têm morrido ou se destruído ao longo dos tempos, em função de experiências realizadas para alcançar poder espiritual e ter acesso a outros universos, através de meios iogues ou de plantas de poder, no esforço de abrir caminhos de conhecimentos espirituais para a humanidade, mesmo não havendo sido esta a sua intenção. NEO-X. O Neo-Xamanismo emprega a estética xamânica e indígena, incorporando técnicas superiores e representa uma adaptação da espiritualidade profunda sob culturas naturalistas e em épocas humanistas. Paradoxalmente, para quem ainda confunde a senda xamânica com drogas, estas são na verdade um enorme empecilho, salvo -no caso das plantas-de-poder- sob um uso muito criterioso e parcimonioso. Ver também PAJELANÇA, AUTODIDATISMO, EVANGELHO DA NATUREZA e TOLTECAS.

XINGU. (geog.) Rio do Brasil Central e importante Parque Indígena criado pelos irmãos Vilas-Boas. Sabe-se hoje que, à época do descobrimento, as culturas indígenas da região ostentavam uma estrutura bastante mais complexa.
































Y

YANTRA. (sânsc.) Diagrama místico empregado para fins de meditação e de iniciação, contendo os símbolos das estruturas das quatro inciações humanas e a fórmula sagrada 4-3-2-1 presente na Tetraktys (ver) pitagórica e nos ciclos do Manvantara (ver). Ver MANDALA.

YUGA. (sânsc.) “Idade”. Os quatro yugas possuem correspondência simbólica com as Idades Metálicas (ver) dos gregos. No registro chamado “divino”, os yugas ocupam os seguintes períodos, na ordem dada: krita (ouro) = 4000 anos (mais 2x400 anos de transições); treta (prata) = 3000 anos (mais 2x300 anos de transições); dwapara ( bronze)= 2000 anos (mais 2x200 anos de transições); kali (negra, ferro) = 4000 anos (mais 2x100 anos de transições).







































Z


ZEUS. (mitologia) O Demiurgo grego, o mesmo Júpiter romano. Protótipo celeste de Hefestos (Hefaístos) e dos demiurgos, como o Visvakarman hindu, todos eles portadores do martelo criador, que é a Tau, ou a cruz do Alto Sacerdócio. O martelo de Zeus produz raios que depuramn a Terra, tal como a iluminação da quarta iniciação (cruz) projeta um manancial de energia na atmosfera do globo. A Tau é um poderoso som-de-poder, empregado na magia e na medicina spiritual atlante, para dissolver miasmas e obstruções energéticas. Ver JÚPITER e TAU.

ZODÍACO. (astrol.) A tradição zodiacal tem sua origem na percepção da inclinação do eixo da Terra pelos primeiros astrônomos mundiais. É isto que determina alguns dos principais ciclos do planeta, como as estações do ano solar e as variações do Ano Cósmico, e até mesmo a assimetria do sistema de casas diário. Mesmo no dia e a noite haveria mudanças sem isto, pois seriam sempre iguais em cada latitude do planeta. No dizer do antropólogo construtivista  Claude Levi Strauss, o zodíaco representa “um estruturalismo avant la lettre”. LAWS tem apresentado o Zodíaco como base para disciplinas curriculares, assim como para sistemas sociais, sobretudo na questão conjugal, tradicionalmente tratada através de sinastrias (ver) na Índia. 1. Z. CLIMÁTICO. A condição sazonal equânime do paralelo 30. Ver também SHAMBALLA MERIDIONAL e PIRÂMIDE CLIMÁTICA.

ZONA DO DRAGÃO. (geosofia) A faixa geográfica do paralelo 30, com suas quatro Estações simétricas, favorecendo a experiência da Quintesência. Ver também SHAMBALLA e MESOSFÉRIO.